LoveStar

LoveStar Andri Snaer Magnason




Resenhas - LoveStar


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Camila - @darkbookslibrary 25/07/2019

As Corporações Lovestar surgem para revolucionar nosso estilo de vida. Adeus fios, adeus sofrimento afetivo, adeus podridão, adeus pessoas com defeitos de caráter. Tudo é passível de manipulação, todos são influenciados. Indridi namora Sigrid a cinco anos e sete meses, incrivelmente apaixonados o relacionamento deles desmorona quando Sigrid é ‘calculada’ como alma gêmea de outro homem. Ao perder seu verdadeiro amor Indrid então embarca em uma jornada onde a empresa mais influente do globo é sua maior inimiga.

Quando dizem que esse livro tem vibes de Black Mirror não é mentira. Mostrando um futuro em que as mídias sociais ganharam proporções inimagináveis e que os influencers estão em todos os lugares fazendo seu trabalho para divulgar absolutamente tudo e qualquer coisa, o livro tem um ‘q’ de terror.

Sim, o universo criado por Magnason é aterrorizante, as pessoas não tem pensamento crítico próprio, são influenciadas em todas as suas decisões, não apenas nas mais simples, mas em questões ambientais, emocionais e até mesmo existenciais. Se isso não é aterrorizante, não sei mais o que poderia ser.

Com experimentos científicos incríveis e cheio de ideias das mais variadas formas, Lovestar, apesar do nome, não é puramente uma história de amor, não da forma comum pelo menos. A história é contada por duas vertentes, basicamente, a do casal Singrid e Indridi, e do fundador da Lovestar, que atende pelo mesmo nome da sua empresa. Isso facilita que o leitor trace um paralelo entre a ideologia da empresa e a forma como ela de fato afeta o ciclo da vida das pessoas.

O fim é absolutamente chocante e inacreditável, em momento nenhum dá para prever o que vai acontecer nessa história.

Lovestar é exasperador, é perturbador, é meloso, é doido, é intenso, é inacreditável! Um livro que os fãs de scifi e de Black Mirror vão amar.


site: https://www.instagram.com/darkbookslibrary/
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Thais 09/01/2023

Uma surpresa
Lovestar foi minha primeira leitura de 2023, já tinha um tempo que estava na minha estante e eu achava que não ia gostar, porém foi muito bom, o livro se passa num futuro da humanidade em que praticamente tudo é calculado e feito em base de estatísticas, o amor, a criação dos filhos, as próximas tendências do mercado, basicamente tudo. Isso trás situações absurdas que o autor nos apresenta de uma forma cômica/trágica, e esse foi o principal motivo de eu ter gostado tanto, os personagens são muito bons, apesar de que eu gostaria que Sigrid e Simon tivessem um pouco mais de desenvolvimento, temos um vislumbre do passado de Indridi e Lovestar, que dá mais dimensão aos personagens, no entanto isso não acontece com os outros dois citados, apesar de eu achar que Simon tem uma grande virada no decorrer da história, me frusta que o mesmo não aconteça com Sigrid. De qualquer forma eu adorei o livro e definitivamente recomendo.
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Maria Fernanda 21/09/2018

QUANDO VOCÊ ACHAR QUE FINALMENTE TÁ ENTENDENDO ALGUMA COISA, VAI VER QUE NÃO TÁ ENTENDENDO NADA
Vamos começar dando uma geral sobre do que se trata esse livro DOIDO: LoveStar é uma empresa gigantesca que dominou o mercado mundial. Não sobrou nenhuma área da vida em sociedade que não seja controlada por alguma de suas subsidiárias. A inLove, por exemplo, calcula os pares perfeitos, enquanto, a LoveDeath, fica com as questões funerárias. Isso só para citar as duas principais.

E é claro que por trás dessa corporação megalomaníaca existe uma mente. Um idealizador. Aquele que teve a ideia. (Se bem que ele diria que foi ela que o teve...) LoveStar é também o nome dele. Pseudônimo, na verdade. E o enredo vai acompanhá-lo em seu futuro, passado e presente ? sim, porque a linearidade da história vai e volta, sobe e desce, pula e dá cambalhota ?, mostrando o que o move e o que o levou a começar tudo isso.

