As coisas

As coisas Tobias Carvalho




Resenhas - As Coisas


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Pedro Matias 27/10/2020

Um livro sobre personagens gays
É um livro de contos. Tem alguns lugares comuns e alguns estereótipos, mas alguns contos são realmente tocantes e conectam com experiências humanas e interessantes. Em alguns momentos, dá a impressão de ter sido um romance abortado a que foram reunidos alguns contos, dando origem ao livro.
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Nanda 09/10/2020

Fiquei decepcionada com esse livro, os contos são bem raso.
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Edinho 07/09/2020

Representatividade é a palavra do momento, e esse livro faz jus a isso. Se você busca literatura LGBTQ+, esse livro traz de forma a se ver e refletir, algumas histórias voltadas principalmente ao universo dos homens gays.
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Eduardo Silva 28/08/2020

Uauuu
É impressionante como o autor usa situações rotineiras e banais pra despertar emoções super intensas. E que escrita econômica, precisa e incisiva. A impressão é de um cirurgião abrindo a realidade com um bistorí.
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Ederson 25/07/2020

Contos habilidosos e personagens complexos
Que felicidade descobrir novos bons escritores, ainda mais quando são brasileiros! As Coisas é uma coleção de contos sobre a experiência da homossexualidade com grande habilidade do autor para o drama.
Não é intenção do autor reduzir o mundo gay ao sofrimento, como alguns o acusam aqui, mas sim de trazer histórias interessantes sobre personagens interessantes e complexos, inseguros, ora melancólicos, ora cheios de vida. Acredito que o conto metalinguístico Um Não Esquece o Outro é a apresentação perfeita que Tobias Carvalho poderia fazer para seu livro.
O autor também mostra uma habilidade incrível para a comédia, que ele consegue extrair dos momentos mais dramáticos e recorrentes que um jovem homossexual possa passar, como no conto Jung, em que um jovem e seu terapeuta tentam conversar a mãe sobre não ser problema algum ser gay. O Breu também é um outro conto divertido, desenvolvido em mistérios e humor, sobre um pai que encontra um pênis de borracha na sala quando chega em casa e começa a desconfiar primeiramente da esposa e filha.
Há contos sobre o vazio de sexos casuais, sobre a angústia de não ser aceito pelos pais, sobre a vontade de se declarar para o namorado, até contos que fogem da temática da sexualidade, como o do rapaz viciado em (furtos de) livros.
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Daniel 27/06/2020

"- Te cuida, guri. Daqui a pouco tu vira personagem.
- Tu não faria isso.
- Será que não?"

Cada conto tem sua peculiaridade, porém todos se entrelaçam de maneira única.

Real, contemporâneo e com situações que só quem viveu saberá sentir e reconhecer.
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Matheus Monteiro 15/04/2020

Retratos melancólicos de existências compartilhadas
"As Coisas" foi um livro que me assombrou, encantou e me fez pensar muito. Verdadeiro e cru em muitos contos ao falar do dia a dia urbano de jovens gays que se deparam com o vazio (ou não) dos apps de pegação, dos relacionamentos que não seguem a mesma lógica dos relacionamentos héteros, das descobertas, dos conflitos o livro traz nova óptica a imagens e sentimentos de muitos jovens gays. Não de todos, e acho que é errado acusar o livro de uma universalidade, até porque estamos falando da escrita de uma pessoa. O formato dos contos lembrou-me alguns contos de "O sol na cabeça" ainda que as experiências e temáticas sejam completamente distintas,mas há semelhanças no formato dos textos, recortes de polarids do dia a dia. Eu curti muito,mas também não deixei de pensar em quão triste algumas vezes é ser gay. Essa percepção já vem por experiências próprias e não sei se lê uma série de contos meio deprimentes ajudou muito. Fiquei pensando em como seria bom ver outras histórias, outras imaginações. "As Coisas" não deve ser por isso, cancelado ou anulado, apenas provoca questões a respeito de histórias.
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Rafael Mussolini 11/03/2020

As coisas
"As coisas$ de Tobias Carvalho (Editora Record, 2019) é o livro de estreia do autor e de cara foi vencedor do prêmio Sesc de Literatura de 2018. É gratificante ter acesso a uma obra como essa por diversos motivos, sendo alguns deles a percepção que através de muita resistência, novos autores estão sendo publicados e pelo fato de "As coisas" ser um livro que abraça a diversidade ao narrar histórias vividas por uma personagem gay de forma a contribuir com a representatividade no meio editorial. As vivências amorosas, sexuais, familiares e profissionais de um homem gay são contadas sem medo de demarcar nossa existência explorando aquilo que temos de comum e de peculiar ao fazer parte da comunidade LGBTQIA+. "As coisas" é um convite para ler com orgulho.


