Tempo de migrar para o norte

Tempo de migrar para o norte Tayeb Salih




Resenhas - Tempo de migrar para o norte


77 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Bruna.Toledo 13/01/2021

Complexo e enriquecedor
Com muitas críticas ao colonialismo inglês sobre o Sudão e interessantes provocações sobre a organização socio-cultural do país no início do século XX, Tempo de migrar para o norte não é um livro para se devorar: ele apresenta muitas camadas ao tratar do "conflito" ocidente versus oriente; norte versus sul.
comentários(0)comente



AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 06/02/2021

Após sete anos estudando na Europa, nosso narrador volta p/ sua terra natal, uma cidadezinha pequena próxima ao Nilo, sua terra e seu povo q sentiu tantas saudades, mas, é um rosto desconhecido q chama a sua atenção.
Mustafa Said tem uma vida misteriosa e o narrador se vê querendo desvendar sua vida, já q Mustafa parece ter tido uma trajetória semelhante com a sua na Europa, mas q acabou em uma tragédia e após voltar ao Sudão, ele só quer recomeçar, esquecer o q passou e tentar esconder sua história a qualquer custo.
Vendo a curiosidade do narrador, Mustafa vai revelando a sua historia de brilhantismo e tudo q passou como imigrante na Europa, até o q culminou em sua volta.

Escrito em 1966 por um dos autores árabes mais importantes do séc.XX, conhecemos a história de um homem q tinha tudo p/ ter um futuro brilhante e grandioso, mas q se deixa seduzir em um jogo de conquistas e aventuras sexuais, mas, sem deixar p/ trás uma crítica política e uma imersão deliciosa a cultura árabe, seus cheiros e costumes.
A escrita é boa, fazendo ser uma leitura fluída, onde vc se vê curiosa p/ saber toda a história de Mustafa, o q nos faz entender o pq do narrador (não é dado o seu nome) quer tanto desvendar os seus mistérios.
comentários(0)comente



Lilica 30/12/2020

Um livro muito curioso: a cronologia dele é bem confusa, mas de alguma forma se encaixa; cenas absurdas são contadas como se não fossem nada e muitas questões são deixadas em aberto sem se ter certeza do que aconteceu.
De toda forma é uma boa experiência de leitura, diferente do normal.
comentários(0)comente



Rafael 31/12/2022

Não achei isso tudo
Confesso que não fui arrebatado pela obra, tampouco posso afirmar que comungo das opiniões da crítica a respeito dela. Para mim, o livro se resumiu a um relato (in)direto sobre a sociedade sudanesa no período pós colonização. O que, com certeza, é muito interessante, pois mais uma vez a leitura permite o vislumbre de outra cultura, outro modo de vida. Todavia, o enredo, apesar de instigante, não torna o livro melhor. Isto é, não vi nada demais nas personagens e nas situações vivenciadas que pudesse me fazer crer que esta obra é fenomenal, que merece um lugar de destaque em qualquer estante. Não digo que ela é desimportante, apenas não me agradou a ponto de receber 5 estrelas. Ainda assim, vale a pena a leitura para que se possa tirar as próprias conclusões. Os "clássicos" nem sempre são os melhores livros ou os que merecem maior atenção. Por fim, sobre o aspecto "poético" da escrita de Tayeb, nada demais, afora algumas frases e reflexões interessantes que pontuam o livro.
comentários(0)comente



Luds 25/09/2021

Um bom livro que não me cativou o suficiente nesse momento. Pude perceber que ele tem possibilidade de ser profundo, mas talvez eu ainda não saiba como mergulhar em sua complexidade.

Em alguns momentos senti que a narrativa não levava a lugar algum e talvez tenham sido esses os momentos que me geraram certa desconexão. O autor se aprofunda em poucos personagens e por isso alguns dos fatos não me pareciam tão relevantes.

Vou guardar meu exemplar para me reencontrar com ele no futuro.
comentários(0)comente



