Ao Farol: To The Lighthouse

Ao Farol: To The Lighthouse Virginia Woolf




Resenhas - Rumo ao Farol


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Mariana Rodrigues 08/12/2023

Ao Farol
Sra. Ramsay, uma mulher madura, bela, maternal e serena; sr. Ramsay, um renomado e árido filósofo; os filhos e criados do casal; Lily Briscoe, amiga da família e aspirante a pintora. Todos estão passando o verão na Ilha de Skye, na Escócia, cercados por outros amigos e conhecidos. James Ramsay, de seis anos, anseia por um prometido passeio ao farol da ilha, enquanto recorta figuras de um catálogo na companhia da mãe. Com essa cena de abertura, em si trivial, Virginia Woolf construiu um dos mais influentes romances do século XX, segundo críticos e leitores. Publicado em 1927, Ao Farol é um romance rico, multifacetado, cujos vários e combinados aspectos compõem a marca da grande obra-prima. Por um lado, representa ricamente seu tempo, revelando a vida de uma família inglesa abastada, a ameaça soturna da guerra, a tensão subjacente às relações familiares e os conflitos entre homens e mulheres; por outro lado, constitui-se numa delicada e pungente filigrana ficcional, sobre a inevitabilidade da passagem do tempo e da morte; propõe uma jornada ao interior da consciência dos personagens, num novo estilo narrativo; e, por último, como é próprio das grandes realizações artísticas, reflete sobre a própria natureza da arte.
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Bruna 07/12/2023

Não foi o melhor livro deste ano. A escrita passa a fazer sentido la na frente. Ainda irei ler outro livro da autora para dizer o que acho. Mas neste? Temos a reflexão de lembranças do nosso passado e como as vemos hoje.
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iaia 03/12/2023

Pqp
🤬 #$%!& 🤬 #$%!& 🤬 #$%!& que passagens bonitas, que lindo. um pouco difícil sim de ler, mas vale a pena se a alma não é pequena :)
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Ly. Su 08/11/2023

"ramerrame do cotidiano"
Fica difícil falar de "Ao Farol" sem estragar a surpresa de quem ainda não leu. Vou me conter.
Magnífico. Assim classifico.
A narrativa de V.W. é minuciosa, com o propósito de fazer a cena ser mais realista possível. Cada detalhe narrado foi sentido, até a expressão facial, como os movimentos do corpo... Meu Deus! Que riqueza!
Sentimentos ocultos, momentos de paz, agonias, memórias, alegrias e tristezas, inseguranças mascaradas, dores, amores e muito mais...
Momentos preciosos da vida cotidiana " [...] tal como um viajante [...] olhando para fora pela janela do trem, que deve olhar agora, pois ele nunca mais verá aquela vila, ou aquela carroça, ou aquela mulher trabalhando no campo." (p.167)
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Ela, poética 18/10/2023

O fluxo de consciência poético
As primeiras 70 páginas são mais difíceis para quem não está tão familiarizado com o fluxo de consciência; pode-se ficar perdido nos personagens. Para quem já está familiarizado ou após insistir um pouco mais e se familiarizar, tudo fica perfeitamente claro. Os pensamentos voam de cabeça em cabeça, personagem a personagem, e fazemos uma viagem dentro da psique humana. Nos identificamos com pensamentos corriqueiros e ficamos perplexos com a poesia que existe nos diálogos mais simples da vida. Mais que um romance moderno, um romance poético; profundo e denso.
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Lara 15/10/2023

Ao princípio senti a narrativa caótica e pensei que não conseguiria acompanhar, mas ao persistir mergulhei na profundidade narrativa de Virginia, magnífica.
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Mari BT 12/10/2023

Perecemos, cada qual a sós
Essa obra é escrita, em sua maior parte, com base nos pensamentos e reflexões dos personagens e tem mudanças de ponto de vista o tempo inteiro. Então pode ser um pouco confuso as vezes. Não é um livro para ?passar o tempo?, é um livro que precisa de atenção ao ser lido, para que as mensagens dentro dele sejam captadas. É muito interessante descobrir, ao final do livro, no posfácio, o quanto da própria autora tem em cada personagem, o quanto dela mesma está incluído ali, mesmo que de maneira singela. E isso torna o livro ainda mais pessoal e íntimo. Me senti perdida umas 2x durante a leitura, mas gostei!
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Alexsander.Rosa 11/10/2023

Ainda que tudo o mais sucumba e desapareça, o que há aqui é inabalável
A sensibilidade que Virginia Woolf tem em sua escrita é um deleite para qualquer leitor. A forma como ela transforma situações cotidianas em assuntos profundos e complexos colocam-na no mais alto nível de escrita.
"Passeio ao Farol" traz uma história melancólica, mas bela. São tantas reflexões que ele proporciona que fica difícil organizar as ideias.
A primeira parte deste livro, denominado "A Janela", apresenta os personagens e, mais do que isso, mergulha em cada um deles por meio de um fluxo de consciência que tornou a obra da autora tão característico. Esta parte é praticamente a metade do livro e narra um dia dessa família e seus convidados.
A segunda parte, "O tempo passa", foi um choque, pelos eventos que acontecem, a forma que ocorrem e o tempo que se passa e a rapidez com que são narrados. Virginia consegue nos mostrar como um instante pode ser infinito em nossas vidas, mas uma vida é o máximo que vivemos, e ela passa rápido.
A terceira parte é o tal passeio ao farol, e a tristeza que eu sentia lendo cada página não pode ser descrita. Eu ficava lendo cada personagem, e você sente a falta da sra. Ramsay, e, ao mesmo tempo, sente ela sempre presente, e ao mesmo tempo tão ausente.
O quão seremos lembrados no futuro? Pela arte, pela pintura, pela marca que deixamos, mas, também, pelos corações que conquistamos, para aqueles que amamos nossa memória será bem preservada e proliferada.
E em meio a tantas tristezas e melancolias, haverá sempre uma luz para nos iluminarmos, mas será, afinal, possível chegar à fonte? Será possível buscar a fonte da luz, e, para chegarmos lá, viveríamos nossas vidas felizes? Vale a pena sonhar e se esquecer de viver?
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LuMaia 01/10/2023

"Ao Farol" se revelou, sem dúvida, a leitura mais desafiadora da minha vida. Houve momentos em que eu pausava e me perguntava: “será que eu sou burra?”. A segunda parte, em particular, foi uma verdadeira montanha-russa. No entanto, quando consegui encontrar o fio condutor, me vi apreciando a história. Talvez, em algum momento no futuro, eu possa revisitá-lo e compreender completamente a mensagem que a autora queria transmitir.
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Matheus.Lima 22/08/2023

O indivíduo do século XX em "Ao farol"
Mas ir ao farol para quê? Por quê? Dar uma meia grená ao filho do faroleiro e trazer "a eles todo o e qualquer conforto possível", dirá a Sra. Ramsay. Para James "um êxtase extraordinário" ir ao farol, uma "maravilha". Tudo isso inicia a parte I chamada "A janela".

Então, tudo está posto: ir ao farol, eis o grande objetivo do livro no seu plano externo. Porque se você pensar, por exemplo, em Dantès de "O conde de monte cristo" ou qualquer livro da Jane Austen, há muitos eventos externos ocorrendo, mas não em "Ao farol". Um dia, uma noite, um simples passeio ao farol não são suficientes para dar conta de um romance da Austen ou do Dumas.
Em Virgínia, sim. Mas por quê?

A questão está no interno das personagens: monólogo interior, fluxo de consciência, discurso indireto livro... You name it, dear.

Paro o indivíduo modernista, Terry Eagleton nos lembra:"[...] a realidade não se desenrola de maneira ordenada". Esse mesmo indivíduo foi abalado, de acordo com Freud, com a ideia de que a terra não é o centro do universo; de que apesar de racional, ainda sim somos animais. Freud traz à luz a ideia de que o homem não tem controle de si mesmo.

Nesse contexto está inserido Virgínia e suas personagens. Elas estão abaladas pela terceira ferida narcísica.
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Luciano74 21/08/2023

Ao Farol
Meu primeiro contato com Virgínia Wolf me tirou da zona de conforto. Um estilo de escrita que, a meu ver, requer mais atenção e cuidado.

Li que Virgínia vê aquilo que nós deixamos passar, aquilo que é invisível a nós. E eu consigo concordar. A riqueza de detalhes e de conexões feitas durante a história são muito interessantes - e desafiadores.

Fico com a sensação de que Virgínia faz de nós, leitores, uma espécie de farol que ilumina em certo ritmo as profundezas dos personagens.

Os comentários apresentados nesta edição permitem um panorama do contexto da criação dessa obra prima - o que deixa a história ainda mais significativa.
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