O Tobias Carvalho é de Porto Alegre, cursa Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e já participou de oficinas literárias. Ele chega nesse livro de estreia com uma grande potência ao nos apresentar uma literatura forte, realista e comprometida em contar histórias ainda negligenciadas pela nossa literatura.

Livros que se propõe a contar as histórias das ditas minorias, ainda são vistos como nichos dentro do mercado. Felizmente essa é uma realidade que vem mudando, porque a sociedade está em transição e aqueles a quem essas histórias se referem estão ocupando seus legítimos lugares de escritores das próprias narrativas, de donos de suas próprias histórias e dispostos a diminuir um enorme abismo criado pelos diversos tipos de preconceitos que assolam a sociedade.


Em "As coisas" quando Tobias Carvalho escreve sobre o descobrir-se gay, sobre o primeiro beijo, as primeiras relações, as vivências positivas e negativas com os familiares, sobre os amigos que muitas vezes se tornam referências de relação familiar, do uso dos aplicativos e primeiras vivências sexuais em saunas, banheiros, parques, ele está escrevendo sobre as histórias de milhares de pessoas que até então não se viam representadas na literatura. A importância da representatividade é algo inegável, pois uma tomada de decisão de representar ou não uma parcela da sociedade nas artes é uma tomada de decisão que ´pode contribuir com a invisibilização das pessoas, com a demonização de alguns corpos, com a  desumanização que é pai e mãe de tantas violências sofridas pela comunidade LGBTQIA+.

"As coisas" é um daqueles livros que falam sobre nós e que pode ser lido por qualquer um, pois nossas histórias também carregam todas as simbologias e reviravoltas que nos fazem humanos e partes de uma sociedade. Com nossas histórias também se aprende, se emociona, se mira e se surpreende. E nada melhor do que a literatura para tirar essas narrativas dos porões, das noções de pecado e colocar em palavras toda a potência e beleza de ser e estar no mundo com todas as cores.
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Rapha 14/02/2020

Um panorama real e moderno do universo gay
O universo gay está um pouco saturado de histórias de auto-conhecimento. Já sabemos o início da jornada, mas o que vem depois dela? É exatamente este o panorama mostrado pelos contos deste livro. Jovens homossexuais vivendo na era da modernidade. Um tempo de aplicativos de relacionamento, amores efêmeros e sentimentos complexos.
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Kaio Victor 03/09/2019

As coisas que me coisaram
As coisas que o Tobias Carvalho escreveu são coisas meio similares as que eu vivi, há coisas que meus amigos viveram e vieram me contar. São coisas que uma parcela da sociedade não vê com bons olhos, mas outros vêem, outros fazem, fizeram e farão.
Há cada conto encontramos o eros, a literatura, algumas cervejas, envolvidas em um a cenário de solidão, encontros, desencontros, de relacionamentos reais sem as idealizações ficcionais e as possibilidades do que se pode fazer para conseguir gozar em Porto Alegre.
Eu, ao finalizar a leitura do primeiro conto, resolvi dar um super like nessas narrativas, pois elas conseguiram fugir da forma habitual das estórias homoeróticas masculinas, que sempre giram em torno da aceitação do outro e da busca pelo relacionamento não correspondido.
As estórias fugiram desse padrão- padrão que eu só vi um outro escritor gaúcho quebrar há algum tempo.- relatando as fodas marcadas pelo grindr, as frustrações com a acadêmia, mas também o proveito da liberdade, dos matchs e dates ocasionados por ela.
Não foi a toa estes contos serem premiados, pois essa linguagem consegue dialogar com os indivíduos homoeroticamente inclinados desses tempos de internet que querem literatura verossimilhante a sua vivência na contemporaneidade.
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Nanda 15/07/2019

As coisas
Fiquei decepcionada com esse livro, os contos são bem raso.
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Ivandro Menezes 06/07/2019

As coisas tão tão humanas
Os contos de As coisas, livro de estreia de Tobias Carvalho, giram em torno das desventuras e desafios amorosos e sentimentais de um jovem em tempos de poucos relacionamentos e inúmeras conexões.

