Cloro

Cloro Alexandre Vidal Porto




Resenhas -


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Rapha 05/11/2020

Mais um pra lista de lidos em 2020. Comprei esse livro por indicação do autor Vítor Martins, que escreveu 15 dias, Escrito em algum lugar, e Um milhão de finais felizes.

"Cloro" conta a história de Constantino, um advogado de 51 anos que se descobre gay tardiamente, enquanto tem um casamento de mais de 30 anos e já passou pela morte de um filho. A leitura é como se você fosse o psicólogo dele, então ele conversa e conta sobre toda a sua vida como se estivesse conversando com você. Essa dinâmica funciona muito bem até a última parte do livro, que passa depois de sua morte e troca de narradores a cada capítulo. Nesse ponto a leitura fica ligeiramente confusa, demora-se um pouco para entender quem e com quem se fala, já que a troca desses contextos é constante.

No final das contas recomendo esse livro para quem se interessar nesse tipo de leitura, que se transforma em uma conversa com o passar das páginas.
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tiagua 02/10/2020

Bom!
Depois de sua morte a verdade sobre quem realmente é contada. Por ele mesmo, perdido em algum lugar no escuro, em um limbo. Encarando apenas o seu eu, um homem homossexual vivendo uma vida mentirosa.

Constantino resolve falar sobre suas frustrações, medos, receios e seus segredos. E principalmente, arrependimentos.

"Como todo mundo, achava que tinha mais tempo"
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CLOVINÃTICO 15/09/2020

IMPACTO
As vezes a gente se esquece de quem a gente é, como se não fosse nada, tentando ser quem não é esquecendo que a diferença é bonita e o fato da gente existir já é um ato de coragem, e é dessa coragem e diferença que se deve ter orgulho, as vezes tem que ter orgulho de ter orgulho, isso a gente não pode esquecer. Nunca se pode esquecer de quem é isso nunca deve ser esquecido
Algumas pessoas só lembram quem são na morte e isso é um risco que não se deve correr



É como eu tiro a sinopse desse livro
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Dherfferson 27/08/2020

Incrível
Daqueles livros que te fazem refletir sobre coisas que a gente evita. É incrível a descrição emocional e psicológica dos personagens
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Mll-ll 19/08/2020

"Como todo mundo, achava que teria mais tempo."
Livro gostoso de ler, como se tivesse alguém conversando com você. Ficava curiosa sobre o que aconteceria em seguida. O livro deixa uma mensagem bem forte de que não podemos fugir da nossa própria natureza. Não devemos morrer vestidos de outra pessoa. Senti que é mostrado muito pouco dos personagens. Talvez pelas relações superficiais que mantinham entre si. Ou então pelo reduzido número de páginas. Constantino evitou durante a maior parte de sua vida o cheiro do cloro. Na morte, dorme tranquilo embalado por ele.
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Yago.CamurAa 12/07/2020

o livro tem uma narrativa extremamente ágil e gostosa. não é uma história fácil. o personagem vai nos dando detalhes da vida dele que são bem desconfortáveis por causa do desenrolar de tudo. é um ótimo livro!
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Euler 10/07/2020

Sair do armário é um processo libertador mas, ao mesmo tempo ele é posterior a um percurso de medo, de choques contra as paredes, de gente querendo te arrancar a força, do desespero de não conseguir encontrar a chave. Se isso é difícil aos 18, imagina aos 50 anos como aconteceu com o Constantino narrador-personagem desse livro. Em Cloro, numa versão Brás Cubas, Constantino conta sua história após sua morte. Ele foi encontrado morto numa sauna gay do outro lado do mundo. Se a revelação para a família é dificil, imagina nessas circunstâncias. O que precede esse fato são os poucos meses em que consegue vivenciar de fato sua sexualidade, por mais que até sua morte ela seja escondida da esposa e filha. A narrativa é bem amarradinha e faz com que a gente ande veloz pelas páginas, o narrador é bem mais simpático e afetivo que o do Sérgio Y, a gente consegue estabelecer uma conexão melhor com ele. Entretanto, me incomoda um pouco essa descoberta romantizada das vivencias gays, sem que o personagem se defronte com as violências, armadilhas e preconceitos que existem quando a gente sai do armário, inclusive, no próprio meio. Constantino parece estar protegido a isso,e as vezes parece que sua "beleza", "seu dinheiro" é quem o protege. E a gente sabe que o buraco é mais embaixo, monamour. Inclusive, porque a literatura brasileira ainda é tão elitista? Porque esses personagens sempre tem grana? Eu sei as respostas, mas vou deixar em aberto haha. Isso tem me irritado bastante. Essa proteção dada ao Constantino faz com que o autor não vá fundo em alguns eventos, o que entendo como uma escolha até interessante por mais que me pergunte se é crível. Essa adolescência gay tardia acaba sendo um conflito interno e eu queria ver a perspectiva externa também. Gosto de como o título ganha significado em sua morte, já que ele morre numa sauna gay em Tóquio, mas ganha mais sentido pelo cheiro ser associado a sua primeira memória de desejo pelo professor de natação da infância. A minha memória tem a ver com faixa de pedestre. E a sua? No mais, Cloro é uma narrativa gostosinha e que faz com que a gente leia num fluxo só.??
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Eita Já Li 25/06/2020

Ainda pensativo com essa história!!
Quando eu escolhi esse livro para fazer a leitura eu realmente não sabia o que esperar dele, eu não conhecia o autor e nem cheguei a ler a sinopse do mesmo, tudo o que me preocupei em saber é que o livro trazia um protagonista gay e bom, eu nunca deixo passar a oportunidade de ler um livro LGBTQ então entrei de cabeça na leitura.

Como disse eu ainda não havia tido nenhum contato com obras do Alexandre, mas, eu realmente gostei da escrita dele, a história faz a leitura fluir bem e o autor entrega uma narrativa que me convenceu e me tocou, em alguns momentos da história achei a escrita muito floreada e isso não exatamente me chateou, mas, soava desnecessário na história, talvez isso se dê ao fato do autor ser diplomata.

Constantino conheceu cedo a homofobia da sociedade, então, ele procurou meios de se defender dela, mesmo que para isso ele tenha deixado de ser quem ele realmente é. Constantino é um personagem com o qual eu nunca me deparei em todos os meus anos de leitor, sua história me deixou pensativo, contrariado, revoltado, triste e muitos outros sentimentos que não consegui identificar.

Tino se anulou na busca de viver uma vida que se encaixava no padrão social, por medo e vergonha, mas, acredito também que por comodidade, ele não queria "pagar" o preço para ser quem ele realmente era, ele achava muito caro, ou na verdade ele não tinha coragem o bastante, no fim eu achoa que ele se enganou mais do que enganou todos a sua volta.

Essa leitura foi muito forte para mim, eu a achei extremamente triste, de certa forma por não ser algo que tenha vivido, a vida que o Tino levava é algo que eu não consigo conceber, ainda que eu a compreenda, o mais duro é saber que ainda hoje muita gente vive essa realidade infeliz. Essa foi uma leitura que me incomodou, eu não posso dizer que eu gostei porque eu a achei dolorosa, mas, ao mesmo tempo não tenho como dizer que não gostei, pois, ela me impactou, no fim acho que o fato dela me deixar reflexivo já foi o bastante.

site: https://eitajali.com/
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João 21/06/2020

Memórias Póstumas de Constantino Curtis
“As pessoas se lembrarão de mim, terão uma imagem de mim, só que não serei eu. Será o depois de mim.”

No mês do orgulho, literatura com temática LGBT (e por autor LGBT nacional) cai bem. Em Cloro, o diplomata brasileiro Alexandre Vidal Porto nos convida a conhecer a vida e morte de Constantino Curtis, um advogado cis, branco, de meia idade, casado e pai de um casal. Aparentemente não há nada de interessante num personagem com essa descrição, que já marca presença exaustiva na literatura. Só esqueci um pequeno detalhe: ele era gay. E esse detalhe define o rumo da história.

O livro é contado pela perspectiva do próprio Constantino, logo após sofrer um AVC e ir à óbito. O que faz dele o nosso difundo-narrador. Com a liberdade proporcionada pela morte, em 24 capítulos (irônico né? Ou não) ele nos confessa memórias desde a infância quando foi primeiro rotulado como bicha (e isso definiu pra sempre seu comportamento) até o fatídico dia no Japão que sua artéria cerebral parou de perfundir o lobo frontal.

Trata-se de uma narrativa muito gostosa, com narrador bastante humorado e maduro, fazendo uma reflexão retrospectiva dos rumos que ele escolheu para sua vida. Ainda que seja um personagem bem construído, ele não advoga por si o suficiente para provocar compaixão. Talvez o objetivo dele nem seja que tenhamos pena, empatia ou compaixão. Mesmo após a morte em condições esclarecedoras, Constantino não consegue se desprender da concepção de homossexualidade como uma identidade secreta e não apenas uma identidade, expressando constante importância (disfarçada de curiosidade) à reação que o mundo exterior teria à sua “vida dupla”.

