Menina - Mitacuña

Menina - Mitacuña Paulo Stucchi




Resenhas -


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dayolive 19/10/2018

Livro Incrível
Uma menina.
Um negro.
Uma amizade.
Um país destruído.
Uma guerra sangrenta .
Menina- Mitacunã.
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No romance “Menina – Mitacunã”, o leitor acompanha a trajetória de um soldado negro, desertor do exército imperial do Brasil, e uma menina guarani que cruzam o território paraguaio rumo à Assunção. Ainda que em silêncio, cultivam uma amizade calcada naquilo que não pode (e não precisa) ser dito. O cenário é a Guerra do Paraguai, conflito que dizimou a população masculina paraguaia e que, até hoje, é alvo de vários estudos históricos e de geopolítica.
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Gente! Que livro lindo.
O autor nos traz a história incrível de Negro João e sua luta para proteger uma índiazinha paraguaia que ele encontra em meio a guerra entre Paraguai, Brasil e Uruguai.
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Negro João é um soldado desertor do exército imperial brasileiro, perseguido por seus inimigos, machucados por seu passado. Em meio a isso tudo, ele encontra uma amizade silenciosa, porém real com a pequena menina.
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Nunca vi, de fato uma amizade tão bem descrita, posso até dizer paternal.
É fabuloso cada palavra escrita.
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A índiazinha por sua vez, é forte, já viu muita coisa horrível que apertou meu coração toda vez que lia a história sobre essa pequena garotinha, porém seu amor de irmã para com o Negro João acalmou meu ser de uma forma incrível.
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Paulo nos deu o deleite de tantas emoções que vai desde rir a chorar, amar a odiar alguns personagens, sentir pena, dor com ele e esperança de um mundo melhor.
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Uma leitura gostosa e ao mesmo tempo de muita aprendizagem para quem ler.
Eu me encantei. Amei.
Leiam! Sério. Leiam.
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"Porque a vida, João, é feita de espinhos, mas o que Deus guarda para nós é algo muito além da bondade que podemos ver ou crer no mundo dos homens. Se hoje nós sofremos, um dia seremos merecedores de graças infinitas. Foi isso o que aprendi, e é isso o que quero que tu saibas, filho”, ela dizia."
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Fernanda @condutaliteraria 19/10/2018

Maravilhoso!
Menina - Mitacuña, de autoria de Paulo Stucchi retrata a dura realidade de um dos períodos mais cruéis e sangrentos da história na América do Sul, A Guerra do Paraguai.

Ocorrida entre 1864 e 1870, o conflito armado foi travado entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Brasil, Argentina e Uruguai.

Na história temos Negro João, que desertou do Exército Imperial Brasileiro, e está em fuga com uma pequena índia.

Negro João, antes da guerra, era escravo de uma fazenda em Petrópolis, onde vivia com sua mãe e onde aprendeu a atirar e a cavalgar muito bem. Após uma tentativa de assassinato, ele nunca mais falou.

Por outro lado temos María, uma indiazinha com tão pouca idade, que teve toda sua família dizimada pelo conflito.

"Uma vida dolorosa que, assim como a mãe, María aprendera a levar em silêncio. Talvez por isso, agora, a amizade muda entre ela e Negro João era tão reconfortante. Ela compreendia a linguagem do silêncio e do olhar. Nada precisava ser dito."

Dentre os personagens, encontra-se Cabo Reis, que foi ferido por Negro João e agora, cego em seu ódio, quer por todo custo vingança.

A história se passa intercalando o presente, durante a fuga de Negro João e a caça de Cabo Reis. E com flashbacks do passado, mostrando os personagens, antes da guerra.

Essa foi, sem sombra de dúvida, uma das leituras mais emocionante que li esse ano. O pano de fundo da guerra, milhares de famílias dizimadas e ao mesmo tempo, em meio a este cenário, o nascer da amizade de duas pessoas tão diferentes entre si e tão carentes desse afeto.

"E essa prisão parecia ser mais cruel conforme a resistência inútil dos paraguaios aumentava. E, diante dessa resistência, soldados e oficiais do exército imperial mostravam-se cada vez mais cansados e intolerantes."

