Maria Bonita

Maria Bonita Adriana Negreiros
Adriana Negreiros




Resenhas - Maria Bonita


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Rosangela Max 13/04/2022

Horror com aval de políticos e militares da época.
É inconcebível a imagem romantizada que algumas obras reproduzem de Lampião e Maria Bonita, assim como de outros cangaceiros.
Era um grupo cruel, que recorria a violência para tudo, principalmente para satisfazer o próprio ego.
A ?polícia? também era tão cruel quanto os próprios bandoleiros. Conviver entre ambos devia ser o inferno na Terra.
A autora efetuou um trabalho excelente ao retratar o terror que era conviver com o perigo provocado pelo bando de Lampião, dando um enfoque maior para a presença feminina.
Embora tenha ?Maria Bonita? no título do livro, são contadas histórias de outras mulheres também. Mulheres forjadas pela violência. E que, como sempre, foram relegadas a segundo plano pela história.
Algumas imagens que constam neste livro eu já tinha visto em museus espalhados pelo Nordeste em uma viagem que fiz em 2018. Foi quando despertou meu interesse em ler mais sobre o cangaço.
Recomendo a leitura.
anaclaraleitegomes 13/04/2022minha estante
As vezes tratam lampião e Maria bonita como heróis aqui no Nordeste, não concordo! Estou querendo ler esse livro para quebrar o estereótipo, porque estudamos pouco sobre isso na escola e é uma coisa que acho necessária


Marcone989 13/04/2022minha estante
Lerei com certeza, já estou de olho nesse livro a algum tempo. Mas foi interessante ler sua experiência com a obra.


Rosangela Max 13/04/2022minha estante
Infelizmente, eu percebi um pouco dessa idolatria a eles, reforçada pela intenção comercial e turística da região. O Nordeste, com sua rica cultura e com seu povo, é maravilhoso por si só, não há necessidade de histórias de falsos heróis para ?engrandecer? a região. Amei demais minha viagem por lá e gostaria de repetir um dia. ??


Clóvis Maia 11/06/2022minha estante
Uma boa dica: "Lampião, nem herói nem bandido: a história". De Anildomá Williams, maior autoridade nos estudos do cangaço. Agora, esse 'endeusamento' de Lampião, pelo menos em Serra Talhada e região, terra do cangaceiro, não é uma realidade.


Rosangela Max 11/06/2022minha estante
Obrigada pela recomendação! Parece bem interessante. ??


Jane Machado 09/02/2023minha estante
Tem outro livro que retrata Lampião da forma como de fato foi para o povo nordestino: Lampião O Rei dos Cangaceiros de Billy Chandler


Rosangela Max 09/02/2023minha estante
Obrigada pela recomendação, Jane! Colocarei na minha lista. ??




Fernanda.Rettore 27/08/2023

As Mulheres e o Cangaço
"Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço" é um trabalho da jornalista Adriana Negreiros, lançado em 2018. Discorre sobre a história do cangaço a partir da perspectiva feminina. Embora o foco esteja principalmente em Maria Bonita, a lendária parceira do cangaceiro Lampião, Negreiros usa este ponto focal para explorar um fenômeno mais amplo: o papel das mulheres dentro deste contexto e da sociedade brasileira na década de 1930.

Negreiros apresenta Maria Bonita como uma mulher que quebrou barreiras e convenções sociais de uma sociedade patriarcal. Neste retrato, Maria surge como uma figura revolucionária, não só pela sua presença no cangaço, mas também pelo seu envolvimento ativo na vida do grupo.

A análise de Negreiros é compreensiva, não esquivando-se do relato de temas difíceis como a violência e abusos sexuais. A autora se aprofunda na vida dessas mulheres, que viviam à margem da sociedade, ao lado dos cangaceiros, e na luta diária pela sobrevivência num ambiente inóspito. Também levanta discussões sobre a idealização romântica de Maria Bonita, em função da dura realidade por atrás da lenda.

Ao todo, "Maria Bonita. Sexo, violência e mulheres no cangaço" é um livro que explora uma figura icônica e oferece perspectivas valiosas sobre o papel das mulheres em um dos períodos mais turbulentos da história do Brasil. Ideal para quem deseja entender o contexto cultural e social da época.
thaissmonteiro_ 28/08/2023minha estante
?




