Lirio7 07/05/2021
Encantador
Wren é uma mulher inteligente, rica, independente e reclusa, e ela passou anos se escondendo atrás de véus e portas por conta de uma marca de nascença em seu rosto e tendo os tios como sua principal companhia. E depois que eles morreram ela passou a se sentir terrivelmente sozinha e a almejar coisas que apenas havia sonhado no passado.
Wren não precisava de um marido, mas ela queria um, e queria filhos, e uma família, só que a insegurança a tinha levado a acreditar que só poderia ter isso se usasse o seu dinheiro como moeda de troca. E é por isso que ela passa a buscar um potencial marido entre aqueles que precisam dele.
E Alexander não foi o primeiro nome na lista dela, mas com certeza, ele era o melhor deles. E foi assim que o mais novo Conde de Riverdale, que precisava de dinheiro para cuidar da propriedade que veio junto com o título e ajudar aqueles que dependiam dela, se viu surpreso com uma proposta feita por uma de suas vizinhas.
Alex é um homem bom e honrado, um filho querido e ótimo irmão, e ele recebeu o título de forma inesperada, e mesmo que se veja tentado, resolve não aceitar a proposta dela sem que antes tenham a oportunidade de se conhecer. A marca não é repugnante para ele como ela imagina, e ao tentar fazê-la se arriscar mais Alex percebe que há uma triste história por trás do seu passado, pois, antes de ser Wren ela era Rowena, e são as cicatrizes emocionais desse período, de quando ela ainda era uma criança, que a levaram a viver escondida e a usar a altivez como uma armadura.
E devo dizer que senti muita empatia por Wren e que durante a leitura passei de considerá-la fria e distante a vê-la como uma mulher forte e admirável. Aos poucos Wren passa a se permitir mais, a aceitar desafios que antes eram impensados, e vai conquistando sua liberdade ao conhecer uma pessoa por vez, e Alex e sua família são essenciais nessa fase.
A autora nos entrega aqui personagens humanos e imperfeitos, e essa é uma característica dela, não houve nenhuma magia que fez com que eles se vissem de forma diferente desde o primeiro encontro e Alex não tinha nenhuma pretensão de entender o que ela passou, ele só aceitou e a ajudou como pôde.
E a Mary também não suavizou nas reações. Não. Antes de haver fascínio houve estranheza, antes da conversa fácil e amigável houve silêncio e incômodo, e antes do romance em si houveram muitas dúvidas. E isso deixou a descoberta do amor mais real e encantador em minha opinião. E esse é um livro que fala de superação, que se desenvolve com calma e foi aos poucos que ele me conquistou, e sinceramente, nem sei ao certo quando eu passei a amar e torcer pelo casal, só sei que o fiz