Alasca 01/12/2020
Mudar dói, não mudar dói muito
Antes de escrever essa resenha acabei lendo algumas que já haviam sido publicadas aqui no Skoob e confesso que talvez tenha passado a enxergar o livro com outra visão. Infelizmente não fui a única a perceber que trata-se de um relacionamento pouco saudável a princípio, e isso me angustiou do começo ao fim da história. Apesar de não concordar com as ações da Fabi em consequência das atitudes Leandro, de forma alguma a julgarei, porque já passei por situações similares e confesso que não agi muito diferente. A questão é que o amor é uma completa incógnita, e na nossa busca implacável por tentar compreendê-lo acabamos muitas vezes nos perdendo e também perdendo quem amamos. É muito difícil saber se pôr em primeiro lugar em um relacionamento amoroso (muito mesmo, só quem vive sabe as loucuras que fazemos pelo calor do sentimento), mas esse é exatamente o primeiro passo para ter uma relação saudável. Ou seja, apesar de todas as críticas que me fizeram ficar um pouco com o pé atrás em relação ao livro, na minha concepção trata-se de um desabafo sobre uma mulher que se perdeu no amor e busca tentar através da sua história fazer com que outras não repitam isso. Para ser bem sincera, nesse exato momento estou passando por uma situação semelhante onde mais uma vez aceito pouco de quem sou apaixonada por simples medo de perder qualquer migalha. Sinto muito pela Fabi e Leandro por tudo que passaram e espero mesmo ver a construção e amadurecimento pessoal de ambos no próximo livro, e agradeço pela cutucada na ferida que essa obra me causou, ela abriu minha mente exatamente na hora que eu precisava entender a minha própria confusão e isso é muito mais do que eu mesma tenho feito por mim nos últimos meses. Lembrem-se sempre, para amar o outro é preciso primeiro se amar incondicionalmente e por mais difícil que seja aceitar as mudanças que nos farão evoluir, elas são necessárias! Como diz o grande Oswaldo Montenegro: "Mudar dói, não mudar dói muito".