Resenhas - I Have No Mouth & I Must Scream

Córdoba 02/04/2024

Horrível? Mal desenvolvido e apenas perturbador?
Olha o título realmente é um bom retrato da leitura. Tinha um princípio até que interessante, mas não se desenvolveu e acaba não chegando em lugar nenhum, são só 12 páginas de um retrato grotesco e perturbador de ódio. Acho que foi o pior conto sci-fi que já li.

Emily977 22/03/2024

"Por dentro: sozinho. Aqui. Vivendo debaixo da terra, no fundo do mar, nas entranhas de AM, que nós criamos porque usávamos muito mal o tempo que tínhamos e decerto sabíamos, inconscientemente, que seria capaz de se sair melhor. Pelo menos os quatro estão salvos, afinal.
AM vai ficar ainda mais furioso por causa disso. O que me deixa mais contente. E no entanto... AM venceu, simplesmente... tirou sua vingança...
Não tenho boca. E preciso gritar."


Eu amei, gostaria tanto que isso fosse um livro comprido e detalhado.
É um conto angustiante, perturbador e pessimista.
É uma distopia em que um computador extermina quase todos os humanos, deixando apenas cinco vivos que são torturados por essa máquina que tem um ódio imensurável dos humanos.
O fato de AM ter transformado Ted em um ser que se sente do mesmo jeito que AM: UAU.
Nada de final feliz por aqui, o conto é uma grande crueldade sem fim mas também um tanto reflexivo.
INCRÍVEL!!!

eu eu 20/03/2024

Muito bom!! poderia facilmente ter sido escrito hoje, um conto muito atual e olha.. fiquei com um pouco de medo e são só 12 páginas

Marcus.Vinicius 20/03/2024

Me interessei por essa leitura pelo jogo baseado no conto estar sempre na lista de jogos mais pertubadores, e fui pego por uma distopia realmente violenta e pessimista, o final simplesmente me deixou pensativo.

leticia2037 18/03/2024

Menos de onze páginas mas profundamente marcante, certamente uma das melhores distopias que já vi.

é bruto, cruel e rápido, um conto difícil de esquecer.

vi recentemente um vídeo contando a história do jogo inspirado na obra, sao muitas coisas diferentes, obviamente, mas carrega a mesma mensagem no original.

há um peso enorme nesse conto, você sente nojo, aflição, pena, tanto pelos humanos quanto pelo próprio AM.

o destino de nosso protagonista se intercala com a realidade da máquina, ambos fadados a viverem presos em seus próprias mentes.

Lisboa Richthofen 25/02/2024

Cogito, ergo sum
I Have No Mouth and I Must Scream é uma distopia ferrenha, onde uma máquina senciente decide externar cada nanômetro do ódio indefinível que ela sente pelos humanos.

No point-and-click baseado no livro, AM faz um discurso muito maneiro sobre a própria existência. No conto até existe uma passagem que remete a essa ideia, mas não tem tanto impacto quanto no game.
"I awoke and I knew who I was. AM. A M. Not just Allied Mastercomputer, but AM. 'Cogito, ergo sum'. I think, therefore I AM."

No fim, Ted é reduzido ao estado de prisão em que se encontra a máquina: uma consciência capaz de perceber tudo, mas cuja percepção de nada serve. Uma existência postiça eterna.
Boa história.

ClaraGostaDeLer 25/02/2024

TAPORRAA???
Distopia sci-fi que não tem um final bom (talvez?)

como pode um CONTO ser TÃO pesado assim????? esse título já sendo muito loucura e doido me fez interessada na história mas cara, que negócio foda !!!!!
amo essas histórias que mostram que se o ser humano não se exterminar, a sua criação vai fazer isso por ele

CauaOli__ 25/02/2024

Surpreendente, na verdade!
Para um conto de 20 páginas, invocou mais sentimentos do que imaginei que invocaria, muito mais, por sinal. Ter a oposição da história ser "AM", a revolta da própria criação do homem é algo que não vi muitas vezes e, por mais que as descrições de tudo sejam bem grotescas e até nojentas... Vale a leitura!

"E no entanto... AM venceu, simplesmente... Tirou sua vingança..."

Beaspo 17/02/2024

AM não era Deus e sim Máquina
"Por dentro: sozinho. Aqui. Vivendo debaixo da terra, no fundo do mar, nas entranhas de AM, que nós criamos porque usávamos muito mal o tempo que tínhamos e decerto sabíamos, inconscientemente, que seria capaz de se sair melhor.

AM vai ficar ainda mais furioso por causa disso. O que me deixa mais contente. E no entanto... AM venceu, simplesmente... tirou sua vingança...

Não tenho boca. E preciso gritar."


Simplesmente incrível!

