Resenhas - Tempo de migrar para o norte

Dani Gazaniga 29/01/2019

Tempo de migrar para o norte
Uma história que revela a interessante jornafa de um homem que veio de outro lugar e que instiga a imaginação e curiosidade das pessoas que o conhecem recentemente, que ao desenrolar da história, vai revelando-se surpreendentemente.

KAtia.Durmus 09/01/2019

Livrando pelo Mundo - Sudão
O mais importante romance árabe do século XX, retratando a cultura e identidade árabe e africana, o colonialismo britânico na África e o Sudão pós-colonial, e já foi traduzido para mais de 30 idiomas.

?Não sou Otelo, sou uma farsa.?

É um romance árabe narrado por um personagem não nomeado que retorna a sua terra natal, uma aldeia à beira do Rio Nilo, após ter vivido na Europa onde estudou por sete anos. Apesar da sua narrativa, ele não é o protagonista da história, mas o homem ao qual Mustafa Said, um forasteiro enigmático, confiou-lhe seu passado sombrio, já que ambos estiveram fora por um longo período e retornaram ao Sudão. Mustafa Said vivia apenas com a mãe após a morte de seu pai, mas devido sua inteligência foi convidado para estudar fora, e se tornou não só um grande homem, proferindo palestras e escrevendo sobre economia, mas também um grande conquistador. Mustafa Said um homem de boa aparência, conquistava mulheres inglesas, dando a cada uma delas a impressão de que ia se casar com ela, além de usar um nome diferente com cada uma. Causando o suicídio delas, além de ter matado Jean Morris, sua amada e única mulher pela qual se apaixonou enlouquecidamente. Ele foi preso e retornou ao Sudão após ter cumprido sua pena. Mustafa Said comparava-se a Otelo, obra de W. Shakespeare, já que viveram tragédias parecidas.

Mustafa Said supostamente se suicida após ter revelado sua história ao narrador, deixando ele como guardião de sua esposa e filhos, e da chave de seu quarto particular onde ninguém mais havia entrado.

E mesmo após seu desaparecimento, Mustafa Said ainda consegue causar mais tragédia, sua esposa (ou viúva) Hosna Bint-Mahmud, se suicida, após ter sido estuprada pelo marido Wad-Irrays, o qual foi obrigada a casar-se, mas não antes de mata-lo com mais de dez facadas.

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