Água de barrela

Água de barrela Eliana Alves Cruz
Eliana Alves Cruz




Resenhas - Agua de Barrela


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Josi 07/02/2022

Um livro que retrata a história de uma família escravizada no Brasil, que foi retirada de seu território em África e aqui viveu por gerações (e ainda vive). Mesclando a história dessas gerações, a autora apresenta relatos sobre a história do Brasil, a partir de uma narrativa negra (principalmente de mulheres negras). Narrativa que não está nos livros de história... histórias que nos foram roubadas pela Branquitude e que merecemos conhecer.
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Lilian 26/01/2022

Pouca ficção, muita história
Gostei do livro, mas li quase como uma peça historiográfica. Senti falta de mais ?literatura?, ficcionalidade.
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Vitu.. 21/01/2022

Uma leitura espetacular, bem emocionante e que dão um aperto no peito a cada pág lida. Muito bom!!!!
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Elizabeth Cabanez 11/01/2022

Retrato do Brasil
Do Reino de Oió, na África, até o Rio de Janeiro, passando por Salvador e pelos Engenhos em Cachoeira, na Bahia, seis gerações de mulheres negras se ergueram das barrelas para construir a história do Brasil.

A autora Eliane Alves Cruz recria a história das matriarcas de sua família, a partir dos relatos de uma tia idosa, que vive entre delírios deste e de outros mundos, combinados a pesquisas históricas.

Escravidão, lutas, rebeliões, a miscigenação fruto da violação, mudança de poder, declínio, guerras, cangaço, feminismo, são alguns dos aspectos que surgem custurando a vida das personagens do romance.

Água de barrela é a história de Ewa, Anolina, Martha, Damiana,Celina, do Brasil escravocrata, racista, explorador, até hoje, da classe trabalhadora.

É também a história de lutas, dos encantamentos que sustentam nossas crenças, do sonho de liberdade e da esperança de justiça.
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Bela.Samary 10/01/2022

Perfeito
A autora descreve a trajetória da sua família nesse romance histórico. Livro rico, muita história em poucas páginas. Envolvente, maravilhoso. Chorei muito do início ao fim. Ela tem uma forma de te levar dentro da história e te fazer viver cada alegria e dor dos seus personagens. Aconselho ir fazendo a árvore genealógica pois são mais de 100 anos de geração e da pra se perder um pouco nos personagens.
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Dida 09/01/2022

Uma aula sobre a historia familiar de muitos brasileiros
Terminei a leitura literalmente abraçando o livro. Há tempos queria lê-lo, pois ouvi um podcast a quase um ano da autora comentando como se deu a escrita dessa obra prima.
A leitura foi especialmente significativa pra mim pois estou a mais ou menos um ano tentando remontar a minha própria história familiar.
Tia Nunu e fez lembrar minha avó, hoje com alzheimer, mas que ja contribuiu tanto para meu conhecimento sobre fatos ja passados, quando me contava por horas suas histórias de vida.
Me emocionei demais, chorei muito com a leitura, que considero tambem uma aula e uma lembrança constante a nós como povo brasileiro de como a nossa história foi construída e ainda permanece sendo escrita em cima de injustiças e derramamento de sangue.
Recomendo demais a leitura e a reflexão.
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Laura Cazarini 27/12/2021

O livro é bom, a pesquisa que a autora fez foi maravilhosa e deixa tudo mais interessante, mas a forma como ela escreve dificultou muito a leitura pra mim. Tava lendo junto com meu grupo, mas se não fosse isso, não sei se terminaria. Mas que bom que terminei, pq vale a pena sim.
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Katielly 15/11/2021

Dor e resistência
Há dias estou tentando escrever um comentário sobre este livro carregado de dor e sofrimento. Lê-lo não foi fácil. O espanto e a angústia me percorriam ao ler tanta crueldade que os negros vivenciaram. O livro escancara o quanto nós falhamos como sociedade. Infelizmente, continuamos falhando. O racismo ainda é uma realidade em nosso país, ou melhor, em todo o mundo. Por isso, compreender estas questões para nos tornarmos seres melhores é muito importante. Nós sabemos que mesmo com a abolição da escravatura, a inserção do negro na sociedade brasileira foi profundamente desigual. Se olharmos atentamente para as esferas à nossa volta conseguimos perceber isto. A autora procura abrir nossos olhos por meio da escrita desse livro que traz relações com a sua vida.

No livro ela apresenta o início de tudo: os negros sendo brutalmente retirados do continente africano. O intuito disso, era trazê-los para cá - o continente americano - a fim de escravizá-los, algo realizado pelos senhores dos engenhos - possuidores das terras, da riqueza e da maldade. No canavial sofriam com trabalhos perigosos e exploratórios, mulheres sofriam com estupros e eram obrigadas a servi-los de todas as maneiras. E tudo era motivo de castigos severos que os levavam à morte. Aliás, a morte era algo que alguns clamavam. A morte era o meio de não viver mais a crueldade. Não havia descanso. Mas procuravam resistir. Queriam uma vida digna, como todos os seres merecem. E foram poupados disso durante séculos. A luta diária dos personagens e a vida cruel que levavam muito nos entristecem.