Karla Lima @seguelendo 27/06/2018

“Tempo de migrar para o norte”, publicado em 1966, foi indicação de Milton Hatoun no mês de Maio da TAG Experiências Literárias. Recebi a caixa, achei o livro lindo, a sinopse interessante e logo me pus a ler.
.
O romance conta a história das viagens de Mustafa Said que se encontra dividido entre dois continentes. Órfão de pai, abandona a mãe ainda criança para escutar: parte para Londres onde se destaca intelectualmente e profissionalmente. Mas a visão dos britânicos sobre o continente africano e sua própria condição são motivos que causam revolta e decepção em Mustafa.
.
Achei que ia amar o livro, realmente achei. Comecei, fui lendo e a história não me instigou. Vários temas abordados na obra são de meu interesse, gosto de saber e de ler sobre, porém alguma coisa que até agora não sei identificar me fez não gostar do livro.
.
A premissa é ótima, mas a história prometida, apesar de um texto muito rico, com construções bastante poéticas, não é entregue. Me senti atropelada em alguns momentos e o narrador, em diversos momentos aparentemente obcecado por Mustafa, não ajudou muito a me cativar.
.
Eu queria ter gostado. É daqueles livros que você olha, pega, acha interessante, quer ler e quer, efetivamente quer, gostar. Mas não deu. Temos pontos altos, como a crítica ao colonialismo e o próprio personagem Mustafa é interessantíssimo, assim como sua história. Ainda assim, não gostei.
.
O enredo é bom, e por isso fui seguindo a leitura, lendo rápido, sem pensar em abandonar, no entanto, sempre ficava esperando algo acontecer! E esse algo parecia que não chegaria nunca. Por fim, restou a frustração e a sensação de vazio.
.
Posso resumir tudo em: um bom enredo, mas não gostei de como a história foi contada.


site: http://instagram.com/seguelendo
comentários(0)comente



Bruno.Dellatorre 01/05/2020

Sem noção
Ainda estou chocado com a falta de noção do autor. As primeiras 50 páginas são MA-RA-VI-LHO-SAS.
E a história vai se desenrolando...
Da metade pra frente o autor preenche tudo com aleatoriedades, excessos de detalhes dispensáveis e a falta de história se torna uma característica gritante! O final então, péssimo!
O resultado no geral, ficou caótico. Um livro que no início me chamou muito a atenção se perdeu até descarrilhar totalmente. Nem parece o mesmo livro que eu tinha começado a ler.
comentários(0)comente



Robson 04/01/2022

"Aqui, nós não precisamos de poesia."
Um livro de escrita belíssima com uma carga histórica incrível sobre o colonialismo europeu em países do continente africano.

A história é contada por um narrador-personagem sem nome que, de volta ao seu país natal - o Sudão -, após ter passado alguns anos estudando no exterior, se depara com um forasteiro que agora também mora na pequena vila rural às margens do Rio Nilo em que o narrador cresceu.

Sondando amigos e parentes da sua pequena vila, o narrador descobre que o forasteiro se chama Mustafa Said e que pouco se sabe sobre ele. As pessoas dizem apenas que é um homem inteligente, agradável e engajado socialmente na vila.
Porém, aos poucos os mistérios sobre este homem e o seu passado vão se desvendando e somos introduzidos a uma grandiosa narrativa criada por Tayeb Salih, renomado escritor árabe.

O texto é belo e ao mesmo tempo denso; traz aspectos políticos e culturais do qual se podem fazer diversas associações e a história como um todo dá muita margem para interpretações, sem se dar uma resposta de mão beijada. Particularmente gostei muito e espero reler em breve com mais atenção e mais foco também.


"A vida continua apesar de nossa vontade. Eu, como milhões de pessoas, caminho, movo-me, empurrado geralmente pela força do hábito, numa longa caravana, que sobe e desce, repousa e parte."

pág. 61
comentários(0)comente



Vivi 22/05/2018

Tempo de migrar para o norte - Tayeb Salih

Sabe aquele livro que começa os primeiros capítulos deliciosamente bem? Sim foi esse parecia uma leitura quase poética. Mas, capitulos bem mais a frente já perde todo aquele tcham ( minha opinião) .Aqui encontramos bastante coisa além de politica, imigrações, uma análise vasta do outro enquanto ser.Alguns pontos bem reflexivos. A estória incrível do famoso Mustafa Saíd da sua infância prodigiosa e todo seu sucesso acadêmico até se tornar o tipo de homem que as mulheres literalmente morrem por ele mas muitas coisas sobre suas atitudes só vai ser compreendida no posfácio . Gostei muito da parte da Hosna. O que dizer.... é um livro que dá pra ter os dois sentimentos, gostar e não gostar .Nunca pensei que escreveria isso.
comentários(0)comente



IGuittis 19/01/2022

Eu acho muito complicado explicar sobre esse livro... temos esse narrador que não sabemos o nome contando que ele está voltando ao Sudão após anos estudando na Inglaterra. Chegando ali ele conta sobre como se sente em casa naquela aldeia, como o povo é unido, porém tem um homem ali, que é novo no povoado, Mustafa Said, e ele acaba desenvolvendo uma curiosidade muito grande sobre quem é esse homem, o que ele fez, por que está ali. Quando ele vai conhecendo o Mustafa parece que ele desenvolve inclusive um ciúmes, por perceber que ele é tão inteligente quanto ele, de perceber que ele não é mais um diferencial entre aquelas pessoas.
Em um dado momento, por um motivo que não fica muito claro, o Mustafa vai contar toda sua história para esse narrador, e ai ficamos sabendo que ele teve um período de vida na Inglaterra, e que lá, ele teve diversos casos, com diversas mulheres, e que a paixão delas chegava a um ponto de que elas se mataram por causa dele, só que da morte de sua esposa, ele é culpado, ele que matou ela. E assim vamos lendo para descobrir o porque e como ele matou essa esposa.
Eu não desenvolvi muito apego por nenhum personagem, a narrativa, apesar de ser muito bonita de se ler, a escrita é quase poética, ela é cansativa, teremos muitas descrições e conversas sobre sexo, e como é exposto do ponto de vista de homens mulçumanos, o papel da mulher nem sempre é dos mais agradáveis de se ver.
comentários(0)comente



