Mariana Dal Chico 25/09/2023Eu tenho uma mania de leitora: procuro guardar a leitura da grande “obra prima” de um autor que gosto muito para momentos necessários, como quando estou sem empolgação para me jogar em novidades e quero algo familiar, seguro, que sei que vou amar. Parecida com aquela sensação de voltar para casa e dormir na sua cama depois de meses viajando.
O primeiro livro que li de Ian McEwan foi Serena, em seu lançamento em 2012. Diferente de tudo o que eu costumava a ler na época, fui arrebatada pela escrita do autor e, ao pesquisar mais sobre ele, descobri que um dos meus filmes favoritos da vida foi baseado em um livro seu: “Reparação”.
Outra peculiaridade minha é que quando me empolgo com algo, posso ficar levemente obsessiva com o assunto por alguns meses, sempre me jogo de cabeça nas coisas que me despertam paixão. E em poucos dias eu já estava com uma bela coleção de livros do autor.
“Reparação” está na minha estante há alguns anos, mas eu sabia que seria uma leitura especial, então priorizei a leitura de outros livros de McEwan, até que no começo de agosto eu mergulhei nessa história.
O livro é dividido em diferentes partes, começa em 1935, em meio a uma tensão pré-guerra, no dia mais quente da temporada, acompanhamos o dia em que a infância de Briony acabou. Na segunda parte, estamos em 1940, em meio à guerra, com os personagens tendo de lidar com as consequências de uma decisão tomada por uma garota de 13 anos baseada em uma série de suposições que afetou irremediavelmente a vida de todos ao seu redor.
O fechamento do livro é surpreendente e faz com que a cabeça do leitor exploda um pouco e me fez voltar para as primeiras páginas para procurar por pistas que eu tinha deixado passar, mas que após ler a terceira parte, abriu meus olhos para as nuances das entrelinhas.
Esse é um daqueles livros que quanto menos se sabe sobre ele, mais se aproveita a leitura.
Minhas expectativas foram superadas e ele entrou para a lista de favoritos da vida.
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