Tulio.bandeira 03/03/2023
Tempos em que não é mais feio mentir?
Há muito tempo, ouvimos frases sobre "mentir é feio". A verdade é exaltada em frases como "Sou muito verdadeiro(a)", "Não gosto de mentiras, falo na cara", "Falo a verdade e assumo as consequências", "Sou muito sincero", e o que vemos hoje, é que nesta era de fake news, nunca a verdade esteve tão ameaçada e banalizada. É como D'ancona diz, a pós-verdade não é a mentira e nem a verdade em si, mas ela está ali, depois que a verdade é conhecida, a opinião pública é manipulada por opiniões que utilizam de apelos emocionais e crenças pessoais, visando um interesse particular, excluindo a importância e necessidade de haver fatos objetivos.
Exemplo: Trump chegou a falar que sua posse teve mais público presente do que a posse de outros presidentes, apenas para se autopromover. Jornalistas apresentaram provas que não, e ele desconversou, informando que quis dizer que foi a posse com mais participantes quando se trata dos candidatos eleitos do partido republicano. Não apresentou provas e foi questionado. Por fim, disse que viu esta notícia em algum lugar. Os que o apoiam, o defenderam, sem mesmo haver provas ou qualquer evidência, até mesmo da própria notícia que ele disse ter visto. Um verdadeiro mal caratismo.
Perceber a atual realidade política no Brasil, é ter a tristeza em saber que a pós-verdade nos cerca e mora ao lado. Somos diariamente bombardeados por representantes políticos que não diz que A é A, e B é B, mas sim, um amontoado de achismo e falas levianas.
D'ancona com grandes exemplos, consegue nos esclarecer os perigos que a pós -verdade traz.
Obs: Pós-verdade doi eleita a palavra do ano de 2016 pelo dicionário Oxford.