Essa terra

Essa terra Antônio Torres




Resenhas - Essa terra


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Bia 17/06/2022

Livro extremamente confuso, muitas mudanças de pontos de vista que te perdem na leitura, falta de estratégias para deixá-lo mais entendível. Li por obrigação e não leria de novo.
Recomendo: não
João. Vitor 05/01/2023minha estante
concordo totalmente contigo! acabei ele agora e não entendi basicamente nada da historia devido a essas mudanças de perspectiva. só me obriguei a ler porque está na lista do vestibular que vou prestar.




Leonardo 04/07/2011

Disponível em: http://catalisecritica.wordpress.com

Há alguns anos, após a leitura de diversos títulos relacionados à seca no nordeste (puxando da memória, que não é muito boa, lembro de Vidas Secas, São Bernardo, Grande Sertão: Veredas, O Quinze, Essa Terra, Os Sertões, Sargento Getúlio [que não é sobre a seca, mas é sertanejo demais]), avivou-se em mim a velha chama, um apego à terra, o “orgulho de ser nordestino”. Quando era criança (e início da adolescência) não cheguei a sofrer como sofrem os personagens desses livros com a seca, mas sentia bem claramente as consequências dessa agente climático tão inclemente. Foram muitas as viagens com uma carroça puxada por um burro para pegar água em fontes, em poços artesianos. Muita roça que não deu o que era para ter dado. Muitas horas sob o sol “puxando terra pros pés”.

Por conta de uma ideia dada por um professor de Filosofia para o meu mestrado no PRODEMA (mestrado em Meio Ambiente da UFS, para quem não está ambientado), acabei voltando ao tema. A ideia dele, muito boa, aliás, envolvia Os Sertões, de Euclides da Cunha. Somado a isso, vi, em algum programa sobre literatura, que este ano era o centenário de Rachel de Queiroz, e resolvi reler O Quinze, que foi, aliás, o primeiro livro que comprei na vida, acho que em 1993.

Chegando a Brasília, surgiu a vontade de revisitar essas leituras da minha infância/adolescência, já que estaria em um grande sebo, com um enorme acervo. Comprei então Essa Terra, de Antonio Torres, que já havia lido, certamente, mas de cuja história não lembrava de ABSOLUTAMENTE NADA. Incrível como isso pode acontecer.

Lendo o livro como se o fizesse pela primeira vez, foi fundamental já ter lido Faulkner, já ter lido Enquanto Agonizo, de Faulkner, para ser bem exato.

Antonio Torres não esconde a influência do escritor americano. Não sei se o meu foco foi parcial, mas o que li foi um Enquanto Agonizo do nordeste.

Claro que isso é simplificar as coisas. Não conheço a obra de Antonio Torres, só este livro mesmo. Mas a temática de Enquanto Agonizo está lá:

Uma família se despedaçando, uma morte, uma narração meio insana, PERSONAGENS meio insanos, muito, muito regionalismo e, para completar, alguém faz um caixão. Este último elemento, ao meu ver, é uma homenagem de Antonio Torres à obra de Faulkner.

Engraçado que ao final da edição que li há um artigo escrito por uma professora de Literatura Brasileira em uma Universidade de Portugal, analisando a riqueza do romance, como ele aproveita e reconstrói todo o mito do sertanejo, a temática da seca etc. E ela não faz nenhuma menção a Faulkner!

Sem dúvida ela reconheceu essa ligação, mas seu foco estava na literatura do nordeste, literatura brasileira.

Ei! Era para falar do romance, afinal de contas!

A história é curta, mas não menos complexa. Uma família no sertão da Bahia às voltas com os problemas típicos da região, em especial a falta de dinheiro, vive a novidade do retorno, após vinte anos, do filho mais velho. Ele…

Esse primeiro fato importante do livro, contado ainda no início, dá toda a tonalidade da história, e sinto muito, mas não vou revelá-lo. Descubram por si mesmos!
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Pan 08/02/2012

O livro fala sobre o nordeste, mais especificamente, o nordeste Baiano, como Feira de Santa, Junco, onde parte do romance se passa, bem particularmente. Essa terra é um livro que precisa de uma atenção para ser lido, pois brinca muito com a troca de fala dos personagens, o que faz com que o leitor possa se perder, mas sendo mais generiza, particularmente, não gostei muito do livro, o que não o qualifica como um livro ruim, pelo contrário. É isso, quem quiser conhecer mais, é só ler.
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Catarine.Nasciment 14/04/2012

Triste, confuso e totalmente real
Para ler esse livro esteja com total paciência e atenção.Há muitas mudanças repentinas de falas e acontecimentos, sem sequência certa.

Apesar de deixar o leitor meio confuso, o leitor acaba entendendo e percebe como é a realidade do interior de estados nordestinos é triste e pobre. A história se passa no interior da Bahia, em Junco( hoje Sátiro Dias) que mostra uma família pobre em que um dos seus filhos vai embora pra São Paulo e consegue subir na vida, depois ele volta pra sua cidade natal arrasado e sem nada onde se mata. Nessa família as filhas:Uma foge, outra engravida,apanha ou é assassinada pelo marido. A mãe acaba ficando louca e o pai perde tudo pro banco por causa dos empréstimos.
Totonhim é o narrador uma dos filhos dessa família que também vive numa pobreza sem fim.

Toda essa história relata como para sobreviver muitos tem que ir a outro estado para tentar melhorar de vida, porque cidades pequenas não tem condições das pessoas se melhoram de ganharem dinheiro. A vida é dura e os destinos sempre previsíveis.

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Monninha Galvão 11/01/2013

O livro tem uma história passada na Bahia, onde conta sobre uma família que se muda de suas terras em busca de novos horizontes. Cada um relatado um pouco, sendo que Nelo, o personagem principal, tem sua história mais descrita.
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fabioabu 15/04/2014

Um tapa na cara!
Esse livro é foda, um tapa na cara, sentimentalismo puro, a ranhura do nordeste...
O autor não segue uma linha cronológica e você sai quicando pelas dores e conceitos de vidas ricas e confusas.

!
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TainA.Micaellen 04/09/2015

Leitura por necessidade mas é interessante ver os regionalismos intrinsecos no enredo.
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Adjuto 13/09/2016

Imperdível
Quer conhecer mais o Brasileiro do Nordeste? Seus pensamentos, seus sonhos, seus fantasmas? O mundo fantástico e pra "Cabra e Mulher Macho"? Leia esse livro, pequeno em tamanho, mas quem disse que para ser imperdível o livro tem que ser um Catatau? Maravilhoso, pena que eu descobri há pouco esse livro..Esse livro, com certeza, vai direto pra minha cabeceira, pois não é só uma história, é um dissecamento honesto da alma. Lindíssimo, inspirador, bem leiam, meus amigos e amigas, o leiam, releiam, pois há em cada páginas, a sabedoria antiga a respeito de vida e da morte nordestina.
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Literatura Presente 13/12/2016

Resenha – Essa Terra – Antônio Torres
Escrito em 1976, Essa Terra narra a história dos habitantes do Junco, pequeno distrito localizado no interior da Bahia, atual cidade de Sátiro Dias e o impacto causado pela cidade grande sobre o imigrante nordestino.

O livro revela as mazelas e desilusões de uma família que vê Nelo, o filho mais velho de doze irmãos migrar para São Paulo em busca de uma vida melhor, e nele é depositada toda a esperança. De lá, Nelo enviava dinheiro para a mãe e todos acreditavam que ele havia ficado rico, porém, com o passar do tempo não conseguiu enviar mais.

Na cidade grande, Nelo perdeu a mulher e os filhos para Zé do Pistom e, protagoniza um dos capítulos mais dramáticos do livro.
Vinte anos depois de ter saído do Junco, sozinho e sem dinheiro Nelo volta para a o sertão. Não resiste ao fracasso pessoal e acaba tirando a própria vida, e de certa forma dando fim ao sonho de todas aquelas pessoas que anseiam em um dia partir daquele lugar.

Totonhim, o irmão mais novo é quem narra a maior parte da história e mediante lembranças, e relatos iremos conhecer os habitantes do Junco e o sofrimento causado pela migração e suas consequências na vida do ser humano.

É possível afirmar que Essa Terra é uma obra de caráter autobiográfico, visto que, Antônio Torres viveu uma trajetória semelhante a do personagem Nelo, migrando para São Paulo aos vinte anos de idade.

Nesse livro, Antônio Torres aborda aspectos culturais, políticos, econômicos e sociais que nos remetem a história das pequenas cidades do sertão brasileiro, as quais são abandonadas pelos governantes sem nenhuma estrutura, sem apoio, sem esperança.

E diante de tanta escassez acompanhamos a triste situação do pai que pega dinheiro emprestado em uma instituição financeira e quando termina o prazo para pagar, este se ver obrigado a entregar a valor irrisório sua propriedade a qualquer um, para que não seja “tomada” pelo banco.

A obra Essa Terra está dividida em quatro partes: Essa Terra me chama, Essa Terra me enxota, Essa Terra me enlouquece e Essa Terra me ama.
Com uma linguagem simples, Antônio Torres cria um romance que irá tocar o leitor, ao abordar o drama do nordestino que precisa sair de sua terra em busca de condições de sobrevivência.

Eu me identifiquei muito com esse livro, pois também sou do interior da Bahia e me lembro de ter presenciado, mesmo que ainda muito pequena, meu pai ter que viajar para São Paulo de duas a três vezes ao ano para poder sustentar a família. Além disso, várias passagens do livro me traz a lembrança histórias que familiares e conhecidos relatam ter presenciado como o fato da iluminação pública que era desligada às vinte e duas horas, sobre o vendedor de remédios (não era farmacêutico) que dava diagnósticos e medicava a todos.

Eu indico esse livro a todos que apreciam a Literatura nacional e a quem se interessar em conhecer um pouco mais sobre a cultura nordestina.

site: https://literaturapresente.com/resenha-essa-terra-antonio-torres/
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Leila de Carvalho e Gonçalves 09/12/2017

Traços Autobiográficos
?Essa Terra" é um romance com traços autobiográficos, a medida que seu autor, Antônio Torres, ao relatar o impacto da cidade grande sobre o imigrante nordestino, aborda sua própria trajetória. Nascido em Junco, interior da Bahia, ele sofreu a mesma experiência de suas personagens que migraram para Sul atrás de melhor sorte.

Com uma tiragem modesta, a obra foi publicada originalmente em 1976 e daí em diante, tem passado por constantes reedições, prova da incontestável qualidade literária.

A saga de Nelo, filho primogênito de uma pobre família camponesa, gira em torno de seu retorno à cidade natal, após viver durante muitos anos em São Paulo. A imagem do homem próspero e vitorioso, na verdade, esconde sua expulsão do Paraíso, após virar pó todos os seu sonhos.

Trata-se de um relato fustigado pelo calor e cozido sob o Sol, conduzido por Totonhim, o irmão mais novo. A leitura atravessa rápida as cento e cinquenta páginas e já dá saudades, quando vai se aproximando do final.

