kenhimura 22/12/2022
O livro é melhor que o (bom) filme!
O livro é bom, mas nada além disso. Entretanto, dá para tirar várias lições ao refletir sobre a história - os dramas e o sofrimento de Molly são por motivos muito comuns hoje em dia: sonhos de riqueza e status, luxo, vontade de ser "importante" etc. É possível aprender muito também com as entrelinhas - como lidar com pessoas, por exemplo - mesmo que este não seja o foco do livro.
Molly é uma jovem adulta recém formada em ciências políticas que, em vez de seguir direto pra escola de Direito, resolve fazer "mais" da vida, por conta própria. Vai para Los Angeles de supetão, sem dinheiro nem onde ficar, e tenta "construir sua aventura" na Cidade dos Anjos. Consegue em pouco tempo arrumar uns trabalhos e amizades, e seu círculo de contatos a levam a organizar para seu chefe uma mesa de poker, com celebridades e pessoas influentes. Sentindo que era sua chance, Molly se agarra a esta nova vida e é aí que de fato começa o fio condutor da história.
Apesar das motivações rasas da personagem principal (e que acredito de verdade que tenham sido as reais da Molly), a história se desenvolve de maneira interessante e, obviamente, previsível. Já diria o velho ditado popular: quanto mais alto se sobe, maior é a queda. E Molly cai feio, pelo menos duas vezes. A história, apesar de autobiográfica e quase impossível de outras pessoas terem vivido algo semelhante, entra em ressonância com muitos desejos e aflições no mundo pós-moderno, infelizmente.
A adaptação para filme é boa - o filme é ótimo, por sinal - mas achei o livro muito melhor em enredo, melhor conduzido e fazendo bem mais sentido. Possivelmente, os produtores adaptaram o que julgaram "incompatível" com o cinema (leia-se: o que não dá lucro). Mas são bons passatempos, tanto o livro quanto o filme.
Por fim, como o Homem Aranha é 🤬 #$%!& ! É por isso que quase ninguém gosta do Tobey.