Paraíso Perdido

Paraíso Perdido




Resenhas - Paraíso Perdido


137 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Cleber 20/11/2023

John Milton
Estava procurando o livro Paraiso perdido e encontrei esta adaptação em quadrinhos. Cada página é uma obra de arte e a forma como texto e a arte se complementam deixou a hq ainda melhor. Acredito que ficou mais fácil de entender a história desse poema que as vezes parece ser de tão difícil entendimento. Agora deu coragem para ler o livro completo do John Milton.
skuser02844 25/11/2023minha estante
?


Regis 14/12/2023minha estante
Me deparar com sua resenha sobre essa Grafic Novel me lembrou de colocar Paraíso perdido na minha lista de leituras, quero ler o Quadrinho também, parece ser muito bom. ??


Cleber 14/12/2023minha estante
É sim, acho que vc vai gostar :)




Coruja 04/06/2018

Meu primeiro contato com John Milton foi adolescente, através das epígrafes que abriam cada capítulo de A Luneta Âmbar. É engraçado; não acho que a ideia de religião - especialmente o cristianismo com que eu tinha crescido (família religiosa, escolas de freiras até quase meu último ano...) - tivesse entrado na minha cabeça como uma ferramenta disponível, possível de fazer ficção. Talvez por isso, a obra de Pullman tenha me fascinado tanto - pela qualidade da escrita, pela forma de escrever fantasia (e ele foi um dos meus primeiros autores de ficção fantástica madura, para além do faz-de-conta infantil) e pela contínua quebra de dogmas.

Tendo ficado fascinada por Pullman, quis ler aquilo que o inspirara e foi assim que caí de paraquedas em O Paraíso Perdido. Não foi minha primeira experiência com poemas épicos, mas quando me propus a ler A Odisséia, tinha a vantagem de conhecer adaptações da história para me orientar se perdesse o fio da meada entre as consultas ao dicionário. Seja como for, não estava acostumada à estrutura em versos, nem à quantidade de significado presente nas entrelinhas da história. Tinha uns dezesseis para dezessete anos à época, e ler Milton foi um baita desafio. Mas um desafio que valeu à pena.

A história segue Lúcifer logo após a Queda, agora nomeado Satã. Acompanhamos seu despertar no Inferno, a lembrança dos dias de Paraíso, os momentos que levaram à Rebelião; o conclave de anjos caídos tentando decidir o que fazer a seguir, a decisão de penetrar no Éden e condenar também a nova criação ao Pecado, à Morte e ao Inferno. A adaptação em quadrinhos se concentra em quatro momentos-chave da obra original - o despertar dos caídos e sua decisão de vingança; alguns vislumbres do passado antes da Queda; a pacífica existência de Adão e Eva no Éden; e os fatos em torno da expulsão dos dois do Jardim.

E sobre todos esses momentos, domina a figura de Satã.

Milton não esquece o fato de que, antes da Queda, Lúcifer foi o mais nobre, o mais poderoso dos arcanjos. Talvez por isso mesmo, nas primeiras partes de seu romance, o personagem seja mais próximo de um dos heróis trágicos shakespearianos que do Grande Inimigo bíblico. Seus monólogos são intensos, passionais, sedutores. Se Milton estava interessado em demonstrar os poderes de tentação do demônio, acertou em cheio na caracterização de seu Satã. Ainda que tenhamos plena consciência de sua maldade, é difícil não simpatizar com ele, especialmente quando ele te faz entender que sua revolta nasceu da ânsia de liberdade: “mais vale reinar no Inferno do que servir no Céu”.

A questão é que ele é o narrador e é do ponto de vista dele que enxergamos a história. Satã é o típico narrador não-confiável, que distorce os fatos para sair-se como vítima, a parte injustiçada, justificando assim seus atos. Há muito da natureza humana nessa ambiguidade, nas palavras melífluas e ações maliciosas; nos momentos de relutância, ao admirar a obra divina (a admiração da Serpente pela graça de Eva, por exemplo) e de brutal arrogância.