Mas são personagens - Olufemi, Ayoola, Isabel, Akin, Gowon, Ewa, Umbelina, Roberto, Anolina, Das Dores, Martha, Adônis, Damiana, Dodó, Celina, Nunu - marcantes. Resistiram duramente, lutaram para manter suas crenças, seus parentes e buscavam resgatar a todo custo a ancestralidade. Mantinham a força, sempre que podiam. Desse modo, acompanhar as gerações que vão se formando ao longo da história é muito interessante.

Eliana escreve sobre a história do Brasil, sobre a formação do território brasileiro marcada por muito derramamento de sangue, sofrimento e desigualdade, mas também de resistência. O livro possui acontecimentos históricos e políticos do nosso país que enriquecem ainda mais a leitura. Ler a história pela a perspectiva dos negros, e não dos brancos, se faz necessário.
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Lantier 14/11/2021

Lembranças a Ogum, Oxum e Xangô.
?Xangô é rei. Está pisando aqui comigo, e cedo ou tarde a justiça se fará.?

A leitura da realidade desse país.
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Vini 20/10/2021

Um livro que é uma verdadeira obra de arte. Achei incrível saber sobre a história de uma família descendentes de escravos. Essa é a nossa verdadeira história brasileira.
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João 20/10/2021

Um misto de dor e orgulho
Quando me transporto às minhas profundas raízes negras, africanas, escravizadas, sinto uma mistura de dor e orgulho. Pensar que foi ontem que meus ancestrais não eram considerados seres humanos me causa muita dor e revolta. Pensar que esses mesmos ancestrais lutaram a vida inteira, debaixo de muita tortura, pra eu ser o que sou hoje. obrigado a todas elas, e a todos eles. obrigado também à Eliana Aves Cruz por esse livro incrível.
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Laiza 06/10/2021

Água de Barrela - Eliana Alves Cruz
Água de Barrela conta a história da geração de uma família através do protagonismo de mulheres negras. Desde a saída forçada do continente africano, aos horrores da escravidão, e as dificuldades e obstáculos que seguem após isso.

Conforme vamos acompanhando as gerações da família, temos o andamento e fatos ligados à história do Brasil. Eu gosto muito de histórias que vão ligando os personagens às questões históricas e acontecimentos, por que acho interessante observar essas conexões e a forma como a história se liga e molda o indivíduo. E como aqui temos muito presente a questão racial e o racismo no Brasil, vemos como os personagens são forçados a passar por constrangimentos políticos, sociais e econômicos ao longo da vida.

"Água de Barrela" demonstra as raízes históricas do racismo no Brasil. Da violência brutal e da exploração da escravidão impostas aos negros, e as formas como a cultura e a religião eram suprimidas. E a maneira como a liberdade foi construída de forma ilusória e rasa, destinando aos negros sempre novas formas de servidão, exploração e desigualdade. Acentuado e destacado no livro através do protagonismo das mulheres da família, então há também em pauta discussões sobre raça, gênero e classe.

A partir dos relatos da própria família da autora, Eliana Alves Cruz, e o o contexto histórico brasileiro, temos uma história que mistura o real e o ficcional. E saber disso apenas acrescenta ainda mais beleza e sensibilidade à essa história. Uma escrita atenta aos detalhes, mas que mesmo sendo bem descritiva, fascina desde o primeiro momento, por ser rica, impactante e real. Histórias geracionais são sempre carregadas de emoções para mim, por que conforme as gerações vão passando, vamos nos despedindo dos personagens conhecidos e vamos seguindo em frente, percorrendo novas jornadas e destinos. Então você mergulha fundo dentro de uma família, os acompanha e se apega a eles em seus momentos de tristeza, dor, das dificuldades, mas também nos momentos de luta, esperança, e de determinação.

Uma leitura vívida, tocante, e necessária.

Conheça meu blog e meu insta literário: @possosurtaragora :)

site: http://laizafsiqueira.blogspot.com/2021/10/livro-agua-de-barrela-eliana-alves-cruz.html
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elainegomes 30/09/2021

Sabe aquele livro, que te traz a sensação de estar sentada em uma cadeira antiga, em um velha varanda, e ao seu lado, pessoas queridas te contam passagens de sua vida, histórias carregadas de emoções... foi assim que conheci:

Água de Barrela, alvejante caseiro usado para branquear.

Família Branca, de grande poder, posses, propriedades, com suas roupas alvas mesmo aquelas manchadas pelo vermelho sangue da pele negra.

Família Negra, a pele é preta, na pele cicatrizes, mas as maiores deixaram marcas na alma.

