Tempo de migrar para o norte

Tempo de migrar para o norte Tayeb Salih




Resenhas - Tempo de migrar para o norte


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Dani Gazaniga 29/01/2019

Tempo de migrar para o norte
Uma história que revela a interessante jornafa de um homem que veio de outro lugar e que instiga a imaginação e curiosidade das pessoas que o conhecem recentemente, que ao desenrolar da história, vai revelando-se surpreendentemente.
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Rocca 20/02/2022

Um livro sensível e difícil.
Este livro fez você gostar de personagens por um breve momento, apenas para não significar nada no final e isso me deixou um pouco frustrada. Eu definitivamente quero dar a este livro outra chance mais adiante, pois sinto que não entendi completamente tudo o que ele tinha a oferecer nessa primeira vez. É uma leitura muito inteligente que talvez exija algum conhecimento prévio antes de julgá-lo.
Nas primeiras 50 páginas o autor nos fornece um tema central: mais cedo ou mais tarde, os dois protagonistas acabariam no norte. "E o rio, o qual não haveria começo nem fim, corre para o norte, não presta atenção a nada; uma montanha pode ficar em seu caminho e se voltar para o leste; pode acontecer uma depressão profunda para o oeste, mas cedo ou tarde se estabelece em sua viagem irrevogável em direção ao mar do norte".
Também adoro a maneira como Salih descreve o sentimento: "Pelos padrões do mundo industrial europeu, somos camponeses pobres, mas quando abraço meu avô tenho uma sensação de riqueza como se fosse uma nota nas batidas do coração do próprio universo". Sinceramente eu quero viver no sentimento dessa citação para sempre.
Infelizmente, talvez por minha própria ignorância, não me sinto tentada a dar mais que 3 estrelas.
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@eleeoslivros 22/06/2018

esse livro é um amorzinho!
que escrita gostosa, que história que te prende, quantos mistérios que te deixam encucado.
assim como alforje, eu não esperava nada do livro e tive uma ótima surpresa!
por mais livros assim @tag
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Janara 27/06/2018

Durante a leitura, lembrei de outros livros: O Estrangeiro, do Cammus; vários homens de vários livros do Kundera, em especial o Thomas de A Insustentável Leveza do Ser, e outros. Achei muito bonito e poético, as descrições são fantásticas, bem como a forma que o autor faz a ambientação. Gostei do final (que me fez pensar muito no Mito de Sísifo, também do Cammus). Várias questões são levantadas e, como é de se esperar, não foram resolvidas - até porque não precisa; o mais rico da literatura são as questões, não as respostas. As questões de gênero, as oposições culturais, a forma como a comunidade lida com as coisas, a tensão de um homem que vive entre a cultura ocidental e a sua raiz... É um livro difícil. E muito bom.
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neudsonpenha 30/07/2018

Todos temos que migrar para algum lugar para nos conheceremos
TEMPO DE MIGRAR PARA O NORTE
Tayeb Salih

Salih é um dos mais aclamados escritores do séc. XX. Nasceu no Sudãoem 1929 e faleceu em Londres, 2009...não temos muitos dos seus livros traduzidos. Estão apenas em Árabe.

TEMPO DE MIGRAR...é um romance, uma novela bem diferente daquelas que estamos acostumados, pois não há linearidade na escrita. Inicialmente, estranhei, mas no percurso, a leitura foi me envolvendo, envolvendo, envolvendo...e gostei muito.

Os mistérios que rodam a vida de Mustafa Said, narrada ora por ele, ora por um "narrador" que também faz parte da mesma, é uma reflexão sobre dois mundos: o ocidental e o oriental, o do colonizador e o do colonizado. De forma subjetiva somos conduzidos, ora poética-simbólica, ora concreta, a observar como se deu o colonialismo na África, suas contradições e perspectivas pessoais e coletivas.

Toda a história de Said se passa entre Londres e Sudão.

As descrições são de um lirismo fantástico.

É um livro ideológico? SIM, e que bom que é, pois assim podemos compreender parte da história da África a partir da visão do autor. Mas não é um livro didático ao ponto de ter uma estrutura denunciante chata. Algumas categorias temáticas são postas nas entrelinhas. Desta forma, a leitura se desenvolve na leveza e densidade apropriada.

Religião, o papel da mulher, a imigração, a morte e a liberdade são alguns dos temas abordados pelos personagens.