"As pessoas que têm ideias são as mais perigosas do mundo porque estão prontas para correr o risco. Elas só querem ver o que acontece; o pensamento delas não vai além disso." (p. 93)

Mas essa também é a história de um simples proletário, Indrid, que vivia a sua vidinha tranquilamente até vê-la completamente bagunçada quando a sua namorada, Sigrid, é calculada pela inLove para outra pessoa. Porque, quando você é calculado, veja bem, você não tem escolha. Se a inLove encontrou o seu par perfeito, por que não ir até ele? Claro que não seria porque existe todo um aparato burocrático e midiático só aguardando para assegurar que, sim, você vai. Não... Seria porque, por mais apaixonado que você esteja por outra pessoa, vai perceber que isso não é real. Só a inLove é.

Dito isso, vocês acham que já deu pra ter uma ideia geral sobre o que é LoveStar? Sim? Mais ou menos? E se eu disser que, contando tudo isso, mal deu pra arranhar a capa do livro, quanto mais chegar ao miolo?

Antes de mais nada, serei sincera ao dizer que eu não gostei do enredo em si, da história que ele conta. Pensem num negócio sem pé nem cabeça! Experienciei vários níveis de (não) entendimento, começando por "quê?", passando por "ahhh, tá", esbarrando em "WHAT THE ACTUAL FUCK?" e travando em "meu deus, o que é que tá acontecendo?" Ler LoveStar foi como sair andando por uma cidade desconhecida com zero 3G pra poder acessar o Google Maps, e, pra piorar, sem fazer a menor ideia de aonde eu queria chegar. É o melhor que eu posso fazer para tentar descrever essa leitura, e ainda assim vocês não vão conseguir entender.

E agora é o momento em que eu digo que, CONTUDO, curti bastante o livro. *BOOM*

Acontece que, pra mim, Andri Snaer Magnason criou uma obra em que o personagem principal é o conceito. Durante a leitura, me pareceu que o objetivo do autor é fazer com que a gente deixe a ação em segundo plano e preste atenção à ambientação, entenda o contexto que cerca LoveStar e Indrid (e todas as outras pessoas que aparecem em um momento ou outro) e reflita sobre como vários aspectos do que parece ser apenas um delírio futurista muito doido (e tão Black Mirror!) já podem ser encontrados com uma facilidade assustadora no nosso dia a dia: "pregoeiros", "hosts secretos", manipulação genética. O progresso pelo progresso. O avanço tecnológico simplesmente porque é possível avançar.

Mas, para onde estamos avançando?
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JCarlos 03/09/2018

Poético. Humorado. Distópico. LoveStar
Segundo livro lido desse islandês, e não houve decepção.
Magnason cria uma bela e humorada distopia, onde uma sociedade conhece o verdadeiro sentido da conectividade, ainda que desprendida de fios.
Embora seja comum nos dias atuais, o Wi-Fi, os aplicativos de relacionamento, as redes sociais e outros meios trazidos pela tecnologia, principalmente na era da grande rede, é bom lembrar que o livro foi escrito em 2002, portanto, meio que uma visão interessante do Magnason, pois prevê situações que hoje nos são bastante comum, ressalvadas as proporções.
LoveStar começa meio como uma poesia, isto é, você sente isso pelo tom da leitura. Em um avião, um homem atravessa o Atlantico, com uma semente em suas mãos. E o que ele não sabe é que estaria morto em quatro horas. Esse homem é LoveStar, fundador das Corporações LoveStar.
A trama toda se intercala entre os momentos finais de LoveStar e o amor entre Indridi e Sigrid, dois jovens amantes que lutam para ficarem juntos, em conflito contra um sistema que escolhe o par perfeito, por compatibilidade, tudo isso mesclando-se a uma Islândia distópica, onde não existem fios, onde os dados viajam através de pássaros e borboletas.
Achei uma leitura bastante original e curiosa, um tanto quanto diferente do que estou acostumado, mas, ainda assim, em compasso com o papel da boa literatura de ficção, que é trazer novas probabilidades e situações que fogem ao nosso cotidiano, fazendo-nos refletir nas consequências de cada ação.
Leiam.
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Delirium Nerd 21/08/2018

Lovestar
Em um futuro distópico, o misterioso LoveStar, dono das Corporações LoveStar, supostamente liberta a população mundial de tecnologias e dispositivos, implantando sensores de comunicação em pássaros que voam e fazem o trabalho que emissoras de televisão, rádio e a internet antigamente faziam. Pessoas que possuem dívidas, e que precisam se manter, são pagas para exercerem a mesma função, anunciando propagandas para quem passa em vias públicas. O novo lançamento da Editora Morro Branco, escrito pelo ambientalista islandês Andri Snaer Magnason, é uma crítica ao consumismo desenfreado e à alienação à qual as pessoas se submetem quando não procuram questionar o próprio governo.