Outra coisa interessante é que o autor tomou liberdade de colocar alguns elementos da sua própria vivência na história – como um personagem diplomata, passagens num país que já morou – mas escolheu não os usar para enriquecer a narrativa, o que poderia ter acrescentado bastante na nossa experiência.

Após seu relato de vinte e quatro capítulos, temos ainda a oportunidade de conhecer Constantino sob a perspectiva de outros personagens, numa sessão chama “Outros”. Eu achei essa ideia deliciosa, porque uma das desvantagens de um narrador personagem é que estamos fadados a conhecer apenas até onde ele sabe dos fatos; e essa parte saciou um pouco a curiosidade sobre se alguém desconfiava da sexualidade dele, se a esposa dele já tinha descoberto, como foi a reação exterior à morte dele num ambiente para homens que fazem sexo com homens e também a perspectiva que o amante dele teve da relação breve que partilharam. O único defeito desta sessão foi que, na maior parte, a narração era bastante parecida com a narração do Constantino. É um detalhe que, quando atentado, ao narrar pessoalmente em diferentes perspectivas, engrandece muito a nossa experiência de leitura, por que também construímos, mesmo que brevemente, aquelas vozes no imaginário.

A experiência geral da obra definitivamente vale a pena, o autor capta características muito pontuais do homem gay enrustido, que engradecem muito a construção do Constantino – tal como a paranoia, o estado de constate vigilância e controle do próprio comportamento. Gosto bastante quando ele constata que há menos gente do que ele imagina prestando atenção no que ele faz; e que aceitar sua sexualidade e se permitir “dominar” por ela não destrói tudo que ele construiu, ele continuaria sendo “(...) Constantino, advogado e homem de bem”.

Devemos aprender com Curtis que “na vida, não há controle possível. As coisas acontecem ou não acontecem. Não tem jeito.”

Nota: 7,5/10
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Bianca 14/06/2020

Interessante
Narrado à partir de sua morte, Constantino faz um balanço de sua vida, focando especialmente em sua fuga em aceitar sua homossexualidade, vivendo uma vida de "aparências". Gostei da narrativa, do texto. A história é simples mas em minha opinião reflete o que muitas pessoas acabam fazendo para sobreviver a um mundo repleto de preconceitos. No fim, é um relato triste, pois o próprio personagem chega à conclusão de que não conseguimos fugir de quem realmente somos.
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thiago 11/06/2020

Reflexão do morto
Um homem morre e, morto, reflete sobre a sua vida. Descreve uma vida triste e com segredos demais que ninguém gostaria de viver mas que muitos vivem pelos mais diversos motivos.
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Curumin 13/05/2020

Esse livro descreve a mente de um gay morto arrependido. É nacional. É mais próximo da gente, ainda que seja tão distante.

Porque cita costumes nossos, comportamentos. Mas é longe da minha realidade, pelo menos, por se tratar do ponto de vista de um homem de classe média alta. Esse é um dos pesos pra ele, inclusive.

Por vezes me o entendo e por outras ele fala de um mundo completamente diferente. Se passa ao longo dos anos 70-90. O que me pega é quantos homens de classe média alta dessa geração nao passaram pelo mesmo.

Acho que vale a pena por mostrar uma realidade específica. Não há falta de mérito nisso. Mas é uma narrativa do alto.
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José Amorim 20/04/2020

Reflexivo
Um livro de leitura rápida, fácil, que nos deixa pensando um pouco... o que é viver uma vida tentando reprimir quem se é, achando que precisa agradar a sociedade e que não pode desenvolver e aflorar seus desejos?

Leia. Vale a pena.
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EduardoCDias 18/04/2020

Triste realidade
Traçando um paralelo com um livro entregue por um clube de leitura esse mês, esse é muito mais pungente e esclarecedor. Ambos descrevem duas situações de sexualidade afrontada, reprimida, mas esse vai muito mais profundamente, tocando o cerne e a origem da questão. Leitura gostosa, sem dramas e rápida. Um homem de meia idade, bem sucedido, casado, com dois filhos, resolve finalmente viver sua sexualidade, mas não assumir. O interessante é saber o ponto de vista de quase todos os envolvidos. Esposa, cunhado, amante...
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barbara 28/03/2020

A leitura flui muito, a narrativa é ótima. Em Cloro a gente acompanha o relato de Constantino, um advogado de 51 anos que morreu por avc. Apesar de levar uma vida de casado com uma mulher, ele era gay e é sobre essa vida outra que ele nos conta.
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