Confesso que me surpreendeu como a narrativa, não linear, vai nos mostrando os personagens e nos libertando de apegos simplistas aos mesmos.
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Mustafa Said é um personagem encantador, transgressor? Deve ser odiado ou amado?
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Apenas lendo para tomar suas próprias conclusões.
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Eu fiz as minhas!!!
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Salih, Tayed. Tempo de migrar para o norte; tradução do árabe e notas Safa Abou-Chahla Jubran. 2ed. São Paulo: Planeta do Brasil, 2018.

Nota: 3,0

#bookinstagram#TagExperiencialiteraria #instagood #Tagcuradoria #instadaily #friends #amoler
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Guynaciria 19/08/2018

Tayeb Salih faz parte da primeira geração de sudaneses educados na Grã-Bretanha, tendo portanto bastante embasamento para tratar do assunto abordado nesse livro incrível. 

O autor, assim como o personagem principal de seu livro, tentou sempre se manter ligado as suas raízes, tradições, mas sem diminuir a importância que o país que o acolheu teve em sua formação. 

De repente vemos o autor liberar esse sentimento de dualidade que carrega, em relação a diferença cultural dos dois países, suas tradições, costumes, liberdade sexual e de escolha.

O livro nos apresenta dois personagens marcantes, que  passaram pela mesma experiencia, em épocas distintas e com resultados totalmente diferentes. Enquanto um entrou em um processo de luta silenciosa contra seus colonizadores, até esses o dominar e sufocar sua pequena revolução. O outro aceitou a mudança com um olhar otimista, porém com com um incomodo permanente que o levou a ver as alterações de uma forma mais realista. 

O livro é denso, ao mesmo tempo que envolve o leitor em suas diversas camadas de informação. Embora nenhum dos personagens sejam de fatos atraentes ao leitor, ou causem um sentimento de empatia.
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Julia Oneda 07/12/2020

Censurado em seu pai?s de origem devido seu conteu?do sexual expli?cito, este romance-novela de passa me uma aldeia do Suda?o, a?s margens do rio Nilo, descreve a histo?ria de um homem que em sua juventude migra para Europa para cursar a faculdade. Ao retornar para sua aldeia, conhece um cidada?o que na?o pertence inteiramente a?quela comunidade, do qual guarda, em seu passado desconhecido pelos demais, histo?rias de viagem, seduc?a?o e sexualidade. A histo?ria retrata a dificuldade de africanos em meio a sociedade europeia, os atritos pelas diferenc?as culturais e religiosas e o impacto do colonialismo brita?nico em terras a?rabes. Ale?m disso, a narrativa mostra tambe?m a condic?a?o da mulher em meio a? esta? sociedade onde o homem, a cultura opressora e a religia?o sa?o predominantes.
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Ja? pararam para pensar qual o impacto da cultura na formac?a?o de cada ser? Como ela influencia a termos determinados comportamentos e crenc?as? Essas sa?o algumas das reflexo?es que este livro traz!
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Gabriela 30/09/2018

"Tempo de Migrar para o Norte" foi o livro de maio/2018 da TAG Curadoria. Este foi um daqueles livros que eu não compraria se visse na livraria, mas como a TAG enviou, eu tive que ler.

O livro me surpreendeu, pois nunca tinha ouvido falar dele e a sinopse não me deixou muito empolgada, mas ao começar a ler, não consegui mais parar. A história começa quando o narrador, cujo nome não sabemos, volta para sua cidadezinha no Sudão depois de passar alguns anos estudando na Europa. Ele fica intrigado com um homem desconhecido, Mustafa Said, que casou com uma mulher da cidade, mas que parece ser de fora e ter uma educação diferenciada. Então fica a pergunta: como alguém que não é dali, que já viajou pelo mundo, escolhe morar num lugarejo daqueles?

A curiosidade do narrador desperta a nossa também, até que Mustafa decide contar sua história em uma noite. Contudo, o narrador não compartilha conosco tudo o que ele ouviu naquela noite. Conforme o tempo vai passando, algumas situações despertam a memória do narrador, que só então vai revelar mais uma parte de sua conversa com Mustafa. Dessa forma, a história de Mustafa não é contada linearmente, mas sim conforme as lembranças do narrador vêm a tona.