A Corporação LoveStar manipula a vida de todos, do nascimento à morte e, com os relacionamentos amorosos, não poderia ser diferente: casais não podem mais ser formados espontaneamente; LoveStar calcula os gostos e a personalidade de cada pessoa e, em algum momento da vida adulta, a combina com alguém parecido, com o qual a outra parte viverá em plena felicidade. Indridi e Sigrid é o casal de protagonistas que, incondicionalmente apaixonados, encontram-se em uma situação muito complicada quando Sigrid, a namorada do rapaz, é calculada e pareada com outro homem. Os dois, a partir de então, farão de tudo para continuarem juntos.

A obra é pontual ao abordar a falta de livre arbítrio. Por almejarem a plena felicidade, as populações são obrigadas a cederem ao que LoveStar entende como correto. A paixão espontânea é vista como algo que foge às regras e merece repressão, ao contrário dos relacionamentos arranjados que são considerados sadios e promissores. Andri reimagina um futuro não muito diferente do que vivemos, e é certeiro quando o faz. A escrita do autor adiciona elementos absurdos ao cotidiano de pessoas que se parecem muito com nós mesmos, para enfatizar quão problemáticas são determinadas situações.

O trabalho gráfico da edição evoca tons de rosa e ilustrações de nebulosas nas folhas de guarda, tornando a obra sensorialmente rica. O projeto editorial possui muitas mulheres envolvidas, o que é muito positivo para a realização desta incrível aventura sci-fi!

site: https://www.instagram.com/p/BlJSgYun04P
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Fábio Valeta 17/01/2021

LoveStar é um livro estranho, para se dizer o mínimo.... é uma distopia bem diferente de muitas outras que já li ou vi em filmes. Mas deixa a desejar...

Nele somos apresentados a um mundo em que a humanidade se vê livre dos “fios” quando uma tecnologia inovadora permite transmitir informações diretamente para o cérebro de uma pessoa usando frequências emitidas por pássaros. Uma pessoa pode estar andando pela rua vendo seu programa favorito e conversando com alguém que está do outro lado do mundo sem a necessidade de qualquer tipo de aparelho. Tudo graças à empresa LoveStar, um conglomerado que controla cada aspecto da vida humana.

A cada nova invenção, muitas delas vindas diretamente da mente do criador da empresa, também conhecido por LoveStar, o controle do mundo fica cada vez mais aparente, embora ninguém pareça se importar com isso. Enquanto um ramo da empresa consegue calcular com precisão matemática sua alma gêmea (InLove); outra é responsável por cuidar da morte das pessoas (LoveDeath), fazendo com que seu corpo caia como uma estrela cadente no planeta ao invés de se decompor e ser comido por vermes. Homens e mulheres aleatórios gritam propagandas colocadas diretamente em suas cordas vocais pela empresa e um programa chamado Regret é feito para acabar com todas as dúvidas em relação a quaisquer decisões que uma pessoa já tomou durante toda a sua vida: “O que aconteceria se eu tivesse feito isso ao invés daquilo?” a resposta é quase sempre a mesma “você teria morrido", vida, amor e morte estão nas mãos da LoveStar.

O livro tem basicamente três fios narrativos:
O primeiro são as longas descrições sobre os detalhes desse mundo estranho e em como a empresa foi aos poucos tendo o controle sem que ninguém percebesse. São justamente as partes mais interessantes da história.

O Segundo trata do próprio LoveStar, em busca do que ele considera “a última ideia do mundo”. Algo que vai mudar tudo.

E por fim, o que de certa forma é o fio condutor da trama, a história de dois jovens amantes que tem certeza de terem encontrado um ao outro sem a necessidade do cálculo da Inlove e o que acontece quando a mulher é calculada para outra pessoa. E como mesmo o sentimento que um tem pelo outro pode falhar quando todo o poder de uma corporação global é colocado entre eles.