Wagner 04/09/2020

O livro da Adriana é fruto de uma pesquisa séria e extremamente comprometida com a verdade dos fatos. Como a autora coloca ao longo da narrativa, as histórias das mulheres que passaram pelo cangaço foram negligenciadas, no sentido de acobertar o que de fato estas sofreram durante o período.
Violência, abusos, silenciamento, etc, faziam parte do cotidiano dessas mulheres.
Recomendo muito a leitura. Além do mais, nos permite conhecer um pouco mais da história da região Nordeste.
Miryan Jussara 04/09/2020minha estante
Quero ler!


Wagner 04/09/2020minha estante
Não irá se arrepender.


Miryan Jussara 04/09/2020minha estante
?????


Ubiracilda 23/01/2021minha estante
Acabei de ler esse livro e achei fabuloso. Excelente trabalho de pesquisa. É um retrato da época e é incrível como o cangaço era uma organização social, pois tinha todo um regramento que era lei para o grupo. Vale a pena ler, pois é historia e cultura juntos e misturados. Amei?




Elaine 13/05/2022

A turbulenta e fascinante história do cangaço
Livro reportagem que nos apresenta com escrita fluída, clara e organizada, o descaso social e político, somado à corrupção policial que permitem que a vida seja ainda mais difícil para um povo largado a própria sorte em terras áridas e distantes.

Uma parte importante da história do Nordeste do Brasil escrita sob sangue, suor e lágrimas há menos de 100 anos e que não aprendemos nas escolas.

O mais especial neste cuidadoso trabalho de pesquisa feito pela autora, é a perspectiva feminina trazida. Dentro e fora do bando, as mulheres viviam subjugadas e desrespeitadas em seus direitos mais fundamentais.

Além disso, a edição está um capricho, sumário em formato de cordel, tem fotos, páginas amareladas, letra em bom tamanho e também muitas fontes do material e referências bibliográficas.

Recomendo muito a leitura.

*se gosta de fantasia/aventura/distopia pode ler sem medo, são acontecimentos tão
intensos que parecem ficção.
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Jéssica Fernandes 08/06/2021

Interessante! Eu confesso que não sabia muito sobre a história do cangaço. Ao mesmo tempo que fiquei encantada, também fiquei assustada e pouco revoltada, como mulher. A leitura pode ser um pouco pesada por causa da história, mas não tira o mérito da autora de conseguir trazer tantos detalhes para o livro.
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thays 08/07/2021

é bom
É um livro "jornalístico" que contém uma porrada de informações e muitos mais muitos relatos de estupros e violência contra mulheres, eu cheguei a passar mal com um deles. Também fala bastante sobre como os coronéis e outras pessoas importantes protegiam o Lampião e como foi construída a falsa imagem de "robin hood" do sertão. Foi bom saber mais sobre o assunto.
A leitura é difícil em alguns momentos, mas não por causa de vocabulário ou por ser um livro com muitas informações, mas sim por causa dos relatos violência.
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Layla.Ribeiro 25/03/2023

