Convenience Store Woman

Convenience Store Woman Sayaka Murata




Resenhas - Convenience Store Woman


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Iza 04/06/2024

Interessante
Gostei muito da experiência de ler Querida Konbini. Já o tinha há tempos em minha estante e não sei pq não o li antes. Tem algumas voas reflexões.
Iza 04/06/2024minha estante
*boas




Mateus 19/05/2024

A busca por propósito em um mundo esquisito
"Naquele momento, pela primeira vez eu fazia parte do mundo. Acabo de nascer, pensei. Sem dúvida, aquele dia marcou meu nascimento como uma peça no mecanismo do mundo". Pensamento de Keiko Furukura após começar a trabalhar na Konbini.

Os costumes sociais, aspirações, desejos e sonhos comuns constituem metas arraigadas no imaginário popular. Sem dúvida o casamento, o relacionamento familiar e social, e o sucesso profissional são os temas estruturantes para que um indivíduo seja considerado normal. Existe uma espécie de check list social. Quanto mais marcações uma pessoa tiver nessa lista, mais respeito terá perante seus semelhantes.

Mas o que poderia acontecer a uma pessoa não entende e não vê necessidade de aderir a esses costumes? Provavelmente seria excluída, a menos que adquira habilidades para transitar entre dois mundos.

Em seu mundo particular, seus valores são definidos por você mesmo. Você não cria tudo do zero, até porque seria impossível, mas sim, após reflexão, seleciona viver aquilo que realmente tem significado.

Talvez namorar ou casar não faça sentido, ou quem sabe trabalhar em uma grande multinacional e receber um alto salário, que apenas uma pequena porcentagem de seu país tenha acesso, não te chame atenção. Não é que tudo isso seja ruim em si mesmo, ter condições financeiras que te dê oportunidade de viajar o mundo é muito divertido! Mas a baixa frequência da utilização das malas de viagem não parece incomodar algumas pessoas.

No outro mundo, o público, as pessoas gostam de fazer o check list social dos outros. Dessa forma conseguem medir sucesso e decidir se devem receber aquele indivíduo em seu meio. Do lado oposto, para quem não passar no teste, a pena é cruel. Banimento e exclusão.

A personagem principal do livro é Keiko Furukura que, desde criança, apresenta dificuldade em entender certos comportamentos sociais e tem reações diferentes do que normalmente se esperaria. Assim, ela enxerga tudo através de uma análise bastante racional. Não demorou muito para entrar em diversos problemas por causa disso, mas ela também conseguiu driblar essa dificuldade utilizando de sua ótima capacidade de observação.

Quando mais jovem ela começa a trabalhar na Konbini e ali ela encontra um dos propósitos de sua vida: o trabalho. Por meio dele ela finalmente se torna uma peça funcional naquela estranha máquina chamada mundo. Ocorre que as pressões sociais nunca dão trégua, para cada momento da vida existem deveres que devem ser respondidos.

Assim, acompanhamos Keiko tentando responder a esses deveres. Sua inabilidade social talvez faça que enxergue justamente as coisas como são, mas o sentimento de solidão e de que estamos decepcionando as pessoas que amamos não é fácil de lidar. Será possível viver entre esses dois mundos?
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bluecherryblossom 29/04/2024

"I?d never experienced sex, and I?d never even had any particular awareness of my own sexuality. I was indifferent to the whole thing and had never really given it any thought. And here was everyone taking it for granted that I must be miserable when I wasn?t. Even if I had been, though, it didn?t follow that my anguish would be the obvious type of anguish they were all talking about. But they didn?t want to think it through that far. I had the feeling I was being told they wanted to settle the matter this way because that was the easiest option for them."
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Gabriela 22/04/2024

Eu acabei de me dar conta que eu li esse livro em ebook em inglês, sendo que eu tinha o físico em português e não sabia que era o mesmo.

Mas enfim, sobre o livro. Foi uma experiência muito interessante de ler, achei que tinham várias críticas bem espertas, colocadas de uma maneira... Não sei se diria sutil, mas certamente elegante. Foi bem diferente ler sob a perspectiva de uma personagem tão diferente de mim e me dar conta que, apesar disso, as escolhas dela, os pensamentos dela, faziam sentido para mim.

Eu tinha pegado o livro pq achei que seria uma leitura levinha e confortável. Me enganei muito, muito mesmo. Mas mesmo assim, não consegui parar de ler até terminar.
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evellyn 26/03/2024

Não gostei da forma que abordaram uma pessoa neurodivergente. pelo o que li, se trata de um livro sobre algum espectro, mas não foi desenvolvido bem. não sei se essa era a intenção da autora ou se simplesmente não peguei o que ela queria passar.

todos os personagens são horríveis. só falam coisas horríveis pra keiko. e ainda terminou como terminou. estava há tempos querendo ler esse, mas não me agradou em nada.
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Lina Jones 08/03/2024

Uma obra prima muito mal compreendida no Ocidente.
Que pena ver que esse livro está tão mal avaliado no Skoob. Esse romance é extremamente relevante, é uma pequena janela pela qual podemos observar um fenômeno cultural tão típico do Japão moderno.

Em qualquer país existem grupos de pessoas que são excluídas socialmente, que sofrem pressão para se enquadrar em moldes pré-definidos do que é uma vida "aceitável", e pessoas neurodiversas sentem essa pressão elevada à décima potência.

Porém, enquanto as sociedades Ocidentais foram fundadas sobre ideais como liberdade e individualidade, o Japão foi fundado em princípios confucionistas onde o bem-estar do grupo está acima do indivíduo. Qualquer pessoa que não se encaixe no coletivo está indo contra ele, e portanto é excluída da sociedade, ou da "vila", como o personagem Shihara sempre diz durante o livro. E assim tem sido desde os primórdios dessa cultura milenar.

