Resenhas - Assassinos Sem Rosto

otxjunior 14/11/2023

Assassinos sem rosto, Henning Mankell
Tendo lido 2 da série, agora sei que quero continuá-la. O que é sempre uma realização feliz, principalmente para períodos de ressaca literária. Esta diminuía à medida que o herói bebia. E por mais fascinante que ele seja, cheio de defeitos como gosto, o destaque vai para o ritmo.

Lucas1806 03/09/2022

Pra quem busca um suspense realista, não decepciona.
Um ótimo mistério com toques 'noir' marcado pelas paisagens gélidas da Suécia. O melancólico detetive recém divorciado lida com seus problemas familiares e existenciais enquanto se esforça para solucionar o mistério, uma das descrições mais pesadas de um assassinato que já li, envolvendo um casal de idosos, com doses extras de crueldade. A possível pista de que o autor do crime poderia ser estrangeiro desencadeia uma onda de crimes xenofóbicos contra refugiados no país, trazendo mais uma preocupação para o inspetor, mais um crime para desvendar, tomando uma boa parte do livro, além do assassinato dos idosos. >>>SPOILER Ao final, os culpados pelas atrocidades não eram os refugiados da África e Oriente Médio que os grupos racistas tanto odiavam, mas sim criminosos europeus, brancos e loiros, da República Tcheca.
O final foi satisfatório, embora o método conclusivo de investigação tenha sido um pouco forçado, uma espécie de deus ex machina.

Não é uma obra imune a críticas, como qualquer outra obra literária. Porém muitas das críticas que vejo são infundadas, muitas vezes apenas por estranhamento dos elementos suecos da narrativa. O autor é sueco, portanto visa agradar os leitores em seu próprio país, antes de pensar em agradar o mercado internacional. As pessoas que estranham deveriam se habituar a ler conteúdo de outros países além dos Estados Unidos e seus nomes "normais" de origem inglesa. Isso inclui desde literatura europeia até literatura asiática, africana, e mesmo a nacional e de outros países da América do Sul. Uma boa obra deve sim ter marcas de sua época e localidade, não apenas seguir o molde estabelecido da literatura norte-americana. Eu busquei esses livros especificamente por serem suecos. Quis experimentar um pouco da cultura sueca e não me decepcionei, nem nas qualidades, nem nos defeitos. É como um intercâmbio cultural em meio a uma boa investigação policial.

A obra entrega o prometido. Não promete romance, não promete aventura e ação, não promete um detetive super habilidoso como Sherlock Holmes ou Hercule Poirot. É um suspense, e entrega um suspense. O personagem é um policial humano e comum, com defeitos comuns, que trabalha para a polícia e desempenha seu trabalho como é esperado. É realista. Um detetive como Sherlock Holmes, independente da polícia, não se encaixaria em uma obra que promete compromisso com a realidade, onde apenas a polícia teria autoridade para resolver um homicídio. Também gosto da literatura policial clássica, mas Henning Mankell pertence a um gênero distinto, quem ler deve estar ciente dessa diferença.

Wagner 18/08/2021

Primeiro livro da serie kurt wallander
Antes do estouro mundial dos livros policiais de Stieg Larsson, xom série Millennium, Henning Mankell era a referência dos livros de detetive na Suécia. Logo a Suécia que está entre os 10 países mais seguros do mundo, possui tantos livros sobre homicídios e crimes. Este é o primeiro livro da série Kurt Wallander, inspetor de polícia na cidade de Ystad. Neste caso, Wallander tem que desvendar o mistério do assassinato de um casal de agricultores no interior do país. O livro tambem aborda o problema dos campos de imigrantes refugiados existentes no país. Alguns livros da série já foram adaptados para a tv, com Kenneth Branagh no papel de Wallander.

RITA TOURINO 31/12/2022

Muito bom
Primeiro de uma série de livros que conta com o inspetor de policia Kurt Wallander. Kurt está passando por uma fase complicada, acabou de se separar de sua esposa, sua filha é meio rebelde e não tem muito contato com o pai e além disso o relacionamento de Kurt com seu pai é um pouco tensa e conflituosa. Apesar dos problemas pessoais ele é um ótimo policial e não mede esforços para resolver o assassinato de um casal de agricultores que foram sadicamente brutalizados durante a noite. “Chamado ao local, o inspetor Kurt Wallander se vê diante de um crime aparentemente sem sentido. Não houve roubo. Por que então aquele casal de velhos teria sido atacado. Para Kurt Wallander, será difícil - e aterrorizante - reconstituir o que houve naquela madrugada gélida.”

CMVRCS 10/05/2012

Foi um livro que logo de inicio achava cansativo, repetitivo e sem graça. Porém ao longo do tempo e da história aquilo foi me prendendo e percebi como a vida de um policial em uma pequena cidade é interessante. A família, saúde, vida amorosa, história de homicídios, todos envolvidos de uma forma que deixa o próprio leitor angustiado. Wallander, o principal policial tenta solucionar um duplo homicídio cometido em Lenarp; é um caso curioso com muitas surpresas e descobertas.
O livro nos faz perceber o mundo sofrendo diversas e assustadoras mudanças e que a cada dia, acontecem mais rápido do que imaginamos.

HJMS 16/07/2013

Uma leitura satisfatória e convincente!
Um suspense com um selo de suspense/aventura policial bem ao estilo das series de Tv americana, na qual este também serviu de roteiro para uma serie homônima, que fez muito sucesso. Este é apenas o primeiro livro dos muitos livros da serie na qual o detetive Kurt Wallander e seus parceiros se aventuram para descobrir os verdadeiros culpados pelo assassinato cruel de um casal de idosos que deixou horrorizada a pequena cidade onde moram. Um livro repleto de ação, amor, enigmas e claro suspeitos. Esta a fim de descobrir o verdadeiro culpado, junte-se ao detetive Wallander e o ajude a desvendar o mistério.

@garotadeleituras 01/09/2015

Assassinos sem rosto
Não conhecia o autor e acabei lendo o livro porque ganhei de uma amiga virtual. O mistério de assassinos sem rosto ocorre em um lugar no Sul da Suécia (Lenarp) onde um casal idoso de agricultores são brutalmente assassinados durante a noite. Encontrados por seus vizinhos, o inspetor de polícia local kurt Wallander se ver diante de mistério sem pistas, exceto por uma única palavra deixada pela esposa da vítima antes de morrer: ESTRANGEIROS.
Enfrentando seus próprios dilemas pessoais (recém separado de Mona, difícil relação com o pai idoso que não é feliz com a escolha da profissão do filho, a distante relação com a filha Linda e a evidente atração pela promotora Anette Brolin, Wallander tenta recriar os fatores que desencadearam o crime e solucionar essa incógnita, além de lidar com onda de crimes racistas que permeiam a realidade da moderna Suécia.

"De onde vêm nossos hábitos? que fatores secretos produzem nossos hábitos, tanto os bons quantos os maus? (pág. 266)"

As primeiras 150 páginas do livro confesso serem maçantes ou porque é repetitivo algumas rotinas descritas ou por falta de evidências do crime para instigar o leitor, mas como não costumo deixar a leitura pela metade acreditando no ouro escondido, encontrei-me ansiosa pela descoberta dos assassinos, além dos momentos finais eletrizantes da busca/apreensão e conhecimento dos rostos, porém esperava mais mistério/suspense como o tema do livro sugere.
Livro fácil de ler, com linguagem fluída e resultado do caso é satisfatório para o leitor.

Caroline Vital 08/01/2023

Ótimo!
Um muito bom romance policial sueco. Um típico romance policial, com bons personagens, bons investigadores e boa história. Pra quem gosta do estilo, é perfeito. Investigações que envolvem crimes de ódio, xenofobia, discutem a imigração e possíveis envolvimentos da KKK e neonazis.

Thi 02/06/2018

Assassinos sem rosto
Escolhi esse livro porque tinha achado a sinopse interessante, relatava o assassinato cruel de um casal idoso, um investigador incrível na solução dos crimes e que estava interessado romanticamente na nova promotora.
No entanto, o livro é chato e maçante desde o início. Não tem descrição suficiente dos personagens e nem dos lugares (nem do crime), e também o nome de tudo e de todos são complicadíssimos e você fica perdida ao decorrer da leitura. Mais da metade do livro não acontece nada de intrigante (sinceramente a leitura não desperta grande curiosidade, não prende o leitor), são muitas cenas repetidas e diálogos cansativos. O "incrível" investigador não tem a mínima autoconfiança e desde o início não segue as pistas que estão evidentes a serem seguidas. O "romance" não é explorado. O final é pobre demais. Simplesmente horrível. Só terminei de ler por questão de honra.

Fábio Valeta 31/01/2021

Eu normalmente não costumo ler livros policiais ou de detetives, sempre preferi filmes ou seriados para esse tipo de história, mas decidi experimentar essa série tanto por querer ler algo diferente do que geralmente estou acostumado quanto por indicação da minha esposa, que gosta dos livros do autor.

Nesse livro, somos apresentados ao Inspetor Kurt Wallander, e sua tentativa de desvendar um violento duplo assassinato cometido contra um casal idoso de agricultores em uma pequena cidade do extremo sul da Suécia. Não há motivo aparente para um crime tão brutal, já que o casal aparentemente não possuía dinheiro ou inimigos e a única pista, é a última palavra dita pela mulher antes de morrer: “Estrangeiro” Como se um crime já não fosse o bastante, quando a mídia divulga a possibilidade de que o crime tenha sido cometido por um imigrante, dá-se uma violenta reação xenófoba por parte da população sueca que provoca revoltas, vandalismo e até mesmo outro assassinato. E para piorar, o inspetor Wallander está longe de sua melhor forma.

Wallander possui vários problemas pessoais: sua esposa pediu o divórcio recentemente (e ele não entende o motivo), sua filha não fala com ele, seu pai está ficando senil, ele está engordando e bebendo mais do que deveria. E além de resolver os crimes, ainda precisa substituir o chefe que está de férias.

O mais interessante do livro é que Wallander é uma pessoa comum e está longe de ser um Sherlock Holmes... seu trabalho se resume a coletar evidências, interrogar testemunhas ou possíveis suspeitos e o livro não tenta fazer seu trabalho mais empolgante do que deva ser. Cenas de perseguição e ação (até existem, mas são raras) são substituídas por um trabalho muitas vezes maçante enquanto ao mesmo tempo ele tem que lidar com todos os problemas de sua vida pessoal.

Só o final dá uma escorregada e nos dá uma forma bastante forçada para decifrar o mistério, mas no geral é um livro que entretém. Há pelo menos uns outros seis livros sobre o personagem publicados no Brasil. Talvez um dia retorne para os demais.