O que pensamos quando ouvimos falar sobre Maria Bonita? Negreiros propõe em seu livro escrever uma biografia sobre a cangaceira mais famosa, Maria Bonita como nós conhecemos, Maria do Capitão para os cangaceiros ou Maria de Déa como era conhecida pela família e pelo povoado de Malhada da Caiçara (Paulo Afonso) na Bahia, onde nasceu e foi criada. Vivendo em um casamento infeliz a jovem Maria de Déa decide fugir com Lampião e viver no cangaço. A autora explica inicialmente que Maria de Déa ganhou este apelido famoso somente após a sua morte e incentiva a uma reflexão durante todo o livro muito interessante sobre a construção da figura Maria Bonita que pensamos hoje, a criação de um mito, segundo aos sobreviventes que conviveram com ela, a Maria do Capitão era muito vaidosa, nunca manejou armas, andava com seu punhal, tinha vida realmente de rainha em comparação as companheiras, era vista como fresca, mimada e entrou para o bando como raras exceções, por querer, porém há registros e depoimento que ela exercia grande influência nas decisões de Lampião, a autora apresenta em contraste outras cangaceiras, como Dadá que foi raptada pelo bando aos 12 anos, estuprada e a única das mulheres que manejava arma e quando o ?marido? estava em péssimas condições tomou a frente do subgrupo várias vezes, a autora desromantiza a vida das mulheres no cangaço, tirando Maria de Déa que tinha seu amor recíproco dentro da sua época, as outras eram vistas como propriedade, agredidas, ou aguentava essa vida ou morria, se o companheiro morresse era entregue a outro cangaceiro solteiro e se fugir para contar aos soldados ainda eram agredidas e estupradas por esses.
A jornalista discorre muito sobre o cangaço como surgiu e como agia nos sertões nordestinos, a crueldade e o terror que eles cometiam , além da repressão e também crueldade dos soldados que iam tentar conter o grupo, ou seja, as únicas vítimas dessa história eram os sertanejos pobres que viviam no meio desse conflito, no livro consta muitos relatos de assassinatos, agressões e estupros de mulheres de todas as idades cometida por ambas as partes, não conhecia quase nada sobre o cangaço e esse livro ajudou a entender muitas coisas com a forma de sua narrativa muito interessante e estimulante. O que me frustrou nessa biografia é o fato de ela propor falar em Maria Bonita e falar muito mais do movimento do cangaço do que da estrela do livro.
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Antonio 26/10/2021

Desmistificando o cangaço
Excelente livro que desmistifica a visão ingênua e romantizada do cangaço. Primeiro, por dar foco às mulheres do cangaço, em especial Maria Bonita (na verdade, Maria de Déa), às quais sempre foram relegadas a um segundo plano ou mesmo ignoradas, mesmo com todas as violências sofridas. Segundo, por retratar corretamente os cangaçeiros como realmente eram: extremamente violentos, sem jamais ter agido em benefício da população ou dos pobres como muitos imaginam. Nada mais ilusório que a ideia dos cangaçeiros como "Robin Hood" do sertão. Pelo contrário: os cangaçeiros eram muito bem relacionados com vários coronéis poderosos, latifundiários, políticos, militares e policiais, e foi justamente esse relacionamento com as elites que permitiu que o bando pudesse ter agido quase que livremente por tanto tempo. Livro excelente!
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Joy 08/01/2022

Maria Bonita
Leitura que vai além das expectativas, o cangaço na perspectiva feminina traz um outro lado da história não contado e na maioria das vezes negligenciado, a narrativa é forte e as vezes é preciso fechar o livro para respirar devida as fortes histórias de violência contadas. Adriana Negreiros fez um trabalho excepcional, introduzindo os leitores na realidade daquela época, a obra não peca no quesito pesquisa. Maria Gomes de Oliveira ? conhecida como a famosa Maria Bonita ? assim como todas as mulheres citadas, são de uma força sobrenatural e de uma trajetória repleta de dor, é dilacerante acompanhar ao mesmo tempo que nos faz humanizar figuras difundidas como heroínas intocáveis, a importância delas é incontestável. O livro entregou muito mais do que eu esperava!
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Verbena 16/01/2022

Violento é pouco
Eu não sei o que dizer depois de terminar esse livro, é incrível saber história de tantas mulheres nordestinas que foram silenciadas, mas haja estômago viu. Tive que ler um capítulo de por vez para ir digerindo as informações. É difícil saber o que era pior, a violência dos caguanceiros ou do Estado, só sei que o sertão vivia molhado pelo sangue dos seus filhos.
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Sabrina 24/01/2021

Um ótimo livro pra quem se interessa pelo cangaço...
Apesar de ter começado a ler este livro sob a influência de seu título, que trazia o nome de uma figura icônica da cultura brasileira, acabei me decepcionando justamente por isso. A autora, com uma vasta pesquisa, nos traz um retrato sobre o cangaço muito diferente do que nos fizeram acreditar por muito tempo. Ela nos apresenta seres cruéis e egocêntricos que espalhava apenas terror por onde andassem. Mas Maria Bonita, Maria de Déa, figura que me fez ir atrás dessa leitura, fica um pouco ofuscada diante de tantos relatos macabros do dia-a-dia dos cangaceiros. Creio que por ter ido com tanta sede ao pote, tenha me decepcionado. Mas não dispensaria a leitura.
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Mariana 16/12/2020