As cenas do conflito são muito verdadeiras e cruas, o autor passou para o leitor, toda tensão dessa dura realidade da guerra. Deixo como destaque, sobretudo, a Batalha de Acosta Ñu, uma das partes mais tristes e emocionantes do livro, onde mais de 3500 jovens perderam suas vidas.

Vale ressaltar também, a excelente pesquisa do Paulo para escrever todo esse cenário, é nítido todo cuidado que ele teve durante o desenvolvimento do livro.

Como falei, eu me emocionei muito durante a leitura. Tanto pelo cenário da guerra, quanto pela amizade entre Negro João e María. O final é de arrasar mais ainda.

E por fim, ainda temos algumas notas do autor, onde ele fala um pouco sobre a experiência de escrever o Menina Mitacuña. Eu fiquei bem emocionada em alguns trechos.

Termino essa resenha dizendo o quanto essa foi uma leitura maravilhosa e repleta de sentimentos. Recomendo para todos!
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Eudenis.Peclat 15/10/2018

A guerra do paraguai trouxe muita dor e tristeza para a pequena Maria e seu amigo negro João, muitos desafios tiveram que ser enfrentados.

Maria apenas uma menina paraguaia que ainda criança sofreu diversas perdas, teve que lutar para viver a cada dia sem ter a certeza de que viveria depois de seu irmão Pedrito ainda criança ser mandado para lutar no exercito

Mas tudo isso mundou quando negro João apareceu, até então um completo desconhecido para Maria, um homem negro robusto que a protegeria de tudo e de todos os que tentassem fazer mal a pequena

Agora Maria não tinha mais o que temer, tinha João um soldado do exercito brasileiro bem treinado ao seu lado

Negro João também passou por muita coisa que le custara a fala, escravo na fazendo alta serra sofreu muito na sua vida

Mas nunca deixou de lembrar de sua mãe nos momentos mais dificeis falar sobre o Deus dos brancos, João não sabia nada sobre ele, mas confiava no que sua mãe dizia
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Karine.Campos 15/10/2018

A história de Menina-Mitacuña ocorre durante a Guerra do Paraguai e conta a história de Negro João, um soldado negro e mudo, desertor do exército brasileiro e de uma menina Guarani enquanto ambos cruzam grande parte do território paraguaio para chegar em Assunção.

A Guerra do Paraguai como pano de fundo me fez refletir sobre a crueldade humana quando o autor descreve as batalhas e as dores do povo paraguaio durante este período. É fascinante e triste a escrita do Paulo e me fez refletir muito sobre porque o homem ainda busca guerrear nos tempos de hoje quando temos exemplos como a guerra do Paraguai e tantos outros? Para onde todo esse ódio nos leva?

Porém apesar desse pano de fundo que já é forte suficiente para nos trazer uma boa história o que mais me chamou atenção em Menina-Mitacuña foi saber que o diálogo é possível mesmo sem a fala, ou como o próprio Paulo nos disse: "Escrever sem diálogos na verdade foi um artifício. Palavras podem mentir, o olhar, não". Durante grande parte do livro não há diálogo algum, visto que Negro João além de mudo não consegue compreender a menina que fala Guarani, e, apesar disso, a narrativa flui com graciosidade.

Vemos ainda que um amor genuíno é construído apenas na troca do olhar; a amizade pode salvar vidas e a morte definitivamente não é o fim quando há laços de amor e amizade envolvidos.

Quero terminar minha resenha com uma frase da mãe do Negro João
“Porque a vida, João, é feita de espinhos, mas o que Deus guarda para nós é algo muito além da bondade que podemos ver ou crer no mundo dos homens. Se hoje nós sofremos, um dia seremos merecedores de graças infinitas. Foi isso o que aprendi, e é isso o que quero que tu saibas, filho”, ela dizia.

Obrigado Paulo e Bárbara pela oportunidade que me deram ler essa obra tão rica e especial.

Resenha: @kacau_campos
Autor: @paulo

IGs parceiros marcados na foto.

#PauloStucchi #MeninaMitacuna #LCAgencia #resenhasamigasdaliteratura
#literaturanacional #squadbibliófilos

site: https://www.instagram.com/amigasdaliteratura
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Mandy do @blogsobrealeitura 15/10/2018

Sensível e enriquecedor
Menina mitacuña é um livro cheio de sensibilidade.
Ele conta a história de Negro João, um escravo brasileiro que foi levado para o campo de batalha na Guerra do Paraguai para defender o Brasil e a jovem guarani María que perdeu toda sua família na crueldade da guerra e conheceu Negro João em um momento desesperador. Unidos, Negro João tem uma promessa a cumprir: levar a menina em segurança para um padre em Assunção que será responsável por cuidar dela.
Uma amizade que surge em um ambiente nada propício: a guerra.
E por mais que não consigam trocar uma palavra, a conexão que eles criam é de aquecer o coração.
O livro é rico em História, é possível aprender muito sobre a Guerra do Paraguai e a situação do Paraguai e do Brasil na época e ainda exercitar a empatia observando o quanto o racismo é cruel e como as mulheres abandonadas por que seus maridos e filhos iam pra guerra e morriam tinham que se virar para sustentar os filhos que ficaram.
O autor certamente teve muito trabalho de pesquisa para executar o livro e o resultado foi lindo.
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Thainá - @osonharliterario 15/10/2018

Emocionante, tocante e necessário.
Agosto de 1869, Guerra do Paraguai. Nesse cenário de caos, violência e morte, há Negro João, um homem negro, escravo e, posteriormente, soldado brasileiro. Mudo desde a adolescência, o negro é obrigado pelo senhorio a lutar em solo paraguaio em prol da vitória de seu país. Em meio a devastação e se tornando um assassino para conseguir sobreviver em uma guerra, ele se vê num empasse quando faz uma promessa para um garoto paraguaio: levar a irmã, Maria, até Assunção.

Maria ainda é uma criança. Uma indiazinha que precisa se manter forte e de cabeça erguida dentro de um território caótico e banhado de sangue. No começo há medo e insegurança perante ao homem desconhecido, mas ao decorrer da caminhada até a capital paraguaia uma amizade e um laço de companheirismo, cuidado e preocupação entre o adulto e a criança florescem. Um lindo ato que é cultivado mesmo sem a necessidade das palavras, afinal o negro é mudo e a menina só sabe falar uma língua desconhecida para o homem.

Será através de uma narração não-linear em 3º pessoa e com base em muita pesquisa que o leitor mergulhará em uma história completamente tocante e comovente. Com um fundo histórico e utilizando detalhes da realidade, o autor Paulo Stucchi constrói uma narrativa que engloba o racismo, o ódio e as consequências de uma guerra. Um discurso embasado em séculos atrás, mas que, infelizmente, continua tão atual e presente nos dias atuais.

Eu torci por Negro João e Maria. Sofri com os grilhões e submissões impostos pelos senhorios do escravo. Me emocionei nas cenas que embalavam cuidado, carinho e proteção. O cuidado de Negro João com a criança me tirou do chão. A vontade de querer cumprir a promessa e levar a pequena índia até Assunção me partiu por inteira, mas ao mesmo tempo também reuniu todos os meus pedaços em um só. Terminei o livro sem saber como continuar, como prosseguir. Em muitos momentos quis gritar, em outros quis chorar. Mas em um todo: a leitura me trouxe muito mais do que eu esperava. Me encheu de esperança e de alegria. Me deixou com o coração quentinho e querendo mais. Me fez querer acompanhar a criança pelo resto da sua vida.

Um livro que é necessário, se tornando assim imprescindível que seja recomendado para todos os públicos que tenham uma mente crítica e que estejam aptos a saírem da zona de conforto. Uma leitura que incomoda, mas que também traz reflexões e ensinamentos profundos.

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras

site: http://www.sonhandoatravesdepalavras.com.br/2018/10/resenha-menina-mitacuna-paulo-stucchi.html
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Garotas Devorando Livros 15/10/2018

 Primeiramente devo confessar que não considero esse livro o meu estilo de leitura, mas isso não me impediu de apreciar a obra.
👇
 O livro trata de um romance histórico, tendo como cenário a guerra do Paraguai, também conhecida como a guerra da Tríplice Aliança (ocorreu entre 1964 e 1970) e contamos com dois personagens principais: Negro João e María. 
💪
 Negro João é um escravo que foi recrutado como soldado da fazenda onde mora em Petrópolis,  para lutar pelo exército Imperial brasileiro.
👧
 María é uma pequena indiazinha paraguaia que teve sua família tragada pela guerra.
💔
 O que esses dois tem em comum? O sofrimento. E é desse sofrimento que nasce uma amizade das mais sinceras e pura que você vai ter a oportunidade de ver e ler na vida.

 A obra conta com uma descrição incrível da guerra graças ao ótimo trabalho de pesquisa feito pelo autor. Não apenas uma leitura, mas um caminho de estudo. 
🏹
 Fiquei encantada pela forma que o autor conseguiu criar um sentimento de amizade tão profundo sem que os personagens dissessem uma palavra sequer um ao outro. 
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 "Menina Mitacuña" é uma história linda, que te faz parar para refletir e sofrer pelas marcas que uma guerra é capaz de deixar, ensinando que nem sempre a maior dor é a causada de forma física, e que mesmo em meio ao caos, coisas maravilhosas pedem acontecer, como a amizade entre uma índia e um escravo.
📚
 Paulo Stucchi presenteia a seus leitores com um dos melhores livros de romance histórico que já tive a oportunidade de ler, e se você não leu ainda, corre porque está disponível da Amazon!

#MeninaMitacuna #PauloStucchi #LCAgencia
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Karla Lima @seguelendo 15/10/2018

Já fiquei empolgada com a sinopse e com a ambientação da história: a guerra do Paraguai. Por que fiquei intrigada? Bem… Muitos livros de autores brasileiros sequer são ambientados no Brasil, muitos, inclusive, possuem personagens americanos, em cidades americanas, com nomes americanos.

Sinto falta de histórias ambientadas no Brasil e que falem de nossa história. Acho que esse foi o maior motivo por ter topado ler essa obra que tem como protagonistas um soldado negro, desertor do exército imperial do Brasil, e uma menina guarani. Juntos, eles cruzam o território paraguaio, devastado pela guerra, rumo a Assunção.

Em silêncio, uma amizade é cultivada baseada naquilo que não pode, e nem precisa, ser dito. Na obra, somos transportados para o meio do conflito que dizimou a população masculina paraguaia e que, até hoje, é alvo de vários estudos históricos e de geopolítica.

A leitura coletiva foi dividida em etapas e acompanhei os marcos conforme o calendário proposto. Fui cativada por uma história e por personagens que, seja por não poderem falar ou pela barreira da língua, se comunicavam sem a necessidade de palavras.

Ficção e fatos reais se misturavam a cada página, pois personalidades que de fato existiram foram inseridas no contexto do enredo, mostrando que o autor se preocupou em nos contar um pouco de nossa própria história em meio a uma obra de ficção.

Português, espanhol, guarani e até mesmo italiano se misturam. Existem diálogos inteiros em espanhol, então é possível que algumas pessoas venham a ter dificuldade. Algumas das passagens possuem tradução em notas no final do capítulo, outras não.

Gostei bastante da obra, me fez ter vontade de estudar mais sobre essa terrível guerra. Conflitos assim sempre afloram o que tem de pior e melhor nas pessoas, principalmente nos civis que acabam sofrendo sem ter escolhas. O livro dá destaque também às mulheres que, com o país dizimado, foram responsáveis por reconstruir uma nação.

Recomendo a leitura, pois além de uma obra encantadora, ela nos faz refletir muito sobre até onde pode ir o ser humano.


site: http://instagram.com/seguelendo
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Thay 14/10/2018

Resenha IG @umajanela_entrelinhas
O livro traz a história de uma indiazinha paraguaia, María, e Negro João, um soldado do exército imperial brasileiro. O enredo se passa durante a guerra do Paraguai, o conflito mais sangrento da América do Sul.

