Dayane| @portas_de_papel 05/06/2020
Instantâneo
Eu poderia falar de métrica , de escola literária , e análise crítica , mas prefiro falar de sentimento , porque poesia não é para ser analisada milimetricamente , poesia é para ser sentida, absorvida ; a cor azul é a cor da calma ,da paz , mas o que eu senti lendo o livro do Pedro foi como se eu estivesse no turbilhão de uma grande metrópole na avenida mais movimentada , as palavras soam velozes, volteiam desenhando figuras , espalham e se juntam como carros em semáforos ?, senti a urgência de freiar , de respirar, português , inglês , italiano , francês , a vontade de saber tudo a urgência de aprender tudo e quando terminei de ler , questionei :_ onde está o romantismo ? Sentimentalismo ? Solidão melancólica dos poetas ? Ora não está na minha vida , e nem na sua , é a verdade nua e crua , que a poesia traduziu de forma explícita nossa vida quotidiana , e aí que veio o instantâneo do azul na minha mente e no meu coração , a vontade de olhar para dentro e refletir sobre as coisas que apenas vi e que passaram no turbilhão de ideias sem serem sentidas e vividas de fato , palavras que foram ditas ouvidas e não processadas, nem entendidas , coisas que apenas passaram por nós , vidas que
perdemos na correria da ?eficiência? esse livro é como uma escultura de arte moderna , que desperta em nós o azul instantaneamente