"A" Pesquisa sobre Maria Gomes de Oliveira
Minha experiência e interpretação ao ler "Maria Bonita":

- NÃO é um livro que romantiza/glamouriza a vida de mulheres no Cangaço.
- NÃO é uma biografia de Maria Bonita.
- Todos os fatos históricos foram minunciosamente verificados e alguns contestados. Não há "achismos". É uma pesquisa extremamente bem realizada e revisada.
- As descrições repletas de detalhes sobre a violência praticada pelos cangaceiros me causaram repulsa. (Vela enfiada no ânus, machismo, estupros e decapitações de línguas e cabeças são alguns exemplos).
- Muito conteúdo histórico foi resumido. Em alguns momentos me perdi entre os nomes das Fazendas, estados do Brasil, nomes de coiteiros, volantes, familiares e cangaceiros que foram introduzidos de forma tão repentina. Por isso, minha leitura foi um pouco arrastada.
- Todos pensamentos que eu achava que eram "positivos" sobre o Cangaço foram destruídos pelo olhar feminino de Adriana Negreiros.
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Luiza 28/08/2021

A verdade sobre as cangaceiras.
Primeiro contato mais aprofundado que travei com as histórias do cangaço. São relatos cruéis, de uma época dificil em uma região tão sofrida!
Descobri que há centenas de publicações sobre o tema, mas o diferencial desse livro é o foco nas mulheres que participaram do cangaço.
Adriana Negreiros é excelente escritora. Ela é casada com outro biógrafo de peso: o Lira Neto, que escreveu as biografias de Padre Cícero e de Getúlio Vargas! Êta casal retado, sô! ?
Recomendo muitíssimo a leitura deste livro, as histórias são bem violentas... mas a leitura é rápida, pois é fascinante: um retrato muito verdadeiro do nosso Brasil.
Adorei o livro, dou cinco estrelas!
Abaixo, reproduzo as palavras finais da própria autora sobre a questão das mulheres no Cangaço e sua pesquisa que não foi tão simples de ser realizada...!

? Pesquisar sobre o cangaço é se deparar com violências absurdas, que mais parecem saídas de filmes de terror. Em dois anos de investigações sobre o tema, entretanto, nenhuma dessas terríveis cenas me chocou tanto quanto a mais incômoda das constatações: a de que os relatos das cangaceiras sobreviventes a Angico são geralmente desacreditados em relação à extrema brutalidade da qual foram vítimas.
Incontáveis vezes, li e ouvi autores colocarem em dúvida as narrativas dessas mulheres sobre o próprio ingresso no cangaço. Embora não houvesse completado treze anos quando entrou no bando, Dadá foi muitas vezes taxada de ?exagerada? ao dar detalhes sobre o rapto e o estupro perpetrados por Corisco. Sobre Sila, raptada por Zé Sereno aos onze, há interpretações segundo as quais ela o teria acompanhado ?porque quis?.
Embora tenha feito uso constante do ceticismo indissociável da prática jornalística, em nenhum momento me permiti duvidar das versões apresentadas por Dadá, Sila, Inacinha, Otília e tantas outras que foram obrigadas a largar suas famílias para se tornarem cangaceiras. Não compreendo como se possa conceber que crianças ainda às voltas com bonecas escolhessem viver ao relento, subjugadas por homens extremamente violentos, submetidas a fome, sede e risco constante de morte.
Colocar em suspeição a versão das cangaceiras faz parte do mesmo padrão e da mesma lógica que insiste em desqualificar os relatos das mulheres quando violentadas. Uma distorção atávica, que transforma vítimas em culpadas e procura encontrar no comportamento feminino as alegadas razões para justificar a opressão.
Depreciadas em seus discursos dentro do fenômeno do cangaço, as bandoleiras também tiveram seu papel como personagens históricas relegado a plano inferior. Esse aspecto tornou particularmente complicado o trabalho de coleta de informações a respeito de suas trajetórias.
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