O Deus que aparece em suas páginas, por sua vez, é uma divindade tirânica, que controla mais pelo medo que pelo amor e que exige obediência cega; ele sabe desde o começo que Adão e Eva hão de cair e se encoleriza com a ingratidão do homem. A despeito disso, ele não interfere de forma direta, não tenta de fato impedir os acontecimentos que se desdobram após a tentação de Eva, afinal, não haveria sentido na criação sem a possibilidade de livre-arbítrio. E se há pecado e queda, há também a possibilidade de redenção, o que mais glória traz ao seu poder e rende uma nota de esperança à história.

O texto de Milton é fascinante, de uma força poética incrível. O Paraíso Perdido é considerado, merecidamente, o maior poema épico inglês, refletindo um pouco das convicções políticas do autor, que defendeu a breve República Inglesa bem como Oliver Cromwell. Quando da Restauração, suas críticas à monarquia o fizeram perseguido; ele chegou a receber um perdão, mas perdeu fortuna e ficou cego. Foi exatamente nesse período que ele criou sua obra-prima, ditando os versos de O Paraíso Perdido a vários diferentes assessores. As inclinações republicanas de Milton poderiam bem explicar muito do que acontece no poema, nas escolhas que ele fez para sua narrativa. A busca de Lúcifer pela autodeterminação, o questionamento da autoridade absoluta divina, a possibilidade do homem escolher seu destino - e arcar com as consequências de suas escolhas - podem facilmente ser atadas à guerra civil inglesa.

Quando soube pela primeira vez da adaptação do poema para os quadrinhos, fiquei me perguntando como, exatamente isso seria possível. Esse tipo de transposição de mídia não é fácil, e a escala de acontecimentos de O Paraíso Perdido dificulta ainda mais o processo. E, de fato, a versão desenhada por Pablo Auladell faz vários cortes na versão original, concentrando-se em episódios-chave. Ao meu ver, contudo, essa foi uma escolha acertada; trata-se de uma tradução mais condensada, mas que mantém o impacto das palavras de Milton e soma a elas o peso das ilustrações e das cores de Auladell.

Não sou uma especialista em arte; não tenho como julgar influências ou referências do artista. Havia quadros que me pareciam extremamente familiares, nos quais pensei reconhecer imagens renascentistas; e outros em que parecia estar às voltas com xilogravuras típicas do movimento armorial (especialmente nos rostos dos animais, incluindo a própria Serpente). Mas o que me impressionou foram os olhares dos personagens, como na cena em que Miguel, o arcanjo líder das hostes celestiais, parece olhar diretamente para nós, com uma tristeza infinita - uma imagem que, para mim, transcendeu o papel.

É uma arte bem diferente da de Gustave Doré, cujas gravuras para o poema são famosas. Mas é um estilo que se encaixa muito bem no clima onírico, muitas vezes de pesadelo - como toda a passagem pelo inferno - em que a história evolui. Interessante também que Auladell não usa uma paleta de cores muito grande, e isso ajuda a construir a identidade da história: o inferno em tons escuros, terrosos; o céu em diferentes azuis, dos domos de palácios, às armaduras dos anjos; o Éden em matizes de verde. Foi, em suma, um traço que me agradou e que promete tantas possibilidades de interpretação quanto as linhas do poema original.

Para terminar por hoje, uma observação. Não acho que seja necessário ter lido os versos originais de O Paraíso Perdido para entender essa adaptação. Primeiro, porque Auladell soube escolher muito bem os cantos a destacar, as cenas que precisava amarrar para criar um enredo coeso. Mesmo nas páginas em que não há palavras, cada imagem que ele ilustra carrega nuances e significados - esse livro merece sua atenção, e um pouco de reflexão a cada folha; uma leitura mais pausada para admirar todos os detalhes que o artista pôs em cena. Segundo, porque se o camarada que estiver lendo esse livro tiver nascido no Ocidente, ainda que ele se declare ateu, vai ter crescido numa sociedade cercada pela imagística judaico-cristã. Milton basicamente transformou Lúcifer num Hamlet mais maligno, mas as bases da história são as mesmas da tradição bíblica. Não há nenhuma dificuldade de leitura de um sem o outro, mas, se serve de conselho… se tiver gostado dos quadrinhos, tente ler o poema. Há um bom motivo para essa ser considerada uma das grandes obras do cânone literário ocidental.

site: http://owlsroof.blogspot.com/2018/06/o-paraiso-perdido-uma-adaptacao-em.html
Rob Theo 08/06/2018minha estante
Parabéns pela ótima resenha.


