A emparedada da Rua Nova

A emparedada da Rua Nova Carneiro Vilela




Resenhas - A emparedada da Rua Nova


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Suzana 14/12/2021

Um clássico muito instigante e com linguagem acessível
Leitura muito gostosa. Apesar de ser um livro escrito há mais de cem anos, tem uma linguagem bastante acessível e cada capítulo termina com um gancho para o próximo que deixa o leitor muito curioso (porque o original foi publicado em folhetins ao longo de três anos, então o autor precisava "prender" o leitor para que ele mantivesse o interesse de acompanhar a história).

Uma obra muito importante para a nossa literatura e que merecia ter maior destaque ao lado de outras tão populares, como "Memórias Póstumas" ou "Iracema".

Recomendo!
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Rinaldo 30/10/2021

A Emparedada da Rua Nova
Carneiro Vilela retratando com maestria a Recife Patriarcal, machista, com suas vicitudes do Século 19.
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Nobr3s 17/10/2021

A história em si é interessante, e começa com a descoberta de um corpo e uma investigação. inicialmente o corpo é identificado como sendo de um estrangeiro polonês, mas logo se descobre que há muito mais por trás desse crime.
Quando estava lendo lembrei um pouco das obras românticas de José de Alencar, com personagens exageradamente apaixonados, mas também lembrei dos personagens do livro O cortiço de Aluísio de Azevedo, que traz mais um pouco de "depravação".

A emparedada da rua Nova
começa bem lento, mas desenrola lá pela página 90. Os personagens são bem caricatos e bem construídos. É interessante também o linguajar utilizado na época, sou do nordeste e diversas expressões usadas no livro(publicado em 1909) ainda são comuns nos dias de hoje. O autor é extremamente descritivo e trabalha bem a fundo cada personagem e suas respectivas tramas.

A primeira parte foca mais no acobertamento de um crime que pouco se sabe como aconteceu e é bem mais instigante que a segunda parte, que apresenta novos personagens suas descrições e origens e tbm o surgimento de um romance. O autor se demora bastante nessa parte deixando um pouco de lado o mistério inicial e vai construindo aos poucos todos os acontecimentos e circunstâncias que culminaram no crime citado no título.
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Ed.Costa 11/08/2021

Instigante...
O livro narra um crime verídico, ocorrido na cidade de Recife, no século XIX, onde um rico comerciante, após descobrir que sua única filha, solteira, teve um relacionamento afetivo com um homem e, como consequência, engravida.
Possesso com o estado da moça, perde a cabeça e a empareda viva...
Depois disso, vai para a Europa, retornando anos depois, residindo na casa com a filha morta, cujo corpo estava sepultado em uma parede...
O pedreiro que fora coagido a construir a parede faz a denúncia às autoridades competentes, porém, seu relato fora considerado inverossímil.
É uma narrativa interessante, muito bem construída, de uma história macabra.
O final deixou a desejar... não informou como toda a trama veio à tona.
Mas, é um livro interessante... com uma escrita muito rebuscada.
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Tuyl 09/08/2021

Uma boa história, com um enredo rico e bem costurado. Traços culturais da região e da época também são um bom motivo para ler.
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Lidiany.Mendes 30/07/2021

Impossível parar de ler!
O livro “A Emparedada da Rua Nova”, escrito por Carneiro Vilela foi publicado a primeira vez em forma de livro no ano de 1884 ou 1886 (?). Posteriormente foi publicado em forma de folhetim entre 1909 e 1912 (quase três anos de publicação do início ao final do folhetim!). Infelizmente é uma obra pouco conhecida da literatura nacional e que merece ser lida e divulgada.
Neste livro temos um jovem mancebo que seduz ao mesmo tempo três mulheres, antes unidas por laços de amizade (dentre elas mãe e filha), mas que escondem umas das outras o seu romance proibido para duas delas e inconveniente para a outra.
O autor faz um retrato detalhado da sociedade de Recife na segunda metade do século XIX. Retrata costumes, preconceitos, moral, religiosidade e corrupção em um momento histórico onde as aparências de moralidade e honestidade eram muito importantes.
Além disso, o autor faz uma análise psicológica muito bem-feita das personagens. A descrição de suas características e aspirações é muito precisa. Sendo assim, não há como simpatizar ou antipatizar de pronto com uma personagem. Cada uma delas é revelada em suas “luzes e sombras”, na “crueza” de cada uma delas
Logo no início somos apresentados à família Favais e à família Cavalcanti, depois conhecemos Leandro Dantas, sua história, sua família e seu modo de viver. Além disso, outras personagens são magistralmente inseridas tornando o livro coeso e muito bem estruturado.
Como o próprio título deixa claro, iniciamos a leitura sabendo que um crime será cometido e que uma mulher será emparedada. Sim! Emparedada viva! Porém, o que parece ser uma história simples de ser contada se transforma em uma sucessão de acontecimentos que fisgam o leitor do começo ao fim das quase 670 páginas da obra.
Confesso que não consegui parar de ler! É intrigante a forma como o autor desenvolve o enredo e atiça a curiosidade do leitor!
É uma história de paixão proibida, lascívia, corrupção moral e crimes. Qualquer comentário além dos que já fiz pode ser tido como spoiler e eu não quero atrapalhar a experiência de leitura desse livro incrível, logo, só posso dizer que vale muito a pena ler!
Fiquei curiosa para conhecer outras obras do autor, mas, infelizmente não encontrei outras obras publicadas na atualidade. No livro ele promete contar, em outro romance a história do que aconteceu com Celeste, se alguém souber se ele, de fato, escreveu esse livro, por favor me conte.
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Jéssica 18/06/2021

Magnífico!
Ambientado na Recife do século XIX, A emparedada da Rua Nova relata a história de uma jovem burguesa que engravidou do seu namorado e, por isso, foi emparedada viva por seu próprio pai para esconder o que seria a "vergonha familiar". Acho que isso é o máximo que posso relatar sobre a história desse livro, sem dar spoiler. Esse, talvez seja o principal acontecimento da obra, mas até chegar a ele, minha gente, passamos por tanta coisa: romance, mistério, suspense, assassinatos. É eita atrás de eita 🤯🤯

A emparedada da Rua Nova é uma lenda urbana recifense e até hoje motivo de polêmicas e mistérios. Há quem diga que o crime realmente aconteceu e, segundo o neto do autor, no local onde antes havia a moradia dessa família, hoje encontra-se um prédio, de nº 200, na Rua Nova, em Recife.

Carneiro Vilela é extremamente prolixo (e eu tenho pavor de autores assim), mas conseguiu me prender por toda a leitura. Apesar de falar demais, ele tem uma escrita muito fluida e envolvente. A construção e desenvolvimento dos personagens são perfeitos, você consegue se conectar com cada um. É uma leitura muito válida e que, infelizmente não tem o reconhecimento que merece.
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Aracy viana 13/06/2021

Todo mundo pega o mesmo homem nesse livro? ?
Minha gente, confesso que li esse livro na esperança de ter as mesmas emoções que assistindo a minissérie da Globo, mas é claro que não podemos competir com Caio Castro sem camisa, né?

Pois bem, o livro foi bem arrastado e ele delimita muito todos os cenários ( isso no meio do livro vai ficando insuportável).

O enredo é bom e a construção dos personagens também é maravilhosa, vale a leitura no final das contas
Bia Paiva 25/07/2021minha estante
Não era o Cauã Reymond ?


Aracy viana 26/07/2021minha estante
Agora fiquei na dúvida ??


Chelly @leiodetudo 11/11/2021minha estante
Era Cauã Reymond




rayssagurjao 01/06/2021

A aristocracia pernambucana no século XIX
A Emparedada da Rua Nova é um romance que se passa em Pernambuco no século XIX. O título diz muito das resoluções do livro, mas pouco sobre a narrativa rica do escritor que utilizou-se de linguagem própria ao seu tempo e dos modos de vida das pessoas, principalmente do Recife para escrever linhas sobre amores, dinheiro, honra e crimes.

A obra possibilita um transporte para a época de sua escrita e a imaginação de como era a cidade e a sociedade naquele período, além de por seu caráter folhetinesco, apresentar muitos pontos culminantes e uma efeverscente curiosidade.

A leitura é para ser feita aos poucos, é demorada e provoca nossa mente. É uma importante obra da literatura brasileira e deveria ser reeditada ou divulgada de forma mais contundente, posto ser um deleite para a mente, apesar das trágicas questões e violências de que trata.
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Marcos Santos 07/03/2021

As falsas aparências.
Uma história interessante que retratar as aparências e as hipocrisias da alta sociedade recifense do século 19, e suas extravagância e delitos acobertados pelo dinheiro e posição social. Narrado com muita fluidez e com linguagem de ironia e sarcasmo aos atos de libertinagem e falsas moralidades.
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MikaGodoy 23/05/2020

É...
O modo de escrita, com tantas palavras antigas e rebuscadas, uma enrolação desnecessária em algumas partes, faz a leitura um pouco cansativa. Mas a história mostra exatamente como as mentes do patriarcado exacerbado e o pânico destilado pelas igrejas, exaltando como deve-se ter um medo absoluto de um Deus tirânico e vingativo, eram mentes pequenas, cegas, que hoje ainda existem em grande parte da população, colocando a reputação acima da vida. O sentimento que me vem é a revolta, diante de tanta pequenez de mentalidade!
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J_Piexak 26/04/2020

Um cadáver é encontrado em um engenho no interior de Pernambuco.
A partir desse fato o autor começa a narrar os acontecimentos anteriores ao crime e as suas consequências.
Um estrangeiro chega à região e acaba por seduzir 3 mulheres de famílias distintas da alta-roda, gerando uma série de acontecimentos fatídicos.

A forma com que o autor muda o tempo da narrativa e o enfoque dos personagens colabora pra manter o tom de mistério, mantendo a curiosidade pra saber oque vai acontecer depois.
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E-Mozart 13/04/2020

Uma história impressionante!
A obra de Carneiro Vilela é pouco conhecido na literatura nacional, mas é impressionantemente bem escrito. Uma história de escândalos familiares, ganância, mistérios e assassinatos,dentre eles, um hediondo. A emparedada da Rua Nova virou lenda no Recife. Há quem diga que num dos sobrados da rua nova, que até hoje existe, ouve-se choros e gritos abafados de mulher. O livro, embora grande, prende você até o fim. A história, com vários personagens, é muito bem costurada. Vale muito a pena conhecer o livro de Carneiro Vilela.
Beto | @beto_anderson 13/04/2020minha estante
Quero muito ler esse livro.


E-Mozart 13/04/2020minha estante
No início parece enfadonho, mas depois as histórias vão se entrelaçando e te prende até o fim. Uma pena a obra não ser tão conhecida nacionalmente. Na minha opinião, não fica atrás da literatura de crime e mistério universal.




Neto 12/04/2020

Não sei nem o que dizer!
Dizem que o tempo apenas passa e as pessoas continuam as mesmas, essa história poderia ter acontecido hoje mesmo, talvez neste domingo eu abrisse o Diário de Pernambuco e não me chocaria ao ver uma notícia sobre um corpo defigurado encontrado no município de Jaboatão.
A história por trás deste fato estrutura toda a obra. Carneiro Vilela faz um retrato da nossa sociedade de maneira atemporal, a moral e os bons constumes dos cidadãos de bem é tão frágil quanto um cristal, basta um olhar, ou um momento de fraqueza para pôr em risco essa proteção.
Temos aqui um bom exemplo de desenvolvimento de trama e personagens que assumem a imperfeição mesmo que involuntariamente e se cruzam de forma inteligente em flashbacks e flashforwards. Em vários momentos somos colocados a par dos fatos que em seguida são explicados com toda a minúcia e naturalidade com que o autor narra a trama, sempre se valendo de fontes para fazer menção de que é verdadeira. Talvez por isso tem-se esta como uma das principais lendas urbanas de Recife. Para nós Pernambucanos é ainda mais real, a citação e a descrição de cenários que são para nós muito comuns faz com que a história se torne concreta e a lenda se torne verdade, cansei de passar pela Rua Nova quando criança no centro do Recife olhando para os sobrados e pensando "deve ter sido nesse que a moça está emparedada".
A história é crua, não tem cortesias nas suas palavras, somos levados a ver desde a uma exumação (minusiosamente bem descrita), à terrível discussão entre um pai que luta entre amar e odiar a filha, e uma filha que já não ama mais o pai. Os personagens são complexos, vivos, reais, seus sentimentos são expostos a nós e fica fácil se identificar tanto com o mais insignificante da trama como também com o mais importante. Esta história não tem vilões nem mocinhos, somente vítimas.
João amava Clotilde, que amava Leandro, que amava Celeste, que amava Josefina, que amava Jaime, que talvez não amasse ninguém, ou talvez porque amasse foi capaz de tomar todas as atitudes que levaram a essa história a dignidade de ser lembrada.
A emparedada da Rua Nova é um livro para degustar aos poucos, indico fortemente, especialmente as pernambucanos, façam valer essa obra, eu tenho certeza que vocês nunca lerão nada igual!
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