O autor trouxe muita fundamentação histórica misturada com ficção numa escrita gostosa. A leitura prende, aborda assuntos delicados e de extrema tristeza ao mesmo tempo que nos presenteia com a linda amizade dos personagens principais e, além disso, mostra que mesmo num cenário decadente e cheio de horrores, é possível encontrar pessoas de bom coração.

Em resumo e sem spoilers, em Menina vemos Negro João atravessando o país para levar uma garotinha até a cidade Assunção, onde encontraria segurança para a pequena. Ele é um soldado que desertou do exército brasileiro por causa da promessa de levar María para um local seguro e ela, uma órfã que, com tão pouca idade, presenciou tantos banhos de sangue.

No decorrer da leitura, me deparei com situações que me causaram profunda tristeza: escravidão, estupro, crianças sendo obrigadas a irem para a guerra e morrendo sem a mínima misericórdia. É triste, mas os temas expostos nos fazem relembrar todo o mal que as guerras podem trazer, toda a destruição e maldade que já causamos a nós mesmos.

Recomento muito a leitura e fiquei muito feliz com a oportunidade de participar dessa leitura coletiva! Obrigada LC Agência de Comunicação!

QUOTES

“Depois de tanto tempo no inferno, onde homens se tornam animais e animais são mais humanos do que qualquer um de nós, aprendemos a distinguir as coisas pelo cheiro [...]”
“Tinham em comum apenas a desgraça de terem nascido negros num mundo em que ser negro valia menos do que um serrote ou um machado.”
“Uma vida dolorosa que, assim como a mãe, María aprendera a levar em silênio. Talvez por isso, agora, a amizade entre ela e Negro João era tão reconfortante. Ela compreendia a linguagem do silêncio e do olhar. Nada precisava ser dito.”
“O cansaço físico nada se comparava à alma dilacerada, às feridas que sabemos que nunca fecharão.”
“Ódio vem sempre acompanhado de morte. E a morte leva a marca do Coisa Ruim [...]”
“O que um ser humano à beira do desespero e desamparo pode pedir ou dizer?”
“Aprendiam nos livros uma história escrita e impressa, sendo que a verdadeira história estava gravada com sangue em cada milímetro de sua pele e de sua alma.”
“Então, aprendeu que o tempo e os fatos são agentes frios, insensíveis. Que chegam e passam pela vida das pessoas sem o menor pudor ou escrúpulo, sem piedade alguma. Passam deixando apenas seu rastro. E é sobre esse rastro que os sobreviventes devem construir sua vida.”


site: @umajanela_entrelinhas
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Fê Criativos e Divertidos 14/10/2018

Um viagem muito rica tanto na literatura quanto na história
Ambientado na Gerra do Paraguai, este romance histórico nos conta sobre o esforços incondicionais de um soldado negro desertor do exército imperial brasileiro em levar uma menina guarani do campo de batalha em Acosta Ñu até Assunção em segurança, à pedido do seu pequeno irmão, o qual ele viu morrer guerreando com este último pedido nos lábios.
?
Após esta promessa silenciosa ao menino, Negro João protege a pequena guarani como se ele próprio fosse seu irmão. E não foram poucos os perigos existentes nos caminhos do interior de um Paraguai em plena guerra.
?
Muito além dos fatos fictícios, o autor mescla em sua narrativa os fatos e os nomes históricos desta guerra, tornando o livro algo mais que um entretenimento, voltado para o conhecimento.
?
A cada capítulo, notas do autor enriquecem a obra, levando-nos muito mais afundo nessa história.
?
Um livro para ser lido e refletido, e ouso dizer, para ser adotado como paradidático nas escolas como complemento para as aulas de literatura e de história.
?
Uma leitura fora da minha zona de conforto que me surpreendeu maravilhosamente, quando me vi imersa nas palavras do autor.
.
Obrigada Paulo e Bárbara pelo convite para participar desta viagem tão rica que foi esta leitura coletiva.
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Talita.Chahine @cutucandoahistoria 14/10/2018

Em Menina Mitacunã, vamos acompanhar a história de Negro João é uma menina Paraguaia !
??
Negro João é desertor do exército brasileiro , e resolveu ajuda a pequena menina a chegar em segurança a capital do Paraguai.
??
Vamos acompanhar toda a trajetória desses dois, em um país completamente devastado pela guerra.
??
Preciso parabenizar o autor pela riqueza de detalhes, e por ter construído personagens maravilhosos.
??
A leitura né extremamente fluída e apesar de ser um livro que trata de uma assunto tão terrível quanto uma guerra e suas consequências, você não consegue parar de ler !
??
Eu mesma precisava saber o que ia acontecer com esses personagens, me apeguei tanto a eles que era como se os conhecesse !
??
Se você ainda não leu, não espere mais !
??
O ebook está disponível na Amazon !
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Lary @sonhandoacordadacomlary 14/10/2018

Um livro surpreendente, que te faz refletir e se apaixonar.
|Alerta de resenha|

Olá sonhadores, tudo bem?
Hoje vim falar sobre um livro que li recentemente.
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Nome: Menina Mitacuña
Autor: Paulo Stucchi
Páginas: 256
Nota: 4,5?
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?? A história se passa durante a guerra do Paraguai, contanto a história de negro João e a menina. Eles se comunicam através de olhares e gestos. Já de cara percebemos que há uma ligação muito forte entre os dois.
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?? João quer ter a tão sonhada liberdade, já viveu coisas terríveis durante a guerra e antes mesmo da guerra começar. João era escravo e suportava coisas terríveis, ao entrar para guerra as coisas só pioraram.
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??Quando João encontra a menina ele se vê na obrigação de salvar a menina. Em meio às crueldades que eles passam, João nunca a abandona. A menina também passou por várias situações difíceis, não tem ninguém. A única pessoa que ela consegue confiar e o João.
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??Gostei muito do livro, foi uma história incrível e que me cativou do início ao fim, teve várias cenas fortes, que me deixaram com uma imensa tristeza. Mas o autor conseguiu retratar tudo tão perfeitamente que eu só sei falar que adorei e indicar a todos vocês.
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Aline / @alilendounslivros 14/10/2018

Uma obra rica e escrita com cuidado
“A necessidade de sobrevivência fazia o homem cometer atos insanos”.

Tal afirmativa não poderia ser mais verdadeira, principalmente se tratando de Negro João, escravo que conseguiu a liberdade ao se alistar nas tropas imperiais do Brasil para lutar na guerra do Paraguai, mas que acabou desertando e, por isso, passou a ser caçado tanto pelos paraguaios quanto pelos soldados das tropas da Tríplice Aliança (composta por Brasil, Argentina e Uruguai).

O motivo da deserção foi a promessa feita por Negro João para levar uma indiazinha paraguaia em segurança até a capital Assunção, e a missão ficou mais complexa porque, antes de fugir, ele decepou uma orelha e dois dedos do cabo Reis, jovem arruaceiro que entrou na guerra para justificar seu mau comportamento matando os inimigos e ofendendo os negros do próprio exército.

A fuga, que já seria difícil por si só, ainda tinha o empecilho de a menina falar apenas guarani (o que Negro João não entendia) e ele simplesmente não falar. Mas isso não impediu que ambos, em uma comunicação muda, criassem um laço de confiança, amizade e amor, em busca da liberdade.

Temos aqui um romance histórico nacional de primeira! Em uma narrativa não linear, onde passado e presente dos personagens são mostrados até o ponto em que se convergem, Paulo Stucchi mostra os pormenores da Guerra do Paraguai (1864 – 1870) em todos os lados da situação, de forma crua e ao mesmo tempo poética. Há a brutalidade da guerra, tanto gratuita quanto por sobrevivência. Mas também há o lado humano em meio a tanta violência, um lado que ainda acredita, que quer ajudar, que ainda é capaz de amar. A amizade entre Negro João e a menina é de encher (e apertar) o coração.

