Canaã

Canaã Graça Aranha




Resenhas - Canaã


38 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


naluisa 17/05/2022

Que leitura DENSA!!
Não sei como dar nota pois eu li por pura obrigatoriedade. A obra é realmente incrível e trás a visão da época sobre debates raciais, a hipocrisia da sociedade, corrupção, abuso de poder público e a constante busca por uma identidade nacional. As partes que retratavam discussões políticas eu achei extremamente confusas, com palavras rebuscadas e o narrador se referia a eles utilizando cargo, nacionalidade, nome ou outra característica o que tornava ainda mais difícil de acompanhar os diálogos. O livro é realmente muito marcante, é uma leitura que você jamais será capaz de esquecer. As cenas de crueldade e abuso eram desenvolvidas de uma forma extremamente descritiva, foi muito desconfortável de ler. As discussões eram realmente monólogos pautados na filosofia que o autor queria passar de cada personagem o que tornava a leitura maçante e cansativa. Acho importante pautar também que, depois que você analisa que as falas do Milkau, apesar de representarem a confiança no futuro do Brasil e do amor, ele tinha sim um pensamento racista, pois ele nunca acreditou que o povo brasileiro em si fosse evoluído e capaz, ele via como primitivos e sempre se referia dizendo que precisava de uns ajustes e da ajuda do povo europeu, o povo evoluído.
comentários(0)comente



Elis 06/05/2022

Surpreende
Lendo pro vestibular me deparei com essa obra incrível do meu conterrâneo Graça Aranha. A obra retrata diferenças raciais e sociais no antigo Brasil. Recomendo essa leitura a todos, simplesmente maravilhosa.
comentários(0)comente



Isa 04/03/2022

Obra literária para a UEMA 2022
Canaã conta a história de Milkau e Lentz, dois jovens imigrantes alemães que se estabeleceram no Porto do Cachoeiro. Amigos e Rivais. Enquanto isso, Milkau é sobre fusão e paz, apreciando o novo mundo, e Lentz é sobre conquista e guerra, pensando no dia em que a Alemanha invadiu e conquistou aquela terra. No entanto, os dois lados estão unidos, trabalhando juntos nesta terra e prosperando. Mais tarde, aparece Maria, filha de imigrantes empobrecidos, abandonada quando seu protetor morre e deixa o que acredita ser o amante de seu futuro marido. [*****], considerada louca e prostituta, chegou a ser salva por Milkau antes de ser rejeitada pela igreja, certa vez conheceu Milkau em uma festa e foi morar em uma fazenda. Lá, ela continuou a ser abusada até que um dia seu filho foi morto por um porco e ela foi acusada de infanticídio. Enquanto está na prisão, Milkau começa a visitá-la, e ela é negada por toda a cidade. Finalmente, ele escapou no meio da noite e a salvou.
Além de retratar imigrantes alemães e o então corrupto governo brasileiro, a história em si é apenas o pano de fundo para uma discussão ideológica entre Milkau e Lentz. Em termos de conteúdo, o livro é amplo, pois aborda raça, relacionamentos, cultura, colonização e progresso. Desenvolve alguns aspectos sociológicos e fisiológicos.
comentários(0)comente



Heitoraudaco 27/11/2021

Tocante como a realidade.
Obra tocante, onde o autor expressa de forna profunda uma visão clara e profunda da realidade das relações humanas. Com fina sensibilidade constrói personagens sem vilanizá-los por sua origem racial. Brasileiros e estrangeiros são revelados em seus aspectos bons e ruins. A obra revela o fundamental no modo como a sociedade se organiza e o poder se estabelece e se mantem. A reveladora essência da crueza da realidade nas relações humanas de poder mostra se com toda clareza e sem misticismo de superiodade racial. Gratificante entrar em contato com tão clara visão de mundo. Rara oportunidade de nos lermos como brasileiros na obra de um autor de espírito nobre, sincero, agregador e corajoso.
comentários(0)comente



Betânia 11/09/2021

Canaã
Canaã é um livro com muita poesia e filosofia. ?Por tais leis os povos chegaram a esse excesso de grandeza, que é o primeiro toque da decadência?. Escrito em 1902 é, ainda assim, muito atual. Não é um dos meus livros preferidos, mas vale a pena pelas reflexões que traz ao leitor no decorrer da história.
comentários(0)comente



Brina 25/02/2021

Ate difícil fazer resenha
O q era pra ser trágico ficou cômico pra mim, muito drama sem sentido. Esse livro Coloca o Brasileiro abaixo de 0, pra mim so eleva o nosso sentimento de vira lata( que temos ate hoje), onde so o que é de fora que presta, os alemães são uma raça superior e tal...
As vezes senti a narrativa tão desconexa que custava a encaixar na história. Não recomendo, vou ler Machado de Assis que é melhor ?
Luana 15/07/2022minha estante
Vejo canaã como um registro histórico. Viu como o posicionamento de Lentz se encaixa perfeitamente com o daquele partido alemão que causou a Segunda Guerra Mundial? Além disso Milkhal representa fielmente o que seria o culturalismo racista de Jessé de Sousa, que já é um conceito bem atual. Fora o antissemistismo, racismo, corrupção, misoginia, corrupção e objetificação dos animais que são retratados na obra...porém nem tudo isso foi abordado com viés crítico do autor; a intenção de Graça Aranha foi justamente menosprezar o brasileiro.




Rodrigo 26/12/2020

Natureza exuberante
Uma das leituras mais significativas de 2020, repleta de belezas naturais e uma narrativa marcante.
comentários(0)comente



thaisdandaro 13/12/2020

não superei alguns estranhamentos tidos com a leitura. os diálogos filosóficos acabam sendo monólogos, porque não há diálogo entre as diferentes perspectivas e o próprio narrador segue com o posicionamento discursivo sem falar diretamente com alguém.
na busca da terra prometida, acabamos encontrando uma tragédia horrorosa se desenrolando em acontecimenros narrados de uma forma crua e brutal.
comentários(0)comente



gariglio 17/03/2020

Canaã e a Promessa Brasileira
O primeiro romance sociológico no Brasil. E muito atual por sinal.

O livro em si é muito bem articulado, embora o final deixe a desejar. A linguagem ainda é rebuscada, mas como pré-modernista, já é notável a diferença.

Os debates filosóficos advêm bastante do darwinismo social, conduta que usava as ideias de Darwin, como os mais adaptados sobrevivem e a seleção natural, para justificar a supremacia branca e o racismo (que me deu náuseas durante o livro).

Em contra ponto, temos uma outra visão na obra, do positivismo em relação ao nosso país e o sentimento patriótico.

Todavia, durante a obra, se percebe cada vez mais o declínio desse ufanismo.

Não é meu livro brasileiro favorito, mas não me arrependo de ter lido. Dá base para inúmeros pensamentos ainda muito atuais sobre nossa cultura e política.
comentários(0)comente



z..... 18/09/2019

Edição Martin Claret - Coleção A Obra-Prima de Cada de Autor (2005)
A leitura foi um tanto difícil, pelo desenrolar filosófico, em história onde a terra, com seus contrastes naturais e sociológicos, instiga percepções diferenciadas sobre a interação com ela, que Graça Aranha apresentou nas visões de Lentz e Milkau.

Esta terra é um pedacinho do Brasil, no Espírito Santo, onde chegam os protagonistas citados, como imigrantes alemães, em busca de realizações, com descobertas e conclusões interessantes, no que as expectativas sugeriam uma Canaã...

Lentz foi descrito como caçador, transmitindo percepção de um conquistador. Sua visão de mundo, na interação com a terra, tem essa caracterização. As impressões que teve mostraram ambiente hostil, castigado pelo sol, e com povo que julgou em estado que classificou selvagem, "menos adaptado", o que justificaria um domínio "mais evoluído", como via a si e a seu povo alemão. Para ele essa terra deveria ser dominada por seus conterrâneos...

Milkau foi apresentado como agricultor, alguém que constrói, que produz frutos, o que seria possível apenas numa interação harmoniosa entre as partes. Para ele predominava a visão comunitária, capaz de contornar as adversidades em ação coletiva, igual em valores para todos. É praticamente um socialista com utopias.

O romance foi publicado nos primeiros anos de transição entre os séculos 19 e 20, por isso acredito que o autor disserte sobre a percepção retrógrada de sociedade que vinha se desenvolvendo, através de imperialismo, colonialismo e demais governos dominantes, representados em Lentz (que o romance cita também como retrógrado); e suas expectativas do que seria sociedade justa, expressas em governo igualitário, de disposição comunitária, socialista (obviamente ilustrado em Milkau que, registre-se, tem mais destaque na história).

Nessas reflexões, merece destaque também a personagem Maria, que entendi como ilustração às visões de Milkau e Lentz. Sua história de vida é impactada por arbitrariedades similares a tirania de governos dominantes (como projetava Lentz) e também pela solidariedade e justiça igualitária, conforme o que o outro alemão valorizava para a sociedade.

Vale ainda referências para a terra, a priori uma Canaã, que se revela com contrastes entre dádivas e histórias sinistras de adversidades. Pelo menos três são impactantes: a do corpo do velho disputado por urubus, cachorros e homens; a do tonel de vinho que esmaga um menino (em que Milkau, em seu pensamento de valorização humanitária, exprime reflexão que registro ao final da resenha); e o episódio dos porcos e o filho de Maria.
Não vou liberar spoilers, mas tive e ainda tenho que fazer uma higiene mental para me livrar da lembrança da terceira ilustração, ou transformá-la em algo que fortaleça boas coisas... Sério! Até agora um frio cabuloso invade o sangue só de imaginar... Que desgraça! Dá uma repulsa gigantesca.
Seja como for, essa é a terra que se revela, que requer uma relação ante suas adversidades e potencialidades, à lá Milkau ou Lentz... Acredito que sejam episódios para impactar, causar horror, revolta, incômodo, como deveriam também os episódios de injustiça social, que nem o acontecido com Maria, em que a arbitrariedade caiu medonhamente sobre ela.

O final é bastante poético, como um sonho, na busca de realizações ante ao pensamento de Milkau. Registre-se também que Lentz tem sua visão reformulada, reconhecendo-se retrógrado e desajustado à realidade.

Finalizando, num devaneio maluco, não imaginava Graça Aranha que em poucos anos as visões de Lentz e Milkau se projetariam de maneira torpe e extremada (doentia) nas percepções que impulsionariam o nazismo (com sua gana de domínio arrogante sobre os povos) e o comunismo (numa desfaçatez tirânica com pose de governo igualitário).

Pensamento de Milkau que merece registro, destaque e reflexão:
"– É dolorosa ainda mais do que as outras a morte de uma criança. É a dor diante do inacabado, do apenas ensaiado... do que nos ia completar... Não viver... E os que morrem sem ter vivido, os que foram apenas esboços da existência, deixam-nos uma piedade torturante.
Quando morre uma criança, nós também morremos um pouco nela, porque aí morre uma ilusão nossa."
comentários(0)comente



z..... 17/09/2019

HQ EBAL (Edição Maravilhosa Nº 122, publicada em 1956)
Tal qual o romance em seu texto integral, a adaptação em quadrinhos não empolgou. Pelo menos em minha leitura...

O romance tende a ser confuso porque é mais dissertativo do que narrativo. Graça Aranha propõem um confronto de ideias na visão sobre a terra, expresso nos posicionamentos de Lentz e Milkau (imigrantes alemães).
Além destes, destaque também para Maria, que de certa forma ilustra o posicionamento arbitrário de Lentz (com história sofrida e oprimida pelos 'mais fortes') e o pensamento humanitário de Milkau (na relação que este tem com a jovem, evidenciando a fraternidade, a justiça igualitária).

Estou relendo o romance, mas a leitura está arrastada e sonolenta, por isso parti logo para a HQ para dar uma alegrada na percepção da obra (o que pretendia fazer na finalização do romance). Reforçou a visão de uma obra essencialmente dissertativa.
A HQ foi idealizada com muito texto, desenho tosco e desenrolar pouco atrativo.

Para entendedores a obra tem sua beleza - uma discussão filosófica - mas é enfadonha. O desenrolar é desse jeito, mesmo que tenha importantes reflexões.
comentários(0)comente



Henrique Fendrich 13/04/2017

Canaã é um belíssimo romance filosófico, de debates, de ideias, às vezes místico, essencialmente melancólico, dolorosamente trágico. Mas nada disso vende livro e nem chama a atenção dos adolescentes, não é? Aí fizeram essa capa absolutamente mentirosa, pois não há, em todo o livro, um único momento de romance como é sugerido por essa imagem na capa feita pela editora Ática. Eu diria até que não há um único momento de felicidade como o estampado nesses sorrisos. Pelo contrário, uma das conclusões do personagem principal é de que a dor e a tristeza é que o aproximam dos homens.
comentários(0)comente



Marcelo.Patuta 29/09/2016

A terra prometida
Estória de uma colônia alemã no Espírito Santo
comentários(0)comente



Rafaela 26/12/2014

A terra prometida nos trópicos
Li este livro no Ensino Médio, por livre e espontânea vontade. Esperava por uma leitura densa, pesada e pouco palatável, mas..."voilà". Os dramas pessoais de "Canaã" e seus personagens me encantaram (e também cortaram meu coração). As visões antagônicas dos imigrantes Milkau e Lentz sobre o Brasil são o fio condutor da narrativa. País do futuro ou purgatório dos homens? A trama se desenrola em terras capixabas, lugar menos óbvio, mas não menos interessante. A figura de Maria aparece para humanizar a história e mostrar que a opressão feminina é um denominador comum da cultura brasileira e da alemã.
Fafi 26/06/2017minha estante
Oi Rafaela. Gostaria de saber mais sobre essa parte da opressão feminina;




Josefa & Thiago 05/12/2014

05 de dezembro de 2014
Resumo-> Milkau e Lentz são imigrantes alemães que trabalham como plantadores de café na colônia Porto do Cachoeiro- ES, apesar da relação de amizades os dois apresentam ideologias diferente.
Maria é uma pobre moça que engravida do filho dos patrões, que ao dar a luz ao seu filho no mato, o tem devorado por porcos. Após ser acusada por entregar seu próprio filho aos porcos é presa , mas Milkau a liberta e os dois fogem em busca de Canaã, a terra prometida.

Escola Literária-> Pré-Modernismo

Canaã é um livro de transição para o modernismo, por apresentar características parnasianas, realista e simbolista junto com as inovações do modernismo.
O livro retrata a imigração alemã para o Brasil no periodo em que o café era a principal economia, também a uma crítica a corupção.
Uma das suas principais características é o romance-tese, em todo o enredo os personagens fazem discusões de suas ideologias, Milkau defende a harmonia, onde todos são iguais, e Lentz defende sua raça Ariana como superiores a todos.

Autor->
Nome completo:José Pereira Graça Aranha
Nascimento:21 de junho de 1868
Falecimento:26 de janeiro de 1931
Nacionalidade: Brasileiro

Obra->
Ano de publicação:1902
Idioma original:Português
Angel 21/11/2016minha estante
Se me permitir, gostaria de fazer uma observação: na verdade, o período pré-modernista não é considerado como escola literária por não ter características comuns a todas as obras, mas sim uma transição entre o simbolismo-naturalismo-realismo e o modernismo :)




38 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR