Essa terra

Essa terra Antônio Torres




Resenhas - Essa terra


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Layla.Ribeiro 04/11/2022

Uma grande obra baiana, nordestina, brasileira.
Esse é o tipo de leitura que não promete nada e entrega tudo, com apenas um evento específico o enredo consegue se desenvolver de maneira absurda e profunda, a escrita do autor poética e que foge de alguns padrões torna essa obra majestosa, por a narrativa não obedecer a uma ordem cronológica ou linear, além de trazer alguns fluxos de consciência podem trazer confusão inicialmente ao leitor, porém não demora de acostumar-se com esse jeito do Torres de escrever, destaco também a profundidade que o autor desenvolveu os personagens secundários, a mãe e o pai do narrador. A estória é baseada na vida pessoal do autor e se passa no povoado de Junco, atual cidade de Sátiro Dias na Bahia, no sertão, portanto encontro uma Bahia representada no livro diferente daquela que se tem costume, o que mostra o quão diverso é esse Estado, gostei muito de ver cidades que eu conheço citadas nesse livro, como Alagoinhas, Irará, Candeias e Feira de Santana, porém Torres me deixou curiosa para conhecer o Junco.
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Ju 22/06/2022

Me surpreendeu da melhor forma possível!
Essa terra é um clássico brasileiro, que se passa e é retratado na cidade do Junco, no interior da Bahia. Algumas cidades vizinhas também são citadas, como Alagoinhas e Feira de Santana. A história se faz em torno de uma família de 12 filhos, criados no junco, com uma vida nada fácil, e que se mudam para Feira de Santana, para uma vida ainda mais difícil e miserável. Totoinhim o narrador-personagem, mora no presente momento da narração no Junco, e seu irmão mais velho, Nelo, se mudou para São paulo, pra tentar a vida no Sul, não sendo nada como esperado. Nelo, que resolve fazer uma visita a Junco, sua cidade natal, tira sua própria vida em sua terra, enforcado. A partir disso a história é narrada em torno desse acontecimento, com situações passadas e presentes sendo descritas, com um sofrimento de uma família e a amigos da cidade por essa perda.

Essa terra me surpreendeu MUITO. A escrita de Antônio Torres é impecável. Foi o meu primeiro livro do autor, li apenas por conta de um vestibular que irei fazer e essa é uma das leituras obrigatórias, mas, com certeza procurarei outros livros do autor para me aprofundar na narrativa impecável que ele possui.

Dei 4,5 estrelas somente porque em alguns momentos me perdi em quem estava narrando o capítulo, o que de maneira nenhuma vejo como um problema da obra, apenas foi mais complicado PARA MIM. Fora isto daria 5 estrelas tranquilamente. RECOMENDO MUITO.!!
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Leonardo 04/07/2011

Disponível em: http://catalisecritica.wordpress.com

Há alguns anos, após a leitura de diversos títulos relacionados à seca no nordeste (puxando da memória, que não é muito boa, lembro de Vidas Secas, São Bernardo, Grande Sertão: Veredas, O Quinze, Essa Terra, Os Sertões, Sargento Getúlio [que não é sobre a seca, mas é sertanejo demais]), avivou-se em mim a velha chama, um apego à terra, o “orgulho de ser nordestino”. Quando era criança (e início da adolescência) não cheguei a sofrer como sofrem os personagens desses livros com a seca, mas sentia bem claramente as consequências dessa agente climático tão inclemente. Foram muitas as viagens com uma carroça puxada por um burro para pegar água em fontes, em poços artesianos. Muita roça que não deu o que era para ter dado. Muitas horas sob o sol “puxando terra pros pés”.

Por conta de uma ideia dada por um professor de Filosofia para o meu mestrado no PRODEMA (mestrado em Meio Ambiente da UFS, para quem não está ambientado), acabei voltando ao tema. A ideia dele, muito boa, aliás, envolvia Os Sertões, de Euclides da Cunha. Somado a isso, vi, em algum programa sobre literatura, que este ano era o centenário de Rachel de Queiroz, e resolvi reler O Quinze, que foi, aliás, o primeiro livro que comprei na vida, acho que em 1993.

Chegando a Brasília, surgiu a vontade de revisitar essas leituras da minha infância/adolescência, já que estaria em um grande sebo, com um enorme acervo. Comprei então Essa Terra, de Antonio Torres, que já havia lido, certamente, mas de cuja história não lembrava de ABSOLUTAMENTE NADA. Incrível como isso pode acontecer.

Lendo o livro como se o fizesse pela primeira vez, foi fundamental já ter lido Faulkner, já ter lido Enquanto Agonizo, de Faulkner, para ser bem exato.

Antonio Torres não esconde a influência do escritor americano. Não sei se o meu foco foi parcial, mas o que li foi um Enquanto Agonizo do nordeste.

Claro que isso é simplificar as coisas. Não conheço a obra de Antonio Torres, só este livro mesmo. Mas a temática de Enquanto Agonizo está lá:

Uma família se despedaçando, uma morte, uma narração meio insana, PERSONAGENS meio insanos, muito, muito regionalismo e, para completar, alguém faz um caixão. Este último elemento, ao meu ver, é uma homenagem de Antonio Torres à obra de Faulkner.

Engraçado que ao final da edição que li há um artigo escrito por uma professora de Literatura Brasileira em uma Universidade de Portugal, analisando a riqueza do romance, como ele aproveita e reconstrói todo o mito do sertanejo, a temática da seca etc. E ela não faz nenhuma menção a Faulkner!

Sem dúvida ela reconheceu essa ligação, mas seu foco estava na literatura do nordeste, literatura brasileira.

Ei! Era para falar do romance, afinal de contas!

A história é curta, mas não menos complexa. Uma família no sertão da Bahia às voltas com os problemas típicos da região, em especial a falta de dinheiro, vive a novidade do retorno, após vinte anos, do filho mais velho. Ele…

Esse primeiro fato importante do livro, contado ainda no início, dá toda a tonalidade da história, e sinto muito, mas não vou revelá-lo. Descubram por si mesmos!
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Bia 17/06/2022

Livro extremamente confuso, muitas mudanças de pontos de vista que te perdem na leitura, falta de estratégias para deixá-lo mais entendível. Li por obrigação e não leria de novo.
Recomendo: não
João. Vitor 05/01/2023minha estante
concordo totalmente contigo! acabei ele agora e não entendi basicamente nada da historia devido a essas mudanças de perspectiva. só me obriguei a ler porque está na lista do vestibular que vou prestar.




Julslimas 11/08/2020

Essa Terra
O personagem sai do Junco e vai para São Paulo, chegando lá, sofre preconceito, come o pão que o diabo amassou, ele não consegue se sentir pertencente, quando Volta para sua terra, não se sente pertencente, não é o cara que se encaixa em São Paulo e também não se encaixa mais na sua terra, por ter conhecido o mundo, e agora sou de onde?
O livro em si fala sobre pertencimento, desconstrução da identidade.
Somos quem somos graças a construção de nossas vidas.
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Catarine.Nasciment 14/04/2012

Triste, confuso e totalmente real
Para ler esse livro esteja com total paciência e atenção.Há muitas mudanças repentinas de falas e acontecimentos, sem sequência certa.

Apesar de deixar o leitor meio confuso, o leitor acaba entendendo e percebe como é a realidade do interior de estados nordestinos é triste e pobre. A história se passa no interior da Bahia, em Junco( hoje Sátiro Dias) que mostra uma família pobre em que um dos seus filhos vai embora pra São Paulo e consegue subir na vida, depois ele volta pra sua cidade natal arrasado e sem nada onde se mata. Nessa família as filhas:Uma foge, outra engravida,apanha ou é assassinada pelo marido. A mãe acaba ficando louca e o pai perde tudo pro banco por causa dos empréstimos.
Totonhim é o narrador uma dos filhos dessa família que também vive numa pobreza sem fim.

Toda essa história relata como para sobreviver muitos tem que ir a outro estado para tentar melhorar de vida, porque cidades pequenas não tem condições das pessoas se melhoram de ganharem dinheiro. A vida é dura e os destinos sempre previsíveis.

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fabioabu 15/04/2014

Um tapa na cara!
Esse livro é foda, um tapa na cara, sentimentalismo puro, a ranhura do nordeste...
O autor não segue uma linha cronológica e você sai quicando pelas dores e conceitos de vidas ricas e confusas.

