Luiz Miguel 21/12/2017
Uma Conclusão Magnífica!!!
O livro é excelente, a história se desenrola de modo excepcional e a leitura é muito prazerosa e não tem trechos cansativos como o treinamento de Ben em Ganeden no livro 1 e a passagem pelo submundo no livro 2, as vezes, alguns trechos são até bem corridos. As batalhas são incríveis e emocionantes e os personagens tem um bom desenvolvimento, exceto Adin que, no livro que tem a maior participação, se torna o mais insuportável dos trio principal, mas isso só até certo ponto... Dentre os personagens secundários, Icarel, mais uma vez, se destaca. Meu personagem favorito! E dá uma certa saudade de Enosh, o velho latash teri asido muito útil aqui.
O livro é bem grosso...
Outra característica é que existem muitas reviravoltas, muitas mesmo, em certo ponto nem sabia mais o que aconteceria ou não, mas foi bem legal, além de acontecimentos e revelações surpreendentes e inimagináveis.
A batalha final é fantástica, épica mesmo! Digna de um grande filme como "O Retorno do Rei".
Entretanto, o principal vilão, Helel, chamado de "o senhor da escuridão", tem pouco espaço e, praticamente, só aparece em um capítulo. Depois do seu aparecimento no livro dois, pensei que sua parte na história seria mais explorada e outras coisas importantes ficam sem explicação, mas não vou falar para evitar spoilers.
Notei que as citações a El são maiores e mais explícitas neste livro, bem como as aplicações espirituais, bíblicas e teológicas, muito mais que nos dois anteriores, fato que me agradou bastante. É o livro que mais se aproxima de uma alegoria dentre os três. Também notei várias semelhanças com "O Senhor dos Anéis", mas não sei se foram propositais e uma provável brincadeira do Leandro com hiper-calvinistas e arminianos representados em dois povos que, inclusive, ficam discutindo, quando deveriam estar ajudando.
Parabenizo o Leandro Lima pela maravilhosa trilogia e a FIEL pela ótima produção. É uma pena que acabou, mas o autor já afirmou que escreverá um livro sobre Herevel, contando a origem da fantástica espada e que será num tom mais juvenil e leve. Ficarei no aguardo!
Esta obra, especialmente por ser escrita por um brasileiro, me animou a dar um passo de realizar um desejo de infância, escrever um livro de fantasia. Se Deus permitir, iniciarei esta jornada em 2018.
Termino com um dos trechos mais marcantes do livro:
" - Perfeito - retruco Leannah. - Uma obra prima de El, reservada para poucos olhos que tê coragem suficiente para vir até aqui.
- Se fossemos apenas contemplar, eu o admiraria de bom grado... Mas escalá-lo?
- Você já se perguntou por que as coisas mais espetaculares frequentemente estão nos lugares mias distantes e inacessíveis?
- Para que ninguém seja louco o bastante de ir até lá? - Ironizou Ben.
- É um modo de El instigar nosso espírito de aventura, para que não nos acomodemos em nossa vida. É uma forma de percebermos que sempre é possível ir além, que há algo maior lá fora, além das fronteiras, além do conforto do ambiente conhecido que, de certo modo, nos torna limitados, domesticados demais. Definitivamente, o criador jamais desejou que ficássemos estacionados. Há dois modos de encarar as adversidades: Lutando com elas ou, quando é possível, usando-as a nosso favor. Mas nunca recuando, exceto se for para ganhar mais impulso." Página 127
Boa leitura!
site: http://diamanteseternos.blogspot.com.br/2017/12/analise-do-livro-as-cronicas-de-olam-3.html