Satíricon

Satíricon Petrônio




Resenhas - Satíricon


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Dos Anjos 19/01/2009

"Não há muito o que falar..."
Não há muito o que falar acerca de um clássico? se ele é um clássico, com certeza se tem muita coisa para falar, a não ser que não saibamos o que dizer!O livro mostra a realidade da roma satirizada e vista com os olhos da crítica e pode ser considerado o pai dos romances pícaros!
Bonfatti 24/01/2009minha estante
Tanto a Sinopse quanto as resenhas não exclarecem muito a respeito do livro. Afinal, de que se trata o livro??????


Anita 03/12/2012minha estante
Está certo, mas não condeno o comentário de F. , pois é muito claro que foi ofuscado pelo mau gosto da Martin Claret ao ler o clássico... uma lástima!




Adonai 01/04/2021

Desejos de ter o texto completo
Durante a leitura, muitas conexões com outros movimentos de ler povoaram a cabeça e uma delas foi pensar um clássico da literatura mundial que transborda sexo, sexualidades e escapa de muitas "vergonhas" ou "pecados".

Além de ser um incrível registro daquele contexto em Nápoles, dos costumes e diversas expressões sociais, as relações e as performances, a leitura fez refletir em mim o quanto as religiões estragaram nossa vida e questionar até quando seguiremos assim. Uma pena não termos acesso ao texto todo, mas o que já temos marca tantas coisas que vale a pena uma releitura. Resta também ver o filme inspirado na obra, talvez eu goste assim como gostei desse livro.
Dan 01/04/2021minha estante
Comprei esse livro ontem. Deve ser muito bom!


Adonai 04/04/2021minha estante
Eu adorei, Dan! Até penso em reler daqui um tempinho




Sérgio Filho 02/05/2010

O hedonismo de Petrônio
Petrônio escreveu o Satíricon com o intuito de ridicularizar a corte do imperador Nero e a alta sociedade romana. Antes que o soberano do império o condenasse à morte, o autor latino suicida-se cortando os pulsos ao mesmo tempo em que desfruta seus últimos momentos conversando com os amigos sobre os prazeres que a vida proporciona. Desse modo Petrônio seguiu a ética hedonista até sua derradeira gota de sangue, literalmente.
Obra-Prima da Literatura Latina, Satíricon condiz perfeitamente com o estilo de vida adotado por seu autor. Diferentemente do Epicurismo, que prega a procura da felicidade pela prática moderada do prazer, a filosofia iniciada por Eudoxo de Cnido aconselha a busca incessante pelo prazer.
A maioria dos personagens da obra é desprovido de pudores, as práticas orgíacas, heterossexuais e homossexuais são narradas pelo protagonista Encólpio com total desprendimento moral, visto que a visão de mundo cristã que castraria o sexo como elemento essencial e fundamental do e para o ser humano ainda não ameaçava a mundividência pagã.
Encólpio nos conta suas aventuras vividas em viagens pela Itália, bem como suas peripécias amorosas com outros dois jovens mancebos, Ascilto e Gitão. Juntos, o trio de errantes passa por situações de perigo, episódios picantes e outros de muita comicidade, como é o caso do famoso banquete de Trimalquião, sujeito bonachão sempre a pronunciar trocadilhos de péssimo gosto. A cena é uma verdadeira sátira (daí o título do livro) às altas rodas da sociedade romana da época, além de ser um devotado culto dionisíaco.
O Satíricon é considerado o primeiro romance realista da Literatura universal, lá estão características que antecipam em muito, o que no século XIX comporia a estética realista.
Por isso o parecer do crítico Otto Maria Carpeaux ao explicar porque o romance de Petrônio é tão atual: “O ambiente (...) é o das nossas grandes capitais, da nossa alta sociedade (...). A obra de Petrônio é de estranha e alegre atualidade.”


Luísa Coquemala 06/04/2017

O que dizer sobre o Satíricon? Antes de tudo, acho necessário dizer que o Satíricon não é um livro fácil ou imediato. No meu caso, por exemplo, acredito que tenha subestimado o livro e agora, relendo-o, tenha entendido um pouco melhor sua magnitude.

É claro que por ter uma estrutura fragmentada e construção diferente do que estamos acostumados, não é um livro que imediatamente arrebata o leitor, o traz para dentro da leitura. É necessário um pouco de esforço para entender (ou até supor) o que está acontecendo, o que as partes perdidas poderiam esconder.

Mas há, sobretudo, duas coisas que me encantam no livro - e que, acredito, estão relacionadas. É sobre elas que eu gostaria de falar.

