Resenhas - Uma Virgem Tola

isabelle. 15/06/2021

"em cada rosto, uma história, e quase sempre ela é bem diferente do que seu dono conta sobre si mesmo."

esse foi uma surpresa muito boa! a escrita é muito agradável e sensível sem ser sentimental, mesmo enquanto a narrativa retrata de forma dolorosa como as decepções "como experiência principal constituinte da vida" te obrigam a crescer contra a sua vontade.

também é interessante observar que a gittel acabou exatamente como as virgens tolas da parábola que o sr. mardell contou: "(...) ele achava que, por eu ter sofrido ainda muito nova uma tristeza profunda, tinha me refugiado na música. e, se não tomasse cuidado, ficaria de mãos abanando como as virgens tolas que não levaram azeite consigo."

Eloiza Cirne 18/02/2020

A arte de crescer
Ida Simons apresenta uma narrativa bem humorada para nos apresentar o crescimento de Gittel, "A Virgem Tola". Que da inocência infantil vai aos poucos percebendo-se e percebendo o mundo ao seu redor. Tudo em uma escrita divertida e leve.

Fabiana.S 28/01/2019

A perda da inocência.
A história é sobre a vida de Gittel, uma adolescente que devido a constantes desentendimentos de seus pais, vai com sua mãe passar férias na Antuérpia, cidade de seus avós maternos.

Nessas férias, Gittel conhece Lucie, vizinha de seus avós. Começa a frequentar sua casa e conhece seu pai, que a deixa tocar no piano da casa. Aparentemente, começa uma sincera amizade entre Gittel e a família Mardell.

Gittel presencia comportamentos inadequados de familiares e é colocada em situações difíceis por pessoas queridas. No decorrer da história vemos seu crescimento, seu desabrochar. Alegrias, frustrações e desapontamentos fazem parte de sua adolescência.

“Uma virgem tola” não é uma história de grandes acontecimentos, é sensível e fala das pequenas situações do cotidiano de Gittel, mostrando a gradativa perda de sua inocência diante dos conflitos em que é posta. Em várias partes, percebe-se a falta de cuidado, de postura dos adultos diante de uma adolescente em formação.

Leitura apreciada e indicada :)

“Ele achava que por eu ter sofrido muito nova uma tristeza profunda, tinha me refugiado na música. E, se não tomasse cuidado, não seria capaz de me deparar com a mágoa nem com o regozijo e ficaria de mãos abanando como as virgens tolas que não levaram azeite consigo” (Pág. 41).