Apesar de bons conceitos, a narrativa não é das melhores. E ainda por cima, logo no finalzinho a situação piora ao se criar um antagonista totalmente desnecessário, seja porque a história se desenvolveria melhor tratando-o como uma outra vítima, ou pelo fato de não ter a menor importância, já que logo depois o clímax muda completamente a situação. O clímax é original e, pelo menos para mim, totalmente inesperado, mas veio muito tarde... tanto que umas cinco páginas depois o livro acaba deixando muitas perguntas em aberto.

LoveStar é a típica história com bastante potencial, mas que não consegue empolgar o suficiente. Há leituras melhores por aí...
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Nandsland 08/08/2018

EU NÃO TENHO PALAVRAS!
Sério. Eu realmente não tenho palavras.
O livro é tão original, tão único e tão absurdo que você em nenhum momento consegue ver para onde está indo. De início a leitura é bem devagar, porque você quer absorver todas as ideias do Lovestar. Depois tudo ocorre muito diretamente, a escrita não é linear. Em um capítulos vemos a história do mundo, outra conta uma trajetória do Lovestar e outra acompanha o casal, além de personagens coadjuvantes no final.
Eu to muito sem reação. Totalmente em choque. LEIAM ESSE LIVRO PELO AMOR DE DEUS
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Livia1405 24/06/2021

Muito doido!!!
Essa é uma distopia tão imersa em seu próprio mundo que surpreende. Não tem nada do que se espera de algum livro do gênero. Tem uma história que ao mesmo tempo diverte, enoja e dá nó na cabeça! Achei muito mistura de Guia do Mochileiro com realismo fantástico.
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Gramatura Alta 06/06/2018

http://www.gettub.com.br/2018/06/lovestar.html
LOVESTAR é um livro que gera confusão pela forma como é apresentado. Seu título e a edição brasileira, com muito rosa e cheia de detalhes fofos, podem levar o leitor a pensar que essa é uma história de amor. Porém, LOVESTAR é, na verdade, uma história futurística com um enredo bem complexo.

Resumidamente, a Love Star mudou drasticamente a vida das pessoas. Agora, as pessoas são como dispositivos sem fio, que se conectam à rede online sem cabos ou aparelhos, fazendo ligações, ouvindo música e vendo vídeos.

O criador dessa corporação, também chamado de Love Star, é um homem cheio de ideias que não desiste enquanto não consegue colocar em prática aquilo que idealiza. Mudando a forma como as pessoas lidam com a morte e com o amor, ele não só cria novas tecnologias, ele também cria uma cultura totalmente nova.

A forma como o livro é narrado é completamente diferente do que estamos acostumados. Em muitos momentos, ele parece um documento histórico, pois narra as mudanças ambientais que foram ocorrendo e que motivaram Love Star a exterminar os fios e aparelhos eletrônicos. Eu senti que estava lendo um documento, realmente, repleto de dados e informações.

Eu gostei demais dessa narrativa mais técnica e impessoal que deu um tom mais realista ao livro. Ela me lembrou muito as distopias clássicas, como 1984, que conseguem imergir o leitor no universo criado e dar maior veracidade à história.

Em outros momentos, quando acompanhamos o casal Indrid e Sigrid, o livro parece uma tragédia shakesperiana, com muito romance e aquele enorme sofrimento ao ter que se afastar da pessoa amada. Em um terceiro momento, quando acompanhamos o próprio Love Star, a narrativa se torna mais sombria e introspectiva. Essas diferentes narrativas trazem uma complexidade ao livro que é muito interessante, além de tornar a leitura mais gostosa, já que não dá tempo de cansar da narrativa.

Ao controlar o amor, a Love Star tira das pessoas a responsabilidade pela escolha do parceiro. Essa premissa, apesar de não ser original, é muito bem trabalhada no livro e quase consegue convencer o leitor de que essa é a melhor opção. Esse é, inclusive, um dos pontos fortes do livro: o autor consegue nos fazer acreditar não apenas nas mudanças, mas nos porquês. A LoveDeath, que é o ramo da Love Star responsável pela morte, é brilhantemente explicada e quase me fez ansiar por algo assim na vida real.

