Karen

Karen Ana Teresa Pereira




Resenhas -


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Lorena 03/05/2019minha estante
Samuel Beckett é um escritor que ela cita, não acho que seja o pai dela.

O último capítulo é quase idêntico ao primeiro. Como se a história tivesse começado daquele ponto ou que sempre retornas se aquele ponto.

O motivo da Emily só falar em terceira pessoa é bem intrigante mesmo.


Lorena 03/05/2019minha estante
Samuel Beckett é um escritor que ela cita para comparar a aparência com o a do dono da galeria. Não acho que seja o pai dela.

O último capítulo é quase idêntico ao primeiro. Como se a história tivesse começado daquele ponto ou sempre retornar a ele, pra uma vida que ela achava que tinha.


Anna.Samyra 23/05/2019minha estante
Acho que a personagem vive em um eterno loop temporal...


Lorena 24/07/2019minha estante
Isso. Muito doido esse livro.


Lia Trajano 22/10/2020minha estante
Também achei muito estranho ela citar Karen na terceira pessoa, será que aquela governanta realmente existia? Não fazia parte do delírio de Karen?




Fernando 18/03/2019

Intrigante
Livro curto, para ser lido num dia só, num fôlego só! Onde a realidade e a ficção se encontram...
Iara 19/03/2019minha estante
Spoiler
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Você achou que ela é Karen ou nao? Esse livro me deu um nó na cabeça quando terminei


Fernando 22/03/2019minha estante
Oi Iara...achei sim. Principalmente quando ela fala que achava que as histórias baseavam em duas pessoas: a boa e a má. Acredito ela ser a junção das duas...


Iara 22/03/2019minha estante
Também acho!!!




Rodrigo 12/03/2018

KAREN
Não sei como pode ter sido o vencedor do Prêmio Oceanos. Fraco, desinteressante, chato no excesso de referências.
Enfim, um livro que eu nunca recomendaria. Dos piores que eu li nos últimos tempos.
Bel Menezes 08/04/2021minha estante
Até q em fim alguém q concorde comigo! pior livro lido esse ano(e no meu caso foi o primeiro)




Aguinaldo 24/07/2018

karen
Ana Teresa Pereira é uma escritora portuguesa experiente (publicou dezenas de livros desde 1989). É também uma escritora respeitada e premiada. Seu romance mais recente, "Karen", recebeu o prêmio Oceanos do ano passado. Publicado originalmente em 2016 ganhou esse ano uma versão brasileira, editado pela Todavia. É um romance psicológico, minimalista, um quebra cabeças sem solução explícita. É de fato muito bem escrito, em capítulos curtos, num clima de contos de fada, de fantasia, do vivido por alguém permanentemente intoxicado, de cinema de mistério. O leitor acompanha o desconcerto de uma mulher que acorda em uma casa do interior inglês, é identificada e reconhecida como sendo Karen, senhora de um casarão decrépito, mulher de um sujeito enigmático e recluso, e que é servida por duas mulheres, uma velha governanta e uma jovem de uma aldeia próxima, que faz a limpeza da casa. Todavia, ela desconhece essa realidade, tem consciência de não ser e não reconhecer uma mulher chamada Karen, muito embora tenha afinidade com o gosto estético por livros, cinema e galerias de arte reputado a ela. Não é o tipo de livro sobre o qual gostaríamos que alguém contasse o final, apesar de que pode-se imaginar várias possibilidades narrativas para explicar esse final. Assim como em nossas jornadas e escolhas pessoais, que são intransferíveis, a solução do enigma vivido por Karen só pode ser alcançada por ela mesma. Somente alguém perverso, que tenha prazer no sofrimento alheio, poderia dar continuidade a crise de identidade vivida por ela, mas quem sabe ser mais perverso e cruel que nós mesmos, limitados homo sapiens, que aprendemos a nos controlar, vigiar e punir. Os demais personagens, o narrador e até nós leitores, pouco saberão sobre a natureza e as justificativas para a imersão na escuridão e na intimidade que Karen vivencia (e que se não tem retorno, pois parece ser cíclica, permite um contínuo exercício intelectual, de auto investigação, até de aprimoramento). Interessante. Talvez seja o caso de conhecer outras narrativas dessa prolífica portuguesa. Vale!
Registro #1263 (romance #334)
[início: 13/02/2018 - fim: 15/02/2018]
"Karen", Ana Teresa Pereira, São Paulo:Todavia livros, (1a. edição) 2018, brochura 14x21 cm., 120 págs., ISBN: 978-85-93828-44-7 [edição original: Karen (Lisboa:Relógio D'Água editores) 2016]

site: http://guinamedici.blogspot.com/2018/06/karen.html
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Adriana Scarpin 28/08/2018

Há de qualquer coisa relevante num livro que começa e termina citando Visconti e Powell & Pressburger. Ledo engano basearmos a atmosfera desses cineastas (mais especificamente com Le notti bianche e Black Narcissus) nas experiências gótico-abstratas que estamos a testemunhar a partir de então, estas mais calcadas em Cornell Woolrich, que a própria autora de Karen nomeia por um dos seus pseudônimos, William Irish, ou então Daphne du Maurier.
Esse livro é cinematográfico até a medula, portanto o que mais esperamos dele é justamente se transformar numa obra em movimento, pena Truffaut ter nos deixado tão cedo, é nas mãos dele que este livro ganharia força cinemática com a devida homenagem ao estilo hitchcockiano.
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Toni 25/09/2018

‘Karen’ é o primeiro livro da Ana Teresa Pereira publicado no Brasil e foi o vencedor do Oceanos de melhor romance em 2017 — primeira vez desde a criação do prêmio em 2003 (então chamado Portugal Telecon) que o primeiro lugar foi entregue a uma mulher. Vi aqui e acolá umas críticas negativas ao romance e, agora lido, fiquei bem ressabiado com a injustiça dos ditos criticantes. O romance é um triunfo de atmosfera e enredo. Certo dia a narradora acorda numa cama com ferimentos e se dá conta que a memória que tem da própria vida não corresponde à mulher chamada Karen com quem todos ao seu redor a associam. Dizem que ela caiu de uma cascata ao tentar a travessia e perdeu a memória. A certa altura descobrimos que uma grande herança está para ser herdada pela narradora assim que completar 25 anos. Com esse dinheiro, aquele que se diz seu marido, herdeiro da mansão em que vivem numa cidadezinha do interior da Inglaterra, poderá se dedicar exclusivamente à sua grande paixão, escrever livros. Já deu pra sentir o drama, né? Tributário daqueles romances góticos fortemente marcados por elementos naturais e paisagens de silêncio e assombro, além, claro, de uma linguagem depurada e suspeitosa (de si mesma e dos outros), “Karen” atualiza o gênero e traz à tona a maior fantasmagoria do século XXI: o encontro com o abismo vertiginoso que define nossa identidade.
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GRIFO: “Era um pensamento mágico, eu atravessara a cascata e alguma coisa acontecera, uma coisa violenta e misteriosa, talvez fosse por isso que caíra e tinha aquela marca na testa. O sinal dos que tinham passado pela metamorfose. Era um mundo antigo e, à medida que me habituava às suas formas, tinha uma nova compreensão” p. 82
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Santi 16/01/2019

Curto, mas maravilhoso
Um dos livros que mais me prendeu, é fácil e gostoso de ler, um romance que não se resume a isso.
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lara 28/07/2019

Karen
Um livro curioso, instigante e te deixando com algumas incógnitas. “... e depois à luta final entre a jovem com o hábito branco e a jovem com o vestido vermelho, as nuvens lá e baixo, o mosteiro erguia-se acima das nuvens. Em tempos pensava que todas as histórias eram uma só, à luta entre o anjo bom e o anjo caído, e sempre à beira de um abismo”.(pág.9) Karen teria ficado à beira do abismo com um luta constante ente os anjos?
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Ana Aymoré 29/07/2019

O sonho de Zhuangzi
Ganhador do prêmio Oceanos em 2017, Karen é um livro que divide opiniões. Já li alguns comentários bastante desfavoráveis a ele que, a princípio, me desanimaram, até que uma resenha do @literatoni recolocou-o na minha mira.
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Logo de cara, sua fábula alude a elementos da literatura do século XIX: uma mulher desperta, após um suposto acidente numa queda-d'água, numa cama que não é a sua, com um marido que não reconhece, numa decadente mansão no interior da Inglaterra. Chamada de Karen por Alan, um escritor diletante, e pela governanta com quem estabelece um tortuoso diálogo em busca da verdade, a mulher não consegue se recordar de nada de sua vida nesse contexto, mas se lembra com alguma certeza de uma vida mais autônoma como pintora em Londres. No desenrolar da trama, esse esboço inicial associa o motivo fundamental do romance vitoriano da "louca do sótão", que faz da mulher uma prisioneira da tirania patriarcal, retratado de forma funesta na literatura (como em Jane Eyre ou O papel de parede amarelo) a traços constantes nos contos de fadas (a passagem para uma realidade alternativa através de alguma espécie de portal de ligação, nesse caso a cachoeira), ao cenário gótico, num espaço ancestral e eternamente mergulhado em frio e névoa, e a elementos estruturantes do fantástico, como aquilo que Remo Ceserani chama de objeto mediador, algo que atestaria a existência do "real" (em Karen, uma pedra alaranjada).
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Mas o melhor do livro, para mim, não está nessa rede de paródias, mas na composição de tom jamesiano que a autora desenvolve com maestria. Ele contém exatamente aquilo que a narradora identifica nos contos do enigmático Alan, a "indecisão perturbadora" dos contos de Henry James, sobretudo a questão da identidade como algo fixo. Todas as histórias são duas, diz a narradora: a luta entre o anjo bom e o anjo caído, e a mulher que se apaixona por um homem assombrado por outra mulher. Ou três, se adicionarmos o sonho de Zhuangzi, o mestre taoísta, de ser uma borboleta e não saber mais, ao despertar, se era Zhuangzi que sonhara ser uma borboleta ou uma borboleta que sonha ser Zhuangzi.
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Michel Pinto Costa 13/02/2020

