Resenhas - Sob a Capa Vermelha

Rafa @paginasencantadas_ 04/09/2020

Uma das melhores fantasias nacionais que já li!
Nessa fantasia nacional, iremos conhecer Norina, uma jovem que nasceu na condição de uma Indomada: humanos com espíritos semelhantes à lobos, que podem ouvir por longas distâncias, sentir cheiros intensos e por vezes, serem extremamente perigosos quando ameaçados.

A jovem, que vivia em um velho casebre com a sua mãe adotiva, Ros, passou seus 15 anos inteiros confinada. Não poderia sair, pois sua pele extremamente clara e longos cabelos prateados logo denunciaram sua condição de Indomdada, e no reino de Tergaron esses seres não são tolerados, para eles é reservada a execução no fogo das Domas.

Aqui, a grande problema para a protagonista de inicia quando ela acorda e não encontra sua mãe em casa, logo percebendo um clima estranho, acaba recorrendo aos seus dons. É nesse momento que Norina se encontra diante de um dos seus maiores pesadelos, pois sua mãe está presa nas masmorras de um castelo e a jovem fará de tudo para recuperar ela, inclusive fingir ser alguém que ela não é.

?Aí é que morava o perigo: quando seu coração queria algo, tendia a fantasiar e modificar a realidade para tentar satisfazê-la. Sua cabeça e seu coração, todo o seu ser queria acreditar naquilo. Sua esperança desesperada transformava o talvez em sim, e isso era perigoso.?
Opinião

-Essa leitura foi uma grande descoberta para mim, pois eu nunca li nada semelhante! A autora nos brinda durante a leitura com muitas sensações, aqui senti medo, angústia, felicidade e tristeza. Os personagens não são perfeitos, cada um carrega um pouquinho das imperfeições que os tornam humanos, ou lobos.

- A leitura também traz muita
representatividade, e isso foi um dos pontos mais positivos que encontrei no enredo. Além disso, também gostei muito da construção da Personagem de Norina, embora no começo ela não demonstrasse de imediato a força e a coragem que ela tinha dentro de si.

Rafa03 27/07/2021

Sob a capa vermelha é um livro nacional, ele não é o que eu costumo ler. Achei ele muito confuso, só comecei a entender a história depois das 100 páginas e pra mim faltou um pouco de romance ( por mas que tenha no final do livro) muitas mortes, personagens que são citados mas não aparecem realmente na história, e a falta de diálogo entre os personagens muitas das confusões que acontecem foi por falta de interações entre os personagens, que acabavam se desentendo.E a pressão psicológica que a personagem principal sofre que acaba obrigando ela a fazer coisas não muito agradáveis.

Hell's 05/09/2022

Minha nossa, pense numa fantasia de respeito!
Vejo todo mundo falando que os personagens foram mal desenvolvidos, mas gente, o foco ali era a Norina, e eu achei um bom desenvolvimento, ela perdeu tudo o que ela amava, e ao mesmo tempo ganhou muito e perdeu a liberdade que tinha acabando de conseguir. É normal que ela acabe "amadurecendo" repentinamente, isso se chama trauma, e foi o que eu vi.
Viira, meu deus, como eu amo e odeio essa mulher, é literalmente a vilã perfeita, E EU VOU PASSAR PANO SIM SENHORA.
Dei 4 estrelas pq queria um epílogo contando como a Norina estaria no futuro, acho que mereço pelo menos uma cena dela feliz.

montenegro13 13/04/2022

Hum
O problema seria eu ter errado em ter criado muitas expectativas? Não encaixou nos meus gostos pessoais ou realmente é um livro ruim?

Bom, o desenvolvimento miserável das personagens e problemas do reino que não passavam credibilidade. Ademais, tivemos vilã e protagonista com potencial descartado. Para mim, a inexistente evolução de Nor foi a pior parte, pois é difícil seguir com uma história em que a protagonista não é o destaque e outras pessoas decidem como ela deve agir. Nor é submissa aos desejos alheios e sente repulsa de quem é até os momentos finais.

Só não larguei o livro nos primeiros capítulos, pois a autora criou elementos para sua fantasia interessantes, mas, infelizmente, não foram bem desenvolvidos.

carolduarte_b 11/03/2024

A princesa perdida da coitadolândia
Tive que dar um tempo para conseguir escrever essa resenha senão iria escorraçar esse livro do Oiapoque ao Chuí.

Esse livro é um grandessíssimo porre, não é atoa que estou tentando terminar ele desde 2021.

As primeiras 200 páginas não acontece absolutamente NADA. É uma chatice que só. Entendo que a protagonista teve uma vida difícil, em cativeiro e enclausurada, mas ninguém aguenta ler 360 páginas de autopiedade.

A mãe da querida foi sequestrada e tudo que ela consegue fazer é idolatrar aqueles que a sequestraram? Entendo que tem toda uma construção de que ela foi criada para idolatrar essa gente, todavia isso não foi bem desenvolvido e aí caímos em 200 páginas de nada até acontecer alguma coisa.

E aí a protagonista chega na sua terra natal e as coisas começam acontecer de uma maneira tão corrida, que não tem desenvolvimento de ninguém nem mesmo da própria. Aliás o que falar dos outros POVs??? Horríveis (pelos mesmo motivos).

E nas últimas 15 páginas a menina que odiava seus conterrâneos, do mais absoluto nada decidiu que deveria lutar por eles, que tinha honra e orgulho em ser princesa desse povo, que, diga-se de passagem, ela passou o livro inteiro menosprezando. Quando foi que houve essa virada de chave??? Eu lhe respondo, não houve. A autora só jogou esse novo traço de personalidade da rainha da coitadolândia como se fosse aceitável e condizente com o que aconteceu em todo o livro (e olha?. Te afirmo com toda certeza que não foi).

Se você quiser passar raiva, recomendo este livro.

byaoliv98 23/12/2018

Inteligente e bem pensado
O livro incomoda até leitores desatentos e preguiçosos com a inversão significativa de papeis que traz. Ao colocar uma sociedade negra no poder, com a normalização da presença lgbtq+ e deixar personagens brancos à margem da sociedade, o questionamento dos valores presentes na nossa sociedade e imediato. Aqui, gostem ou não, a vilã ocupa um lugar que antes pertencera apenas a homens brancos cis hétero, e essa troca, por si so, já traria horas de reflexão e conversa. Fora isso, um universo completamente diferente foi criado (e muito bem, inclusive. Parabéns à autora, foi um trabalho magnífico) com pluralidade de culturas e regionalidades bem marcadas, a criação de outro idioma e sua aparição ao longo do livro. Não é desenvolvido como Quenya nem Sindarin, mas da maior autenticidade para a história e as culturas ali presentes. Fora isso, plot muito bom, personagens secundários incrivelmente bem desenvolvidos (destaque especial ao Rolthan, um dos meus preferidos!) e uma criatividade nota mil! A presença do mapa ajudou demais a me localizar ao longo da história e, embora muitos critiquem as primeiras 60 páginas, pra mim foi muito útil levar esse primeiro momento com maior calma e atenção aos detalhes. Tornou a leitura do restante do livro muito mais fácil e gostosa, despreocupada até. No começo a personagem principal (Norina) me incomodou bastante, não sei se foi a intenção da autora, mas sua evolução até o final do livro me deixou bastante feliz. Gostei muito do final, que me surpreendeu bastante, e deixou aberto para algumas interpretações, coisa que muito me agrada. Nota 1000000000/10

Meire 07/01/2019

Interessante do começo ao fim.
Livro escrito com muito carinho e trabalho de pesquisa. O inicio do livro é difícil de entender, mas é aconselhável passar pelas primeiras páginas e conhecer o mundo da Norina e de todos os personagens deste livro.
No final posso dizer que ficamos esperando por mais linhas e mais informações, mas Norina e todos os outros personagens vão surpreender

Paloma 24/01/2019

fantasia nacional que merece atenção
É incrível como eu criei essa ideia na minha cabeça de que autores nacionais não são bons em ficção científica e fantasia. No primeiro gênero eu fui provada estar enganada com os últimos lançamentos de 2018. No segundo, eu fui provada errada com mais essa leitura nacional.
Esse livro junta uma série de elementos que já nos são conhecidos, mas ainda se transformou em algo original. A história conta a vida de Norina, que por anos viveu escondida, já que ter 'o lobo' em si a condenaria à morte. O lobo, no caso, vem de seu povo, que são capazes de se transformar em algo mais, algo selvagem.
Norina é apenas uma garota simples e medrosa que nunca teve contato com o mundo, mas os acontecimentos que a forçam a sair de seu esconderijo e seguir nessa perigosa viagem fazem que com que a menina tenha que amadurecer rapidamente. O processo de amadurecimento, as pessoas que conhece no caminho, as diversas intrigas políticas na qual está envolvida são elementos que cativam qualquer leitor.
Tenho que exaltar os importantes assuntos abordados na história. A diversidade, onde povos de diferentes raças encontram a mesma luz de protagonismo, onde os relacionamentos afetivos não veem gêneros e o amor é o mesmo para todos; o abuso sexual, a dominância masculina e a exaltação da força feminina; a religião e a busca pelo poder aliado à mesma.
Preciso falar mais? Uma fantasia nacional dessas merece a nossa atenção.

Paola66 08/02/2019

Meio contraditório....
Não é um livro ruim! Realmente foi uma leitura boazinha (eu não esperava nada mas também não me surpreendi)

Porém, em algumas partes houveram contradições à própria história que não fizeram sentido nenhum (nem para o objetivo do livro, acho); um exemplo é que, em determinada parte do livro, se diz que o povo do reino dos Indomados - ou homens-lobo - age como animais, tratando as mulheres como inferiores, quando isso acontece no reino dos Domados - ou sem-alma - da mesma forma! Alguém me explica! Se eu estiver errada me corrijam, mas que eu lembre coisas desse tipo acontecem pelo menos umas duas ou três vezes no livro, sem sentido nenhum..