Coruja 09/06/2018minha estante
Obrigada!




Ley 24/11/2018

Uma obra prima!
Creio que você algum dia já ouviu falar de John Milton por conta de seu livro clássico: Paraíso Perdido. Milton lançou seu livro original no século XVII, sendo aclamado até hoje.
.
Não cheguei a ler a versão original, mas tive a sorte de ler, ou melhor contemplar essa versão da darksidebooks, que é não somente uma hq, mas uma verdadeira obra-prima.
.
Em primeiro lugar, se trata de certa forma de uma história contada a partir dos bastidores sobre a infâmia que cai sobre Lúcifer ao cair do céu. Todos nós conhecemos bem essa fatídica história a respeito do anjo caído em questão.
.
Porém o foco do livro é dar uma voz à Satã. Mostrar para onde ele foi e onde caiu, quem foram seus seguidores, o que se seguiu a partir disso, e principalmente o motivo de ele ter caído. O incrível é que tudo isso é um meio para introduzir Satã no contexto em que Adão e Eva pecam.
.
Vale lembrar que ao se comprometer em ler essa hq, você automaticamente fará uma viagem a um museu de arte. Os desenhos presentes na hq parecem quadros pintados à mão. Impossível você lê-lo sem relacionar à época em que foi lançado. Como eu disse, uma verdadeira obra-prima.
Gianne Marques 24/11/2018minha estante
Louca pra ler ?


Ley 24/11/2018minha estante
Devorei ele em menos de um dia!!!




