cici 01/07/2021
"Que a morte envie seu pior."
Incrível! A leitura é fluída, e li, como soma, em menos de um dia. O enredo é envolvente e os plot twists são bons. Nesse tópico, apenas senti falta de maior maturidade à história. Não sei se é porque os imaginei jovens adultos, porque a capa do livro me pareceu infantil ou porque estou acostumada a ler fantasias um pouquinho mais pesadas, mas essa impressão de leveza foi um tanto forte enquanto lia.
Que ambientação, meus amigos. Sou uma pessoa que tem grande imaginação para enredos e personagens, mas não para cenários. Geralmente, por não saber imaginar bem os locais, acabo não lhes fazendo justiça, mas dessa vez, me saí bastante melhor. O livro transmite bem uma vibe Como Treinar O Seu Dragão e, logo, vikings.
Em contrapartida, as características físicas dos personagens são mal descritas - o que, por um lado, me agradou. Usufruí disso e fiz um grande bololô de etnias entre os tais, imaginando todo mundo como bem queria e sem nenhum peso na consciência por estar "contrariando as descrições oficiais".
Os personagens são envolventes e incrivelmente construídos, considerando que falamos ainda do primeiro livro de uma trilogia. Amei a protagonista, e acho que a autora soube bem como escrever sobre alguém com tanto preconceito e ignorância - defeitos que foram sabiamente desaparecendo no decorrer da história, de forma também bem-feita. Senti falta de maior desenvolvimento entre a Asha e o Sombra. Cheguei a realmente pensar que o dragão tinha passado a pertencer ao Torwin, e não mais a ela.
O romance em si é bem bonitinho, mas tinha mais potencial. Houve bastante química, mas pouca ação. Senti um pouco de agonia e impaciência ao ver os personagens toda hora surtarem por terem tocado sem querer um no outro, mas provavelmente sou só eu, que estou mais acostumada com menos delicadeza entre pares românticos em livros de fantasia. Também preciso levar em conta a época em que a história se passa e as circunstâncias dos personagens.
Quanto às histórias em cada capítulo, definitivamente foram uma boa ideia. São curtas e objetivas e, para a minha surpresa, não pulei nenhuma. Há um quê de curiosas nelas, e são essenciais para entendermos tudo o que acontece no livro.