Também tem o cenário histórico, desde a escravidão até a guerra, algo que faz parte da história de nosso país e muita gente não conhece. Fico feliz em ler uma obra nacional tão rica sobre nossa história!

Quem gosta de livros sobre guerras, certamente irá apreciar!

site: https://www.instagram.com/alilendounslivros/
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Nathy @literando_com_estilo 14/10/2018

Menina - Mitacuña
?Olá Estilosos! Hoje eu trago pra vocês a resenha de um livro que me surpreendeu. Com uma escrita, fluida e rica em detalhes o autor conseguiu despertar em mim um turbilhão de emoções ?
.

Resenha ? Menina / Mitacuña
Autor: Paulo Stucchi
Páginas: 256
Editora: Schoba
Ano: 2017
?5/5
.

?A história se passa durante a guerra do Paraguai. Utilizando fatos verídicos para compor a história @PauloStucchi faz uma ponte entre o que é real e o que é fictício, sem deixar de levar em conta as características culturais que cercaram a realidade presente na região.
?A forma como o autor relata a relação entre os protagonistas ? Negro João e a Menina ? é singular e a maneira como surge a amizade entre eles é sem igual. A comunicação entre os dois é baseada em olhares e gestos ? recurso utilizado para diminuir a barreira entre as línguas.
?João almeja a liberdade ao término do
conflito, mas depois de vivenciar tanto horrores já não tem mais tanta certeza de que tipo de liberdade desfrutará. No entanto, ele se vê em uma missão, salvar a Menina María através dos perigos que espreitam o interior do Paraguai devastado pela guerra.
?Ódio , fúria, fome e medo, se mesclam à conflitos internos, interesses políticos e honra ; e a esperança e redenção aos dois pilares essenciais na formação do Brasil e Paraguai: o negro e o índio guarani.

??Então, aprendeu que o tempo e os fatos são agentes frios, insensíveis. Que chegam e passam pela vida das pessoas sem o menor pudor ou escrúpulo, sem piedade alguma. Passam deixando apenas seu rastro. E é sobre esse que os sobreviventes devem construir sua vida.?

#MeninaMetacuna #PauloStucchi #LCAgencia #leituracoletiva #literaturaNacional #amoler #literandocomestilo #bookaholic
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katinha 14/10/2018

"Talvez por isso, agora, a amizade muda entre ela e Negro João era tão reconfortante. Ela compreendia a linguagem do silêncio e do olhar. Nada precisava ser dito."
Negro João, era um soldado forte como nenhum outro, voraz e leal, a quem foi dada a missão de proteger Maria e levá-la em segurança até Assunção.

Maria, uma pequenina paraguaia assustada, da guerra só tem lembranças de sua família, e tristeza pela vida que conheceu.

Juntos, Maria e Negro João vão enfrentar os medos de uma guerra onde pior do que armas, só a fúria de soldados traídos por um negro justo e corajoso que lhes cruzou o caminho.

Conseguirá Negro João cumprir a promessa de proteger Maria, em meio a terrível guerra do Paraguai?
.
Quando lemos uma história contada pelos olhos de outra pessoa, que não o personagem principal, é inacreditável o impacto que causa.

Uma das situações que mais me chamaram atenção nessa leitura, foi a conexão que Maria e Negro João estabeleceram durante a sua jornada juntos. Apesar de tudo o que sofreram antes de se encontrarem, conseguiram se apoiar um no outro e transmitir confiança apenas com o olhar.

Eu não tenho costume de ler livros nacionais, mas foi impossível não se apaixonar pela escrita do @paulostucchi, e por todo o conhecimento que ele trouxe através desse livro.

Foram tantos momentos emocionantes, tanto aprendizado durante a leitura, que esse livro ficará marcado por muito tempo na minha memória.

Agradeço ao Paulo pela oportunidade de conhecer seu trabalho, desejo muito sucesso, e espero ansiosamente pelo romance que será lançado.

Super recomendo ?

"Os homens que amavam podiam falar, não somente pelo coração, mas pela energia que transbordava através do amor" - Menina Mitacunã
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