Zé - #lerateondepuder 26/10/2019

O Paraíso Perdido por Pablo Auladell
O bem de Deus e o mal que está em Satã e, principalmente, quando e por que surge este grande ser maligno, esta é uma das vertentes abordada na grafic novel apresentada por Pablo Auladell, um escritor espanhol nascido em 1972, o qual tem se empenhado em revisitar obras clássicas, ilustrando-as como uma verdadeira arte gráfica. É claro que cabe ressaltar, logo de início, de que esta história em quadrinhos retratará o clássico de John Milton escrito no ano de 1667, o famoso Paraíso Perdido.
A trama começa no meio (in medias res), quando Satã, caído do céu por dias a fio, dá-se conta de sua queda e busca amealhar seus companheiros, os demais anjos caídos, expulsos do paraíso e agora no inferno. É quando Satã declara “mais vale reinar no inferno do que servir no céu” e parte para criar o pandemônio, liderando todos habitantes do Inferno, não sem antes procurar um novo mundo criado por Deus, a Terra dos homens, onde será possível, ardilosamente, explorar suas fraquezas. Mas é quando vai sair pelos portões do Inferno, que Satã reconhecerá o Pecado, sua antiga cria e amante na forma de uma mulher, cuja filha terá também a forma humanizada, conhecida como Morte e, nesta saída das hostes infernais, pedirá autorização ao trono do Rei Caos, que lhe ordena sua ida até a criação de Deus. Assim acaba o primeiro dos quatro cantos, denominado de Satã.
A história continuará em mais três outros cantos, sendo o segundo denominado de Jardim das Delícias, começando este com o arcanjo Miguel informando a Deus os planos de Satã desejar rondar o Reino da Terra, parte pendurada no paraíso de Deus. Este canto tratará de retratar a boa vida de Adão e Eva no paraíso, até que Satã influenciará Eva em sonhos, a transgredir a única regra imposta por Deus para viver no Éden, a de não comer os frutos da árvore do conhecimento. Acaba assim este cântico com a visita do anjo Rafael, com o intuito de alertar os perigos que correm e as escolhas que podem fazer os dois novos moradores do mundo, destacando o livre arbítrio de escolher a vida junto ao criador.
Boa parte do terceiro canto, conhecido como Primeiras Lembranças do Mundo, tratará da história da guerra de Satã contra os exércitos de arcanjos do Céu. O anjo Lúcifer, um dos escolhidos de Deus, sente uma tremenda inveja por Deus criar o seu filho e determinar que todos sejam a este subservientes. Lúcifer tentará, por meio de outros anjos simpatizantes, subverter a ordem, lançando a guerra contra as esquadras santas de Deus, até que é rechaçado pelo filho do grande pai celestial, que lançará todos os inimigos ao abismo do Inferno. Findo o relato da guerra dos céus, este terceiro canto tratará da descrição detalhada da criação da Terra, dos animais, de Adão e em seguida Eva de uma de suas costelas.
O canto quarto, último da obra e denominado de Espada Flamejante, começará com a citação “e o vapor com o líbio ar adusto, começava a crestar o clima ameno”. Este epílogo trará a cena de Eva sendo concitada por Satã na forma de serpente, a comer a maçã da árvore conhecimento, ocasião em que esta mulher diz “qual seria, enfim, o crime do homem por alcançar tal conhecimento”. Depois, Eva oferecerá o fruto a Adão e serão contadas todas as consequências deste ato de desobediência, quando Deus condenará Adão a trabalhar e suar para comer o pão da sobrevivência, e às dores do parto e o domínio do marido a Eva, encarregando o arcanjo Miguel de determinar a saída daquele casal do Jardim do Éden, assim finalizando esta história em quadrinhos.
O livro em questão, conforme acima mencionado, deriva da clássica obra de Milton escrita há mais de trezentos e cinquenta anos. Este clássico é a descrição detalhada do Livro do Gênesis da Bíblia Sagrada e, por vezes, esta história foi contada ao longo dos anos, confundindo-se a autoria entre a obra sagrada e o livro de John Milton. O Paraíso Perdido original foi desenvolvido, inicialmente, em dez cantos, posteriormente sendo incluído mais dois, totalizando doze cantos, na forma de uma epopeia, com versos brancos, aqueles em que não há rimas. É uma obra-prima escrita em um momento em que a Inglaterra tendia a deixar de ser um reinado, sendo Milton uma figura política de relevância na época. Curiosamente, o autor ficou cego nos anos de escrita, finalizando-a por meio de ditado à filhos e amigos.
O fato de ser apresentado em história em quadrinhos (HQ) de forma alguma deprecia o relato destes cantos que tão reverberaram há tantos séculos, até mesmo porque as ilustrações são verdadeiras obras de artes. Há uma nítida distinção das cores em que o quadrinhos se apresentam, sendo os de Satã retratados sempre nos tons cinzas ou negros, enquanto o paraíso, Deus e os anjos, em tons coloridos. Há diversas citações escritas bem fiéis aos dizeres da obra original, mas boa parte dos quadros se apresentam somente na forma de imagens, o que talvez dificulte a interpretação devida da obra original para aqueles que não a conhecem.
A HQ em que se baseia esta resenha é uma publicação de 2018 da magnífica Editora carioca Darkside Books, a qual prima pela apresentação gráfica e diferenciada de todos os seus livros, sendo esta uma tradução de Érico Assis, contendo trezentos e vinte páginas muito graciosamente elaboradas por Auladell ao longo de anos. Não é uma HQ barata, podendo ser encontrada por pouco menos de cem Reais.
Esta grafic novel vale cada momento em que se tem com ela o contato, pela formosura de seus quadros, mas principalmente pela relevância de seu conteúdo contado. Entretanto, os leitores que não conhecem a obra original, é interessante ler e ouvir as resenhas do original disponíveis na Internet, para o entendimento mais amplo.
Paz e Bem!


site: https://lerateondepuder.blogspot.com/2019/10/o-paraiso-perdido-por-pablo-auladell.html
Eduardo Pedro 26/10/2019minha estante
Eu quase acabei lendo essa HQ esses dias aqui mas acho que tenho que ler o livro primeiro pra ter uma base melhor rs


Zé - #lerateondepuder 22/11/2019minha estante
Sim, é necessário lê-lo para entender a HQ. Mas vc pode ouvir as resenhas, como as da Tatiana Feltrin, e depois interpretar muito bem essa novela gráfica.




Juninho 14/04/2019

Sensacional!
Sublime , pude acompanhar essa maravilha ilustração da guerra que teve no céu, até a corrupção do homem.
Priscilla Teles 14/04/2019minha estante
fez a leitura com a Tatiane Feltrin?


Juninho 14/04/2019minha estante
Não rsrsr eu comprei dois livros no site da Darkside, e ganhei de graça esse HQ, economizei uns R$89.00 , mas quem sabe mais pra frente eu faça uma leitura conjunta com ela rsrsrs :-)




Cilmara Lopes 19/04/2020

Um dos poemas mais respeitados agora em quadrinhos
Quando Paraíso Perdido foi escrito em 1667, John Milton já estava cego, então fui ditado para suas filhas e amigos.
Uma obra-prima dividida em 12 livros, assim como foi feita a Eneida de Virgilio em 1674.

Trata-se da visão de Satã ou Lúcifer, como queira chamar, sobre tudo que aconteceu até a saída do casal Adão e Eva do paraíso.
Ele foi audacioso e muito persistente, mas o que mais chama atenção é o seu senso crítico em relação a autoridade. Por que àquela autoridade? Essa autoridade é boa?
Enfim, são inúmeros questionamentos, e todos são bem plausíveis.
Talvez incomode os mais religiosos, mas eu parto do princípio: "todo leitor deve ter a mente aberta", somos pessoas abertas a quebrar preconceitos.
Vale ressaltar que é um poema em versos brancos, então você não verá rimas, o que não torna nada menos sublime do que já é.
Foi uma leitura bem significativa e reflexiva!
Milton faleceu no ano da publicação dessa obra, mas um pouco antes, em 1671, havia escrito "O Paraíso Recuperado", que também já estou curiosa para conhecer.
Sabemos que o trabalho de Pablo Auladell fez apenas uma adaptação, mas sinto que foi muito fiel e conseguiu cativar toda a minha atenção!
z..... 19/04/2020minha estante
Estava esperando sua resenha para essa obra e que bom que rolou. Tenho interesse nela e só não adquiri ainda por conta do preço salgado nas livrarias que frequento (quase 3 onças). Também não sabia da outra obra do autor e fiquei da mesma forma curioso. .




Larissa Silva 18/02/2024

Primoroso
Uma adaptação de Paraíso Perdido de John Milton.
Traços nem tão delicados, nem tão carregados. Presença de cores da natureza, com ênfase no verde. Trechos da obra original e trechos em forma de diálogos. Todo o conjunto da obra traz uma dramaticidade que envolve.
comentários(0)comente



Borchhardt 26/05/2018

Magnífico! Uma obra prima.
Ao abrir o livro, simplesmente não consegui fechar até terminar as 318 páginas.
O clima muito bem desenvolvido faz com que o leitor seja arrebatado a tempos imemoriais, para conhecer os detalhes sombrios da grande guerra celestial que expulsou os anjos rebeldes da presença divina, e o que estivera por trás da queda do homem.

O profundo respeito pelo poema de John Milton é sentido em cada ilustração de Pablo Auladell, que faz de cada quadrinho uma obra prima.
A evolução do artista também é percebida no decorrer do livro (foram anos desenhando), o que culmina em uma batalha final de encher os olhos!

Conclusão: Magnífico, incrível, de tirar o fôlego!
comentários(0)comente



Gisele.Varotti 05/06/2018

Uma bela adaptação
Essa adaptação em HQ da obra homônima de Milton retrata como Lúcifer se tornou o anjo caído e rei do Inferno, assim como a criação do Paraíso, o surgimento de Adão e Eva e vossa apresentação à tentação por meio do fruto proibido, a malícia subsequente do consumo do mesmo e expulsão de ambos do paraíso.

A linguagem utilizada na HQ é culta, porém de fácil entendimento e o estilo da arte e a escolha da palheta de cores torna a compreensão do texto fácil e fluída. Nota-se uma mudança de cores entre os quadros "do bem", que possuem tons mais frios, dos quadros "do mal", que são mais quentes.

Uma belíssima edição, para não chama-la de obra de arte.
comentários(0)comente



Popeye 10/06/2018

Lindo!
A maior surpresa que tive este ano. Comprei este quadrinho sem expectativas, estava achando que nem ia gostar tanto, mas quando o li, cara, achei maravilhoso. Li tudo em um dia e fiquei órfão.
Arte brilhante, e a história nem se fala.
Uma obra de arte que merece o melhor lugar na estante, com certeza.
Comprem sem medo!!
comentários(0)comente



Lidiane 16/06/2018

Resenha @darksideloversclub
? Gênesis 3 ?
"17...Com sofrimentos obterás do solo o teu alimento, todos os dias da tua vida.
19Com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra foste formado; porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!?
.
Paraíso Perdido de 1667 é uma obra a originalmente composta por 12 volumes, ditada em versos sem rimas por John Milton, que já se encontrava cego. Contou com a ajuda de filhos e amigos para conclui-la. .
Essa obra, que ficou conhecida como sua obra-prima, fala sobre a criação de tudo, sobre a revolta dos anjos caídos, as postestades e demônios, a divisão ente céu e inferno e o papel de má influência de Satã e sua inveja e responsabilidade na expulsão de Adão e Eva do Paraíso.
.
E agora ganhou essa ilustração maravilhosa, finalmente... Finalmente porque se trata de uma obra que levou cerca de mais de 3 anos para ser concluída.
.
O nome de Pablo Auladell (ilustrador, quadrinista e licenciado em filosofia) foi totalmente acertado ao ser escolhido. Ele vem ao logo de sua carreira, ilustrando clássicos. Mas com certeza Auladell se sentiu lisonjeado e pressionado a criar algo a altura.
E a prova de que ele conseguiu algo belíssimo é que temos essa graphic novel em mãos.
.
Essa GN é recomendada para quem ama o trabalho gráfico, traços e para quem quer conhecer, saber do que se trata a obra original ou quem pretende revisitá-la
comentários(0)comente



Tom 07/07/2018

Um dos melhores lançamentos de 2018!
PARAÍSO PERDIDO é uma das obras mais influentes da literatura mundial. O épico poema escrito por John Milton, narra a rebelião do outrora Lúcifer contra o exército do Criador, a expulsão que transformou o anjo de luz em Satanás, e a queda de Adão e Eva, que consequentemente fez nascer o pecado e a morte.
Pablo Auladell foi o responsável pela adaptação dos cantos de Milton para as páginas dos quadrinhos que ilustram essa graphic novel. A arte é linda e totalmente imersiva com imagens memoráveis. Acertaram em cheio na escolha do papel que deixou a arte em geral muito estilosa, toda a edição ficou espetacular. Você percebe que está segurando algo de qualidade superior.
A leitura é viciante, e prende o leitor com uma história tão forte, que você fica com pena quando está acabando.
Paraíso Perdido é o melhor quadrinho do selo Graphic Novel da DarkSide Books, assim como entrou para o meu top 10 de melhores títulos da editora e além de ser um dos melhores lançamentos do ano!
Recomendo demais!
comentários(0)comente



Paraíso das Ideias 17/07/2018

Uma arte perfeita, de tirar o fôlego e arrancar suspiros
Olá!!!
Nana Garces aqui para mais uma resenha de uma HQ, mas não um quadrinho qualquer porque aqui é DARKSIDE! E HQ da Darkside é uma obra prima! Nem preciso falar que a obra prima a qual me refiro é Paraíso Perdido de John Milton, desenhado por Pablo Auladell. E posso adiantar que se John Milton escreveu um lindo e grandioso poema, Pablo Auladell conseguiu transformar as palavras em pura arte.

Paraíso Perdido aborda a história bíblica da queda de Satã até o momento que Adão e Eva são expulsos do Paraíso. Por isso, Paraíso perdido. Por se tratar de uma história corriqueira, que aprendemos com nossos pais, tios, tias, avós, avôs, igreja, colégios (no meu caso foi um colégio religioso hehe) não vejo problema com spoilers nessa resenha.

melhor reinar no inferno que servir no céu

Inclusive acredito que o forte dessa HQ não seja a história contada, mas o poema e a arte que foi usada para expressar as palavras do autor.

Os livros da Darkside tem um ponto muito interessante, especialmente para mim, enquanto leitora de clássicos, que é abordar o que aconteceu por trás dos bastidores, como o autor, ou desenhista, ou roteirista, e a nota do autor dessa HQ trás um ponto muito interessante sobre como Pablo Auladell se interessou e por quanto tempo ele ficou em torno desse trabalho, isso eu vou guardar como um spoiler, por que, mesmo sendo um texto curto, é algo que merece atenção por todo o trabalho desenvolvido de maneira impecável desse desenhista.

36768970_1896833803713557_7588890879100715008_n%2B%25281%2529


Em 318 páginas de belas artes ricas em vida, ódio, culpa, o leitor pode se sentir sendo julgado por olhares obtusos do próprio anjo Gabriel, ou mergulhar num medo inexplicável ao ser observado diretamente pelo olhar de víbora do próprio Satã, e ainda assim julgar os próprios atos de Deus, Satã, seus anjos e os inocentes Adão e Eva.

[...] ele que não pede
De nós serviço algum a não ser este,
Esta fácil tarefa, de entre as árvores
No Paraíso que atam frutos doces
Tão vários, não provar conhecimento de uma só


Nas palavras de Andrew Pyper: “Todos que leem o Paraíso Perdido de Milton enxergam a obra de modo particular. Mas você nunca mais vai vê-lo da mesma maneira após ler a comovente, essencial e horripilante adaptação de Pablo Auladell. Satã aqui é um anjo de pura hipocrisia, igualmente sedutor e nefasto. Uma figura própria do nosso tempo.”

Esse é aquele livro que se deve ter na estante para ler e colecionar, e de tempos em tempos se deleitar com tamanha qualidade de arte que foi usada para adaptar um poema clássico como Paraíso Perdido, que, assim como é possuidor de um poema rebuscado, é de uma arte lindamente e agradavelmente teatral, adaptando perfeitamente sua bela história.

Nem preciso falar que essa HQ virou uma das minhas favoritas de todos os tempos. E aconselho todos a comprar e experimentar uma imersão diferenciada de uma história tão conhecida.

É isso aí, espero que tenham curtido e deixem seus comentários aqui!

Beijocas e até a próxima!

site: http://www.paraisodasideias.com
comentários(0)comente



Sílvia 23/08/2018

Estou cometendo o pecado literário do anacronismo
A arte gráfica é linda mas o livro FEDE. Literalmente. Tive que fazer a leitura com um pano cobrindo a boca.
Na primeira parte até tive vontade de ler a obra original do Milton, mas confesso que do meio para o final eu desanimei. Milton devia ser puritano e machista ao extremo. Sei que estou sendo anacrônica mas é difícil evitar.
Em resumo, a grafic novel é linda muito cara pesada e fedida.
comentários(0)comente



Leitor Noturno 01/09/2018

Resenha @leitor_noturno
Autores: John Milton e @pabloauladell
Editora: @darksidebooks
Estilo: Grafic Novel
Resumo: Já passou pela sua cabeça como teria sido a verdadeira história de Adão e Eva? Todos os desafios que o casal teria enfrentado por serem os responsáveis por criar o nosso mundo? Mas e se houvessem monstros que não quisessem que Deus tivesse sucesso com sua mais nova experiência? John Milton pensou em tudo isso ainda no século XVII e escreveu uma poesia maravilhosa e cheia de terror, agora adaptada com incríveis ilustrações de Pablo Auladell, chega às nossas livrarias com uma edição maravilhosa da DarkSide, com ilustrações obscuras, tenebrosas e cheias de escuridão e monstros. Infelizmente não é meu estilo de ilustração favorito, prefiro desenhos mais claros e fáceis de entender, mas ainda assim essa edição é incrível e vale a pena ser lida.
Capa: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Edição: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Originalidade: ⭐️⭐️⭐️
Ação: ⭐️⭐️
Enredo: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Fantasia: ⭐️⭐️⭐️
Terror: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Monstros: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Adão e Eva: ⭐️⭐️⭐️⭐️
Claridade das Ilustrações: ⭐️⭐️
Ilustrações Obscuras: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Perturbação das Ilustrações: ⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
Diálogos: ⭐️⭐️⭐️
Estilo dos Desenhos: ⭐️⭐️⭐️
Qualidade da Adaptação: ⭐️⭐️⭐️
Facilidade em Interpretar os desenhos: ⭐️⭐️
Qualidade de História: ⭐️⭐️⭐️
Conclusão: ⭐️⭐️⭐️
Quem Pode Gostar: Fãs de Grafic Novels, Quem gosta de adaptações literárias, leitores de histórias de terror, quem gosta de ilustrações carregadas de escuridão e bem perturbadoras.
Nota Final: ⭐️⭐️⭐️

site: https://www.instagram.com/leitor_noturno/
comentários(0)comente



137 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR