O pai da menina morta

O pai da menina morta Tiago Ferro




Resenhas -


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EliAntonopoulos 04/11/2021

Construção incômoda- conteúdo fortíssimo
Além de tratar de um assunto fortemente triste, a construção é muito incômoda. Já li outros livros com construções não lineares, recortes ou fluxo de pensamento. Mas a estrutura narrativa dessa me perturbou demais. Solidarizei-me com o narrador pelo conteúdo, cuja ficção tem bases na desgraça real de um pai (o próprio autor) que perdeu sua filha de verdade. E, a partir de sua dor, a expande relembrando de dores de outros pais/mães. É um livro difícil, mas esteticamente muito bom e ao mesmo tempo intragável..
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Carol1349 08/10/2020

Agonizante.
Um dos livros mais intensos que já li, o pai da menina morta narra sua vida após o falecimento de sua filha de apenas 7 anos de idade. A verdade nua e crua por trás de todo o processo em que passou após a partida de sua menina, muita coragem ao escrever esse livro, ele elenca vários outros temas a narrativa, um misto de tristeza, dor, raiva e amor.
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Dani Pontes 08/06/2022

Dolorido
Um livro dolorido, q tive q ler aos poucos, com pausas pra respirar...
Não consigo nem imaginar a dor profunda q o autor viveu... vale a leitura mas cuidado com os gatilhos.
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Thali 12/11/2021

Este livro trata de uma dor, que pra mim é inimaginável... A dor de perder um filho. A história é toda fragmentada, no geral em capítulos curtos, por vezes parece mais um fluxo de pensamento, bem acelerado e desconexo... Talvez exatamente pra tentar traduzir um pouco dessa dor. Tem muitas referências, principalmente à pessoas famosas que também perderam seus filhos. Achei um pouco difícil de acompanhar o pensamento do personagem, por vezes me perdia no que ele estava falando... Mas é um livro muito bom.
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Marcelo Rissi 22/07/2022

O pai da menina morta (Tiago Ferro)
"O pai da menina morta". Fim da leitura.

Não entendi (ou não sei se entendi). Acredito que o intuito era esse mesmo, na verdade. Compreendi, porém, o cerne da narrativa.

A história é construída a partir de - e exclusivamente por - digressões e fluxos de pensamentos desconexos, que parecem sintomas ou efeitos dos delírios e das alucinações provocadas pelo luto (decorrentes da morte da filha pequena do autor-narrador-personagem). É, de fato, uma dor insondável, que, por certo, causou toda essa confusão e esse vórtice internos, refletidos numa narrativa não apenas abstrata e onírica, mas desconexa e um tanto ininteligível.

Esse enredo labiríntico e aparentemente sem sentido deve ser o retrato, formado por uma sequência de diversos ?recortes?, da mente inquieta, abalada e aturdida do autor-narrador-personagem.

Em suma, há, aqui, apenas uma sequência de fragmentos desconexos e sem sentido de reflexões e pensamentos aleatórios (tudo, claro, elaborado intencionalmente pelo autor). Nunca li nada parecido, embora, pelo que pesquisei, essa técnica narrativa exista, não havendo, portanto, ineditismo.

Talvez o problema, na verdade, esteja comigo, que não captei a mensagem ou não percebi a beleza da obra (que deve ser, de fato, ótima, pois finalista do prêmio Jabuti). Confesso, aliás, que, por motivos muito pessoais, tenho enorme dificuldade com narrativas que abordam a questão do luto. Parte do "problema" deve estar aí, portanto.

Friso, novamente. Eu realmente desejava - e, com afinco, tentei - ter gostado mais desse livro. Essa leitura, infelizmente, não foi para mim. De todo modo, considero bastante válida - e, arriscaria dizer, até necessária! - a imersão nessa experiência literária, seja pela sua audácia, seja pela forma pouco usual de construção narrativa (o que provoca incômodos ao leitor, não bastasse, por si só, o penoso assunto abordado).

Ao autor, louvo enfaticamente a bravura e a coragem por enfrentar um tema tão pessoal, íntimo e, mais que isso, intimamente doloroso. A obra, ainda que com um enredo estranho ao meu ?paladar?, vale muito pela sua proposta, seu conceito e sua mensagem.

Minha solidariedade e meu abraço fraterno ao autor, por sua perda e por sua dor insondável. Mais que mera retórica, eufemismos ou abstrações, ele sentiu na pele - para além das figuras de linguagem e das técnicas narrativas utilizadas - tudo o que ele descreveu. Sentiu, aliás, muito mais. Experimentou algo que o limite das palavras não alcança: a dor lancinante de um luto que fugiu ao ciclo natural da vida. As agruras de um pai que enterrou a própria filha, ainda bebê. Uma lastimável fatalidade.

Obra atordoante. Estraçalhou-me. Estilhaçou-me.
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Glyceane 09/06/2021

A forma fragmentada que o autor usa para narrar o luto pela morte da filha se assemelha muito a um diário, com um fluxo narrativo que alterna entre presente e vários passados deixando a história muito confusa.
E do nada o autor joga umas temáticas aleatórias.
Parece que o autor não conseguia desenvolver mais do que simples parágrafos e resolveu costurar tudo e formar um livro.
P.s. inserir listas, e-mails, msg de whatsapp não deixa o texto mais fluido e contemporâneo.
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babi 14/06/2021

o luto está em cada palavra desse livro
é um livro forte, entendo o motivo pelo qual algumas pessoas não gostaram dele, é um livro relatado, coisas extremamente pessoais e que a gente de fora não faz noção, fica vago. eu particularmente gosto de leituras assim, é uma forma de entender o que se passa na cabeça do outro, entender 0,01% da dor do outro.

foi uma leitura muito boa pra mim, fiz diversas reflexões.
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Giovana 12/07/2021

No começo você acha que é um livro sobre um luto terrível e quer chorar logo nas primeiras páginas. Depois descobre que esse luto passa a existir para além da perda e encara a vida de um homem cru.

Muito bonito. Não existe apenas tristeza dentro do luto e o livro consegue demonstrar isso com maestria. Existe vida após uma grande perda. Ela não é fácil e muito menos bonita, mas existe vida. E é isso que o livro contempla.
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Debora 18/04/2023

Poderia ser tocante, mas só é confuso
Despejamento literário das dores de um pai que perdeu sua filha. A forma não me tocou...
Trechos entrecortados nos fazem tentar tocar o sentimento de perda, mas não me levou a nada
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Gustavo611 07/03/2023

Um livro pungente, você realmente embarca em uma jornada de luto extremo de um pai que perde sua filha sem qualquer aviso ou explicação. O leitor acaba percorrendo junto ao narrador o caminho deste labirinto, descendo pela espiral de emoções e pensamentos que essa perda representa. Gostei muito da leitura, me emocionei a cada página, me identifiquei em outras tantas. É um livro que, para mim, precisou ser lido aos poucos, pois quando me dei conta, eu estava encarando meus próprios lutos.
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Euler 30/05/2020

Não tem como não pensar no livro do Cornélio Penna ao ver esse livro, mas essa narrativa é completamente contemporânea, usando a fragmentação como grande ponto, deslocando o que tradicionalmente é entendido por literatura ao propor um texto que se subdivide em pequenos textos, rompendo com o tempo, indo e vindo na história do narrador, nos jogando nos mais diversos deslocamentos e listas aleatórias. O livro deixa a gente na confusão que são as perdas de quem a gente ama. Há uma dor que justifica essa história e que deixa tudo assim como que em cacos, fugindo - quem escreve e nós que também queremos fugir - várias vezes da realidade. A morte da filha do autor de 8 anos e que é o cerne do livro passeia por ele todo, até mesmo quando nos parece que não se está falando sobre isso é exatamente sobre perder a filha que se fala. E é curioso perceber como de uma dor a gente pode fazer brotar coisas incríveis como um livro. Talvez seja isso, o livro como a trégua no pior do luto, como aquilo que o adubo fez nascer. Não sei porque enquanto lia me deu uma vontade de ler o Sérgio Santan'na, talvez por conta da forma como o Tiago Ferro brinca com a estrutura ou porque ainda estejamos todos de luto por ele. O pai da menina morta foi um surpresa. É o tipo de jogo textual que eu gosto e que precisa parar de ser chamado como experimento, porque não é experimento, é o que é a literatura hoje e agora. ??
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Flavia1064 05/09/2023

É um bom livro. Curto, Franco, direto, mas muito dolorido.

Recomendo cautela para os mais sensíveis?
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Isabela.Vieira 30/12/2018

A narrativa deste livro é bastante complexa. O autor mescla fatos do passado, presente e futuro para descrever sua experiência em ser O Pai da Menina Morta. Senti como se eu tivesse dentro na mente do autor e pudesse vivenciar o turbilhão de sentimentos, além da necessidade de manter a cabeça sempre ocupada para tentar ainda viver, após uma tragédia que desafia a ordem natural da vida.
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Rafael G. 04/01/2019

Sabe-se que Tiago Ferro tem a tragédia do título como disparador da escritura. Tal informação aparece na orelha do livro, na contracapa, pode ser lida/ouvida em entrevistas, em diversos links. Não se faz necessária sinopse. "O pai da menina morta" é sobre a paternidade que experimenta a ausência.

É evidente que a narrativa enfrenta o luto, mas o faz para pensar a vida de quem resta. O narrador me parece buscar quem é (foi) para além do pai (da menina morta). No processo, lança mão da ironia, do humor, de imagens, verbetes de dicionário: rasura as formas a partir de anotações, produz um fruto estranho, híbrido. Esboça um (não)romance que se coloca diante da dor através do resgate do cotidiano, da especulação.

Não diria que Ferro empreende um registro ensaístico de elaboração do luto, mas a experimentação de como a intimidade do narrador confunde-se com a instabilidade formal. Trata-se de um trabalho que suspende a dor à própria elaboração com a linguagem. Tal procedimento produz momentos interessantes, o texto escorre, é difícil largar.

Um bom livro, bastante relacionável - todos nós já vivenciamos um luto de alguma ordem, ainda que provavelmente menos monstruoso. De todo modo: desafiador, forte e muito bonito. Sobre o corpo que se desfaz na tentativa de mais uma vez caber em si e na ordinaridade cotidiana. Resiste o amor depois do horror.
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Fabiana 08/12/2021

Dilacerante
Um misto de ficção com autobiografia, o livro conta em primeira pessoa as sequelas que a morte de uma criança deixa na família.
O autor, dono de uma editora paulista, perdeu sua filhinha em 2016.
Através de e-mails, mensagens, listas e da narrativa tradicional, Tiago Ferro compartilha seu luto e sua dor de forma tocante, permeado por momentos de ironia.
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