São novos mecanismos de aproximação para satisfazer as velhas necessidades e demandas. Assim, narra as desventuras no Tinder e outros apps de relacionamento.

Em alguns contos há o uso e abuso da plasticidade do sexo, quase uma reconstrução imagética dos encontros e corpos. Noutros, há uma perspectiva mais afetiva, sentimental. E em todos, há uma presença melancólica das ausências e desejos.

Seus narradores, sempre no mesmo lugar de fala, dividem-se entre a vontade, a carne, o sexo e o sentimento, a entrega e o desejo de companheirismo.

As narrativas são, por vezes, interrompidas, criando vácuos, brechas, instantâneos. Desse modo, conservam e aprofundam o universo em que suas personagens transitam.

Tobias consegue construir um retrato fidedigno da excitação da juventude, da grandiosidade de o início da vida adulta (entre a independência das escolhas e a decência dos pais) e a intensidade adolescente ainda conservada. Todos os amores são intensos, todas as transas são alucinantes (e quando meia boca, já há um próximo na fila) e tudo é demasiado incompleto. E tudo isso é demasiado humano.
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Carlozandre 31/05/2019

As coisas como são
De tempos em tempos, um jovem escritor dá um passo à frente e invade a cena com um relato honesto e contundente de como as coisas são em sua geração (e em sua classe social): as dificuldades, a solidão e por vezes o vazio de ser ainda novo e estar construindo uma identidade que passa pela maturação de várias experiências intensas que são buscadas em um frenesi voraz.

Já foi assim com Noites do Bomfim, de Marcelo Carneiro da Cunha, nos anos 1980, e com Dentes Guardados de Daniel Galera, no início dos anos 2000. Não que houvesse semelhanças estilísticas ou até mesmo temáticas entre um e outro a não ser o retrato vigoroso das inquietações de uma época.

De certo modo, As Coisas, livro do escritor gaúcho Tobias Carvalho recentemente premiado na categoria conto do Prêmio Sesc de Literatura 2018 e que agora ganha edição pela Record, surge no momento preciso para se tornar esse tipo de livro. O volume reúne 23 contos retratando o cotidiano sexual e afetivo da homossexualidade masculina contemporânea. Ao fazer isso, casa muito bem, e com uma linguagem ágil e concisa, o que é específico do tema e o que é universal e recorrente.

As Coisas é composto de vinhetas que flagram aspectos diversos de um mesmo universo afetivo, o de uma geração crescida em tempos menos repressivos e vivendo em tempos ultraconectados em que a aproximação de um objeto de desejo pode ser tanto nos corredores da faculdade quanto no Tinder (ou Grindr, no caso). O conto de abertura, Como Bons Amigos, mostra dois amigos em um jogo reticente de sedução no qual o sexo pode vir a turvar a relação de amizade. As Coisas que a Gente Faz pra Gozar e 24 são variações sobre personagens lançando-se a empreitadas aventureiras para lutar contra o tédio por meio do sexo.

O conto Jung mostra a dificuldade de aceitação da homossexualidade de um filho por uma mãe, trabalhada em uma sessão de terapia - com o agravante de que a tal mãe ela própria tem formação na área de psicologia, e mesmo assim não se furta de reproduzir os mais rasteiros preconceitos contra a condição do filho. Sauna nº 5 é um conto erótico explícito.

Mais do que a simples temática, o que torna As Coisas um volume com boas histórias é sua linguagem urgente que não cede ao tacanho. Há também uma tensa construção que enriquece os subtextos e não entrega nada de bandeja.
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Nanda 26/05/2019

Ótimo para começar a ler contos
Nesse livro, o autor trata de temas da comunidade gay principalmente, ele procura mostrar a parte não contada nos atuais livros LGBTs, que é sobre a não romantização dos personagens por serem gays . Ele apenas relata a vivência e até o apetite sexual que podem ter, mesmo sem não ter um romance e não se apaixonarem. O prêmio Sesc de literatura 2018 foi muito merecido
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