!
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Gle 05/07/2022

Essa Terra
"Quem chora, sofre tudo de uma vez e o sofrimento logo passa. Quem não chora, fica com toda a tristeza atravessada na garganta."
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Gabi 15/12/2022

Loucura
À primeira vista, a leitura foi bem tumultuada, acho que não tirei o total proveito da história. Provavelmente a linguagem do autoe ainda seja complexa pra minha interpretação.
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Rebeca 17/07/2022

Muito bom
Gostei muito do retrato que fizeram do sertão da Bahia e também das dificuldades e muitas coisas da época tbm. Só não dei 5 estrelas porque teve trechos que eu achei muito confuso sobre quem era o narrador, mas tirando isso foi excelente
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Bia.teca 30/06/2022

GATILHOS: ASSASSINATO, MORTE, DOENÇA E PODE CONTER OUTROS, CUIDADO!!!

Gostei demais desse livro, tem partes que são delírios da mãe doente, então tem que ler com calma pra conseguir se situar, mas tudo é muito interessante, a forma que o autor trouxe é extraordinário, além de ser muito real (o que muitas vezes é até pesado, então cuidado com os gatilhos), mas, sério, muito bom! Leiam!!
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Iza 15/08/2022

comecei a ler por causa do vestibular, mas ficou muito em cima e acabei vendo alguns resumos para fazer a prova. Apesar disso, a parte q eu tinha lido me deixou curiosa e com vontade de terminar e aí continuei até o fim. Não é o tipo de livro que costumo ler, mas gostei bastante de como as vivências recorrentes na região são abordadas
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TainA.Micaellen 04/09/2015

Leitura por necessidade mas é interessante ver os regionalismos intrinsecos no enredo.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 09/12/2017

Traços Autobiográficos
?Essa Terra" é um romance com traços autobiográficos, a medida que seu autor, Antônio Torres, ao relatar o impacto da cidade grande sobre o imigrante nordestino, aborda sua própria trajetória. Nascido em Junco, interior da Bahia, ele sofreu a mesma experiência de suas personagens que migraram para Sul atrás de melhor sorte.

Com uma tiragem modesta, a obra foi publicada originalmente em 1976 e daí em diante, tem passado por constantes reedições, prova da incontestável qualidade literária.

A saga de Nelo, filho primogênito de uma pobre família camponesa, gira em torno de seu retorno à cidade natal, após viver durante muitos anos em São Paulo. A imagem do homem próspero e vitorioso, na verdade, esconde sua expulsão do Paraíso, após virar pó todos os seu sonhos.

Trata-se de um relato fustigado pelo calor e cozido sob o Sol, conduzido por Totonhim, o irmão mais novo. A leitura atravessa rápida as cento e cinquenta páginas e já dá saudades, quando vai se aproximando do final.

Enfim, esse pequeno romance é um clássico de nossa literatura contemporânea em que Torres, mestre da linguagem, soube capturar a alma do sertanejo e conquistar quem crê que "essa terra" é de todos nós.
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Mr. Jonas 05/02/2018

Essa Terra
A história tem seu início com o relato da lembrança de Totonhim, o narrador da história, a cerca do retorno do irmão Nelo ao Junco, uma pequena cidade do interior da Bahia onde moravam. O irmão havia fugido para São Paulo em busca de melhores condições de vida.
A condição da família era de extrema pobreza, principalmente quando se mudaram para Feira de Santana em busca de estudo para os filhos. A princípio, Nelo mandava dinheiro para a mãe, mas, com o tempo, não mandou mais. Por morar em São Paulo, toda a família acreditava que Nelo estava rico. Mas ele retorna fracassado.
A família era composta pelos pais e doze filhos, mas apenas três permaneceram em Feira de Santana com a mãe, o pai não achava importante o estudo e ficou um bom tempo sozinho no Junco, os outros irmãos estavam espalhados. A mãe falava de Nelo de forma carinhosa, diferente dos outros irmãos. Totonhim havia saído de Santana e voltou para a roça para morar com o avô.
Um dia, Nelo se embebedou e enquanto o irmão o ajudava, contou-lhe a trágica história de como perdeu os filhos e a mulher para um primo e ainda foi espancado pela polícia. Dias depois, Totonhim foi chamar Nelo para ir tomar banho no rio e encontrou-o enforcado, pendurado numa corda no armador da rede.
O pai é quem constrói o caixão, pois era carpinteiro. Enquanto isso, ele recorda suas desgraças, lembra-se de como perdeu as terras para o irmão e ficou sem nada. Totonhim faz uma reflexão sobre quem ele é e também relembra suas desgraças. A mãe começa a dar sinais de loucura com a morte do filho no qual depositava todas as esperanças. O romance termina com a internação da mãe, o enterro de Nelo e a partida de Totonhim para São Paulo.
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