Enfim, esse pequeno romance é um clássico de nossa literatura contemporânea em que Torres, mestre da linguagem, soube capturar a alma do sertanejo e conquistar quem crê que "essa terra" é de todos nós.
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Mr. Jonas 05/02/2018

Essa Terra
A história tem seu início com o relato da lembrança de Totonhim, o narrador da história, a cerca do retorno do irmão Nelo ao Junco, uma pequena cidade do interior da Bahia onde moravam. O irmão havia fugido para São Paulo em busca de melhores condições de vida.
A condição da família era de extrema pobreza, principalmente quando se mudaram para Feira de Santana em busca de estudo para os filhos. A princípio, Nelo mandava dinheiro para a mãe, mas, com o tempo, não mandou mais. Por morar em São Paulo, toda a família acreditava que Nelo estava rico. Mas ele retorna fracassado.
A família era composta pelos pais e doze filhos, mas apenas três permaneceram em Feira de Santana com a mãe, o pai não achava importante o estudo e ficou um bom tempo sozinho no Junco, os outros irmãos estavam espalhados. A mãe falava de Nelo de forma carinhosa, diferente dos outros irmãos. Totonhim havia saído de Santana e voltou para a roça para morar com o avô.
Um dia, Nelo se embebedou e enquanto o irmão o ajudava, contou-lhe a trágica história de como perdeu os filhos e a mulher para um primo e ainda foi espancado pela polícia. Dias depois, Totonhim foi chamar Nelo para ir tomar banho no rio e encontrou-o enforcado, pendurado numa corda no armador da rede.
O pai é quem constrói o caixão, pois era carpinteiro. Enquanto isso, ele recorda suas desgraças, lembra-se de como perdeu as terras para o irmão e ficou sem nada. Totonhim faz uma reflexão sobre quem ele é e também relembra suas desgraças. A mãe começa a dar sinais de loucura com a morte do filho no qual depositava todas as esperanças. O romance termina com a internação da mãe, o enterro de Nelo e a partida de Totonhim para São Paulo.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 21/05/2018

Traços Autobiográficos
"Essa Terra" é um romance com traços autobiográficos, a medida que seu autor, Antônio Torres, ao relatar o impacto da cidade grande sobre o imigrante nordestino, aborda sua própria trajetória. Nascido em Junco, interior da Bahia, ele sofreu a mesma experiência de suas personagens que migraram para Sul atrás de melhor sorte.

Com uma tiragem modesta, a obra foi publicada originalmente em 1976 e daí em diante, tem passado por constantes reedições, prova da incontestável qualidade literária.

A saga de Nelo, filho primogênito de uma pobre família camponesa, gira em torno de seu retorno à cidade natal, após viver durante muitos anos em São Paulo. A imagem do homem próspero e vitorioso, na verdade, esconde sua expulsão do Paraíso, após virar pó todos os seu sonhos.

Trata-se de um relato fustigado pelo calor e cozido sob o Sol, conduzido por Totonhim, o irmão mais novo. A leitura atravessa rápida as cento e cinquenta páginas e já dá saudades, quando vai se aproximando do final.

Enfim, esse pequeno romance é um clássico de nossa literatura contemporânea em que Torres, mestre da linguagem, soube capturar a alma do sertanejo e conquistar quem crê que "essa terra" é de todos nós.
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Adriana 02/06/2020

O livro fala de muitos dramas familiares que muitas sofrem no interior da Bahia. Pobreza, seca, fome, violências, sem muitas expectativas de vida que passa de geração a geração. Os que conseguem ir para uma cidade grande podem ter uma vida muito, outros podem passam por ainda mais dificuldades e retornam a sua cidade natal.
Uma triste realidade brasileira.
O livro não segue uma ordem cronológica dos fatos, o leitor precisa lê-lo com muita paciência e atenção para e entender o que está acontecendo.
Uma leitura obrigatória!
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Julslimas 11/08/2020

Essa Terra
O personagem sai do Junco e vai para São Paulo, chegando lá, sofre preconceito, come o pão que o diabo amassou, ele não consegue se sentir pertencente, quando Volta para sua terra, não se sente pertencente, não é o cara que se encaixa em São Paulo e também não se encaixa mais na sua terra, por ter conhecido o mundo, e agora sou de onde?
O livro em si fala sobre pertencimento, desconstrução da identidade.
Somos quem somos graças a construção de nossas vidas.
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