Laris 12/04/2019Até onde você iria para ser dono do próprio destino?Sempre adorei histórias que acontecem de maneiras improváveis. Quando vi a sinopse, não achei que esse livro me comoveria tanto. Fiquei tipo: ?Uau, romantizaram a falsidade ideológica?, mas mesmo assim, o livro parecia promissor e fico feliz de ter decidido lê-lo: Field Notes On Love foi perfeito do começo ao fim!
Logo no início do livro, Hugo recebe uma passagem de trem que cruza os Estados Unidos como uma espécie de prêmio de consolação após sua namorada, Margaret Campbell, terminar com ele. O plano era eles viajarem pelo país juntos até São Francisco, onde ela começaria a faculdade, e ele retornaria para Inglaterra, mas agora ele está sozinho e tem um problema: as passagens e documentos de hospedagem estão todos sob o nome de sua ex, e não podem ser trocados ou reembolsados e, mesmo de coração partido, ele decide procurar por uma substituta para viajar com ele.
É aí que entra outra Margaret Campbell (Mae), que vive em Nova York e está cogitando viver uma aventura, e com certeza o anúncio de Hugo procurando por uma companheira de viagem com o nome dela acaba parecendo a chance que ela queria.
Quando eles se conhecem pessoalmente, a atração é imediata (claro, né). Hugo vive em uma família grande e nunca sentiu que realmente tinha identidade, a viagem é seu bilhete de liberdade em busca de quem ele realmente quer ser. Já Mae é uma aspirante a diretora de filme, e precisa descobrir como fazer seus trabalhos transmitirem sentimento. No pouco tempo que passam juntos, Mae e Hugo acabam se envolvendo mais e mais, porém a cada dia de viagem, o destino se aproxima com a promessa separar seus caminhos, e eles terão que decidir como encarar a realidade da parada final e do iminente adeus.
Eu adorei Mae e Hugo, além de serem um casal extremamente fofo, eles conseguiram me fazer sentir tudo o que eles sentiam, as dúvidas, os medos, as esperanças e sonhos, mesmo se conhecendo a pouco tempo e ter uma pitada de insta-love, Smith me fez acreditar na relação deles que se construiu super bem apesar do livro não ter nem 300 páginas, realmente amei muito esses dois, e não apenas eles, mas os persongens secundários também, principalmente os irmãos do Hugo (ele faz parte de um grupo de 6, sim, eles são sêxtuplos e eu amei todos eles, inclusive adoraria que tivesse um livro para cada!)
Outra coisa que eu gostei muito é que é um livro bem diverso, Hugo é negro e Mae tem dois pais. O livro teve varias partes engraçadas, mas também momentos tristes de verdade, além de muitas reflexões sobre o amor e o que ele realmente significa, principalmente para Hugo e Mae, e eu vi um desenvolvimento muito bom de ambos ao decorrer do livro. O final me deixou super satisfeita, mas mesmo assim querendo mais. Uma das leituras favoritas do ano!