Na praia

Na praia Ian McEwan




Resenhas - Na Praia


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Rogéria 13/11/2016

Difícil crer que um livro tão pequeno, com apenas 136 páginas, consiga abalar tanto quem o lê. Mas mesmo sendo meu primeiro livro do Ian McEwan, não me surpreendi, pq assisti "Desejo e Reparação", que é inspirado em um de seus livros, e já sabia da capacidade do autor de escrever histórias, no mínimo, melancólicas.

O que nos entristece em "Na Praia" é o grande desperdício de vida, de amor e de felicidade que acontece com o casal protagonista. Que enorme oportunidade perdida para a falta de diálogo, para o recato, para o orgulho e para a imaturidade. No final a gente termina o livro com um bolo no estômago e uma revolta surda por tudo o que se perdeu, o que podia ser e não foi. Palmas para o autor, cujo estilo narrativo é bastante refinado e gostoso de se ler, mesmo nos momentos mais tensos. Recomendo a leitura, mas infelizmente não é para todos, prova disso é a nota baixa que o livro tem aqui. Mas vale, sim, a pena, principalmente pela reflexão que desperta.
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Graciela 18/05/2016

Lindo e sensível
Em 1962 a relação entre homem e mulher tinha um obstáculo específico: não era costume falar sobre a intimidade de um casal. Dúvidas sobre como proceder no primeiro momento do contato sexual eram tiradas na prática e a falta de experiência somada com a ansiedade podia complicar o processo de conhecer o parceiro.

Neste cenário, um jovem e apaixonado casal se rende às promessas do matrimônio e após a cerimônia, o plano é de ter a noite de núpcias. Ambos são virgens e para essa noite especial instalam-se em um quarto de hotel na praia de Chesil, perto do Canal da Mancha.
Após saber como Edward e Florence chegaram até ali, o leitor fica ansioso para saber como eles poderão enfrentar o conflito que têm. Este é percebido ainda no começo da história, mas à medida que a trama avança, a tensão aumenta.

McEwan escreveu uma história sobre o amor com uma visão bastante madura e, ao mesmo tempo, ingênua. A pureza dos dois é tocante e os sentimentos de ambos podem fazer com que o leitor passe a enxergar o amor de outra maneira.

Assim como fez no livro Reparação, adaptado para os cinemas em 2007, o escritor faz com nos questionemos sobre a importância do que damos prioridade em nossas vidas.

site: http://tocontandohistorias.blogspot.com.br/2015/09/na-praia.html
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Franco 18/02/2016

Resumão: casal que enfrente uma baita crise em plena noite de núpcias.

E assim, por um lado, é um livro bem simples. Narra uma situação que dura apenas algumas horas e nessa situação os personagens (apenas dois) vão se caracterizando. Estes, por sua vez, são bem cristalizados (ou melhor, amarrados) no tempo que vivem - década de 60 pré-revolução sexual - e disso decorre todos os atritos da história. De certa forma, toda a narrativa poderia ser como que uma 'parábola' de um momento histórico que, hoje sabemos, não iria durar muito tempo.

Por outro lado, o livro tem detalhes que o preenche de tons de complexidade. Apesar da narrativa se focar naquela situação de apenas algumas horas, é feito a todo momento imersões na história particular e na subjetividade do casal. Tais imersões ajudam não apenas a entender o drama particular de cada um deles, mas também a constituir a história dos dois - algo como uma pequena biografia que culmina ali, na noite de núpcias do casal. É, pois, um recurso narrativo bacana e ficou bem explorado aqui. O destaque fica no desenvolvimento do personagem feminino, a noiva, e toda sua visão agonizante sobre a lua de mel - mesmo os leitores homens irão se sentir desconfortáveis. Já do lado do personagem masculino temos a confusão típica de uma masculinidade que cruza tempos e locais, uma masculinidade de transição, e que portanto não consegue se situar tranquilamente diante daquilo que sente ser dela esperado - o famoso 'agir como homem'.

E nesse misto de livro simples e complexo é que a narrativa torna-se bem interessante. Ao final, a sensação que temos é que o autor teve uma certa ambição intelectual (isso de tentar retratar uma época através de uma situação que acomete um casal recém casado), mas que ficou saudavelmente contrabalanceada num tom geral de melancolia, de uma certa nostalgia intimista - a última frase do livro se encerra com aquele gostinho amargo típico de quando lembramos todas as nossas paixões juvenis estupidamente desperdiçadas e também de todos os nossos sonhos que murcharam mais e mais com o passar dos anos.

Leitura rápida e fácil, e que vale a pena.
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Felipe.Tavares 15/02/2016

Quanto mais leio McEwan, mais me apaixono por sua escrita.
Um livro que à primeira vista parece ser simples com suas 136 pgs acaba se tornando um soco no estômago nos mostrando as consequências da tão corriqueira impaciência da nossa juventude.
O autor nos brinda, mais uma vez, com uma obra direta esfregando em nossa cara o peso das nossas escolhas erradas e por vezes, imatura.
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Ladyce 14/09/2015

Uma outra época
Quanta impaciência! Quanta falta de comunicação! Quanta dor! “Na praia” aborda o processo de encantamento de dois jovens de 22 anos, vivendo no início da década de 1960. O período é anterior ao assassinato de John F. Kennedy nos EUA (1963) e na Inglaterra, onde a história se desenvolve, Harold MacMillan é o primeiro ministro. São esses os parâmetros políticos que enquadram o período de alguma insatisfação sociopolítica que resulta no encontro das duas pessoas que provavelmente jamais se encontrariam em circunstâncias normais, não fosse uma demonstração política: Florence, a violinista e Edward, o historiador, sem rumo certo. A paixão toma conta dos dois. Eles indubitavelmente se amam. E se casam.

Ambos mantêm diversos aspectos de suas vidas sob véus de discrição. Edward tem um espírito volátil. Entra em brigas físicas com facilidade, o que lhe causa alívio e vergonha. Este é um homem que se mantém em permanente tensão. O namoro com Florence retrata a tensão sexual a que se submete, numa época em que o sexo pré-nupcial não é aceitável. Florence por outro lado é uma mulher com uma grande paixão, a música. E aos 22 anos ainda não conseguiu expressar paixão fora do ambiente musical. Na verdade tem uma grande aversão ao sexo. É possível que tenha havido um caso de abuso quando ela tinha doze para treze anos, mas isso não fica claro. No dia de seu casamento, no entanto, ainda não conseguiu dominar o asco que sente sobre todo o processo do amor físico. Por não conversarem. Por não conseguirem se abrir sobre esses problemas, a surpresa na noite de núpcias, quando “Na praia” inicia, tem consequências imprevisíveis.

Quer uma pessoa tenha experiência ou não, o primeiro encontro sexual, repleto de emoções quando os parceiros já se amam, pode ser um momento de grande sensibilidade, e pode revelar mais do que cada um imagina. No caso de Florence e Edward, ambos virgens, essa sensibilidade é levada a um grau muito elevado, e ambos, sem saberem como se comportar nesse momento de rendição total, acabam por levar as conseqüências dessa noite a extremos que eles mesmos não poderiam ter antecipado. Há para o leitor do século XXI uma experiência de catarse, de alívio, ao reconhecer que muitos dos entraves a que esses dois personagens se submetem não existem mais, há barreiras sociais que hoje são impensáveis. Não fosse a mestria de narrativa de Ian McEwan, ao demonstrar as sensibilidades, as nuances da vida de cada um dos personagens, os fatos que precedem esse momento, no pequenino romance de 130 páginas, não seriam compreendidos pelo leitor moderno.

Este romance não trata só dos hábitos diferentes, costumes de outras eras. Retrata a impaciência da juventude, decisões e atitudes que presumem mais do que devem. O desencontro é inevitável, pois nenhum dos personagens é honesto. E consequências acabam também sendo passionais, com uma virada de ponta-cabeça. Tudo isso maravilhosamente narrado em detalhe, de maneira elegante e fria, por um mestre da insinuação, da meia-palavra. Vale uma tarde de leitura que certamente se tornará inesquecível para o leitor.
Manuella_3 14/09/2015minha estante
Uau! Adorei! Mais um McEwan para a minha lista. Aprecio muito a elegância da escrita do autor.


Letícia 14/09/2015minha estante
Nossa! pela resenha, deu muita vontade de ler e nunca li nada do autor! E sabe quando qualquer outra leitura é mais interessante que o doutorado? estou nessa fase, não sei se passou por isso. Beijos!


Ladyce 16/09/2015minha estante
kkkk.... às vezes isso acontece com as preparações para as minhas aulas, Letícia. Coisas em que nunca penso passam a ser interessantíssimas!


Letícia 17/09/2015minha estante
hehehehe pois é!


Ricardo Rocha 29/08/2016minha estante
boa resenha. é um livro importante.




GilbertoOrtegaJr 11/09/2015

Na praia – Ian Mc Ewan
Muitas vezes as pessoas se deixam enganar acreditando que se existe amor a relação de um casal já estará fadada a dar certo, só que isso não é bem uma verdade, o amor é uma parte muito importante da relação a dois, mas ele sozinho não salvará esta relação de todos os reveses que ela pode sofrer. Assim como por maior que seja o tempo que você conviva com seu parceiro (a), ou por maior que seja o amor que um sente pelo outro, você nunca conseguirá compreender o outro plenamente, acredito que em relação alguma exista esta capacidade de compreender outro ser humano de forma total e completa.

Um destes empecilhos de uma relação amorosa é retratado em Na praia, do escritor inglês Ian McEwan, ambientado na Inglaterra no ano de 1962, conta a história do jovem casal Edward e Florence, que estão em um hotel na praia de Chesil, perto do Canal da Mancha. No momento em que começa a narrativa eles estão no meio de um jantar, que faz parte da comemoração da noite de núpcias deles.

Ao mesmo tempo em que a trama se passa no presente o autor lança mão de retroceder na história de amor de Florence e Edward, para que o leitor possa compreender como foi que que ela foi sendo construída, e dar ao leitor uma noção das mudanças que estão se desenrolando naquele período, dentre elas a recente liberdade sexual, não à toa que um dos focos principais é a dificuldade que envolve a perca de virgindade do casal protagonista.

Edward é recém formado em história, e seus pai é professor secundário, já sua mãe sofre de problemas mentais. Já Florence é violinista, e líder de um quarteto de cordas, sendo o seu pai um rico industrial e sua mãe professora universitária de Oxford. É claro que apesar das diferenças econômicas o autor traça uma história delicada com momentos muito sensíveis e alguns outros com viés mais engraçado.

Mas o romance não se trata apenas da primeira noite de um casal, entre idas e vindas entre o passado e presente desta relação ele vai nos adentrando dentro da mente dos personagens, para que possamos entender a sua insegurança ou motivação, seja ela consciente ou não, nos mostrando que em uma relação à dois tanto o dito quanto o não dito podem ter igual valor, sobretudo quando interpretados de forma errada.

É por meio desta pequena obra prima que Ian McEwan retrata não somente uma época e seus costumes, mas pelo contrário o livro pode retratar muitas histórias de amor. Durante grande parte do livro eu torcia para que um pudesse entender o outro de forma tão completa quanto eu como leitor podia percebe-los, com apenas 136 páginas, McEwan cria uma pequena obra prima sobre a fragilidade do amor, sem com isso deixar de ter um belo e envolvente texto.

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2015/09/11/na-praia-ian-mc-ewan/
Arsenio Meira 17/09/2015minha estante
Bela resenha! (bacana vc ter reescrito).


Isabel 27/09/2015minha estante
Vc gostou, é? Achei chatíssimo... E eu gosto mto do autor!


GilbertoOrtegaJr 27/09/2015minha estante
é pq eu não sou do tipo muito exigente Isa


Márcio_MX 27/12/2018minha estante
Comecei dando 2,5 e vou terminar favoritando.
Mais um final arrebatador de McEwan.
E antes que me esqueça, resenha excelente.




Jacy 22/08/2015

NA PRAIA- Livro do autor Ian McEwan
"... era extraordinário que uma simples colherada produzida pelo seu corpo- ao ser expelida- pudesse num instante liberar sua mente para um novo confronto."
E QUE CONFRONTO!
Gostei do livro. Gosto de livros que mostram a trama no interior das personagens. São reflexivos do ponto de vista subjetivo "almado"- a experiência construtora do sujeito- diga- se- a leitura que te leva à análise da sua própria vida- ou de quem te cerca. E este livro descreve o encontro de amor e o desencontro- também pelo amor- entre 2 pessoas que não tiveram tempo o suficiente para experimentar o suficiente dores e alegrias- ou aprender o poder da paciência e reflexão que somente o tempo é capaz de nos presentear- seja pela dor de existir ou pela alegria de viver.
A ira cinde o laço entre o casal- o encontro - e a falta de diálogo perpetua o vazio- abrindo espaço ao desencontro. O grande vilão não é o sexo- o jato de esperma que foi parar na testa da mocinha- mas sim as convenções sociais dos anos 60 e 70- e que em algumas casas perpetuam- se até hoje.
Jacy Laranjeira
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Rafa Ghacham 04/06/2014

Na praia, a meu ver, é um livro simples, porém que carrega consigo uma grande questão dos relacionamentos e também da história da sexualidade. Primeiro de tudo, Edward e Florence viviam nos anos 40, na Europa. Nessa época, muitas questões sociais eram diferentes do nossos hoje. Ambos eram inexperientes sexualmente, mas em um ano de namoro carregavam um grande sentimento um pelo outro. Edward, carregava um grande desejo sexual por Florence e que, por questões sociais e culturais, só seria suprido na consumação do casamento. Florence, moça cuja única instrução sexual era um livro de capa vermelha, tinha uma combinação mista de medo e nojo de sexo. Casam-se e, o amor de um ano vai-se praia abaixo em menos de vinte e quatro horas. E como diz o autor: "Amor e paciência - se pelo menos ele tivesse conhecido ambos ao mesmo tempo - certamente os teriam ajudado a vencer as dificuldades".
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Aninha 10/01/2014

E na lua de mel...
"Seus pensamentos não pareciam ser seus - eram soprados até ela, pensamentos em vez de oxigênio." (página 64)

Esta é a história da lua de mel de Edward e Florence, em um hotel à beira mar na praia inglesa de Chesil, próximo ao Canal da Mancha.

Não dá para falar muito para não estragar o prazer da leitura, mas o fato é que ambos são jovens, educados e virgens e carregam seus medos, dúvidas e ansiedades neste dia.

Ela vem de família abastada, toca violino e sonha em fazer sucesso com um quarteto. Ele é historiador, curte rock and roll e, em certo momento, foi trabalhar com o pai dela.

Enquanto os recém-casados vão tomando consciência de que agora um é cônjuge do outro, trechos de momentos de suas vidas e namoro, passam por suas mentes e é por isso que vamos conhecendo um pouco mais de cada um.

"Continuavam a fitar os olhos um do outro - e nisso se consumavam." (pág. 69)

É um livro curto, mas que provoca boas reflexões sobre nossos verdadeiros sentimentos, medos e vontades.

Vale a pena a leitura!


site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2014/01/na-praia.html
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otxjunior 24/12/2013

Na Praia, Ian McEwan
Quanto mais leio Ian McEwan, mais fã fico. Tem algo na sua prosa simples e sofisticada que torna-se irresistível não ler todo o livro numa sentada só. Não é preciso ler muitas páginas de Na Praia, para se identificar com os personagens. Estes são complexos e bem definidos, com indagações autênticas e sentimentos profundos.
Florence e Edward são jovens recém-casados que decidem passar a lua de mel na praia inglesa de Chesil. O ano é 1962 e os protagonistas passam por dilemas morais absorvidos culturalmente enquanto o mundo se prepara para entrar na era da revolução sexual e da liberdade de costumes. O ímpeto desajeitado de um somado com a repulsa física do outro geram situações de desconforto, em que o leitor é provocado a partir das opiniões (não ditas, apenas pensadas) de cada metade do casal a respeito de inocência, culpa, sexo, amor e casamento.
Há vários momentos brilhantes em Na Praia. Perceba por exemplo, com que paixão é descrita a mudança que ocorre em um personagem que quando adolescente decide-se se mudar do interior da Inglaterra para Londres, sem perceber que "em certo sentido, já o fizera" por simplesmente alterar seu comportamento ou amadurecer. Ou ainda, a sutileza do autor na sugestão de um possível abuso sexual no passado de uma personagem frígida. E como em Reparação, seu romance mais famoso, são pequenas coisas que alteram todo o curso de uma vida. Ou melhor, em Na Praia, é a falta de ação, de compreensão, de paciência que define o destino de um casal, aparentemente feitos um para o outro.
Wellington 17/08/2014minha estante
Também achei o autor sutil ao sugerir que Florence foi abusada quando menor.




Bruno 26/09/2013

Pretensão x resistência... Desejo x asco.
O que mais destaca este livro é a capacidade descritiva do autor.

Em seu discurso Ian McEwan dá forma a sentimentos com a mesma facilidade que descrevemos um objeto concreto, tal qual uma casa ou um gato.

A narrativa impressiona e pormenores minimalistas, que usualmente passariam despercebidos por qualquer escritor, são colocados em foco (muitos deles de cunho erótico e nenhum pouco ortodoxo).

"Na praia" conta a história de 2 jovens de mundos sociais distintos (Edward e Florence) que nos anos 60 acabam se apaixonando, contraem matrimônio e estão por vias de dar um grande passo na noite de núpcias: a perda da virgindade.

Ocorre que nem tudo é tão simples: Ele tem receio de se "adiantar" e ela tem receio de se "aproximar": desejo e asco, libertinagem e frigidez, gula e fome, pretensão e resistência: são atributos paradoxais presentes em cada um dos lados desta relação, descobertos apenas naquela oportunidade... uma realidade digna de consequências desastrosas....

A mensagem que o livro traz é realista e serve a qualquer contexto, em qualquer época: a par das conveniências, das regras sociais e dos interesses de cada um, o caminho da verdade, por mais penoso que seja, é sempre o melhor percurso a ser seguido.
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Leonardo 12/07/2013

On Chesil Beach
Possui um enredo envolvente, onde o leitor fica cada vez mais curioso em saber o desenrolar...
É feita uma passeada na linha do tempo, iniciando na noite de núpcias do casal, e voltando, para contar fatos do relacionamento.
Traz ao leitor também, uma reflexão sobre a vida, e a influência das decisões que tomamos, e como elas afetam o futuro.
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I. Pestana 11/05/2013

Um enredo fraco excelentemente escrito.
Li este livro em inglês, logo, na lingua original do autor. Conta a história da noite de nupcias de um casal (ambos virgens) que se abrigam num hotel próximo a uma praia. As descrições e linguagem utilizadas estão muito bem elaboradas, no entanto o enredo - principalmente o final - apesar de surpreender, não te fazem pensar no fim "ah, o esforço para ler este livro valeu a pena". Dou mais valor a um livro com um enredo bom e uma escrita mais ou menos, do que um enredo mais ou menos com uma escrita boa.
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Pandora 21/04/2013

Não vou mentir: tive muita dificuldade em ler este livro e cheguei mesmo a abandoná-lo. Mas após algumas leituras, como faltava pouco para terminar, decidi retomá-lo. Gostei muito do final e de como tudo se desenrolou após a conversa do casal na praia, mas antes disso, meudeusdocéu, que literatura arrastada! Foi uma experiência diferente: pela primeira vez não gostei de um estilo de escrita, mas gostei do rumo da história, por isso prefiro não dar estrela nenhuma e colocar "Na Praia" numa categoria única, que eu ainda não decidi bem qual é.
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Gustavo 06/01/2013

Resenha NA PRAIA - Ian McEwan
Na praia descreve a noite de nupcias de um casal tradicional na Inglaterra vitoriana. Na verdade, a época é o fim da era vitoriana (1962), onde os costumes estão começando a mudar e os jovens já estão ficando mais "assanhadinhos". No entanto, Edward e Florence ainda são "comportados". Ela nunca cede, e ele nunca insiste com medo de magoá-la.

Eles estão no quarto de hotel, prestes a consumar o ato. E é nesse momento que vamos conhecendo a vida do casal. McEwan consegue nos levar ao passado para que entendamos o presente. E essa viagem é tão sutil que às vezes vale a pena uma releitura do parágrafo pra sabermos em que "tempo" estamos. Adentramos na vida de Edward e Florence, todas as suas bagagens familiares, culturais, educacionais e podemos compreender o que os levou até ali.

Florence tem um segredo. Uma doença? Um ato do passado escondido? Um defeito físico? E este "defeito" é fundamental para a consumação do casamento. A ansiedade vai aumentando no decorrer da leitura. Até que o segredo é revelado e toda a história dá uma guinada surpreendente para um romance.

Ian McEwan é um gênio contador de histórias (sei que vc já ouviu isso em algum lugar). Sua narrativa não é cansativa, e apesar de ele simplesmente relatar fatos, sem que surpresas ou grande acontecimentos aconteçam no decorrer da história, ele consegue te prender e te deixar curioso sobre o que afinal Florence tem que a angustia tanto.

O que ficou de marcante pra mim: algo que é profundamente importante numa época, pode não ser tão importante 40 anos depois. E até que ponto certas "conveniências de um casamento podem ser importantes com o passar do tempo.

Mais um "Ian McEwan" que vale a pena ser lido.
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