A escrita do autor é bela, com metáforas interessantes, e fluida. O autor também tem uma visão bem realista da política de seu país. Por um lado, ele critica os colonizadores europeus por acharem que estavam salvando o povo da barbárie, por outro, ele reconhece que os colonizadores também não culpados por tudo de ruim que há no país e critica os políticos sudaneses. A visão que temos do Sudão neste livro não é romantizada, aqui são expostas a intolerância do povo e a ausência total de direitos para as mulheres.

É revoltante pensar que este livro foi escrito na década de 1960, mas muitas das coisas que são relatadas sobre as mulheres continuam do mesmo jeito no Sudão e em outros países. Enfim, é um livro bastante interessante, sobre um país do qual pouco ouvimos falar, então é ótimo para nos tirar da zona de conforto. Minha única reclamação é sobre o final, pois vocês sabem que não curto muito essa coisa de final aberto.

"A vida é cheia de dor, mas devemos ser otimistas e encará-la com coragem." p.40

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com/
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Lala 02/04/2021

Achei o livro denso! É bizarro pensar em como a religião não mudou muito desde a primeira edição do livro (1966). Nem como as mulheres sao tratadas na sociedade mudou. Os personagens são bem construídos. Acho que a leitura vale a pena, embora possa ser dolorosa.
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Fabian Rodrigo 21/02/2021

É um bom livro, mas fica cansativo. O "personagem principal" é a perfeição, mesmo seus defeitos (e são muitos) são vistos como excentricidades de uma mente brilhante. Outro "personagem principal", através dos olhos conhecemos a história, vive uma obsessão por descobri, conhecer e desvendar tudo sobre a vida e como as coisas tiveram o desfecho que tiveram.
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Fernanda.Avila 10/02/2021

Bem médio
Eu tenho uma parcela de responsabilidade por não ter gostado tanto, pois criei uma tremenda expectativa. Curti a reflexão sobre o colonialismo na África, gostei de conhecer um pouco sobre o Sudão, país sobre o qual sei muito pouco ou quase nada, mas a história não me envolveu, a escrita não me cativou. Não digo que não recomendaria, mas não colocaria como prioridade.
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Thaise @realidadeliteral 05/11/2018

Sobre sair da Zona de Conforto
Somos apresentados nessa obra à história de Mustafa Said, que a meu ver se mescla com a história da colonização “pacífica” da Inglaterra na África, mais especificamente no Sudão.
Mustafá é o fruto perfeito dessa colonização, e falar mais que isso seria estragar a experiência com essa história.
O que mais me encantou, e não se enganem, é uma obra difícil de digerir, foi conhecer a cultura e a história de um país até então totalmente desconhecido para mim, e de uma maneira tão, tão profunda.
Assuntos muito importantes são tratados nesse livro: religião, colonização, racismo, machismo, mutilação genital feminina (nem me lembrem disso, eu nem sabia que isso existia, real oficial), confesso que fiquei muito chocada com muita coisa que nem imaginava que pudesse existir, o choque cultural é muito grande, certos assuntos são tratados de maneiras que eu nem imaginei que pudessem ser.
A Escrita de Tayeb Salih é uma maravilha a parte, em poucas vezes, na minha vida de leitora me deparei com algo tão poético. .
Enfim, “Tempo de Migrar para o Norte” foi uma grata surpresa, e recomendo fortemente a todos que gostam de boa literatura e querem se aventurar em conhecer novas realidades totalmente diferentes da nossa.

site: https://www.instagram.com/realidadeliteral/
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Bela 24/12/2018

Uma experiência repleta de angústias
O livro aborda diversos temas como racismo, xenofobia e vários tipos de violência. Apesar de não ter me prendido, reconheço que é uma ótima história e de fácil leitura, mesmo com os socos repentinos que o autor nos dá.

A narrativa revela situações capazes de causar a mais intensa angústia ao leitor, principalmente por serem abordadas com uma certa naturalidade.

Sinto falta de um protagonista forte e a romantização de determinados assuntos me incomodou absurdamente. Com toda certeza, o auge da obra é o contraste entre culturas que nos tiram da zona de conforto, fazendo com que seja o principal motivo para a leitura.

O livro tem seus defeitos, a monotonia é um deles. Contudo, o seu valor é inegável, sendo assim uma obra do século XX de grande relevância.
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