Tempo de migrar para o norte

Tempo de migrar para o norte Tayeb Salih




Resenhas - Tempo de migrar para o norte


77 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


@LuanLuan7 25/01/2022

- O romance organiza-se como um poema dramático construído por meio de uma colagem fragmentária e de transposições de imagens e símbolos, sempre em linguagem delicada, elegante, rica e sensual. -

É assim que o posfácio da obra descreve o romance de Tayeb Salih. Eu não poderia ter escolhido melhores palavras.

A história é de uma intensidade tão latente que as vezes se torna difícil de entender. Ela é um tanto quanto caótica: o leitor as vezes se perde a respeito de quem está narrando a cena.

O autor brinca com o leitor: uma hora é o narrador (personagem ?sem nome?), noutras o próprio Mustafa Said, e outras tantas vezes é o Mustafa quem fala pela boca do narrador sem nome?

A violência presente no livro é contada de forma poética e com um toque sensual, o que foi bastante inusitado.

Um ponto interessante é a desconstrução do ?colonizado perfeito? que saiu do Sudão e foi para Londres subjugar (de alguma forma) o povo que explorou seu país. Nesse caso, Said subjugava o coração de diversas mulheres? e com uma delas ele encontrou sua queda.

Com um final agonizante ficamos apenas com a expectativa de que o narrador ?sem nome? tenha tido um destino diferente de Mustafa Said: ?Socorro! Socorro!?

A resposta pra isso fica com a imaginação de cada leitor.
comentários(0)comente



Gigio 14/06/2022

Uma agradável surpresa
Depois de alguns meses na estante, sempre preterido por outra obra, resolvi lê-lo.
Sem grandes expectativas, fui surpreeendido positivamente e não consegui largá-lo até terminar. A trama gira em torno da história de dois Sudanezes que vão estudar na Inglaterra em períodos diferentes e de como essa experiência foi diferente para cada um deles. O texto é fluído e muito rico: tem um tom poético em alguns pontos, sensualidade em outros e um leve suspense do começo ao fim.
comentários(0)comente



Erica 09/07/2020

Uma narrativa perturbadora contada com lirismo de alta qualidade.
Acompanhando as peripécias de Mustafa Said contadas por um narrador-personagem, o autor nos revela de forma sutil os impactos da colonização britânica nos países africanos e os desafios da sociedade sudanesa contemporânea.
Nessa narrativa, nada é óbvio e totalmente revelado. Um livro escrito para nos deixar indagações. Uma trama misteriosa, personagens perturbadores, descrições belíssimas... Fascinante!
comentários(0)comente



Isadora1578 13/10/2022

Tempo de migrar para o norte
Tayeb Salih possui uma escrita peculiar, em que mescla falas do narrador da história com o de outro personagem, porém, esse fato é superado quando entramos na história e não conseguimos parar de ler.
Tempo de migrar para o norte retrata as mazelas que o colonialismo britânico deixou em países africanos, como o Sudão. O eurocentrismo e o preconceito se faz presentes até os dias de hoje, e são alguns dos motivos a causarem sentimentos de vingança e revolta nos colonizados, como mostra a narrativa através do personagem Mustafa Said. Além disso, retrata a cultura africano e a maneira que cada personagem possui para lidar com determinados acontecimentos.
Um livro intrigante e cheio de mistérios a seres resolvidos, vale a pena a leitura!
comentários(0)comente



Josana.Baltazar 22/02/2022

Indico o livro pela escrita a leitura é fluida e bem estruturada, o contexto histórico acrescenta conhecimento, gostei mas não consigo fazer grandes construções sobre o que o autor quis trazer além de uma história interessante
comentários(0)comente



ToniBooks 29/03/2024

À Sartre
Neste romance, conta-se a história das viagens e visões de Mustafa Said que se encontra dividido entre dois continentes.

Mustafa Said é órfão de pai e quando jovem abandona a mãe e parte para Londres onde se destaca profissionalmente.

Mas a visão dos britânicos sobre o continente africano e sua própria condição de expatriado são motivos que causam revolta e decepção em Mustafa.
comentários(0)comente



Pudima 08/07/2018

Sobre "Tempo de Migrar para o Norte"
Eu terminei essa história sem saber o que pensar. Fiquei confusa, e acho que não consegui entender muito bem.
Senti falta de sentir. Senti os personagens muito frios, distantes, sem expressão. Não consegui me envolver no enredo e acho que o livro impactou muito pouco em minha vida.
A leitura é fluida e achei bem fácil de ler, bem rápido. Mas parece que o livro passou por mim sem deixar marcas.
Não foi um livro que me cativou, ou que eu gostei, ou que mudou algo na minha vida. Achei riquíssimas as contribuições de quem leu e entendeu, mas não me senti atingida pelo livro. Talvez me falte compreensão, talvez eu não tenha (ainda) o conhecimento necessário para entender esse livro, mas confesso que o que vivi literariamente nessa história é tão vazio que ecoa.
Paz, amor e bem.
Drica 12/07/2018minha estante
Verdade, Érika!
Eu também me senti assim, perdida na história, os personagens bem distantes, uma sensação estranha de quem conta muitas histórias ao mesmo tempo e nenhuma, sabe como é? Estranho, apesar de não ter sido ruim. Fui até boazinha e dei 4 estrelas, mas acho que 3 é mais justo!


Hevellyn with an "H" 02/03/2020minha estante
Senti o mesmo que você ao terminar essa leitura.


Haida 27/06/2020minha estante
Me sinto representada pelo que você escreveu. Senti a mesma coisa!




Mara 21/06/2023

Colonização de terras, mentes e corpos
A história se desenrola nas margens do Rio Nilo, no Sudão, onde somos apresentados a dois personagens principais. O narrador, um homem sudanês educado e bem-sucedido, retorna à sua terra natal após estudar na Inglaterra. Ele é um observador atento e reflexivo, mergulhando em uma sociedade tradicional que está passando por mudanças drásticas sob a influência da colonização e ocidentalização. Ao retornar, conhece outro sudanês que viveu por alguns anos na Europa: Mustafa Said. À medida que o narrador se aprofunda na história de Mustafa, ele percebe que ambos estão ligados por suas experiências migratórias e pela sensação de alienação cultural que acompanha essas mudanças.

O livro explora temas de colonialismo, pós-colonialismo, raça, sexualidade e identidade. É uma reflexão intensa sobre as tensões culturais e as contradições inerentes ao processo de ocidentalização e à luta pela identidade pessoal e nacional.
comentários(0)comente



Renata 25/05/2021

O livro conta a história da vida de Mustafa Said, um inteligente sudanês que vai para a Inglaterra e, após cumprir prisão por 7 anos, retorna ao seu país natal. Em seu retorno encontra o personagem que é o narrador da história e a ele relata a sua vida.

Muito bom. Nota 2.
Não gostei do livro. A história não tem propósito nenhum. O personagem principal é um ridículo.
Talvez eu tenha "lido errado" o livro, pq a nota dele no app da TAG é bem altinha e no pósfacio diz que ele teve um "sucesso assombroso".
Pra mim, a única coisa legal do livro foi conhecer um pouquinho da cultura do Sudão que, como é de se imaginar, é mega machista (haja vista que a mutilação feminina só passou a ser considerada crime lá no ano passado, em 2020).
Nati Sampaio 21/10/2021minha estante
tô terminando o livro, e pensando igualzinho a você!




Luci 08/01/2023

Esse livro trouxe várias perspectivas culturais interessantes para refletir. Também deixa várias profundas indagações em nosso âmago, trazendo à tona contradições complexas, situações difíceis de absorver. Particularmente, achei a escrita cheia de passagens bonitas, com significados que me deixaram pensando.

Esse é um livro que eu tinha bastante vontade de ler, após ter encontrado referências a ele em outros livros de Edward Said. Fiquei muito satisfeita de poder ter entrado em contato sabendo da tremenda força que o colonialismo e que a colonialidade teve sob a vida dos personagens.

