Elizajales 16/07/2020
Incrível! Vejam no @cafecom.letras.
Olá!
"Não se engane, belos rostos podem esconder histórias macabras na alma."
O livro é curto, aproximadamente 70 páginas, mas uma estória (ou história?) muito bem construída. Apesar de retratar a morte, a escrita com pitadas cômicas e os personagens inusitados, como o próprio Marcos e a dona Morte, trazem para a leitura a leveza e ?quebra do gelo? necessários.
Marcos soube narrar com maestria, introduziu, desenvolveu e iniciou cada qual no tempo correto. Em poucas páginas soube tratar de assuntos tão relevantes, como: amor próprio, depressão em tempos passados, a nossa relação com a morte, o destino inevitável, o luto.
Não fui capaz de desvendar o mistério antes, então me surpreendi com o ocorrido e a forma como Rosinha lidou com isso. O luto por si, a revolta, as consequências, aceitação, reconstrução e resiliência. Quantas lições!
Sem sombra de dúvidas, me apeguei à Dona Morte. Apesar das feições carrancudos, esconde em seu manto preto uma personalidade sarcástica, tomando seu cafézinho. E é com a seguinte citação dela que eu findo essa resenha:
"Não percebe? Chamam-me de Morte, mas eu sou a vida. Sem mim nenhum ciclo se encerraria para que outro começasse. Já pensou você preso a uma vida sem mudanças? Sem renascimento e renovação? Isso sim é morrer."