E assim, passando por três séculos de história, em um paralelo entre as histórias que se cruzam, da Família Branca, a Família Negra e a história do Brasil.

Este livro narra a história do Brasil, através do olhar do negro, escravo, objeto de exploração, humilhado, violentado, mas que escolhe sobreviver, buscando incansavelmente um mundo melhor, não para si, mas para seus descendentes.

Em uma roda do destino, que em grande parte das vezes gira sem que se possa interferir, mostrando quanto inútil é se rebelar contra o que já aconteceu, mas comprova o quanto é importante, manter viva a memória, para que finalmente se faça justiça.

Toda a trajetória de coragem, força e fé, que tem seu início na África, segue para Bahia e se encerra no Rio de Janeiro, conta a história de uma família, conhecemos seus nomes, conhecemos sua árvore genealógica, mas que na verdade é um resgate da história de tantas outras famílias brasileiras, a minha, a sua.

Que ao final ensina a linda ?fórmula Damiana?, que somente com educação conseguiremos apagar as linhas divisórias que por séculos segregam seres humanos por conta da cor da pele.

Super recomendo e obrigada Eliana Alves Cruz por este trabalho lindo, delicado, doloroso mas fundamental para conhecer nossa história.
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Pandora 25/09/2021

Que livro! Como eu sofri!
Imaginem eles/elas?

Eliana nos conta a saga da sua família desde seus ancestrais arrancados violentamente de seu lar, no oeste africano, para serem escravos no Brasil, até os dias de hoje. A riqueza de detalhes e cenários nos coloca dentro da história e ela é cheia de desafios e personagens que todos os dias lutaram para viver.

Todos nós deveríamos conhecer a História pela visão dos oprimidos, dos escravizados, das mulheres, das crianças, dos marginalizados e não só aquela contada pelo homem branco privilegiado. Entenderíamos muito melhor o que acontece hoje e por que é tão difícil mudar certos comportamentos e convencionalismos. Entenderíamos por que o assassinato do jovem classe média num assalto revolta e a batida policial truculenta na favela não. Entenderíamos por que uma empresa com 80% de funcionárias mulheres só tem homens em cargos de chefia e menos de 1% de pessoas negras, nenhuma trans, nenhuma deficiente e isso parece natural. Entenderíamos o porquê das cotas e dos programas sociais que chamamos de privilégios. E lutaríamos para melhorarmos. Como cidadãos e como nação.

Quem minimamente lê? Se informa? Se interessa? Questiona? Se coloca no lugar do próximo? Não subestima a dor do outro? De que forma combater nossos problemas estruturais? Como escreveu Eliana: “Nós, os que estamos prosseguindo o caminho deixado por eles, também enfrentamos o desafio de, ainda no século XXI, trabalhar para apagar as linhas divisórias que por tantos séculos nos deixaram à parte do banquete principal do país. Optamos pela “fórmula Damiana”, ou seja, a da educação.” - pág. 304. Como disse Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”

Apagar as linhas divisórias a que se refere a autora é uma missão coletiva. Não só de quem está à parte, mas de todos. Uma das evidências do quanto estas linhas ainda são fortemente traçadas está numa reportagem no site da BBC News, intitulada “Escravidão não foi tão ruim assim“: os controversos comentários de turistas no sul dos EUA, cuja leitura mais do que recomendo. Porque pimenta nos olhos dos outros é, afinal… nos olhos dos outros, ué.
Sylvia 25/09/2021minha estante
Eu amei demais ler Água de Barrela!
Já coloquei outro dela na fila.
Li no inicio do ano logo após "Sorte" da Nara Vidal que me arrebatou também.
Mulheres incríveis que escrevem divinamente.


Pandora 25/09/2021minha estante
Sylvia, também adorei Sorte. Li recentemente. Sim, tantas mulheres incríveis para conhecermos!




Luciana Luz 24/09/2021

Água de Barrela foi o primeiro romance lançado pela escritora Eliana Alves Cruz. Nele, Eliana narra a história de seus ancestrais, desde que foram arrancados do continente africano, até os dias atuais. Uma obra, que nos aproxima dessa realidade dolorosa e cruel que foi a escravização, mas que também nos conta sobre as grandes mulheres de sua família, gerações que trazem a força, resistência, sabedoria e luta como marcas. Que lutaram e lutam contra destinos traçados, que quebraram e quebram o padrão imposto e veem na educação a luz guia.
O livro aborda vários momentos históricos como a Lei do ventre livre, guerra do Paraguai, abolição da escravatura, entre outros, num período de 1849 até dias atuais.
Complementando a leitura tem uma carta recebida pela sua avó, fotografias e uma árvore genealógica.
Uma leitura que provoca e emociona.
Deby Rodrigues 02/11/2023minha estante
Comecei hoje. Obrigada pelo incentivo, amiga!


Luciana Luz 03/11/2023minha estante
É um baita livro.




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