A corneta

A corneta Leonora Carrington




Resenhas - The Hearing Trumpet


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Tônia 04/01/2024

Sensacional
A obra aborda, entre outros temas, a invisibilidade da mulher e de pessoas idosas. Mas tudo de um jeito divertidíssimo e leve.
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Ana@Andrade 25/12/2023

Ao decidir ler o livro A corneta mergulhe em suas páginas sem amarras. Mas fique atento porque no mundo onírico da narradora, Marian, percebemos que o tratamento dispensado as mulheres, especialmente as mulheres velhas, é surrealmente real.
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Maria Clara 14/12/2023

Rosalinda Alvarez dell Cueva
Excelente! O uso do absurdismo como forma de expressar e reivindicar a divindade feminina.
Tudo se inicia a partir de uma típica reação da sociedade à velhice: o isolamento e aprisionamento em instituições. Mais simbólico ainda através de uma protagonista mulher, que ao estar idosa representa o fim da mulher para a sociedade. Mas é como a Olga Tokarczuk comenta no posfácio, uma idosa cheia de vida (simbólico porque a sua protagonista em os ossos dos mortos também é uma idosa ativa), um desapego a ideia de fim. É dentro dessa instituição de abandono que Marian passa a investigar mistérios e viver aventuras, mesmo dentro de uma típica Instituição Ideológica.
O ato da Freira extremamente profana é um dos pontos autos do livro pra mim, que mesmo sendo contada por um odioso, é inegável os feitos da Freira e a admiração que nos causa a essa persona. Uma figura que mesmo sendo ?desvirtuosa? foi canonizada. Uma das mais fortes quebras da imposição patriarcalista católica no livro. Por fim, a formação do culto a uma divindade feminina histórica pagã que foi apagada pelo catolicismo por um grupo masculino (cavaleiros templários) junto a todo o absurdo e selvageria do último ato é maravilhoso. Leitura riquíssima!
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tooonho 10/09/2023

Essa obra surrealista é fantástica desde a primeira linha. tudo é metafórico e sem limites rígidos, falando sobre temas como feminismo, velhice, religião e história. com certeza: a leitura de A Corneta é dos acontecimentos que a gente não esquece mais.
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Amanda3547 30/08/2023

Excêntrico. Eu acho que nunca coloquei meus olhos em um livro de tamanha beleza, e não digo nas palavras,mas na história. O apanhado de referências que foi posto nele daria páginas e páginas de estudo sobre cada uma, e o posfácio? FODA. É de uma maluquice muito envolvente.
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mimperatriz 02/08/2023

A corneta
Saber que Leonora Carrington é uma artista surrealista, já dá uma ideia do que esperar em A corneta.

É um livro excêntrico, feminista, com críticas ao etarismo, ao patriarcado e com fortes considerações ao cristianismo. Mas embora carregue temas importantes, é um livro divertido, com personagens fantásticas e uma história de tirar o fôlego e que não se preocupa muito com a lógica diante da influência surrealista.

Inclusive é essa influência que faz com que Leonora faça uso de mitologia e de criaturas mágicas, como toda sinopse do livro nos mostra.

Ela conta a história de Marian, uma mulher de 92 anos, que ganha uma corneta auditiva da sua amiga Carmella (personagem simplesmente incrível!) e começa a ouvir o mundo. Logo no início do livro, Marian é levada por seu filho para viver em uma casa de repouso, e é aí que a história realmente fica extraordinária!

Achei uma delícia viajar com os pensamentos de Marian! Na vida acontece mais ou menos assim também: a gente começa a pensar em uma determinada coisa, voa até várias outras e percorre um caminho que normalmente é interessante.

O posfácio dessa edição é da Olga Tokarczuk, e ele arremata de forma orgânica a leitura de A corneta.

Além desse arremate fantástico, o posfácio me fez lembrar da Sra. Duscheiko, narradora de Sobre os ossos dos mortos, livro da Olga. A lembrança veio não pela história, mas por pensar nas semelhanças entre as narradoras idosas que contam pra gente, de forma lúcida e tranquila, um pouco da vida. E fui mais além ao lembrar de Humanos exemplares, livro lindo que também tem uma narradora bem idosa, e que talvez seja a que eu mais goste.

É uma leitura incrível. Mesmo. Encantadora!
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Flavio.Vinicius 24/07/2023

A Corneta
O livro começa muito bem, contado sob o ponto de vista de uma idosa que descobre, graças a uma corneta ganhada da amiga, que deverá ser transferida para um asilo. A narradora é muito simpática, corajosa e inventiva. A maneira como ela encara as situações é inspiradora.

Do meio pro fim o livro descamba no absurdo, e os fatos vão se sucedendo sem haver muito sentido entre uma coisa e outra.
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Melanie Mariano 20/01/2024

Obrigada, Carrington!
Uma história feminista, surrealista, mística excêntrica e permeada por ironias e críticas ainda atuais e muito perspicazes. Sinto que Leonora Carrington (pintora surrealista radicada no México por causa da segunda guerra mundial) criou neste livro o mundo no qual ela acreditava, com todos os elementos e valores que lhes eram caros. O resultado final é uma história diferentona, cheia de valores bonitos e sonhos sociais.
Eu gostaria de ter escrito esse livro!
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Pripricampos 05/02/2024

De 100 a 50
Gostei do início da narrativa mas do meio pro fim não consegui acompanhar a linha fantástica de raciocínio.
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Thaysa 07/02/2024

Surpreendente como um quadro de Bosch
Se precisasse definir A corneta em uma palavra, diria que é um livro excêntrico. Marian, uma velha senhora surda, é enviada a um asilo bastante peculiar por sua família. Além de todos seus pertences, Marian leva consigo a corneta auditiva que ganhou de sua imaginativa amiga Carmella.
O livro é bastante surpreendente, criando cenas absurdas com traços surrealistas a cada página.
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Ana 30/03/2024

Surreal
é um livro bem doido, eu gostei de acompanhar a narração de uma velha surda e como as coisas mais bizarras são tratadas com normalidade.
o livro tem muitas críticas escancaradas ao patriarcado, preconceito etário, cristianismo e etc
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Luccubus 07/04/2024

Eu não consigo deixar esse livro como se fosse só algo que usei pra me entreter por um tempo e depois quero esquecer. Leonora tem uma potência gigantesca com as transformações recorrentes em suas imagens oníricas.
Eu termino o livro e quero mais. Não que queira mais dessa história, mas de estar junto desse mundo conceitual de Leonora. Já há admiro há muito tempo por conta de sua riquíssima obra visual, e também por conta de seu relato sofrido em "Lá embaixo" que li há dois anos. Como artista visual, escritora e que brinca também com o surrealismo sei que ela e Remedios Varo são umas das minhas maiores influências.
O surrealismo por si projetado como foi por Breton em seus manifestos é marcado por um sexismo rompante e visões um tanto deprimentes da humanidade por um pansexualismo devido a influência de um certo misógino dr. Freud. O próprio primeiro manifesto demarca o espaço da mulher na sociedade utópica almejada por Breton: ao lado de grandes visionários e artistas, talvez como musas, mas de qualquer forma como belos objetos apenas. É nojento pra dizer o mínimo.
Mas Leonora vai na contramão, ela deixa um calor em meu peito ao ler cada frase e um sorriso de cumplicidade com as piadas esotéricas e as críticas tão francas sobre religiosidades fingidas para se obter dinheiro e poder.
E ela não constrói uma narrativa feminista ao fantasiar sobre atributos femininos perfeitos ou idealizados, ela mostra que através de uma mulher travessa, como a Abadessa, existe uma fonte de transgressão revolucionária, e inspiração para outras mulheres que querem seguir seu próprio destino além da opressão. Tudo isso marcado por um terreno em que tudo se inverte, os próprios polos da Terra saem de eixo, e a fantasia toma vida e corre solta em momentos culminantes em que Marian, a nossa protagonista surda e velha, se encontra consigo mesma e decide canibalizar-se para se transformar em uma suma versão de si, não uma versão perfeita e espiritualizada como Maria, mas mais travessa e terrena, infernal e unida com suas irmãs.
O melhor desse livro é, como disse Olga Tokarczuk no posfácio, seu apelo kitsch. Ele não é uma narrativa sisuda, doentia em sua vontade de se estabelecer como um grande livro, mesmo tratando de grandes questões e sendo profundamente subversivo, a vontade subversiva se mostra até nesse tom leve, cômico, o que eu diria que é uma forma de rejeição total dos preceitos cristãos românticos neoplatônicos, de que só o mundo dos céus é importante, só o espírito deve ser nutrido, e pra isso é preciso flagelar o corpo. A lei maior do cristianismo seria o sofrimento, e Leonora não quer encorajar essa visão do mundo. Mesmo que os ossos idosos sofram com o frio, e o estômago doa de fome na sua greve, não é necessário se entender esse sofrimento como uma sublimação, e nem preciso se estender por ele. O mundo não precisa ser visto por lentes julgadoras dos confortos do corpo, nem é preciso premiar as maiores imolações, ainda mais se isso for vazio e não criar vida, mas só um senso de poder sobre os outros.
Então pra muitos esse livro pode ser bobo, ridículo, kitsch demais pra ser tolerado como boa literatura, mas o que resta a nós transgressores além de alentar os nossos com risos mordazes e horrorizar o senso comum com a nossa falta de decoro? Ser, por fim, levianamente fatal.
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Nazrat 26/05/2024

Não sei o que ainda (e que bom!)
Ler este livro é como descrever um sonho, daqueles bem pirados. Há muitos simbolismos e que vão sendo gradativamente acrescentados na obra, chegando a questões conspiratórias, espionagem, aí se passa para cruzadas e Santo Graal, em que se fala a história de uma abadessa que chamou a atenção pelo quadro que ela protagoniza. A protagonista é uma mulher, velha, surda e sem dentes - ou seja fora de qualquer padrão - com interações que são por demais humanas e sinceras. Não sei que lição (há muito de crítica à sociedade patriarcal ao que parece) posso ter aprendido com este livro, mas sei que foi uma jornada de desconstrução e de me deixar guiar.
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