@tayrequiao 14/07/2021Um bom livro, mas que tem muito a melhorar para a continuação Astrea foi invadida e Theodosia foi obrigada a ver sua mãe assassinada. Então, ela perde o seu nome e passa a ser conhecida como Princesa das Cinzas, por conta da coroa que é obrigada a usar pelo Kaiser que governa o seu Reino.
Sozinha, a sua única opção é se manter em silêncio. Após 10 anos de humilhações e abusos, Theo é obrigada a fazer o que ela jamais pensou que poderia fazer. Nesse momento, ela percebe que sobreviver não é suficiente. Que ela precisa reagir e tomar o seu Reino para defender o seu povo. Para isso, ela vai contar com a ajuda de Blaise, Artemisia e Heron.
Esse é o primeiro livro da série de fantasia homônima e, como leitora de fantasia, achei que o livro deixou a desejar na descrição do universo e principalmente na construção dos elementos mágicos. Sebastian pouco explora algumas informações que eram importantes para a trama, como as minas, a história dos Guardiões e o poder das pedras (tanto o efeito mágico delas, quanto o efeito que produz nas pessoas que não devem usá-las).
Theo é uma protagonista muito jovem, então consigo compreender a sua insegurança e o seu medo, depois de tantos anos sendo subjugada. Mas, ainda assim, esperava uma personagem mais forte e decidida. Até mesmo quando ela decide reagir, está sempre com um pé atrás, sempre colocando como prioridade quem não deveria, o que incomoda um pouco ao longo da leitura.
No desenrolar do livro, Sebastian opta por desenhar o começo de um triângulo amoroso entre Theo, Blaise e Søren, o filho do Kaiser. Eu não tenho problemas com esse tipo de plot, mas me incomoda quando o autor escreve um personagem em que a escolha é óbvia demais. Nesse caso, Blaise é a opção óbvia. Amigo de infância de Theo, ele é o garoto bacana que está arriscando a própria vida para salvar a ela e aos astreanos. Então, não gosto.
Gosto de amores impossíveis e de personagens que precisam enfrentar obstáculos para ficarem juntos. Por isso, minha torcida já é, desde já, por Søren. Aliás, ele aparece muito pouco no livro, o que é uma perda grande.
É uma trama boa, mas que pode melhorar muito. Espero que o segundo volume preencha as lacunas que o primeiro deixou.
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