O Ditador Honesto

O Ditador Honesto Matheus Peleteiro




Resenhas - O Ditador Honesto


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Gabriel Perez Torres 04/04/2024

Uma obra significativa e necessária
A partir da leitura de "O Ditador Honesto", percebe-se uma obra audaciosa e multifacetada que busca transgredir os limites da narrativa política convencional. Matheus Peleteiro constrói uma história que é ao mesmo tempo um espelho e uma crítica da polarização política brasileira, articulando uma trama que se aprofunda nas complexidades e paradoxos da busca pelo poder e pela mudança social.

Narrada por Antônio, a história oferece uma introspecção profunda não apenas dos eventos, mas também das motivações e reflexões internas dos personagens, especialmente de Gutemberg. Este personagem emerge como um símbolo do idealismo em conflito com a realidade pragmática da política, navegando entre o desejo de transformação radical e as limitações impostas pelas estruturas existentes. A abordagem de Gutemberg à liderança, embora utópica, reflete uma crítica incisiva à dicotomia simplista frequentemente encontrada na discussão política, onde a nuance é sacrificada em favor do confronto.

O uso de sátira na obra é particularmente eficaz, permitindo que Peleteiro deboche da simplificação excessiva das posições políticas, ao mesmo tempo em que incita o leitor a uma reflexão mais profunda sobre a verdadeira natureza do poder e da governança. Este deboche não é apenas uma ferramenta literária, mas uma poderosa declaração política sobre a inadequação dos binarismos para capturar a complexidade da realidade brasileira.

No entanto, o grande trunfo da obra talvez resida na sua capacidade de desafiar o leitor a repensar não apenas as políticas públicas e as lideranças políticas, mas também o próprio papel do cidadão na construção da democracia. "O Ditador Honesto" não oferece respostas fáceis; ao contrário, complica propositalmente a compreensão do leitor sobre moralidade, ética e eficácia política, forçando uma introspecção que é raramente provocada por obras de sua natureza.

Em conclusão, "O Ditador Honesto" de Matheus Peleteiro é uma obra significativa e provocadora que se destaca não apenas por seu enredo engenhoso e personagens bem desenvolvidos, mas também por sua capacidade de engajar profundamente com questões políticas e sociais complexas. É uma leitura essencial para aqueles que buscam entender não apenas a política brasileira, mas também os desafios inerentes à busca por uma sociedade mais justa e equitativa.
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Maria.Clara 15/01/2024

Ainda não conhecia esse autor, mas gostei muito do tom sarcástico dele e da sua escrita envolvente.
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Vivian.Tamires 17/12/2023

Ok, apenas
A premissa do livro é muito legal, porém a escrita não me cativou tanto. É um livro rápido e direto ao ponto, o que ao meu ver combinou com a história. Outro ponto é que algumas reflexões abordadas são interessantes e te fazem refletir. Talvez com o passar do tempo a história cresça na minha mente, mas por ora achei só ok
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Sunny 11/08/2023

Li-o entre o primeiro e o segundo turno das eleições, mas consciente de que a obra foi escrita alguns anos atrás.
Quanto à fluidez da escrita, a riqueza de detalhes e a construção dos personagens, cinco estrelas.
Outros leitores comparam O Grande Gatsby com O Ditador Honesto em alguns pontos, no entanto, para não dar spoilers, não me aprofundarei neles.
Nos é apresentado um Brasil desiludido e arrasado, mergulhado num caos sem fim, onde a população está descrente da classe política e a esperança respira com a ajuda de aparelhos.
Nesse ínterim, entra em cena o ditador honesto e o seu desejo de transformar o Brasil. Lançando mão de alguns questionamentos, concluí que a grande sacada da história é nos convidar a refletir se não seríamos enfeitiçados pelo discurso eloquente prometendo dias melhores à nação e uma época de ordem e progresso e se de fato saberíamos viver em um país cujo contexto seria o oposto do atual (digo, na época em que o livro foi escrito), se de fato saberíamos apreciar a paz.
Será a paz o oposto da guerra? A ausência de problemas? Geradora do tédio que mobilizaria as pessoas a buscarem um pouco de caos para saírem do estado de apatia?
Será a grande união uma utopia?
Não sei. Não são respostas tão objetivas e simples.
Ainda assim, caro (a) leitor (a), leia e tire as suas próprias conclusões. Se nossas impressões forem diferentes, ótimo. Só não se deixe influenciar por aqueles que não gostam muito de pensar.
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Fábbio (@omeninoquele) 06/08/2022

Será possível um politico honesto?
#OMeninoResenhando

"Para que se conquiste o impossível, é preciso que se tente."

Numa época em que a política se resumira à polarização entre esquerda e direita, o mundo já não parecia o mesmo. E as leis que serviam pra manter a ordem parecia não ser o suficiente. O que se via era o declínio dia após dia da sociedade, perdida entre violências e a falta de ética de quem deveria na política trabalhar para o povo e não a seu bel prazer.

E é no início de 2025, que conhecemos Antônio, um recém bacharel de direito que encontra o seu primeiro emprego como secretário, num escritório de advocacia de um importante advogado, o dr. Gutemberg Luz que é o sinônimo de homem correto e que possuía ambições maiores do que ele. E é nessa espécie de biografia que conhecemos a trajetória de Gutemberg Luz, quando era apenas um advogado até se tornar o presidente da nação.

Vindo a entrar na política como uma ideia fixa de poder melhorar o país e fazer mais do que prometer as coisas, Gutemberg Luz sempre fora sincero em suas campanhas. Ele era o sangue novo que a política tanto precisava e que as pessoas passaram a acreditar, porque honestidade é algo que quase não se vê nesse ramo, e o povo precisava acreditar novamente em alguém, dali em diante não demorou muito pra que nas eleições Gutemberg Luz ganhasse a maioria dos votos e se tornasse o presidente do futuro.

Mesmo não tendo experiência na política ele foi eleito e assim que assumiu promoveu mudanças drásticas na nação. E antes o que afligiam as pessoas passou a não mais existir, graças ao trabalho do presidente e esforços quantitativos pra mudar o sistema. O mundo agora parecia viver em paz. As pessoas tinham mais liberdades e sofriam menos com a violência, todos os ramos da sociedade mudaram pra trazer as melhorias que tanto precisavam, e o jeito como Gutemberg administrava o país se assemelhava muito a uma ditadura, mas de modo a priorizar o bem da sociedade.

Mas o povo não é acostumado a viver na paz e ter uma vida relativamente mais fácil e o que pra eles no começo era o sinônimo de mudanças depois de alguns anos passou a ser chatice, e quando a monotonia chegou, o povo sentia falta de ter essas diferenças para que a vida fizesse mais sentido e ganhasse mais brilho, não bastou muito pra que uma pequena organização de manifestantes se juntassem para cobrar por mais promessas e menos ação.

E assim como vemos o início de uma trajetória brilhante na carreira de um homem honesto e disposto a mudar o país que ama, vemos nas páginas a seguir, o seu declínio por estar fazendo o correto. O livro é uma distopia satírica muito bem escrita e que conversa demais sobre a nossa sociedade atual, uma vez que elegemos um governante claramente despreparado para nos "guiar" e eu fico abismado o quanto a cegueira pode influenciar as pessoas para o bem ou para o mal.

Confesso que não era muito ligado à política a uns anos atrás, mas agora me sinto mais responsável e preciso entender um pouco mais, porque é nós que escolhemos quem vai nos guiar, e não dá pra cometer o mesmo erro novamente. Em "O Ditador Honesto" a gente pode ver que nem sempre vamos nos deparar com políticos como Gutemberg Luz, mas nos mostra que devemos estar mais atentos às pessoas que colocamos no poder.

Já conhecia a escrita do Matheus Peleteiro, mas grata foi a surpresa ao ler essa história tão bem escrita e que conversa tanto com nossa realidade. O livro é leve como uma boa sátira e muito fluido, o que fez com que a leitura fosse muito prazerosa. E termino super recomendando!

#ODitadorHonesto #MatheusPeleteiro #EuLeioNacional

site: https://www.instagram.com/p/Cg5Imu-vkGv/
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Maria.Batagin 12/06/2022

Sensacional
Um livro de ficção científica nacional , distopia de boa qualidade.
Ditador Honesto apresenta uma sátira política, narrada na voz de um advogado que assiste ao seu chefe, inconformado com a posição social que lhe pertence em meio ao caos coletivo estabelecido, ser consumido pelo ardente desejo de alterar as estruturas sociais. Para isso, Gutemberg Luz, protagonista da história, se utiliza da sua boa oratória e malícia, para sopesar os radicalismos políticos que vive e convencer uma sociedade inteira a segui-lo, através de mentiras sinceras. Nesta caminhada idealista e tirânica, os ideais de bondade da nação são postos a prova, os reflexos do poder evidenciam catástrofes e as legítimas propensões se manifestam."
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Caroline 07/07/2021

Resenha - O ditador Honesto
Editora: Garimpo & Parceiros
Formato: e-book
Autor: Matheus Peleteiro

?A verdade é que nunca houve utopia maior do que as expectativas que criamos.?

A sátira política construída pelo brilhante autor nos mostra um Brasil diferente do que estamos acostumados, mas nem tanto.

A sua narrativa inicia com a desesperança de um povo que deixa de acreditar nos políticos, crendo que o país não teria mais jeito, sendo culpa da política existente.

Nesse cenário, surge o brilhante advogado Guttemberg Luz, o qual acreditava veemente no progresso graças às utopias estudadas por este na faculdade de Direito.

O seu braço direito, secretário Antônio, nosso narrador, explica passo a passo como seu chefe, de modo brilhante, chega ao poder, transformando o Brasil em um país progressista.

Contudo, o que o nosso Presidente não sabe é que apesar de dar àquilo que as massas queriam (independente de ideologias de direita ou esquerda) seu governo teria um fim catastrófico.

Digno de ser aclamado como as mais famosas distopias - 1984, Admirável Mundo Novo e Fahrenheit 451 - o autor nos entrega uma sociedade na qual o que mais sonhamos pode ser o nosso pior pesadelo.

A crítica sobre como a política brasileira é tratada nesse livro nos traz reflexões importantes, principalmente, no que tange aos momentos vivenciados de 2017 pra cá.

Livro atual é necessário, haja vista a proximidade das eleições presidenciais.
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@apilhadathay 11/03/2021

Diferente
O livro apresenta Antônio, advogado e secretário do também advogado Gutemberg Luz, homem que vislumbra todas as mazelas sociais e econômicas espalhadas pelo nosso país pós-2025 e que encontra a chance de tornar suas utopias reais: ele vai candidatar-se à Presidência da República, afiliados ao PHB ou Partido dos "Homens de Bem", porque deseja fazer deste um país melhor para todos. Convocou os amigos certos para ter apoio incondicional no Senado e na Câmara, fez uma bela campanha, foi eleito e... Radicalizou. Sabe todos aqueles planos "Se eu fosse Presidente, mudaria X ou Y, etc"? Pois bem, ele o concretizou.

Gutemberg radicalizou na Segurança Pública, na Educação, em todos os setores, colocou em prática um plano utópico que tinha em si. A princípio foi muito bem recebido e executado, mas a partir de um momento, as pessoas chegaram a cansar de um país tão harmônico e perfeito. E se levantaram em favor da desarmonia.

É um livro sobre jogos políticos, muita ingratidão e sobre como realmente não sabemos o que é melhor pra nós. Basta que algo nos desagrade, seja o que for, e aquilo deve ser considerado errado para todos. É um estranho mundo. A narrativa se desenvolve ao longo de 12 capítulos de extensão média, é uma novela - centrada em conflitos bem pontuais - e abre espaço apenas leve para outros personagens, focando em uma narração de Antônio sobre a trajetória de Gutemberg até a Presidência. Olha, não vi muito de Ditador nele. ele me pareceu mais um Idealista que viu surgir e aproveitou a chance de suas ideias serem concretizadas.

Não vemos ligações concretas entre os políticos da obra e da vida real, mas aqui e ali, percebemos umas semelhanças e é interessante imaginar no que tudo aquilo vai dar. Eu não esperava esse final, sinceramente. E ainda estou aqui pensando... "Em que pode errar alguém que só desejou o bem de outros?"

site: www.instagram.com/apilhadathay
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Ale Giannini 18/02/2021

Exagerou nas citações
Se a proposta do livro era ser uma sátira política, confesso que não achei sua narrativa suficientemente irônica para ser enquadrada como tal.

Na história, um advogado sem experiência política resolve se candidatar à presidência com o objetivo de instaurar uma ditadura que estabeleça conquistas políticas, sociais e econômicas.

Oportunas as críticas ao que se resumiu o conceito de Democracia e o desrespeito à Constituição, exagero nas citações de frases de outros autores, pensadores.
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Aline Teodosio @leituras.da.aline 30/01/2021

O ano é 2025, o país está assolado pela corrupção, violência e descaso. Surge então a figura de Gutemberg, um advogado inteligente e perspicaz, sem envolvimento nenhum com a política, que resolve abarcar a ideia de colocar o país nos eixos, lançando-se, então, como candidato à presidência da República.

A narrativa é contada pelo ponto de vista do secretário de Gutemberg, que nem sempre concorda com as medidas tomadas por seu chefe, porém, mantém nitidamente uma admiração por ele.

No cenário dessa narrativa temos uma figura carismática, que consegue se eleger por meios democráticos, após vomitar em seus discursos de manipulação exatamente aquilo que o povo queria ouvir. Dessa forma, aos poucos vai se instaurando um totalitarismo disfarçado de democracia.

O livro pode ser considerado uma sátira da nossa atual conjuntura política. Esperei risadas, mas tudo o que senti foi medo de um futuro não tão distante. É certo que aqui não há análises aprofundadas de política e economia, é mais uma coisa generalizada de vários aspectos da nossa sociedade e de nossos representantes. Vemos alfinetadas para os políticos tanto de direita como de esquerda e das suas alianças em prol do poder. Vemos alfinetadas à sociedade em geral com suas hipocrisias e fragilidades.

No decorrer da narrativa podemos identificar claramente fatos políticos de outros tempos e também de agora. Observamos também (com tristeza lancinante) o quanto a nossa sociedade está comportamentalmente doente há já bastante tempo.

Se tenho esperanças em um futuro próximo melhor? Não.
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Aletheia (@almaletrada) 20/01/2021

O livro escrito em forma de alegoria, retrata a ascensão de um líder carismático à presidência do Brasil. Carregado de exageros, o ditador honesto consegue conquistar o povo a quem ele governa com suas ideias de progresso baseadas no autoritarismo de ?é melhor para o povo?. Assim Gutemberg passa a legislar no Brasil, trazendo a paz e melhorando saúde e educação à sua maneira, criando suas próprias regras e conduzindo o futuro do país de acordo com suas crenças.
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fev 13/01/2021

Fui com muita sede ao pote e não tinha nenhum líquido para que eu pudesse beber.

Esse livro é uma sátira ruim do suposto período político que estamos vivenciando. Genérico e raso até o último fio de cabelo ao tentar fazer críticas ao momento. O livro parecia mais uma citação de pensadores do qualquer outras coisa. Perdi as contas de quantos foram citados nesse livro sem muito propósito.

Eu queria muito ter gostado, mas foi fraco e ruim. Mesmo sendo uma sátira as críticas poderiam ter sido mais profundas que os tweets que escrevemos. Não foi.

Não recomendo. Mas pode ser que você goste e eu não tenha entendido a ironia da obra. rs
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Anienne 23/01/2020

O Ditador Honesto
Esse livro é uma produção independente e é um colosso. Muito lindo mesmo. A capa é maravilhosa. As folhas são amarelas e grossas.

A escrita de Matheus Peleteiro é simples, clara e sem rodeios.

Confesso que alimentei a expectativa de rir bastante durante a leitura, mas isso não aconteceu. A leitura foi desconfortável para mim.

Uma sátira ao nosso sistema político e ele faz uma misturada meio ilógica que une os extremos e, dessa forma, retrata situações reais (ai de nós).

Dentro de um grande caldeirão, percebemos coisas loucas, reais e irreais. Vemos ainda umas frases... (de efeito? será?) que tocam em nossas feridas. E dói.

Minha impressão é que ele vai mexendo esse caldeirão para lá e para cá e depois... entrega para a gente experimentar o que está posto. E aí, meu, dá um revestrés no estômago, uma vontade de vomitar...

Ironia e sarcasmo seguem envoltos no tom de brincadeira. Matheus traz ainda referências filosóficas, literárias e cinematográficas que conversam com aquela mistura caldalosa no fundo do caldeirão. Ele traz Hemingway, Maquiavel, Karl Marx, Wood Allen e outros.

O narrador é Antônio, secretário e amigo de Gutemberg, que se torna presidente do dia para a noite, com a ajuda das redes sociais. Guto consegue promover mudanças estruturais reais no país, começando pela segurança pública em que, praticamente, extingue a violência e a criminalidade. Além disso, alcança a estabilidade econômica e saúde e educação públicas de qualidade.

Então, vem umas perguntinhas fatais: é isso o que vc quer? é isso o que todos desejam? Mas vc sabe o preço a pagar?

Um regime totalitário. Sem liberdade. Todos são obrigados a acatar as decisões de uma só pessoa: o presidente.

Será que aquela sociedade estava pronta para isso? E nós? Estamos?

O texto nos conduz a sérias reflexões. Eu fiquei mau humorada, irritada, deprimida...

"...levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima".
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Neylane Naually 14/03/2019

Indico muito
Obra interessantíssima e criativa, com uma narrativa leve e ao mesmo tempo instigante. Indico principalmente para aqueles que querem pensar e analisar os contextos políticos e as reações, emoções e desejos humanos.

Uma sátira eficaz, a história traz uma ditadura branca, democraticamente estabelecida. O presidente eleito consegue convencer o povo de que são necessárias mudanças radicais (constituição? o que é isso? legislativo? já não funciona mesmo...) no país para que as coisas enfim mudem.
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