Enzo.Baleeiro 01/07/2020
Uma leitura ótima que superestima o título da obra. Byung vai além de muitos pensadores, aponta argumentos e mostra a onde faltou lucidez em suas teorias. Está claro as influencias em seu pensamento, como Foucault, Marx, Sartre, Heidgger...
É possível ter uma compreensão de como se da a violência em diversas formas na sociedade, utiliza de teorias mais velhas até sua nova proposta. Durante o livro Byung também se preocupa a mostrar um olhar histórico da violência, também se preocupa em ter um olhar antropológico, psicológico e uma certa origem da violência.
Byung aqui crítica Hardt e Negri por não propor nenhuma solução estratégica a suas teorias. Eu imaginava que Byung no final desenvolveria alguma forma de solução, porém senti que no fim das contas ele aponta como problema o capitalismo exploratório (agora autoexploratório) e a cultura da hiperatividade. Até aí sem muito o que fazer, ele até mesmo aceita dizendo que a violência positiva (psicológica) é muito nefasta comparada a violência negativa (física), pois temos como intervir nessa, por exemplo o estado criar prisões, sair de guerras, mas não tem muito o que fazer quando se trata de uma sociedade depressiva. Sinto que a responsabilidade de uma solução sobrou para os anticapitalistas.
E sobre a organização do livro achei ótimo, tem um início, meio e fim. Única coisa que achei estranho foi alguns conceitos que ele comenta no meio do livro, porém só explica a razão por de trás dessas ideias no final. Mesmo assim não perde seu mérito, livro sensacional.