Por outro lado, a iniciativa que nos é apresentada na segunda parte do livro, não me convenceu tanto, apesar de ser interessante, e não me soou tão verosímil quanto as iniciativas ligadas ao amor e à morte.

Quando o livro começa, a história já está próxima do desfecho. Ou seja, a narrativa do livro não é linear. Então, assim que iniciamos a leitura, já temos algumas informações importantes, como, por exemplo, que Love Star morre e que Sigrid é cauculada para outra pessoa que não Indrid. Em seguida, a narrativa vai indo e voltando no tempo, mostrando como chegamos nesse ponto da história, relatando desde os primórdios da Love Star.

Essa narrativa profunda e complexa, infelizmente, não se estende aos personagens. O desenvolvimento de personagens é muito pobre e impede que o leitor consiga se envolver. Por outro lado, pode ser que isso faça sentido na história, já que estão todos tão imersos nessa sociedade estranha e dependente de tecnologia, que é como se suas personalidades nem tivessem a chance de se desenvolver de forma adequada. Mesmo assim, isso me atrapalhou um pouco ao longo da leitura.

Love Star é o personagem mais complexo do livro. Sua genialidade beira a loucura e sua força de vontade beira a obsessão. Ele mesmo diz que as ideias que ele tem são como prisões, que o deixam preso enquanto ele não as liberta. Os estragos que isso causou em sua vida pessoal são permanentes e catastróficos, e estar ciente disso, torna ele uma pessoa triste e amargurada. Essa figura de gênio perturbado é bem interessante.

Tem muitas coisas no livro que, certamente, estão relacionadas ao mundo real, principalmente sobre como as pessoas estão presas às tecnologias. Diferentemente do livro, nós precisamos de cabos e aparelhos para nos conectar, mas isso não impede que estejamos conectados o tempo todo. No livro, temos um investimento em publicidade que beira o absurdo, não muito diferente do que temos em algumas plataformas de música e vídeos atuais.

Toda essa complexidade e esses links com a nossa realidade, sem dúvidas, conseguem tornar esse livro bastante único. Porém, não foi o suficiente para tornar essa leitura 100% positiva. É até difícil explicar o porquê, mas eu terminei a leitura sentindo que faltou alguma coisa, sentindo que a história estava incompleta.

Além da dificuldade em sentir empatia pelos personagens, minha maior ressalva é em relação à trama envolvendo o casal que acompanhamos, que a sinopse dá a entender que é a trama central do livro. Quando eles descobrem que não são um casal ideal calculado pela Love Star, há certas coisas que se esperam. Uma revolta? Uma luta contra o sistema? Uma revolução? É natural esperarmos esse tipo de coisa. Porém, o livro continua seguindo no mesmo ritmo e, ao fim, me fez perguntar: "Era isso? A gente acompanha o casal, torce por eles, e o desfecho é esse? Só isso?".

O sentimento é frustração, porque quando esse dilema é inserido, o leitor pensa: "Agora a coisa vai ficar feia. Agora vai ter treta, confusão e gritaria". Os personagens são tão letárgicos e o mundo em si tão anestesiado, que até eu fiquei meio apática quando terminei o livro. O desfecho foi bem bobo e todos os problemas que o autor propõe são solucionados de forma simples demais.

O final, em si, é um clichê tão grande, que me deixou até com raiva. Toda a premissa, a veracidade, os dados e o excelente desenvolvimento de mundo, somado ao clima tenso, aos problemas inseridos e às expectativas criadas, tudo isso disperdiçado em um final desses. Para quem leu CAIXA DE PÁSSAROS e se frustrou com aquele final, a sensação é mais ou menos essa.

Então, para concluir: sim, eu gostei do livro, o começo me empolgou muito, o universo pensado pelo autor é muito interessante e perturbadoramente real, as tramas são instigantes e a atmosfera sombria é envolvente. Porém, faltou um melhor desenvolvimento dos conflitos e uma conclusão à altura da premissa. Recomendo para quem está buscando uma ficção-científica bem maluca.

Para finalizar, quero mencionar a edição da Editora Morro Branco, que está linda como sempre. O corte das páginas é rosa, a capa é bonita e o livro tem alguns detalhes em rosa que dão um charme a mais. Infelizmente, eu encontrei alguns erros de edição, palavras escritas erradas e vírgulas no lugar errado, essas coisas. Mesmo assim, a edição é bem bonita e, certamente, dá vontade de ter na estante.

site: http://www.gettub.com.br/2018/06/lovestar.html
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Isa 26/10/2023

Boa ideia com péssima execução
LoveStar trás a história de uma corporação que gerência toda a vida das pessoas, desde seu nascimento até a morte.

Ao ler a sinopse nos deparamos com uma ideia de história muito legal, onde um certo casal irá contra todo o sistema e se espera uma história onde irá mostrar a revolução que isso pode gerar.

No fim, o livro trás um amontoado de histórias, uma péssima colocação dos personagens que eram pra ser os principais, além de momentos totalmente viajados e sem sentido.

Uma pena ter sido tão ruim assim.
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Nath Correia @bibliotecadanath 23/08/2019

LoveStar l Andri Snaer Magnason l @editoramorrobranco l 331 páginas l 4’
"LoveStar e seus especialistas estavam numa missão para libertar as pessoas da opressão da liberdade."

O mundo mudou e o grande responsável por essas mudanças é LoveStar. Fundador das Corporações LoveStar, ele eliminou os fios e cabos necessários para transmitir informações, criou um sistema que identifica almas gêmeas, transformou a morte em algo glorioso e desejável e desenvolveu um programa que facilita a escolha do caminho certo a ser seguido. Um mundo perfeito aos olhos de seu criador.

Indridi e Sigrid vivem nesse mundo dito perfeito. Namorando já há alguns anos, eles veem seu mundo desmoronar quando Sigrid é calculada para sua verdadeira alma gêmea. Dispostos a provar que o amor que sentem um pelo outro é real, eles se verão forçados a extremos para continuarem juntos, inclusive desafiar LoveStar e tudo em que ele mais acredita.

Um fato é certo: “LoveStar” foi um dos livros mais diferentes e intrigantes que já tive o prazer de ler. Indo muito além da trama futurística que o livro oferece e do mundo tecnológico onde tudo funciona e onde cada pessoa tem o seu lugar, o autor traz uma visão de mundo muito próxima da realidade e levanta uma reflexão profunda sobre liberdade e sociedade de consumo.

Nessa trama, os personagens são elementos secundários e servem como uma âncora para sustentar as críticas presentes na história: crítica a manipulação das massas que não possuem senso crítico e são influenciadas em todas as suas decisões; crítica a falta de liberdade e em como as pessoas são levadas a acreditar que isso é normal e que caso tomassem decisões próprias acontecimentos catastróficos aconteceriam; crítica a falta do livre arbítrio em uma realidade onde até o amor era algo imposto; crítica ao consumismo desenfreado, onde a morte é transformada em algo desejável e em sinônimo de status.

LoveStar foi o personagem mais interessante do livro. Ele é inquestionavelmente um gênio, visionário e dono de uma mente capaz de imaginar e criar o impossível mas, por trás de tudo isso, existe um homem egocêntrico, com complexo de Deus e que foge da responsabilidade das terríveis consequências das suas realizações. Não vou negar que algumas passagens do livro beiram o absurdo e o final me pegou totalmente desprevenida e me deixou sem acreditar que terminaria daquela forma (mas terminou!). “LoveStar” é um livro único de várias formas: um tanto insano e muito intenso. É uma história que perturba, que choca e que deixa o leitor pensando nela por um bom tempo.

Instagram: @bibliotecadanath
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twitter: @PromocoesPA 23/08/2018

Andri solta asas para a imaginação, assim como abre nossos olhos para a realidade
"LoveStar" nos leva direto a uma sociedade repleta de inovações, controle, dependência e tecnologia. LoveStar é um empresário que ficou famoso ao criar uma empresa que leva seu próprio nome, realizando diversos estudos sobre a vida das pessoas, baseados em ondas, sendo um deles o cálculo de um par perfeito para qualquer pessoa. Ele também controla a LoveDeath, empresa bizarra que torna corpos mortais estrelas no céu, através de lançamentos em foguetes. ⠀

Não obstante, propagandas são agora parte da fala do ser humano. Nesse meio, temos Indridi e Sigrid, um casal que foi calculado com outras pessoas, possuindo assim sua relação abalada pela LoveStar. E é nesse contexto que temos um romance em meio a um mundo tecnológico bem construído. ⠀

"Isso é muito Black Mirror" - apesar de ter assistido somente um episódio da série, foi exatamente dele que eu me lembrava a cada virada de página. Diferente. Insano. Por vezes perturbador. Essas são algumas palavras que vieram à mente quando pensei em "LoveStar". Uma história hilária, mas com um toque de algo real: a evolução versus alienação da sociedade. LoveStar é uma empresa que controla o ir e vir das pessoas, todos seus passos e as torna dependentes de seu serviço. ⠀

A escrita de Andri continua totalmente instigante. O autor foi além. Ele já demonstrou no livro um pouco do que o futuro pode, talvez, nos revelar. Mesmo algumas coisas na trama parecendo absurdas (como a própria empresa LoveDeath), a dependência humana à tecnologia já é atual, então é de se imaginar que, com o passar dos anos, a sociedade se torne cada vez mais atualizada. E essa história veio para deixar aquele ponto de interrogação na mente do leitor. Será que essa "realidade" está tão longe assim? ⠀

O controle de grandes empresas, as informações captadas para a realização do mesmo, tudo isso não está muito longe da realidade atual. LoveStar, o fundador de toda essa tecnologia inovadora e conflitante, também se sente, por vezes, dominado por ela - o livre arbítrio é algo longe do imaginável. ⠀

O autor revela uma grande crítica social entre as páginas dessa história, mostrando como os velhos costumes, ainda que seja o mais simples, vão se perdendo com essa nova era tecnológica. Nessa história, a ciência é capaz de tudo - até de encontrar a sua cara metade. Apesar de tantas evoluções no âmbito da ciência e tecnologias, essa nova sociedade é marcada por males ainda maiores que as anteriores: consumismo desenfreado, valorização do instantâneo e de coisas fúteis e é nesse cenário que o casal se destaca. ⠀

Recomendo a leitura para todos aqueles que gostam de histórias que abordam tecnologias e uma linha de imaginação bem criada e desenvolvida. O autor, mais uma vez, não decepciona.

▒ Resenha publicada no instagram @minhasecretapoesia ▒
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Laís 09/08/2018

[#resenhamaniadelivro] LoveStar – Andri Snaer Magnason
[#resenhamaniadelivro] LoveStar – Andri Snaer Magnason

Esse foi um dos livros mais doidos que já li! Inteligente e bem instigante - um mundo novo, utópico, dominado pela ciência, onde se comercializa o amor, a morte e até Deus, porém estranho com suas criaturas bizarras, cenas irrealistas e pensamentos tão fantasiosos. LoveStar é uma ideia de futuro que eu espero nunca vivenciar.

LoveStar conseguiu o inimaginável: por meio dos pássaros, descobriu uma forma de livrar o mundo da necessidade dos aparelhos e cabos. É um mundo completamente cientifico, nada espontâneo, dominado pela tecnologia e o consumismo desenfreado.

A Corporação LoveStar desenvolveu setores responsáveis pela organização do amor, da limpeza da morte, da criação da vida, marketing obsessivo, entre outros. E está prestes a descobrir o maior mistério de todos: pra onde vão todas as preces, desejos, pedidos... Em outras palavras, onde está Deus.

Em paralelo com a vida de LoveStar, conhecemos também o casal Indridi e Sigrid. Os dois não foram a minha parte preferida dessa história, mas achei tudo em volta deles tão interessante! A ideia de amor, da realização do mesmo, do seu desenvolvimento... Gente, que loucura. Pra entender só lendo mesmo – isso se você entender tudo, porque confesso que ainda estou digerindo 80% dessa história! Rs

O autor, o mesmo de A Ilusão do Tempo (meu queridinho de 2017), continua surpreendendo muito. Aqui ele criou uma ficção cientifica digna de medo, uma mistura de tudo de mais bizarro e louco que você já imaginou! Como qualquer livro sobre o futuro, faz a gente refletir. Demorei em me apegar à história, o começo achei lento e a grande quantidade de infos me cansou, mas as últimas 230 páginas eu li em um dia só, de tão curiosa que estava!

Em 2016 esse autor concorreu a Presidência da Islândia e eu não consigo imaginar as maravilhas que uma mente tão rica poderia fazer a um país. Quanto á literatura, espero que ele continue nos presenteando com muitas histórias!