É um livro que trata sobre dois homens, ambos que fizeram o processo de deslocamento de sua terra, do Oriente, para ir à Europa, em que sofreram uma série de consequências em seus seres devido a esse processo de diáspora e posterior retorno. Apesar disso, a figura central do romance parece representar uma espécie de vingança do processo colonial ao se encontrar no dito Ocidente.

Com certeza é um livro que quero revisitar e recomendo a todos que tiveram interesse em aprender mais sobre culturas, sobre alteridades, sem um olhar etnocêntrico, reconhecendo que os temas dispostos nessa literatura também têm muitas aproximações com os temas caros a nós, brasileiros.
comentários(0)comente



Gabriela Costa | @leia_preta 26/06/2021

Se segura!
Se você quer um livro que discute o colonialismo, enquanto fala da cultura árabe e africana essa é a obra certa! A história é narrada em primera pessoa por um narrador sem nome que acaba de chegar da Inglaterra, ao retornar ao seu povo - que vive na beirada do Nilo - o narrador conhece pela primeira vez Mustafa Said. Este é um homem misterioso, que vai confiar em nosso narrador sua verdadeira história.

Um livro sobre a assimilação cultural, dominação e colonização. Através da trajetória dos dois personagens vamos refletindo sobre como duas pessoas de origens semelhantes podem viver histórias distintas e pensar diferente sobre a presença Inglesa no Sudao.

Amei a leitura e favoritei!
comentários(0)comente



Claudia.Correia 12/07/2020

Tempo de migrar para a norte
O romance que é considerado uma das mais importantes obras árabes do século XX, descreve a história de dois personagens Sudaneses que viveram na Inglaterra em épocas diferentes e que anos mais tarde se encontram em em sua terra natal. Com uma narrativa envolvente o livro trás uma reflexão sobre o colonialismo inglês e a relação entre Ocidente e Oriente.
comentários(0)comente



Pati 26/05/2020

Ouroboros Literário
Terminada a leitura a única resenha possível, entre lágrimas de exaustão, de encerramento, triunfo e dor, é está: eu preciso reler essa obra gigante em algum momento adiante da minha vida, das minhas experiências, com mais bagagem. Esse livro me dominou, me domou e subjugou de um jeito quase físico. A princípio eu fiquei bastante incomodada por não entender a narrativa, ou conseguir me conectar com a história e personagens. Porém era impossível largá-lo. A vontade de compreender era muito maior que o desespero da ignorância. E assim seguiu-se a avidez da passagem das páginas até a última, que terminou junto com a última lasca possível da última unha do último dedo da minha mão que ainda estava intacta. Confrontada com o que eu desconheço de maneira tão provocativa, não consigo me manter alheia, mas no caso desse livro, creio ser senso comum essa profunda experiência de imersão na cultura árabe. Foram pincelados tantos aspectos políticos, econômicos, religiosos, sociais, de costumes, etc, desconhecidos para mim, que é impossível permanecer passiva diante desse universo denso e até então ignorado. O mérito fica por conta do enredamento causado pelo autor, que envolve o leitor gradativamente e entrega com parcimônia pistas que apontam para questões, maiores, que ultrapassam a história, saltam das páginas e se materilizam no plano da realidade. Pretendo revisitar a saga de Mustafa Said e suas muitas mulheres inglesas e a aldeia sudanesa das palmeiras hospitaleiras às margens Nilo um dia. Até lá, avançar em direção ao norte, ao sul, leste, oeste, mas não se deixar afogar simplesmente no curso do rio. E fluir.
Claudio.Simonetti 26/05/2020minha estante
Eu tenho, mas ainda não li.




Nati Sampaio 23/10/2021

É um livro com uma certa relevância histórica por falar sobre colonialismo, início de um Sudão livre e etc. Mas é só isso que gostei no livro.
A história em si achei bem apática. Personagens sem grandes construções, zero empatia pelos personagens, e uma certa raivinha pelo Mustafa, embora as alegorias com ele tenham um significado relevante.
Enfim, longe de ser meu livro preferido, mas vale a leitura!
comentários(0)comente



Julia Dutra @abibliotecadebabel 03/04/2020

Tempo de ler Epistemologias do Sul
comentários(0)comente



77 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR