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Resenhas -
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Mario Miranda 28/02/2020
Monumental retrato do Nazismo
Hans Fallada nos legou, em Morrer Sozinho em Berlim, um dos maiores testemunhos dentro da literatura referente à resistência ao Nazismo/Fascismo. Sua obra está para a Alemanha como "Eles e Não" de Elio Vittorini está para a Itália Fascista.
Após a perda do filho em um dos confrontos da 2ª Guerra Mundial, o casal Otto e Anna iniciam um processo de escrever Cartões contrários ao Nazismo, criticando diretamente a proposta Nazista e Hitler, e deixar estes documentos em locais públicos. Apesar da repercussão dentro das autoridades, o casal somente é preso após 2 anos de atuação, tendo deixado à população quase 300 bilhetes.
Dividido em 4 partes, sendo as três primeiras dedicadas a narrativa em si, e a última focada no processo prisional do Casal, onde temos um panorama das arbitrariedades, torturas e atos praticados pelas autoridades Nazistas em prol de um projeto de poder. É um passeio por um sistema jurídico vil e corrompido, prisões políticas e uma política ostensiva baseada em amedrontar a população.
Baseado em uma histórica verídica, Hans Fallada compõe o serviço antagônico ao que, anos antes, Goebbels o avia procurado: o ministro da propaganda buscava escritores desejosos de criar uma literatura que apoiasse o regime nazista. Não apenas Fallada não compõe a obra solicitada por Goebbels, como anos após deixaria este relato contrário ao governo Nazista.
A obra ficou relativamente restrita aos leitores alemães, tornando-se um sucesso mundial de vendas a partir de 2009, quando o livro foi traduzido pela primeira vez para o Inglês. A primeira edição brasileira veio apenas em 2018. Recentemente a Editora Carambaia lançou uma nova edição do livro, com o título "Cada um morre por si".
site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
Monumental retrato do Nazismo
Hans Fallada nos legou, em Morrer Sozinho em Berlim, um dos maiores testemunhos dentro da literatura referente à resistência ao Nazismo/Fascismo. Sua obra está para a Alemanha como "Eles e Não" de Elio Vittorini está para a Itália Fascista.
Após a perda do filho em um dos confrontos da 2ª Guerra Mundial, o casal Otto e Anna iniciam um processo de escrever Cartões contrários ao Nazismo, criticando diretamente a proposta Nazista e Hitler, e deixar estes documentos em locais públicos. Apesar da repercussão dentro das autoridades, o casal somente é preso após 2 anos de atuação, tendo deixado à população quase 300 bilhetes.
Dividido em 4 partes, sendo as três primeiras dedicadas a narrativa em si, e a última focada no processo prisional do Casal, onde temos um panorama das arbitrariedades, torturas e atos praticados pelas autoridades Nazistas em prol de um projeto de poder. É um passeio por um sistema jurídico vil e corrompido, prisões políticas e uma política ostensiva baseada em amedrontar a população.
Baseado em uma histórica verídica, Hans Fallada compõe o serviço antagônico ao que, anos antes, Goebbels o avia procurado: o ministro da propaganda buscava escritores desejosos de criar uma literatura que apoiasse o regime nazista. Não apenas Fallada não compõe a obra solicitada por Goebbels, como anos após deixaria este relato contrário ao governo Nazista.
A obra ficou relativamente restrita aos leitores alemães, tornando-se um sucesso mundial de vendas a partir de 2009, quando o livro foi traduzido pela primeira vez para o Inglês. A primeira edição brasileira veio apenas em 2018. Recentemente a Editora Carambaia lançou uma nova edição do livro, com o título "Cada um morre por si".
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Jessé 18/11/2019
Eu posso dizer com todas as letras, que esse foi um dos melhores livros que li esse ano.
Eu de risada, me emocionei, fiquei agoniado, chorei. E por mais que eu soubesse que era uma história real, eu ainda tinha a esperança de que tudo iria acabar bem, de tanta paixão que eu senti por esses personagens.
É um livro que passa em meio a segunda guerra mundial, mas ele é diferente. Ele não é apenas mais um no meio de tantos títulos sobre o assunto. Provavelmente ele tem essa característica especial, por ter sido escrito em 1946, logo após o fim da guerra, e os acontecimentos estarem tão frescos na memória do autor.
Outra coisa que me chamou a atenção, é que sempre ouvimos falar sobre o sofrimento dos Judeus. Mas a grande maioria nunca se importou em saber, o que o próprio povo alemão sofreu por conta dos nazistas. Foram muitas vidas perdidas em campos de concentração, e muitas outras pessoas executadas, por lutarem contra Hitler e seu regime. Essas pessoas eram prisioneiros em seu próprio país, e esse livro me fez pensar mais sobre isso.
Enfim, leiam pois é um livro maravilhoso. É uma pena ele não ser muito conhecido no Brasil, pois a editora Estação Liberdade é pouca conhecida entre os leitores também.
Aliás, procurem conhecer mais essa editora. É uma das poucas ainda, que publicam coisas diferentes, de várias nacionalidades( japonês, alemão, francês, chinês, Italiano) desde grandes clássicos até clássicos modernos, e não apenas saturam o mercado, com mais e mais edições do mesmo livro, como muitas editoras estão fazendo ultimamente.
Eu posso dizer com todas as letras, que esse foi um dos melhores livros que li esse ano.
Eu de risada, me emocionei, fiquei agoniado, chorei. E por mais que eu soubesse que era uma história real, eu ainda tinha a esperança de que tudo iria acabar bem, de tanta paixão que eu senti por esses personagens.
É um livro que passa em meio a segunda guerra mundial, mas ele é diferente. Ele não é apenas mais um no meio de tantos títulos sobre o assunto. Provavelmente ele tem essa característica especial, por ter sido escrito em 1946, logo após o fim da guerra, e os acontecimentos estarem tão frescos na memória do autor.
Outra coisa que me chamou a atenção, é que sempre ouvimos falar sobre o sofrimento dos Judeus. Mas a grande maioria nunca se importou em saber, o que o próprio povo alemão sofreu por conta dos nazistas. Foram muitas vidas perdidas em campos de concentração, e muitas outras pessoas executadas, por lutarem contra Hitler e seu regime. Essas pessoas eram prisioneiros em seu próprio país, e esse livro me fez pensar mais sobre isso.
Enfim, leiam pois é um livro maravilhoso. É uma pena ele não ser muito conhecido no Brasil, pois a editora Estação Liberdade é pouca conhecida entre os leitores também.
Aliás, procurem conhecer mais essa editora. É uma das poucas ainda, que publicam coisas diferentes, de várias nacionalidades( japonês, alemão, francês, chinês, Italiano) desde grandes clássicos até clássicos modernos, e não apenas saturam o mercado, com mais e mais edições do mesmo livro, como muitas editoras estão fazendo ultimamente.