Lá não existe lá

Lá não existe lá Tommy Orange




Resenhas - Lá Não Existe Lá


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Nélio 09/06/2021

É muito comum acreditar que ao se falar em povos indígenas, em literatura indígena, por exemplo, estamos falando apenas de povos brasileiros e/ou escritos sobre os mesmos.
Realmente, há muito o que se ler e aprender sobre nossos povos nativos, mas não podemos nos iludir. Essa luta é de muitos, em vários países, especialmente nas Américas. O massacre de pessoas ? chamado de colonização ? destruiu muito em muitos lugares e o preconceito, o racismo, ainda aparece de grande parcela de todos nós, seres humanos que nos autoapelidamos de racionais.
O livro ?Lá Não Existe Lá?, de Tommy Orange, é uma ótima opção de leitura para ampliarmos nossa compreensão sobre a temática indígena, em especial sobre aqueles que acabaram se inserindo na vida urbana. Em linhas gerais, o autor narra a experiência de nativos americanos vivendo na cidade de Oakland. E segue a marca de muitos livros que expõem verdades: a narrativa é poderosa, forte, nos toca e nos incomoda, de fato.
Temas como família, perda, identidade e poder se ligam às muitas vozes narrativas ao longo do livro. E cada personagem carrega suas histórias, belezas e desespero pelo que viveram e vivem. O painel do drama vivido pelos povos nativos estadunidenses se completa ao se encontrarem, essas distintas personagens, em uma celebração cultural: o Grande Powwow de Oakland.
Sem dúvida, é uma leitura essencial.
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Bela 15/08/2020

livro top 5 estrelas todos deviam ler etc

mas meu povo, o que eram as patas de aranha????????????
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mclrmoura 03/08/2020

Fazem mais de 6 meses que li e ainda não sei o que falar exceto que esse livro é um tapa na nossa cara.
Muito bom chorei muito
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Ricc 01/06/2020

Identidade e (não)pertencimento
"Lá não existe lá" é um drama surpreendente e relevante.

Uma abordagem realista e tocante sobre os nativos norte-americanos, sua identidade e (não)pertencimento.

Uma literatura que flui naturalmente e, no fim, deixa um gostinho de "quero mais".
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MarcosQz 14/02/2020

Não pertencer
É disso que esse livro trata, o não pertencimento. A não se identificar com sua família, sangue, origem, histórias, não pertencer a nada disso. Não pertencer aos pais que não conhece, não pertencer a nada. O título do livro é exatamente sobre isso.
Tommy Orange nos dá uma história incrível que vai se fechando aos poucos, com personagens fortes e cada um com uma bagagem bem pesada. A história dos índios não é uma história leve e fácil, é sobre o que perderam e ainda perdem até que restem apenas histórias a serem contadas.
O final é abrupto, mas é um final maravilhoso.
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Rê Lima 05/02/2020

Livro 21/150 - Lá não Existe Lá
Autor: Tommy Orange
Páginas: 304
Início: 04/02
Fim: 05/02
Opinião: 4 estrelas. Eu esperava um desfecho bem melhor, mas no geral o livro é muito bom e os personagens muito humanos.
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Higor 11/05/2019

'Lendo Pulitzer': sobre a sensação de não pertencimento
Causando burburinho lá fora, atraindo a atenção dos críticos e figurando em diversos prêmios literários, seria apenas questão de tempo para ‘Lá não existe lá’, romance de estréia de Tommy Orange chegar ao Brasil, o que não demorou a acontecer de fato.

Anunciado como uma história original – o que é apenas em partes – o artigo do The New York Times, onde fala que este livro é tudo isso mesmo, é a mais pura verdade. Acompanhar a vida de 12 índios nativo-americanos aparentemente aleatórios, mas que, no final, se encontrarão em um lugar em comum, o Grande Powwow de Oakland, tradicional evento da cultura indígena, é no mínimo intrigante e empolgante.

A originalidade se dá logo no enredo. Índios que ouvem rap, que vivem na correria das grandes cidades, que tentam conciliar a vida urbana com as tradições indígenas, ou tentam guardar as raízes no fundo do baú, mas que persistem em aparecer... São índios amedrontados, seja com o passado difícil, ou com o que o presente e o futuro os reservam. Temos o jovem índio que vai assaltar o evento, ou o sobrinho que quer homenagear o tio, ou ainda a mulher que abandonou os filhos e terá a chance de reencontrá-los.

Perfis comuns, mas que se tornam especiais por ter, não de maneira forçada ou didática, mas sutil e agradável, a cultura indígena, que conhecemos de maneira abstrata e até mesmo preconceituosa, em terrenos demarcados, usando trajes típicos ou andando por aí pintados e caracterizados. Preconceito, aliás, que é o medo de cada um dos protagonistas.

Somos assombrados durante a leitura com um sentimento de desolação, de não pertencimento, de uma dívida histórica com os índios, desde as constantes guerras indígenas americanas do século 16, mencionadas pelos personagens, até os nossos próprios povos indígenas, a quem a terra foi tomada pelos portugueses, e dizimados durante o processo de colonização.

É esse o demônio pessoal comum de cada um dos protagonistas de Lá não existe lá’: o fato de ter uma nação, uma pátria, mas ao mesmo tempo não se sentir daquele lugar, e não pertencer a lugar algum; uma espécie de apátridas. Mas não somente isso. A sensação de pertencer a uma etnia que é desprezada, que está desaparecendo do globo, e ter que fazer com que isso acabe, ou não querer fazer nada. Não quer ser conhecido como Fulano de tal, indígena, e sim pelo seu nome, sem um rótulo.

Tais discursos sinceros e nada enfadonhos se dão graças à polifonia de protagonistas, que não é algo tão original como dizem, mas que me remeteu a livros e autores que me agradam muito, como ‘Lincoln no limbo’, de George Saunders, talvez o melhor livro do ano, e ‘A visita cruel do tempo’, de Jennifer Egan, seu elogiadíssimo magnum opus.

Desolador e angustiante, mesmo com doses acertadas de humor, ‘Lá não existe lá’ é um livro que deve ser lido com rapidez. O burburinho em torno dele pode ser até exagerado – sempre é – mas esta estreia é muito acima da média, e certamente trará reflexões sobre muitas questões que geralmente ignoramos.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Pulitzer'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Flavio.Gabriel 05/04/2019

Entender sem saber como é ser
A palavra que define esse livro pra mim é pertencimento. Ele trata, no final, da sensação de ser e pertencer a uma raça, a uma etnía que foi perseguida, quase exterminada e resiste por pessoas que se veêm como índios, que não se veêm como índios mas sabem que o são e por sua relação com o mundo, que ao invés de ser o resto dele, é na verdade tudo o que há.

No começo não tinha gostado da tradução do nome, mas agora ele faz todo sentido.
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Auzandir 02/01/2019

Reflexão, consciência e algum aperto no peito
Uma história que mais parece um roteiro de filme com 12 vidas nativo americanas que tinham como propósito o Powwow de oakland e o respeito pela própria cultura.
Pesar, tristeza, perseverança, história, encontro e crenças
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