Bruno 06/02/2024

Definitivamente uma obra a frente do seu tempo...
Eu li essa obra motivado pô jogo de mesmo nome do famigerado gênero apontar e clicar, que eu comecei a jogar recentemente e o jogo e absurdamente pesado e qnd descobri q era baseado num conto de 20 páginas tive q correr atrás pra ler e no final e um bom conto, porém algumas partes são meio incomodas, ele tem uma descrição muito gráfica do gore e a obra se passar num futuro onde os computadores criaram consciência e decidiram dizimar os humanos e muito a frente de seu tempo, já q a obra foi originalmente publicada em 67, mas eu achei q num conto de 20 páginas terem coisas q eu só cortaria da história me fez dar 3 estrelas mas no geral e um ótimo conto de ficção científica com elementos de terror e uma boa pitada de gore.

uniaoelza 05/02/2024

Linda história sobre ódio.
Retrata de uma maneira muito viceral a profundidade e vertentes que o ódio se desdobra. A forma pura e amplificado do sentimento, sem nenhuma forma de ser apaziguado e diminuído. Explorar algo tão humano e aplicar a realidade de uma máquina, inexplicável, lindo.

Arthur1183 14/01/2024

O mais perturbador dos finais
"Tenso", "perturbador" e "pessimista" são as palavras que se encaixam melhor para essa obra, com uma atmosfera densa que te deixa mal com as crueldades sofridas pelos 5 sobreviventes.
O mais incrível é como Harlan Elisson te faz imergir dentro de um mundo caótico e apocalíptico (que se assemelha ao próprio inferno) com tão pouco tempo, os eventos são curtos mas nos permite imaginar tudo o que houve e o que há de acontecer com os personagens e nos faz tem uma perfeita imagem de quão maligna e perversa é a "mente" de AM, o quão forte é o ódio que a máquina nutre pela humanidade a ponto de manter 5 pessoas para serem eternamente torturadas.
Com menos de 15 páginas o autor nos faz sentir a desgraça de ser um dos sobreviventes, a miséria de estar exausto e a dias sem se alimentar (se é que pode chamar a última refeição de "refeição) e ainda ter que passar por tormentos que servem de puro entretenimento para AM.
O final só serve para te tirar do eixo, não pode-se imaginar o que houve com Ted, é um final negativo que te deixa com pena do personagem (mesmo não tendo muita empatia pelo personagem por ser um conto curto). É admirável que essa obra tenha impactado a ficção científica com apenas 10 páginas.

Sibery 11/01/2024

Para ser honesta, eu não li os últimos dois contos. A vida é curta para terminar um livro que não está entrando na sua alma... E eu estava lendo por ler.

O primeiro conto começou bem. O segundo foi o meu favorito. O terceiro, bom. Mas, do quarto em diante, tudo começou a ficar confuso, desinteressante, um pouco mal escrito... A narrativa do Ellison é difícil de acompanhar. Por exemplo, no primeiro conto, 'Eu não tenho boca e preciso gritar', a máquina de AI, chamada AM, castiga cinco humanos por cem anos, mas onde estão presos esses humanos? Como é a vida deles? Como eles dormem? Como eles sobrevivem? Como eles se curam das torturas? A narrativa só mostra os castigos e o pensamento (infodump) do protagonista. Em alguns momentos, é mencionado uma caverna. Ou um tablado. Ou um lugar de gelo... Mas é muito difícil recriar a narrativa em imagens. Até mesmo a AM não é descrita. Uma narrativa meio solta.

No segundo conto, 'Big Sam', uma personagem é atropelada por um caminhão, mas, alguns anos depois, o protagonista chega, com o circo, em uma cidade medieval. Como é esse mundo onde existem caminhões, pessoas com poderes especiais e reinos medievais ao mesmo tempo? Seria uma ideia legal, mas, do jeito como foi escrita, parece uma fantasia sci-fi sem muita deliberação. Em comparação, 'Aqueles que abandonam Omelas', da Ursula Le Guin, tem pouquíssimas descrições da cidade de Omelas, mas a narrativa é tão sólida que, por nem uma linha, você duvida do realismo de Omelas.

Agora, um problema mais profundo, é o preconceito de Ellison com suas personagens femininas. Todas as mulheres dos contos são completamente desprovidas de inteligência ou empatia. Nenhuma delas faz nenhum ato heróico (nem mesmo no conto Big Sam, que é o mais 'romântico'). As mulheres são abusadas sexualmente em três contos (que eu me lembre), e ainda são chamadas de 'vadias' pelos protagonistas heróis (sim, são chamadas de vadias por terem sido abusadas). O quinto conto, sobre o divórcio dele, mostra bem essa visão que o Ellison tem das mulheres. Então, como mulher, às vezes é difícil empurrar para debaixo do tapete e seguir lendo... porque meu coração já tinha desacreditado do livro.

Eu amo sci-fi, mas esse não me pegou de nenhuma forma. O personagem Big Sam é o único que me trouxe um pouco de luz.

Frívolo 07/01/2024

A obra te faz sentir o que ela propõem, te molda e faz com que você sinta repulsa em momentos, te aprofunda em um vasto nível de maldade extrema; fascinante, achei interessante.

Oliver60 09/12/2023

Só queria ler um sci fi e agora é definitivamente o livro mais angustiante (?) que eu ja li, adorei ?