BookCall 30/04/2020
“Bem, o coração quer aquilo que quer.”
Elle tem Lee como seu melhor amigo desde sempre e nem se lembra o que é fazer qualquer coisa sem ele. Lee tem um irmão mais velho, Noah, o badboy super gato da escola, por quem Elle tem um crush.
O livro é narrado em primeira pessoa, pela Elle e tem uma escrita que flui, mas não é uma história bem desenvolvida.
Nem vamos falar de Noah e a relação de possessividade com ele, porque isso já foi muito abordado em várias resenhas.
Não existe um drama e nada que impeça o casal de ficar junto durante a história, com exceção da frescura da Elle mesmo. Existem várias passagens em que a autora descreve uma cena desnecessária para a construção da história e esse livro poderia, facilmente, ter bem umas cem páginas a menos - o final foi beeem arrastado.
A parte legal mesmo do livro, que é um diferencial se compararmos com outras comédias românticas desse tipo, é que Elle e Lee não vivem a sombra do irmão. Eles são descolados, tem amizade com todo mundo da escola. O Lee é incrível e a Elle não tem nada da menininha tonta e desengonçada que mostra no filme.
Então, sobre a adaptação: Já tínhamos assistido ao filme quando lançou e assistimos de novo pra julgar a adaptação. E o filme foi levemente baseado no livro. Bem levemente. Não existem regras, não existem ‘meninas malvadas’ e Noah é bem menos babaca na adaptação.
Essa foi uma leitura pra cumprir desafio mesmo. Não é ruim a ponto de largar, mas não foi memorável e, definitivamente, não vai acontecer a leitura da continuação.
Talvez, muito talvez, uma possível leitura do novo livro da autora Um jogo de amor e sorte, mas só depois de ver o que o pessoal está achando.