A protagonista Keiko é claramente uma pessoa neurotípica, mas nunca é explicado que tipo de neurodivergência ela possui, embora ela apresente características do espectro autista e do transtorno de personalidade antisocial - ela tem tendências violentas e não compreende emoções ou aparenta ter empatia - mas ela evita agir com violência pois deseja se enquadrar e seguir as regras, e já foi punida desde cedo por suas tendências violentas. Mas fingir que está tudo bem e torcer para que ela seja magicamente "curada" é uma solução mais aceitável do que um diagnóstico, pois um diagnóstico seria a comprovação de que Keiko é de fato diferente.

Keiko é extremamente bem construída, não apenas como uma pessoa neurodivergente, mas como uma mulher neurodivergente. A forma como seus sintomas se manifestam é tipicamente feminina - o desejo de se enquadrar nas normas, a constante tentativa de mascarar seus sintomas, o hiperfoco no trabalho onde ela pode se sentir como um membro útil da sociedade, a tentativa de se vestir e se comportar de forma apropriada para sua idade ao imitar suas amigas e colegas de trabalho... Keiko QUER pertencer e ser útil.

Em contrapartida, o antagonista Shiraha demonstra apenas raiva e desdém pela sociedade e por não se encaixar, e decide se isolar do mundo. 90% dos hikikomoris (pessoas que se isolam da sociedade e não saem mais de casa) são do sexo masculino.

Em suma, por mais que a história de Keiko e Shiraha seja curta e rápida de ler, ela explora tópicos muito, muito profundos, e deve ser lida com cuidado, levando em consideração o contexto cultural e social no qual foi escrito. Não é um livro que vai te dar tudo "mastigado", e quem não tem conhecimento sobre certas convenções sociais do Japão moderno, pode acabar achando raso.

Eu amei esse romance e a todo momento torci por Keiko. O final foi impressionante, um grande dedo do meio para a sociedade coletivista japonesa e um ato de rebeldia. Um acalento a todos aqueles que já se sentiram "fora dos moldes" e coagidos a abandonarem suas vocações, desejos e sonhos a fim de se tornarem palatáveis.
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fernandahrmg 07/03/2024

Raso
Não sei muito bem o que dizer sobre esse livro. Acho que ele tinha tudo para ser um livro incrível, mas acabou sendo mediano.

A protagonista apresenta um comportamento de alguém que é neurodivergente, mas isso não é desenvolvido. O livro aborda a pressão social sobre pessoas que não se encaixam no molde do "ser humano perfeito", no entanto, essa abordagem é mal aproveitada. É tudo muito raso. Muito corrido. Nenhum personagem é cativante, de modo que fica difícil se conectar com a história.

Eu queria muito ter gostado dessa obra, mas infelizmente não funcionou para mim. :(
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Lau 25/02/2024

Pra quem gosta do foco no personagem (que achei ótima), para quem prefere um plot mais interessante não é o mais indicado.
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Heloyse 21/02/2024

Esse livro me deixou meio p* da vida
Tipo, até que a temática é legal, mas a forma como a história foi contada é um saco.
Não tem um único personagem carismático, todo mundo é chato demais, e são uns debates meio nada a ver.
Sei lá, mas não funcionou pra mim.
fernandahrmg 07/03/2024minha estante
concordo total! e tem umas coisas muito ???




Melissa617 20/02/2024

Me fez pensar demais
Um livro de leitura rápida, mas super complexo no conteúdo. Vi em alguns lugares dizendo que era uma comédia, mas eu acho q é mais no sentido de, é tão bizarro a realidade desses personagens na sociedade japonesa, que chega a ser cômico.
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helena 17/02/2024

Comecei a ler só pq achei a capa bonita e aesthetic no tiktok, mas acabei gostando bastante, li em uma noite.
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SoRibis 20/01/2024

Uma crítica ao jeito que as coisas são estruturadas
Fazia tempo que um livro não me absorvia tanto como esse. Querida Konbini de certo modo conseguiu gerar um conforto dentro de mim enquanto lia. Embora a situação da personagem possa ser um pouco extrema (até por conta de ser ficção, é claro) ela é muito fácil de se identificar. Embora nos dias de hoje muitos digam que exista mais liberdade para fazer o que se sente melhor, é inegável a pressão para seguir o modelo tradicional, e é isso que o livro consegue expressar tão bem. Ao mesmo tempo que ele tem uma mensagem fácil de entender sem muitos rodeios, sinto que ele não é óbvio, que consegue fluir a história sem a sensação de que a mensagem está sendo empurrada de maneira forçada para o leitor.
Uma leitura muito gostosa de ter e que eu recomendaria para quem se interessa por esse tipo de crítica, mas também para qualquer um que goste de livros mais atuais.
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Me.f 18/01/2024

Que 🤬 #$%!& foi essa q eu li e amei
O livro na minha opinião é bem bizarro e por boa parte dele eu não entendi nada, mas eu amei MT ele.
As vezes não entender é a magia do livro, o legal é não entender e interpretar do modo que mais faz sentido para você.
O final ficou muito aberto e fechado ao mesmo tempo, quero saber mais sobre a vida de Keiko.
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leahterature 08/01/2024

Convenience store woman trata alguns temas que também são tratados em earthlings, livro da mesma autora, mas de uma forma bem menos bizarra. acho que por isso foi o que menos gostei dela, mas não deixa de ser bom.
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