Primeiramente, o Satíricon, quando olhamos de perto, faz referência a uma série de estilos diferentes - satirizando-os na maioria dos casos. Os dois estilos onde isso se torna mais imediato são a epopeia e o romance grego. Em relação aos romances gregos, temos o triângulo amoroso Encólpio-Gitão-Ascilto (depois Eumolpo) como sátira aos casais sempre apaixonados desses romances; quanto às epopeias, temos não apenas pequenas referências particulares (Gitão se escondendo embaixo de uma cama como Odisseu em uma ovelha para fugir do Ciclope, uma guerra falida narrada em estilo épico, o reconhecimento de Odisseu aqui transportado para o pênis de Encólpio), mas também a estrutura vem à tona: Encólpio ofendeu o deus Príapo e, basicamente, o livro fala da peregrinação do jovem para expiar seu pecado. Para tanto, seguido pela cólera do deus, a personagem vai se deparar com várias aventuras que, apesar de parecem isoladas, constroem o todo para sua expiação - lembrando, é claro, a estrutura da famosa Odisseia. Ademais, tudo está sempre recoberto de lascívia: temos orgias, cenas de voyeurismo e Encólpio, para ser punido, torna-se temporariamente impotente.

E, apesar de uma representação cômica de personagens que não são nobres de sangue (a maioria delas são personagens que cresceram na vida, como o ex-escravo Trimalquião), o que demonstraria, para Auerbach, um certo limite no realismo do livro, Satíricon se mostra, ao mesmo tempo, surpreendentemente moderno! Pois o que Petrônio fez, no fundo, ao satirizar os estilos conhecidos (e, em dado momento, as próprias regras poéticas de Horácio) é reivindicar, para tempos novos, uma nova representação - e não uma representação qualquer, mas uma viva, recheada de crítica e originalidade. E isso traz, também, um caráter interessante para a própria história do romance! Pois, pensando em Satíricon, vislumbramos a ideia do romance que nasce como um gênero contestador de uma poética rígida e, além disso, como um gênero que subverte outros - estacionários, cujo modelo era ensinado e repetido exaustivamente na educação da época.

Algo novo, inteiramente novo. Um sopro de ar fresco que nos ajuda a vislumbrar coisas que viriam séculos depois. Eis Satíricon.
Kevin 25/11/2017minha estante
Olá, Luisa! Conheci o Satíricon quando eu estava lendo um livro muito antigo que encontrei aqui em casa (A Arte de Amar- Ovídio), e enquanto pesquisava sobre ele me deparei com a versão da Cosac Naify que infelizmente não será mais produzida. Vc possui essa versão? Venderia?




Larissa 13/08/2022

Estranho
Um dos livros mais estranhos q eu li, acho que esse era um propósito, então o livro foi bom por atingir o objetivo? Sei lá, daqui uns anos leio novamente, com outra cabeça.
Cristiane 16/08/2022minha estante
Eu também estou neste projeto.




Patrícia 24/06/2009

O livro pelo que lembro trata as aventuras de 3 rapazes pelas orgias e grandes festas da Roma Antiga. Faz um retrato cultural e político da época. Bom apenas para agregar conhecimentos culturais.
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Maria José 01/01/2010

“Como um verdadeiro romance de aventuras, não pode ser resumido: é uma série de aventuras narradas por Encólpio, moço irrequieto, em busca de distrações e sensações extraordinárias. Este aventureiro, rico de experiência mas também de uma certa cultura, é perseguido pelo deus Príapo, assim como Ulisses o foi pelo deus Posídon; mas as aventuras de Encólpio e de seus companheiros (moços pervertidos, mulheres corruptas, ricas damas e criadas astuciosas, um bizarro velho que gosta de poesia) são muito mais variadas do que os “errores” do herói homérico. O lugar onde se passa a narração, é a cidade de Crotone, na Itália meridional: o ambiente de origem grega reflete todavia a atmosfera luxuriosa da corte imperial de Nero. O episódio central é a famosa ceia do riquíssimo Trimalchão: “novo rico”, ele quer deslumbrar os seus hóspedes com a ostentação de suas riquezas e de seus costumes esquisitos, mas acaba provocando simplesmente uma contínua hilaridade. Não faltam discussões literárias; e durante a troca de idéias e de exemplos, nota-se a crítica finíssima de Petrônio.” Giulio Davi Leoni.
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dio 25/04/2010

Às margens de Roma
O livro é impressionante: aventuras quase inverossímeis quando comparadas à ideia geral que se faz da Roma antiga, obtida através dos professores e livros de história. Apesar da agudez e ousadia, tem momentos entediantes e perde pontos por ser apenas fragmentos de algo maior, algo perdido. O "fim" me agradou mais que todo o resto.
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V. Reckziegel 18/11/2010