Zelinha.Rossi 16/05/2018

A escrita é boa, fluida, bela. Os temas tratados são bastante interessantes. Mas para mim o final foi um tanto quanto abrupto. Virei a página e.... Fim? Ler o posfácio me fez entender mais sobre a importância da obra, sobre o sentido das ações de Mustafa Said. Mesmo assim, não sei se foi suficiente para melhorar minha impressão sobre a obra.
Anoca Freitas 22/05/2018minha estante
Estou na página 109 e devo terminar a leitura depois do almoço. O pior é que, até agora, sinto que minha impressão final será igual à sua.




Fábio Nogueira 16/05/2018

Interessante, intenso...
Leia, reflita, com a mesma intensidade que o autor te apresenta este romance ímpar. Sem lacunas ou brechas, Salih nos presenteia com essa estória densa e não cansativa com muita maestria. Cada um, no seu tempo para migrar para o norte... Experimente!
16/05/2018minha estante
Ainda vou começar


Fábio Nogueira 17/05/2018minha estante
Show! Vai gostar...




Candido Neto 07/05/2018

Há destino?
Quem é Mustafa Said?
No fim do livro é possível fazer a biografia completa de Said, mas ninguém sabe quem ele é. O livro acaba e a história continua na sua cabeça.
Sexismo, violência, política, cultura, relação interpessoal e choque cultural fazem parte do livro, o autor lhe conduz vagarosamente para um ponto onde nada mais vai acontecer além do destino.
Há destino? Livre arbítrio? Mustafa Said escolheu seu destino ou o cumpriu?
Elisabete Bastos @betebooks 19/06/2018minha estante
Uma questão a pontuar é a relação entre o Estado-Colonizador e aqueles que foram subordinados/colonizados. Existe um estigma entre eles. O sentimento de inferioridade e a revolta da submissão permear em cada página. Mustafa Said sabia muito intelectualmente igual ao colonizador e emocionalmente? Todos estão marcados desta carência até o autor, que ficou no estrangeiro distante do Rio Nilo.....




Natália 25/01/2021

Tempo de sair da zona de conforto é o nome
Pra ser mais simples, vou começar falando por onde tive acesso ao livro que vou apresentar aqui.
Pela TAG Curadoria.
A TAG é como um club do livro, que envia um livro diferente todo mês.
E isso é tão emocionante, você fica na expectativa de que livro será esse mês.

Em maio de 2018, com curadoria de Milton Hatoum, recebi “Tempo de Migrar para o norte”.
E eu enrolei muito para ler esse.
Confesso.
Fiquei com receio de ser aqueles livros difíceis.
Sabe quando você olha e pensa: “Não sou inteligente o suficiente para ler isso”?
Foi o que pensei quando recebi a caixa de maio de 2018.

Mas finalmente li.
É um livro que realmente me tirou da minha zona de conforto, em muitos níveis.
Ele é diferente do que costumo ler, de uma cultura que não estou habituada, e uma escrita que na primeira impressão parece complexa.
O autor aborda a cultura do Sudão, e os efeitos de uma colonização inglesa. A religião da época, com seu machismo e mutilação feminina. E uma visão de mundo bem diferente.

Achei um pouco confuso às vezes, principalmente pelas trocas de perspectivas entre narrador e personagens. Tempos. Falas.
Ele vai deixando pontos abertos, você se sente perdido como o narrador.
Mas faz parte da construção poética que o autor usou no livro.

O autor, Tayeb Saih, disse em uma entrevista que queria escrever um thriller sobre assassinato. Mas ao desenvolver da história, percebeu que ela caminhava para outra direção, com uma visão conflituosa sobre os resquícios da colonização e a da relação que se formou com a Europa. E assim, com essa troca de caminhos, nasceu uma das mais impactantes e importantes obras da literatura árabe do século XX.

A conclusão que tiro aqui é, não se julgue incapaz de ler algo porque soa como complexo, difícil, inteligente demais.
Leia. Você vai se surpreender.

(Resenha publicada no blog "Radialista é o nome")

site: https://radialistaeonome.blogspot.com/2021/01/tempo-de-sair-da-zona-de-conforto-e-o.html
comentários(0)comente



Nívia ¦ @niviadeoliveirapaiva 21/03/2020

O livro é intrigante, porém confuso.
comentários(0)comente



77 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR