Razão e Sensibilidade

Razão e Sensibilidade Jane Austen




Resenhas - Razão e Sentimento


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viniduma 20/05/2024

Revoluções cotidianas
É um romance britânico, com seu belo lugar ao sol da literatura mundial. Li esse carinha porque havia lido em outro momento Orgulho e Preconceito e gostei muito. Ao contrário, esse romance tive muito mais dificuldade de me entreter. Demorei muito para engatar e o ritmo da história me desinteressou. Porém, isso não o torna ruim. É diferente.

É um romance cômico devido à forma que Jane constrói os personagens, ela sabe como ninguém apresentar o ridículo de cada um. Contudo, o mais divertido nesse romance está nele ser político. Esse romance apresenta, acima de tudo, como os relacionamentos são políticos. Mostra-nos como todas as relações estão marcadas pela política, especialmente as relações monogâmicas. Os ideais de relações monogâmicas são superestruturas pautadas numa suposta imagem de amor que tem como objetivo a manutenção do patriarcado e da propriedade privada. O que não é a família Ferrars se não os próprios burgueses que estão surgindo nesse período histórico e que serão a base para o surgimento do capitalismo nos moldes atuais? O que não é John Dashwood e sua preocupação mesquinha com dinheiro senão um protocapitalista? Ou o que não é Willoughby senão um ser que vê no mundo apenas consumo? O que não são as mulheres para todos os homens da trama (não só para o canalha do Willoughby), e até para algumas mulheres que reproduzem essa superestrutura, senão objetos necessários para manutenção do poder patriarcal? As senhoras Dashwood são as nossas revolucionárias que procuram fugir dessa lógica mercantil-patriarcalista e viver uma lógica humana.

O relacionamento defendido tanto por Elinor e Marianne é o relacionamento da relação pela relação e não pela aquisição de novas terras, novos rendimentos e lucros. É o relacionamento que defende e procura o Amor pelo outro em sua individualidade e personalidade. Jane Austen defende um amor não-monogâmico. Mas a não-monogamia aqui não significa o poliamor (isso é uma possível consequência, não o conceito em si), a não-monogamia é a relação amorosa que recusa a estrutura monogâmica. Nesse caso histórico, a estrutura que sempre reifica as mulheres a partir dos casamentos que servem como aquisições de novas terras e de manutenções de novos feudos.

As personagens de Jane Austen são as mulheres que se recusam a ser reificadas. Mulheres que se recusam a ser resumidas em rendimentos anuais e apenas procurar no homem sua possibilidade de ascensão social. A importância central dessas heroínas é que elas são mulheres que recusam toda uma estrutura social, expressa na educação que elas recebem e nos costumes que são impostos sobre elas. Mulheres que tem a fortaleza necessária para suportar as influências infelizes de seu irmão que apenas recomendam a elas que achem outro homem rico e que possa livrar John da promessa que fez ao pai e dar novas possibilidades para ele crescer socialmente. Mulheres que recusam a boa-vontade (boa-vontade! Para observarmos como a moralidade é um fator importante para a manutenção e construção de superestruturas) da sra. Jennings e das outras mulheres da trama que veem nos relacionamentos apenas aquilo que o patriarcado reproduz, seja por meio do costume ou da educação. São mulheres que acima de tudo querem ser humanas e não apenas cumprirem seu papel social, mesmo quando esse papel social é reforçado em cima delas por todos os lados possíveis. É claro que o patriarcalismo e o machismo sempre estarão presentes, mas o mais revolucionário das personagens de Jane Austen é a recusa de aceitar e repetir as relações patriarcais.

Jane Austen nos dá a tentativa de se relacionar de uma forma nova, uma forma que permita o surgimento do Amor e que tenha a expressão mais humana de ser no mundo.
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João Malafaia 10/03/2024

Jane Austen vc é como uma mãe pra mim
Perfeito!! Jane Austen, tudo que você escreve é OURO

O livro me tirou gostosas risadas em vários momentos
Isa 10/03/2024minha estante
Simplesmente a maior da Inglaterra


Ellen.Belfort 10/03/2024minha estante
O meu favorito




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Mônica 04/01/2024

Um bom clássico
O livro nos mostra um período da vida da família Dashwood, composta por uma recente viúva e suas três filhas em fase de arranjar casamento, focando nas duas mais velhas: Elinor, educada, gentil e inteligente; e Marianne, impulsiva, jovem e leviana.

Após a morte do pai, que as deixou com pouca renda, e sem a ajuda do meio irmão, elas precisam pensar em seus futuros e também em seus futuros maridos.

É interessante notar que suas vidas rotineiras contemplam jantares com amigos, conhecidos, bailes e visitas. Onde conhecem seus possíveis pares, sendo que alguns dão ódio e outros nos cativam e torcemos por eles.

As clássicas fofocas de época, como quem casou com quem, quem será o próximo pároco, romances secretos, preconceitos com classes, fulana teve uma filha sem estar casada? estão presentes e fazem os assuntos girarem na trama.

Achei que o livro é bom, traz assuntos interessantes, mas em alguns momentos senti falta de desenvolvimento dos relacionamentos amorosos. Focou muito na tristeza de Marianne e na polidez de Elinor, que o desenrolo dos romances ficou tímido e pouco crível, acontecendo muito repentinamente no final. A diferença de idade entre dois deles também me incomodou, pois era uma criança ainda.

Impossível não remeter muito ao clássico mais famoso de Jane Austen: Orgulho e Preconceito. Alguns acontecimentos e personagens lembram vagamente e, se você, assim como eu, leu este primeiro, vai saber do que estou falando na hora, mesmo que Razão e Sensibilidade seja mais antigo.

É um clássico legal, mas ainda fico com Orgulho e Preconceito que, de maneira geral, nos mostra mais como o romance acontece.
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Juju Pevensie 23/11/2023

Já faz um tempinho que eu li e foi o meu primeiro livro da Jane Austen e provavelmente meu primeiro livro clássico da vida. Eu amei, apesar da dificuldade pra ler. Livro extremamente prazeroso de ler, pois você se sente na mesma época que a autora. Como uma incrível viagem no tempo.
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Leila 15/04/2023

Razão e sentimento
Após ler "Razão e sentimento" entendo o quanto Jane Austen tornou-se uma escritora representante da literatura inglesa. Seu primeiro livro lançado em 1811, 212 anos atrás, é uma obra prima. Gostei muito da leitura, não é maçante apesar de ser uma história sem tantas surpresas, contando a vida de duas irmãs Elinor e Mariane, e seus sentimentos... Observa-se que a primeira sempre foi a razão e a outra sentimento, e no final inverte-se tais emoções...
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Darlene_Poetisa 09/01/2023

Austen, com maestria, retrata a sociedade de sua época através de cativantes personagens: A família conservadora, a jovem sensata, a mãe boa de coração mas desligada das possíveis maldades do mundo, a jovem boa porém sonhadora, a rebelde, o sedutor etc. Assim como na sociedade a convivência entre tantos tipos diferentes acaba gerando afetos, desafetos e dissabores e Jane Austen soube como poucas aproveitar esses embates para criticar a hipocrisia e a estrutura de uma sociedade onde quase não havia possibilidade de mobilidade entre classes sociais e onde a mulher era julgada com ferrenho rigor.
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Patricia 26/10/2022

Eu tenho um problema em começar os livros da Jane Austen. Parece que eu não to entendendo nada. E de repente vira uma chave e a história fica incrível e interessante.
Eu gostei mais de Orgulho e Preconceito, mas Razão e Sensibilidade também foi uma boa leitura.
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Claudia 22/09/2021

Razão e sensibilidade
Esse livro possui diversas das qualidades que os livros da Jane Austen costumam ter: visão crítica sobre a sociedade da época, personagens femininas superinteressantes e casais que ficamos ansiosos para ver juntos.
Minha personagem favorita é a Marianne, muito provavelmente por identificação pessoal. Entretanto, a Elinor é uma personagem forte e prudente, não há como não admirá-la também.
Já esperava o final pelo menos a partir da metade do livro, mas não imaginava o caminho que a autora utilizaria para chegar nesse destino. Infelizmente, achei os últimos acontecimentos inesperados demais.
De forma geral, é um livro muito bom, assim como esperava. Recomendo muito a leitura, evidentemente.
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Mariana 16/06/2021

Cansativo e mais interessante no final
Depois de muitas indicações para ler a autora Jane Austen, encontrei esse livro na estante e resolvi tentar. O livro é, de forma geral, cansativo (e isso pode ser devido também ao momento cansativo que estou vivendo), o que me fez demorar muito para lê-lo. Achei-o mais interessante no final. É válido ressaltar que as personagens femininas são bem construídas, mas vivenciam o óbvio para a época, sem grandes novidades. A cumplicidade entre as irmãs é um aspecto forte na história. Basicamente, me pareceu como uma novela das 19h.
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Biblioteca da Pry 03/06/2021

Jane Austen consegue nos fazer adentrar suas histórias de uma forma extraordinária.
A cada livro os identificamos com alguma de suas personagens ao ponto de querer ou estar vivendo aquele momento.
Mais uma obra dessa escritora que tenho o prazer de conhecer.
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Sandra 20/03/2021

Incrivel
Jane austen conseguiu escrever duas irmãs com personalidades totalmente diferentes. Eu sou totalmente a Marianne, movida a emoção. A Elinor já é pela razão. O livro muito bem escrito e com reviravoltas surpreendentes. Amei.
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Julia Gusmao 15/01/2021

Padrão Jane Austen bem sociedade inglesa. Começa meio monótono mas quando engata, a pessoa sente fluindo bastante e se surpreende com as reviravoltas. Leitura básica pra todo fã de romances de época além de trazer inquietações/reflexões muito interessantes sobre a vida e como lidar com as coisas.
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Jaque 31/12/2020

Jane Austen mantém o mesmo nível de qualidade de Orgulho e Preconceito. Recomendo a leitura.
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