Deixou um pouco a desejar, mas em geral foi um livro ok ¯?_(?)_/¯

Aline.Moreira 14/02/2019

Ideias interessantes
A estória do livro é bem interessante. Criou um mundo novo com base na clássica chapéuzinho vermelho. Só achei que a introdução levou muito tempo fazendo com que o final fosse corrido. E senti também que ocorreu uma mudança muito drástica das atitudes da personagem não demonstrando durante a estória a sua devida evolução. Para não estragar a leitura só vou dizer que de depressiva virou heroína em questão de poucos capítulos.

Laris 31/03/2019

Sob a Capa Vermelha | Mariana Vitória
Norina passou 15 anos confinada em um casebre, tendo por companhia apenas sua mãe, Ros. Desde nova, ela aprendeu que Ros fez isso para protegê-la, pois Norina é uma Indomada, o que significa que ela seria sentenciada à morte se soubessem da sua existência. Os Indomados são seres com habilidades especiais, mas Norina nunca conseguiu sentir orgulho do que é, ainda mais sabendo o quanto o povo de Tergaron abomina os Indomados.
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As coisas mudam completamente quando Viira, a Rainha de Tergaron, captura Ros, o que leva Norina a fazer um acordo com ela em troca da mãe.
Desesperada, Norina concorda em ir para Gizamyr, o reino além mar que cultua as Três Luas e é repleto de Indomados - que lá eles chamam de Homens-lobo -, e ser a parte central em um plano arriscado que pode dar muito certo ou muito errado. Mas o que ela descobre nas terras congeladas gizamyrianas acaba mudando tudo o que ela acreditava.
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Com uma leve inspiração em Chapeuzinho Vermelho, a autora trouxe o melhor que o gênero de fantasia tem a oferecer: um universo rico e bem desenvolvido, personagens profundos e uma trama cheia de reviravoltas que prende o leitor do começo ao fim.
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A escrita é incrível, a forma como a narrativa foi feita me agradou muito, principalmente por não se prender apenas à Norina, mas também ao demais personagens que de alguma forma foram importantes para a história, mostrando como a autora teve cuidado em pensar não apenas no background da protagonista, o que fez com que o livro ficasse ainda melhor. Outra coisa que eu gostei muito é que há bastante diversidade nesse livro, coisa que, infelizmente, não encontramos muito por aí.
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A história gira bastante em torno do amor entre mãe e filha (o que achei ótimo, pois sabemos como fantasias se prendem muito ao romance às vezes), e também das dificuldades de entender qual o seu lugar em um mundo dividido entre dois povos com tantas diferenças. Eu adorei conhecer a Norina e ver o caminho que ela percorreu da casinha em uma vila simples até às últimas páginas eletrizantes do livro. Sem dúvidas, Sob a Capa Vermelha está mais que recomendado!
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Nathalia.Sabino 10/04/2019

Ótimo reconto!
Este reconto do clássico “Chapeuzinho Vermelho” é sombrio, intenso e por muitas vezes angustiante. Mariana Vitória trançou um universo peculiar e original, criando como paisagem para história da personagem Nor um mundo rico de cultura, religião e costumes. Aos poucos fui sendo inserida nesse universo peculiar e quando me dei por mim estava devorando o livro. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀
Além de ser uma fantasia incrível, original e repleta de representatividade, a autora trouxe à tona muitas discussões como: violência sexual, machismo, imposição religiosa e preconceito. Mas o que de fato conquistou meu coração foi como a autora explorou a relação de afeto, lealdade e amor incondicional entre mãe e filha, de uma forma delicada e ao mesmo tempo visceral. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀
Recomendo “Sob A Capa Vermelha” para amantes de fantasia que buscam uma história sobre amor e sacrifícios em um universo sombrio e original.

Bá Feiber 26/04/2020

Este livro ainda não tem a fama que merece, é uma leitura totalmente nova e intrigante, recomendo!

Os Indomados, um dos povos do livro, me chamaram muito a atenção, achei inovador e diferente do que geralmente encontramos em livros de fantasia, me chamou muito a atenção.

A história do livro, os personagens, o ambiente, e principalmente a cultura, tudo me agradou muito, fiquei intrigada e curiosa todo o tempo da leitura.

Único defeito: a descrição do mundo e a história por trás dos personagens e dos povos do livro não me satisfez. Gostaria que tivesse sido mais aprofundado, para que a gente pudesse entrar totalmente no ambiente do livro. Foi a única coisa que me incomodou um pouco, o livro tem um potencial enorme para ser uma história diferente e cativante.

Esse livro me chamou a atenção, gostei de verdade, e ainda por cima, a escritora é brasileira!

Sinue.Carla 14/06/2020

Fluido
Um leitura fluída e agradável.
Um conto inteligente. Norina é uma menina pobre com sangue de lobo e passa sua infância presa em sua casa para não ser caçada e queimada em uma fogueira, sua unica parceira e protetora e Ros , uma camponesa que a cria desde pequena.A autora usa uma lenda urbana para trabalhar assuntos complexos como a intolerância. Esse livro é rico pois nós faz refletir em como o fanatismo cega e faz o ser humano ser capaz de atos tão cruéis.