-Livro cedido em parceria com a Ed Morro Branco.

site: https://www.instagram.com/_maniadelivro/
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pehlma 19/06/2018

Bem, vou fechando essa sequência intensa de sci fi com esse aqui. Ele me ensinou que preciso parar de confiar em lançamentos.
Vou entregar logo aqui, esse livro é: MALUCO.

Sim, completamente insano, e no pior sentido possível.

LoveStar é um livro que traz elementos muito interessante, alguns que te fazem pensar MESMO, e eles são espalhados por todo o livro, pena que numa narrativa tão sofrida, disforme e nada coesa.

A história trata de uma distopia onde o mundo todo funciona sem fio e toda a tecnologia está nas mãos de uma megacorp. Acredite, TUDO MESMO. Pra galera que já estudou um pouco de Marketing (principalmente o digital) vai ver como um livro de 2002 tem conceitos MUITO curiosos se comparados a como funciona o mundo hoje. Existem todo um controle sobre o que você gosta, uma influencia forte mesmo e privacidade zero. A humanidade passou a aceitar sugestões calculadas por algoritmos e está feliz com essa ´'pseudo-liberdade'. Te lembra algo? anúncios específicos, playlists sugeridas e mais… pois é.

O livro parece um apanhado de boas ideias misturadas e jogadas em várias linhas do tempo bizarras espalhadas pelo livro.

A obra segue de forma principal dois plots separados que não se encontram e não conversam, mas são forçadamente misturados na última página. Passado e presente se misturam sem nenhuma indicação. Não se perder é um desafio.

O plot do Indrid e da Sigrid é até mais interessante, só que ínfimo perto do plot do LoveStar. (bola fora)

E a ultima página? PQP que final HORROROSO. Eu juro que tentei ver a poesia do final aberto, mas só restou na boca aquele gosto amargo de um final preguiçoso.

Outro problema é que o livro é repetitivo demais. Acho que é tanta coisa repetida que se cortar acho que o livro reduz pela metade.

Sem contar da apresentação de conceitos, muito bons, mas não utilizados. Um exemplo bem forte é a questão do renascimento. Ela é apresentada no início, tem um potencial tremendo e só e usada lá. É uma baita reflexão filosófica que te causa, mas existe só em alguns parágrafos, enquanto partes desnecessárias são repetidas à exaustão.

As vezes parece que o autor teve excelentes ideias, mas não sabia o que fazer com elas, daí ele misturou de qualquer jeito e sai um livro que parece feito no modo aleatório.

Eu falei que era maluco né? Saca só, tem cenas onde um personagem é engolido e dorme dentro de um lobo gigante, com um zíper na barriga onde ele pode entrar e sair. WTF? Sim eu tb pensei o mesmo.

Vale ressaltar que o projeto gráfico é sensacional, primoroso, porém, apesar de bonito é desleal pois não tem nada a ver com a história. Não se deixe enganar como eu.

Resumindo. É um livro nada coeso, sem um fio lógico na narrativa. Personagens nada trabalhados. Conceitos distópicos muito bons que cumprem seu papel na parte filosófica. Um final bobo e horroroso.
Funcionaria melhor como uma coletânea de contos, PKD fez isso extremamente bem durante sua vida.

LoveStar - Andri Snær Magnason
Nota: 5/10
https://resenhanaestante.blogspot.com/2018/06/resenha-lovestar-andri-snr-magnason.html

site: https://resenhanaestante.blogspot.com/2018/06/resenha-lovestar-andri-snr-magnason.html
Dri 04/01/2019minha estante
A única resenha que li até agora e descreveu exatamente o que achei do livro rs
Até um certo ponto, acreditei que somente eu não havia gostado da história...
Ótima resenha e o melhor senti sinceridade nela :)


Agnaldo Alexandre 26/02/2019minha estante
Olá. Não li o livro e não tenho pretensão de ler. Achei horrível. Mas a parte que vice você descreve o personagem na barriga do lobo, eu interpretei da seguinte maneira, pois trata de consumo: o lobo e o mercado consumista que se você permitir ou não refletir te devora, consome em uma síndrome de possessão. O zíper te mostra que você pode sair dessa situação quando desejar, mas a maioria não quer sair. Então permanece lá dormindo, hipnotizada.




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