Romeu Felix 24/02/2023
Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "Topologia da Violência" de Byung-Chul Han, publicado originalmente em alemão em 2016, tem como objetivo analisar a transformação da violência na sociedade contemporânea. O autor destaca que, ao contrário do que se poderia pensar, a violência não é apenas física, mas pode ser também psicológica e simbólica.
Na primeira parte do livro, Han aborda a diferença entre violência e agressão, mostrando que a violência é uma forma de poder que tem como objetivo subjugar o outro. Já a agressão seria um ato de defesa ou uma reação a uma ameaça. Em seguida, ele discute as formas de violência na sociedade contemporânea, destacando que a violência simbólica é uma das mais importantes, pois atua de forma invisível e sutil.
Na segunda parte do livro, o autor analisa como a violência se transformou na era digital e da comunicação. Han afirma que a internet e as redes sociais criaram uma nova forma de violência, que ele chama de "violência do like", em que o indivíduo é submetido à pressão constante de ser aprovado e reconhecido pelos outros. Além disso, ele mostra como a cultura do narcisismo e a busca constante por novidades e prazeres imediatos contribuem para a expansão da violência.
Por fim, na última parte do livro, Han discute o papel do Estado na violência contemporânea. Ele afirma que o Estado é responsável por manter a ordem social, mas muitas vezes acaba sendo violento ao usar a força para reprimir os indivíduos. Além disso, ele mostra como a violência é uma forma de poder que pode ser utilizada tanto pelo Estado quanto pelos indivíduos.
O livro é uma leitura provocativa e desafiadora, que faz uma análise crítica da sociedade contemporânea e nos faz refletir sobre o papel da violência em nossas vidas. Han utiliza uma linguagem acessível e exemplos práticos para mostrar como a violência está presente em diversas esferas da vida social. O autor também apresenta propostas para lidar com a violência e buscar formas mais justas e equilibradas de poder.
Por: Romeu Felix Menin Junior.