Úrsula

Úrsula Maria Firmina dos Reis




Resenhas -


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Nado 22/01/2021

Incrível o que Maria Firmina dos Reis faz na construção desse romance que é considerado a primeira obra do gênero com autoria negra e feminina no país, como também o primeiro de cunho antiescravista. Mesmo com todas as limitações impostas a ela, a autora é vanguardista em dar uma voz inédita aos negros, dando-lhes vida e mostrando suas histórias, vidas e memórias tão ricas e tão fortes. A crítica social ainda permanece forte e válida mesmo após mais de 160 anos de sua publicação. Um clássico da literatura nacional que está sendo redescoberto pelos leitores colocando merecidamente o nome de Maria Firmina dos Reis como um dos maiores nomes da história da nossa tão rica literatura.
Recomendo a leitura.
Luiz Fernando 22/01/2021minha estante
Excelente review


Carla.Camargo 22/01/2021minha estante
Eu amei a escrita a história.


Jands 23/01/2021minha estante
Esse livro foi um divisor de águas na minha vida de leitor. ???




Karen453 08/11/2023

Livro importantíssimo
Fiquei deslumbrada ao descobrir que se trata de uma publicação de 1859 e que foi escrita por uma mulher negra, Maria Firmina dos Reis, sendo este o primeiro livro publicado por uma mulher no Brasil, até então. É importante que no momento atual livros como este sejam resgatados do apagamento que a academia os submeteu.

Gostei muito do livro pela sua importância histórica e pela maneira que a autora aborda a escravidão de maneira séria, manifestando sua posição antiescravista na narrativa através das personagens Suzana, Túlio e Antero. Para a época, foi revolucionário.

Entretanto, por ser uma história bem típica do romantismo e ter todo aquele drama sufocante dos protagonistas, extremamente caricatos, a história em si me deixou a desejar. É interessante como as personagens secundárias tomam a cena nessa leitura, como se Maria Firmina tivesse justamente esse objetivo! Portanto, foi uma experiência enriquecedora.
Vania.Cristina 09/11/2023minha estante
Também não tenho muita paciência com o Romantismo brasileiro, mas com os personagens secundários ela consegue ir além. Achei muito pioneirismo mesmo.


Karen453 09/11/2023minha estante
Eu penso o mesmo! Não imaginava que havia um livro anti escravista escrito ainda antes da abolição, sensacional




Ro 23/09/2020

Tão doce quanto pode ser um favo de mel
Esta leitura não entrou para as minhas favoritas da vida, mas em nada pode ser desmerecida.
O que aconteceu comigo ao ler Úrsula foi o fato de ficar intoxicada com o ultrarromantismo das personagens. Aqui o amor é forte, é pesado, possui amarras enquanto liberta, e a sensação que tive foi a de estar vendo adolescentes apaixonados dramatizando o primeiro amor e elevando seus pensamentos e sentimentos ao máximo.
A linguagem empregada na obra talvez seja uma barreira para o leitor desacostumado ao emprego mais rebuscado da língua e a presença excessiva de metáforas, que surgem até mesmo para explicar o clima do dia.
Se você gosta de livros em que as personagens sofrem horrores para conseguir, enfim, viver o amor, essa é a sua leitura. Mas caso só esteja curios@ em conhecer o primeiro romance escrito por uma mulher, ainda por cima negra, no Brasil, vale a pena dar uma olhada.
Túlio Bastos 01/02/2022minha estante
Entendo plenamente sua crítica, apesar de ter uma queda por romances melosos do século 19. rs




I.Cream.Sopa 30/04/2024

Esse livro é totalmente meu estilo de clássicos. Ele pesa dramaticamente mas isso apenas torna a estória mais encantadora. Um dos livros obrigatórios da escola que mais me chamou a atenção
tduad adnanref 01/05/2024minha estante
Ou seja é horrível kkk (te amo




Duda 23/05/2019

Úrsula e seu valor histórico
Esse é o primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil, o que por si já trás um grande mérito histórico. Contudo, a primeira romancista brasileira é uma abolicionista e descendente de escravos. A narrativa rebuscada de Úrsula está impregnada de reflexões e condenações a escravidão e são nesses momentos que a obra apresenta uma riqueza literária. Ademais, a história trágica e muito novelesca pouco prende ou envolve apenas pela narrativa. A riqueza da obra está nos relatos pontuais dos negros e o protagonismo de suas falas sofridas, realistas e provocadoras para a época. Ao exprimir seu ponto de vista de forma combativa para seu tempo, Maria Firmina nos coloca a par de questões que ainda hoje nos parece absurdo ter que combater, de um racismo que sob outras roupagens, continua fazendo vítimas nessas terras.
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regifreitas 06/06/2019

ÚRSULA (1859), de Maria Firmina dos Reis.

Maria Firmina dos Reis, junto com Júlia Lopes de Almeida, é mais uma das provas de como as escritoras mulheres foram discriminadas quando da formação de um cânone da nossa literatura. Quantas outras devem ainda existir, cujos nomes não vieram à luz? Pelo menos isso está sendo mudado nos últimos anos, e essas autoras estão ganhando, mesmo que tardiamente, o devido reconhecimento de seus trabalhos.

Lançado em 1859, este é considerado o primeiro romance de autoria negra publicado no Brasil, logo, a obra inaugural da literatura afro-brasileira, bem como a primeira publicação notadamente de cunho antiescravista. Embora não exista consenso em relação a este ponto, também pode ser considerada a primeira publicação de autoria feminina no país.