Um livro extremamente polêmico, abordando vários temas, inclusive a homossexualidade, mas de uma forma tão prosaica, que durante a leitura vc aos poucos deixa de se surpreender. mesmo não sendo o meu estilo favorito, a narrativa é excepcional, e vale a pena ser conferido. Um grande retrato de uma época...
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Danni Flauto 25/01/2011

Satiricon
Peguei esse livro para ler sem saber o que esperar dele.
Gostei bastante dele, li rapidinho (tudo bem que ele é pequeno...).
Mostra de um jeito legal o bacanal, conflitos internos, como resolviam problemas do dia a dia e como conseguiam o essencial para viver. Há uma relação, um triângulo, que não posso chamar de amoroso, pois não se tratava de amor ali (apesar de dois dos três realmente terem um carinho maior um pelo outro), que em quem a história gira entorno.
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Fred Fontes 04/01/2013

E surge a sátira moderna...
Satiricon é um daqueles livros que está na minha estante desde quando eu era criança. E em todas as minhas idades eu o olhava de soslaio, com um olhar de ignorância maior que curiosidade, e, eu diria, até medo de abrir algo escrito no século I da nossa era. Que diabos haveria ali dentro? Em que linguagem aquilo estaria escrito?
Com a velhice (não do livro, mas a minha), após descobrir que coisas com 2 mil anos ou mais de idade podem ser surpreendentemente modernas e atuais, rompi a barreira dos séculos que me mantinham afastado dessa obra e ousei descerrar aquele sarcófago literário.
Assim como me ocorreu quando li Homero ou Voltaire, constatei que o ser humano de 3.000 AC, do século I e do século XVII é o mesmo. E em todas essas diferentes eras da humanidade surgiram escritores geniais. Petrônio, bem vindo à minha lista!
O livro narra as aventuras de 3 amigos (amigos íntimos, inclusive no sentido sexual da palavra) numa vila romana no século I. A questão da sexualidade é interessante. Já vi comentários a respeito de obras romanas dizendo que elas abordam a homossexualidade. Discordo. Entendo que o conceito de hetero ou homossexualidade sequer existia nessa época, pelo menos da forma como os temos hoje. Sexo era sexo e pronto! Não estava mais associado à procriação que à diversão, e, portanto, pouco importava se era feito entre iguais ou não. Mas, para utilizar os conceitos modernos, digamos que todos os personagens, e, parece-me, toda a população de Roma, são bissexuais ou pansexuais ou que termo se queira dar para aqueles que encaram o que lhes convêm, sem ligar para detalhes de gênero.
Mas a sexualidade não é o tema do livro, mas apenas um dos elementos, o que me leva a desculpar-me por um parênteses tão longo a esse respeito, necessário, todavia, para se afastar qualquer interpretação equivocada que de que o livro teria como um de seus motes a sexualidade em si.
Voltando à história, nossos três protagonistas se metem em confusões sucessivas, a la "Cândido" (de Voltaire), de forma hilária. Fogem da morte o tempo todo. Participam de banquetes e orgias, têm amantes em comum (de ambos os sexos), sofrem de ciúmes, passam fome, levam porrada, e apresentam a malícia e o jogo de cintura que acompanham o ser humano desde priscas eras.
Destaque para o banquete de Trimalchão, um rico sem berço, ex-escravo liberto que herda uma fortuna de seu ex-dono falecido. Um verdadeiro churrasco na laje de uma mansão na favela. Em vez da cerveja e da pinga, claro, o vinho, mas de resto é uma sátira totalmente atual do "novo rico".
Leitura rápida e prazeirosa, com diversão garantida.
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Madruga - Caractere 11/03/2024

Comédia romana
Tem tudo o que você pode esperar de uma obra exagerada, bagunçada, escrachada. Banquetes, tramóias, piadas de 5a. série, alguns bons insultos. Uma pena que a obra chegou até nós com algumas lacunas.
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Thomas 01/11/2014

Ficção da vida privada
Ao narrar as aventuras de dois amantes e um criado - que também se faz de amante em muitos momentos -, Petrônio mostra como o hedonismo imperava ao lado do César na Antiga Roma. Banquetes, poligamia, vinho e libido permeiam os poucos fragmentos que sobraram desta obra, considerada a primeira novela da história.

Sabendo transitar perfeitamente de momentos mais trágicos para aqueles realmente hilários e misturando prosa com poesia, Petrônio não só conta a história dos protagonistas, mas também os costumes e hábitos de uma cultura antiga que até hoje causa fascínio por sua riqueza e prolixidade.

Mesmo sendo escrita há quase dois milênios, uma obra atual, que mostra vícios e desvios ainda hoje presentes no ser humano.

Pena que a obra inteira não pôde chegar a nós.
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mateusss 01/02/2015

Bacanais em Roma
O único lado negativo desse livro é que você sofre por saber que ele é apenas 10% da obra original e o restante simplesmente não existe mais =(
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