ANDER CELES 28/12/2021
A Seleção Natural são os robôs da nossa Matrix...
Esse é muito interessante para budistas e não budistas.
Para budistas, é um livro que traz muitos termos e expressões que fazem parte do budismo raiz mesmo, como dukkha, algo sempre recorrente no que é discutido no livro. Isso é um exemplo, mas existem muitos outros, como as Quatro Nobres Verdades ou o Caminho do Meio. Pra quem já está familiarizado com esses termos, a leitura soa bem fluída. Mas para quem não está, o autor dá explicação sobre esses termos.
Para os não budistas, o livro realmente dá uma lição sobre como ter uma vida mais calma, mais tranquila. E isso é uma proeza que esse livro consegue como poucos. Ele sabe falar com seu público, sabe expor suas ideias.
Pra mim, um dos maiores méritos do livro é a comparação que ele faz com o filme Matrix, e que permeia as ideias do livro ao longo dele. Essa analogia é feita dos robôs do filme com a Seleção Natural, na qual estamos inseridos. A analogia é perfeita e o autor encaixa tudo muito bem. Só lendo pra entender.
Acho que tem uma ou outra parte do livro que parece muito técnica, muito científica demais, quando explica alguns conceitos do cérebro. Confesso que ali dei uma viajada.
Mas de resto, o livro é muito bom. E é um refresco dentro da seara que são os livros de autoajuda que navegam, navegam e não saem do lugar. E não pode ser lido rapidamente. Nem acho que a leitura que eu fiz foi a mais adequada, apesar de ter parado em muitos momentos para pensar sobre o que o autor tava falando, pra marcar muitas partes do livro. É uma leitura pra ser feita em pequeninas partes, durante muitos dias. Um dia, relerei.