O romance segue os moldes do Romantismo, a escola literária predominante quando da sua publicação: sentimentalismo exacerbado, personagens estereotipados e situações maniqueístas, uso excessivo de descrições e adjetivos. Contudo, o que merece destaque na obra são aqueles momentos nos quais a autora dá espaço aos personagens escravizados, relatando suas duras condições de vida e a opressão e crueldades sofridas por eles. Embora eles não sejam os protagonistas da história, Maria Firmina foi pioneira, ao conceder voz a estas pessoas dentro de uma obra de ficção nacional, o que deve ter sido bem ousado para a época.

Merece destaque também esta edição da Editora Zouk, enriquecida com textos de apoio que dão um ótimo panorama sobre a obra e a autora, situando-a dentro do contexto da nossa literatura, do qual ela foi injustamente obliterada por tempo demais.

Leitura para o Desafio Viaggiando: um livro sobre escravidão.
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Heloisa 29/07/2019

Uma heroína da literatura brasileira
Romantismo brasileiro. Quem Nunca leu? No colégio ou no vestibular, com certeza. Mas de coração e alma abertos para o mergulho no século XIX você é capaz de escolher um clássico brasileiro?... Bem, assim é difícil, você pode dizer. Mas garanto que Úrsula é uma escolha incrível.
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Olhei inicialmente como um desafio justamente pelo estilo tão diferente da fluidez contemporânea.
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Mas sabia que ao abrir esta história o texto de Maria Firmina dos Reis seria brilhante, mesmo com todas as descrições exageradas, os sentimentos instantâneos, a donzela virginal, e todos os personagens, que a princípio, parecem caricatos.
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Posso dizer que o ponto mais profundo do meu mergulho foi perceber que Maria Firmina dá aquela "sambada na cara" da sociedade brasileira da metade do séc. XIX, dando aos personagens negros a voz necessária para denunciar as mazelas da escravidão, sem para isso diminuir o romantismo literário.
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Os inúmeros contrapontos que encontramos são também incríveis, a descrição da posição da mulher naquela sociedade altamente patriarcal, o sentido da liberdade e a desumanização causada com o processo da escravidão dão a obra valor inigualável.
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Ponto também muito discutido é a própria biografia da Maria Firmina. Mulher, negra, autodidata, a frente de seu tempo, lutou muito contra os preconceitos e conceitos terminativos de sua época, dando a História de hoje razões para continuarmos a lutar pela liberdade, pela igualdade e pela educação.
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Um livro em que ensina do início ao fim. Gratidão por essa nordestina, brasileira, heroína de nossa literatura.
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Lulu 12/04/2020

Muito bom
A história é muito envolvente e mesmo sendo um clássico,a leitura não é muito difícil
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Hanna.Ramos 12/06/2020

Primeiro romance escrito por uma mulher no Brasil - em 1859
Um romance perfeito escrito de uma forma por vezes poética e apaixonante. Maria Firmina dos Reis merece ser exaltada pela coragem da escrita a época e pela beleza da historia.
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Joel Joukin 21/06/2020

Um novo clássico da literatura brasileira. Escrito por Maria Firmino dos Reis, esse romance em muito se distancia de seus pares da época.
Destaque a liguagem utilizada pela autora, que, considerando obras de mesma época, é bastante simples e acessível. Mas a cereja do bolo é a temática de narrativa que faz duras criticas e denúncias das condições sub humanas da escravidão.
A naturalidade como esse assunto flui pela narrariva, trazendo personagens negros escravizados, mas sem serem protagonistas, seria uma sutileza se a propaganda anti escravista não fosse tão pungente. Algumas cenas me impactaram bastante.
Sobre essa edição, especificamente, a introdução da obra feita por diferentes autores sobre diferentes perspectivas da narrativa, bem como contextualização histórica, preparam o leitor para absorver a grandiosidade da obra.
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Gabi Ornelas 29/06/2020

Maravilhoso
Comecei a ler sem saber nada da história e simplesmente amei. A escrita as vezes me tira do sério por ter que ler muito mais que uma vez para entender uma única frase, mas nada que depois eu não esqueça haha
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Helissa 05/08/2020

Para além do Romantismo
Imagine uma literatura que questione o machismo e o racismo... Antes de Castro Alves, antes da abolição da escravatura, antes do século XX...
Cá está: Maria Firmina dos Reis! Úrsula!
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Manços 11/08/2020

Um achado
Muitos romances falam sobre o negro, poucos falam sob a ótica do negro. Mas esse é o primeiro, o que o torna ainda mais importante.
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Laura.Sanches 14/10/2020

"uma maranhense"
Nascida no século XIX, Maria Firmina ficou conhecida como a primeira autora brasileira com ideias abolicionistas.
"Ursula" foi seu primeiro romance, publicado inicialmente em uma revista, sem identificação da autora (publicado pelo pseudônimo de "uma maranhense"), foi marcado por sua ideologia de humanização do escravo, algo bastante incomum na época.
Minha opinião é que a autora certamente foi inovadora em sua abordagem, contudo ainda a considero bastante conservadora nesse romance, mostrando o negro da época como uma alma bondosa ainda dependente do homem branco para autentificar sua humanidade. Sendo as ideias abolicionistas ainda apenas um pano de fundo bem discreto, mas como se diz: "para um bom entendedor, meia palavra basta". Imagino o impacto que a obra teve na época, chocando com o uso do termo "bárbaro" para a descrição do tráfico de seres humanos, que naquela época acontecia.
Enfim, surpreendi-me com a genialidade de Maria Firmina, e sou grata pela liberdade atual de criticar mais aberta e duramente o preconceito e a monstruosidade da "colonização" do continente Africano por bárbaros europeus. Admiro a autora e professora acima pela influência exercida entre os séculos e pela coragem de expor o que tinha de começar a ser dito.
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