Kat 15/07/2018
Hiperbólico
Há anos que eu não li mais Augusto Cury, e os últimos livros que li inteiros foram justamente os dessa série O Vendedor de Sonhos. Depois eu até tentei ler outros, mas não consegui terminar. Para mim, todos os livros de Cury são iguais, com os mesmos termos, mesmas críticas, mesmas metáforas, até mesmo as mesmas frases, muda apenas o título e o que deveria ser o foco do livro. O autor ainda é bastante exagerado, e por isso acabei pegando um pouco de "ranço" dos seus livros. É bastante óbvio que o autor lança livros e mais livros (iguais) apenas para encher o bolso, apesar do próprio criticar em alguns dos seus livros essa forma de vida dos dias atuais - consumismo, materialismo, etc. - o que para mim acaba sendo hipocrisia.
Sobre essa série de livros dO Vendedor de Sonhos, é basicamente um plagio mal feito da história de Jesus, tentando trazê-lo para a contemporaneidade: um cara que vive de forma simples e anda por aí dando sermões, acaba conquistando uma multidão de admiradores que se surpreendem com seu modo de levar a vida e com sua sabedoria. E para acrescentar um pouco de drama o autor faz algum mistério sobre o passado do fulano etc. o que na verdade eu achei bem patético. Também é bastante clichê essa história de "um dos homens mais ricos do mundo sofre uma perda trágica e daí muda sua forma de ver o mundo e viver a vida, pois percebeu que nada mais tinha valor", ah qual é!?!
Outra coisa que me incomoda muito é a nomenclatura dos personagens que o Cury cria, Marco Polo, Mellon Lincoln, Sagan, "Mestre" - o apelido do protagonista - o que mostra que Cury não é nem um pouco original.
Acredito que aqui se vale aquela máxima "menos é mais", pois se ele tivesse lançado apenas o primeiro livro dessa série, não ficaria tão repetitivo e cansativo (e outra que antes ele já havia lançado O Futuro da Humanidade, que - mais uma vez - não é uma história muito diferente dessa).
Pra mim ele pode até ser um ótimo pesquisador, psiquiatra etc. mas como escritor é superestimado.