Realidade e Fantasia
Livro ganhador do Prêmio Oceanos 2017.
O escritor Henry James e o cantor Mark Eitzel, dentre outros artistas povoam a mente de ‘Karen’. Há um excesso de citações de nomes de artistas, o que dá um ar de exagero e pedantismo na protagonista. Para alguns pode incomodar um pouco a leitura.
Do escrito Henry James (citado exaustivamente pela personagem) li apenas ‘A Volta do Parafuso’ e se observa influencia deste escritor na obra.
Um livro simples, rápido, que nos coloca na mente de um personagem que está num estado de confusão (e nos leva junto).
O que acontece? Qual a conclusão disso tudo?
Sem dúvidas, é um livro que dividirá opiniões e um bom papo sobre o final.
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@bea.lendo 13/03/2020

A autora mistura o tempo de um jeito curioso, coloca em um mesmo capítulo realidades que podem ter sido vividas pela protagonista tanto no passado, quanto no presente; há pouquíssimos personagens, como se tudo acontecesse dentro de um sonho. A escrita é poética e amei a forma como o texto foi construído. Senti que muitas lacunas ficaram abertas - talvez para nos inserir ainda mais na complexidade do romance -, e o final me deixou com vontade de saber o que havia de fato acontecido a Karen, e qual era a parte "real" e imaginária de suas indagações pessoais.
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Ale 18/03/2020

Um verdadeiro quebra- cabeça
Um suspense psicológico com pistas escondidas em cada capítulo. Não é um livro fácil, apesar da escrita fluida.
Mais um livro que encaixo na categoria experiência literária. Concluí-lo dá enorme satisfação.
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Mari 13/04/2020

Não encontrará respostas
Uma pintora acorda em uma casa que não conhece, onde moram pessoas que não conhece e... no corpo de outra mulher. Ela só sabe que essa mulher se chama Karen, pois a chamam assim. Para a situação ficar ainda mais tensa, ela descobre que sofreu um acidente quando tentava atravessar uma cascata e que, em breve, receberia uma grande herança, sendo que seu marido não tinha dinheiro.
A narrativa não é linear, vamos descobrindo informações tanto sobre Karen como sobre a narradora alternadamente. O livro continua nesse clima de confusão e suspense.
O final é aberto e não apresenta respostas sobre o que aconteceu com essas duas mulheres. O que eu gostei bastante, pois abre espaço para a imaginação e várias teorias.
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Estefania 24/05/2020

Imagine acordar em uma certa manhã, depois de sonhos inquietos e perceber que não lembra quem você mesma é. Você tem um vislumbre, uma memória lá ao longe que te acena. Mas todos dizem que você agia de modo diferente do que você se lembra. Será que aquilo tudo é uma lembrança ou uma imaginação? Você foi quem queria ser ou projetou tudo de maneira tão forte que agora nem sabe mais diferenciar realidade de projeção?

Ler Karen é entrar nas águas geladas e profundas da cascata que permeia a narrativa de Ana Teresa Pereira. Você precisa estar preparada para se molhar e para se deixar levar pela correnteza. Seria a vida rio no qual não podemos nos banhar duas vezes, seguindo Heráclito? Ou será que tudo é um ciclo e você volta para a estaca inicial?

A personagem principal do livro é um mistério a ser desvendado por ela mesma e por quem a lê. E no final das contas não somos nós mesmos aqueles a serem perscrutados todos os dias? .

Ler "Karen" é uma experiência sensorial e psicológica que vale a pena. Terminar a leitura em um dia chuvoso foi agradavelmente especial.
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