Nivia.Oliveira 27/11/2021
Não é um relato de viagem, tipo documentário (que eu detesto!), porque ele conta o que viu, pensou e sentiu de forma descontraída.
É como aquele amigo que chegou de viagem e começa a te contar todos os detalhes... Inclusive se lembra de livros que leu. Por exemplo, quando entrou numa pirâmide em Cholula, que ele detestou, ficou imaginando uma cena do livro de Julio Verne! Kkk .134 Ele também viu num sacristão parecido com o Quasímodo de Victor Hugo. 153
Erico Veríssimo é nosso guia numa viagem que poucos se arriscariam: de trem, por 3 dias, (junto com sua esposa), atravessando os EUA e o deserto de chihuahua!
Ele não só pintou o México com todas as suas cores como estudou profundamente o país porque o amava. Estava morando nos EUA (era prof. De História e Literatura – queria sair do “túmulo de aço”) quando empreendeu a viagem.
Ele destaca sempre as culturas que formaram o México, sobrando analogias com o Brasil e os EUA. O mais legal é que ele gostava de conversar com as pessoas com quem cruzava absorvendo a percepção dos autóctones e moradores. Além disso, houve colóquios com o escritor mexicano José Vasconcelos e o muralista Alfaro Siqueiros com os quais conversou muito sobre a História mexicana.
Os atrativos são muitos e assim como o autor, eu fiquei impressionada com a quantidade de igrejas.Ao visitar as múmias que gritam Veríssimo quase vomitou! A fiquei surpresa com a explicação psicanalítica das Touradas, que no México também é muito forte: o sexo entre um homem e uma mulher.
O livro foi escrito em 1957, então os atrativos praticamente não se alteraram até porque são históricos, mas percebi que apesar da rixa entre México e USA existir, há certas visões que se modernizaram.
Amei o destaque que o autor deu aos muralistas mexicanos, mas senti falta de Frida Kahlo.
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