A guerra

A guerra Bruno Paes Manso




Resenhas - A Guerra


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Rafael Cormack 03/01/2019

7,0/10
A falta de ordem cronológica na narrativa, os inúmeros personagens e a quantidades de dados e datas despejados em sequências tornam a leitura amarrada e cansativa demais, parece um documentário escrito.

A coisa só melhora no final, quando o livro aborda a questão do tráfico no RJ, as UPPs, e narra com uma certa sequência a derrocada do governo Sergio Cabral e a morte da Marielle.

Fica a sensação de que poderia ser melhor.
Nadia 14/01/2019minha estante
Bem isso. Qdo fica bom, acaba. Arrastei as primeiras 200 páginas por 12 dias e li o restante numa tarde. Acho que seguir a ordem cronológica dos fatos já teria ajudado muito.


Rafael Cormack 30/01/2019minha estante
Pois é... exatamente essa a minha impressão.


Julinhafox 25/02/2019minha estante
Tive a mesma sensação! Deixar a cronologia não linear - com tantos personagens - acabou prejudicando o livro, que é bastante interessante, mas poderia ser melhor




Maria.Jose 07/12/2020

Não foi tão envolvente como imaginei. Achei os capítulos mal organizados também.
Roneide.Braga 24/12/2020minha estante
Concordo plenamente, ainda não conseguir concluindo, mesmo sendo interessante a uma má organização na ordem cronológica.


Roneide.Braga 24/12/2020minha estante
Concluir*


Maria.Jose 31/12/2020minha estante
Sim, é bem problemático.




custodiovitoria 25/10/2020

Leitura imprescindível para entender o Brasil.

A obra se compromete a descrever a atuação do PCC. Faz bem mais que isso. Descreve, é claro, a organização do crime organizado no Brasil, todavia, apresenta também um panorama do sistema penitenciário brasileiro e a dimensão do problema.
Kaory 26/10/2020minha estante
Nossa amiga quero MT ler


custodiovitoria 26/10/2020minha estante
Muito bom, miga. Recomendo




Jess.Carmo 21/02/2021

As prisões não diminuem as taxas de criminalidade
A obra não é apenas uma descrição restrita ao surgimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) e ao seu desenvolvimento. Os autores retomam aqui o velho tema do fracasso da justiça penal. Quando digo que é um velho tema, não é à toa, já que nos acompanha desde o século XIX. Segundo Moreau-Christophe (1839), "onde houver uma prisão, há uma associação de outros tantos clubes antissociais" (p. 7), ou seja, a prisão "favorece a organização de um meio de delinquentes, solidários entre si, hierarquizados, prontos para todas as cumplicidades futuras" (FOUCAULT, 1975, p. 261). O PCC é reflexo desse fracasso histórico que é a justiça penal.

O PCC não encontrou grandes dificuldades para que sua ascensão fosse bem sucedida. A falta de vontade dos políticos brasileiros em aderir propostas de políticas públicas pautadas em estudos na área de segurança pública facilitou o crescimento do grupo paulista. Sempre foi mais fácil usar o velho discurso de que as prisões devem ser um depósito dos tipos indesejáveis que a polícia captura. Por essa lógica, com o criminoso fora de circulação, o crime se dispersaria. Triste engano. A vida insalubre do sistema penitenciário brasileiro, o esquecimento e desprezo da sociedade brasileira fabricaram um dos maiores grupos de crime organizado da América-latina. Afinal, se o Estado e a sociedade me esqueceram, o que me resta é sobreviver. Além disso, mesmo em liberdade, as condições dos ex-detentos permanecem precárias, já que estão sob constante vigilância; o estigma do crime nunca os abandona.

Sem ter nada a perder, a população penitenciária aderiu ao discurso revolucionário do PCC. Segundo eles, os "crimes eram praticados em nome 'dos oprimidos pelo sistema' e não em defesa dos próprios interesses" (p. 12), o que os diferenciavam do grupo de traficantes cariocas Comando Vermelho (CV). Nesse sentido, o crime era uma forma de sustentar um projeto inicialmente revolucionário. O objetivo não era mais crescer individualmente dentro do mundo do crime, mas procurar uma forma de sobreviver ao sistema através de uma organização grupal. Daí o lema "o crime fortalece o crime".

Apesar dos salves sempre finalizarem com os lemas de "Justiça, Paz, Liberdade, Igualdade e União", esses ideias perderam o sentido nas últimas décadas. O grupo passou a ser uma empresa. Alguns poucos se beneficiam com o lucro do tráfico.

A guerra declarada ao grupo se confunde também com uma guerra declarada a toda população das comunidades. Não importa se a comunidade do Alemão tenha 100 mil habitantes e apenas 0,5% da população pertença ao grupo, todos os moradores sofrem com a violência policial. Dessa forma, o Estado, responsável pela ação covarde, passa a ser visto como um inimigo por toda favela. O que resta é a convivência com os traficantes.

A solução que os autores apresentam é atacar financeiramente o grupo. Como se trata de uma lógica empresarial, seu calcanhar de Aquiles é justamente o capital financeiro. Portanto, é necessário investimento em inteligência policial, desmilitarização da polícia e a descriminalização das drogas. Além disso, é preciso atrair a população para outros projetos que prometam melhorias para a comunidade. Trata-se, acima de tudo, de uma disputa por almas. Os benefícios que o tráfico oferece são sedutores, a saber, dinheiro, carros, fama, mulheres. A vitória contra o tráfico também depende "da capacidade de atrais pessoas em torno de projetos voltados para o bem comum" (p. 327).

site: https://www.instagram.com/carmojess/
Douglas 22/03/2022minha estante
Excelente resenha, Jess. Consegui o livro hoje, através do Plus.




Ma. 30/10/2018

Panorama dinâmico e atual sobre o PCC em SP e no Brasil
O livro aborda de maneira clara e bastante dinâmica o papel do Primeiro Comando Capital - PCC no Brasil. Com riqueza de personagens, conexões e eventos os autores apontam os principais fatores que convergiram para o surgimento, expansão e consolidação da facção como uma das mais relevantes dentro da cena criminal no pais. Igualmente sinalizam uma série de conflitos internos e externos que tem atualizado a narrativa que o Estado, a sociedade civil e o próprio PCC fazem a respeito da facção. Para o Brasil do presente e do futuro, entender a relação dialógica entre o Estado e facções criminosas é essencial, assim, o livro é uma ótima pedida!
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Otavio Contente 23/12/2018

Sem filtros
Com uma narrativa dinâmica e um texto bem intrincando, os autores descrevem a estrutura, na medida do possível, do PCC e das relações deste com as autoridades e poderosos das regiões de influência da facção. Uma leitura necessária para se repensar nas políticas de combate ao tráfico de drogas e à corrupção que neste contexto é bastante evidente.
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PhD 19/01/2019

Outro ponto de vista
Entender a complexidade do crime no Brasil é essencial. Neste livro os autores propõem vários fatos que ocorrem no submundo dos presidios, favelas, ruas e fronteiras. O descaso do estado com as minorias, que é a maioria nesse país com coisas essenciais para sobrevivência, faz com o indivíduo recorra ao mundo do tráfico. O PCC com sua forma de gestão empresarial, oferece ajuda e reconhecimento para quem está desesperado, e por sinal talvez seja a unica opção. Ótima leitura, recomendo a todos.
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Pandora 28/03/2019

Eu não sou uma leitora acostumada a livros de não ficção; porém sou aquela que acredita que conhecimento nunca é demais. Em maio de 2006, quando uma onda de violência atingiu São Paulo e alguns outros estados - cujos ataques foram atribuídos à organização criminosa Primeiro Comando da Capital - PCC - fazia menos de um ano que eu vivia na capital, trabalhando na avenida mais famosa do Brasil. Senti todo aquele alvoroço de perto: o espanto, o medo, a tensão, a angústia a cada nova morte. Mas as notícias não eram capazes de preencher as lacunas. Afinal... por quê?

O livro A guerra, escrito pelos doutores Bruno Paes Manso e Camila Nunes Dias, vem para esclarecer estes e outros episódios que envolvem uma das organizações criminosas mais fortes do Brasil, bem como para amarrar acontecimentos que poderiam parecer desconexos aos leigos, mas que são fundamentais para o entendimento da violência no país e da atuação confusa do Estado na questão da segurança pública. Sem contar o envolvimento de um sem-número de “homens de bem” nos esquemas de corrupção. Afinal, os bandidos são sempre os outros, não? Aqui, a história tem dois lados. Como deve ser, inclusive.

Leitura fundamental para entender um pouco este nosso Brasil brasileiro.
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Tatianaa0 24/03/2024

Leitura obrigatória
Eu poderia dizer N coisas aqui sobre tudo que foi dito neste livro, mas tudo vai apontar pra lados e não há um ladinho sequer que seja santo. Na verdade, todos os nossos questionamentos e problemas começam lá em 1500. A raiz desse país é errada, tudo que vemos hoje é um efeito colateral da história podre sobre a qual o Brasil foi construído e quem mais sofre é o preto pobre e marginalizado.

Nota 10/10.

Todos devem ler.
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Yvan 29/12/2019

Cita os principais nomes da facção, sua origem e os principais acontecimentos.

Interessante a demonstração de como a política pública influencia no resultado da organização criminosa, esse livro é um estudo que até ajuda na resolução do complexo problema.
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Luiz Amaro 17/01/2020

QUANTOS MAIS VÃO PRECISAR MORRER PARA QUE ESSA GUERRA ACABE?
Um livro sobre jornalismo informativo, uma leitura essencial para todos os brasileiros.

Nele, teremos toda a história por detrás do PCC, desde o motivo que levou a sua fundação (1993), até o seu modelo atual, uma máquina empresarial que hoje ultrapassa fronteiras.

Um livro pesado, que explica o racha com o CV, aborda também os motivos por detrás da carnificina ocorrida mediante as rebeliões carcerárias que chocaram o Brasil recentemente, nos apresenta toda a relação do PCC com outras facções pelo Brasil, além de relatar as invasões do Estado aos morros que resultaram nas criações das UPPs. Por fim, não podemos deixar de falar sobre o caso Marielle Franco.

Por ser um livro jornalístico, os autores acabam nos metralhando com informações o tempo todo. São muitas histórias, muitos personagens, entrevistas, muitos dados através de números e índices. No fim das contas, todo esse aglomerado de informações foi se juntando e se transformou em um livro puramente informativo. Em certo ponto chega a ser maçante, e com certeza, não trará prazer na leitura para o leitor leigo, apenas curioso no assunto. Para estes, aconselho alternar essa leitura com outra mais leve. O importante é não abandonar essa leitura tão séria e significativa.
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bookscourt_ 15/02/2020

O PCC
Leitura obrigatória para quem quer entender a rede do PCC, como eles operam, quais os seus objetivos e o que acontece dentro da cadeia
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Oscar8 19/02/2020

Livro 005/2020
Livro 005/2020.
19/01/2020.
Manso, Bruno Paes ; Dias, Camila Nunes. Todavia. Grande obra, tratando do crime organizado, vida na prisão, corruptos e corruptores. Uma análise dura, nua e crua em um trabalho jornalistico preciso.
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Flavia.Machado 21/02/2020

Poderia ser melhor mas é bom !
A grandiosidade da pesquisa feita é evidente mas a falta de ordem cronológica, o excesso de acontecimentos em vai e vem, e um número enorme de personagens torna a leitura confusa e cansativa.
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