Baladas

Baladas Hilda Hilst




Resenhas - Baladas


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ketillyn5 22/02/2024

Um bom livro.
Bom, é um livro curtinho e interessante, gosto bastante de poemas e achei esse muito legal!!!!!!!!!
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hannibals raw meat 13/04/2024

Colapso hibernal
Eu sinto que preciso fazer uma resenha à altura desse livro.

Baladas é uma jornada poética selvagem e profunda, onde Hilda Hilst nos leva por um labirinto de emoções e reflexões. Suas palavras têm o poder de sacudir o leitor, mergulhando-o em um mundo de intensidade e beleza crua. Cada poema é como uma nota musical, ressoando em nossa alma e nos deixando maravilhados com a habilidade de Hilda de capturar a essência da vida e da morte em sua prosa. É uma leitura desafiadora, mas incrivelmente gratificante.

Colapso hibernal
das cousas ausentes. Desfila diante de mim
o teu olhar parado.
Na minha frente
há figuras de mortos tecendo roupas brancas,
e na tua vida
há qualquer cousa de triste que não foi contado.
Coragem de viver os dias sem falar de loucos quando há qualquer louco no infinito,
pedindo uma lembrança
e contei os seus dias de vida nos meus sonhos.
Existe um deus qualquer nas minhas entranhas.
Pobre loucura
atrofiando o amor da amada.
Teu pobre olhar
atrofiou minha vida inteira.

HILST, Hilda
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Kézia 05/08/2022

"Me fizeram de pedra quando eu queria ser feita de amor."


"As coisas não existem.
O que existe é a ideia
melancólica e suave  
que fazemos das coisas.  

A mesa de escrever é
feita de amor
e de submissão.
No entanto
ninguém a vê
como eu a vejo.

Para os homens
é feita de madeira
e coberta de tinta.

Para mim também
mas a madeira
somente lhe protege
o interior
e o interior é humano.  

Os livros são criaturas.
Cada página um ano de vida,
cada leitura um pouco de alegria
e esta alegria
é igual ao consolo
dos homens
quando permanecemos
inquietos
em resposta às suas inquietudes. 

As coisas não existem.
A ideia, sim. 
A ideia é infinita igual ao sonho das crianças."
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Giovana.rAdua 27/03/2022

Me mataria em março
se te assemelhasses
às cousas perecíveis.
Mas não. Foste quase exato:
doçura, mansidão, amor, amigo.

Me mataria em março
se não fosse a saudade de ti
e a incerteza de descanso.
Se só eu sobrevivesse quase nula,
inerte como o silêncio:
o verdadeiro silêncio de catedral vazia,
sem santo, sem altar. Só eu mesma.

E se não fosse verão,
e se não fosse o medo da sombra,
e o medo da campa na escuridão,
o medo de que por sobre mim
surgissem plantas e enterrassem
suas raízes nos meus dedos.

Me mataria em março
se o medo fosse amor.
Se março, junho.
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Deghety 16/08/2021

Baladas
Baladas de Hilda Hilst foi o livro de poesias que escolhi para ler esse ano. (Todo ano leio um pra ver se pego o gosto).
Por vezes li comentários que diziam sobre a contundência em sentimentos que a autora coloca em seus textos.
"Baladas" foi escrito quando a autora era muito jovem, o que chama muito a atenção pela forma como via o mundo.
Os poemas transmitem sentimentos melancólicos, apáticos, desesperançosos, etc; envoltos pelo cotidiano comum,  relações sociais e amorosas.
Segue alguns trechos elucidantes:

"Só não existe amargura onde não existe o ser."

"Dirão que és poeta. Porque a poesia aparece nos teus gestos como aparece fé na oração de um crente. "

"...Soubesses ao menos a eterna escuridão dos que procuram a luz."

"Somos humanos e frágeis, mas antes de tudo, sós."

Diferente da maioria dos célebres poetas, poemas quase que necessários decifrar, os poemas de Hilda Hilst são claros e objetivos.
Uma coisa que achei um pouco chato, deve ter origem na idade a qual foram compostos, é  a repetição de palavras, ainda mais pelo fato de ser um texto em prosa.
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Luciano 28/03/2021

Algumas passagens me lembraram bastante a poesia de Arriete Vilela. No geral, curti e recomendo.
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MatheusA 15/02/2021

Presságio
Grande prazer ler os primeiros poemas de uma escritora tão querida.

Muitos dos elementos da obra hilstiana já estão aqui: amores irrealizados ou mal realizados, o afeto intenso pelos amigos, réquiens, o mistério da morte, a loucura (personificada quase sempre na figura do pai) e, claro, muita beleza.

Muito cuidado e sofisticação no trato com as palavras. Uma leitura que exige menos do leitor do que as obras que viriam a seguir, e talvez por isto é mais leve, mais descompromissada.

Fundamental.
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Gabrielle.Marins 15/04/2020

aaa como eu amo poesia
Aaa eu realmente amo poesia e essa é das boas. Hilda Hilst conquistou meu coração com suas poesias lindas e cheias de sentimento. Incrível!
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Natche 24/02/2020

?(...) As coisas não existem
A ideia, sim.

A ideia é infinita
igual ao sonho das
crianças.?

Hilda Hilst sempre maravilhosa.
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Mayza7 24/02/2019

IV a Vinicius de Moraes
"Na hora da minha morte
estarão ao meu lado mais homens
infinitamente mais homens que mulheres.
(Porque fui mais amante que amiga)
Sem dúvida dirão as coisas que não fui.
Ou então com grande generosidade:
Não era mau poeta a pequena Hilda..."
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katarine 15/11/2018

Citações
Citações:

"(...)
Se só eu
sobrevivesse quase
nula,
inerte como o
silêncio:
o verdadeiro
silêncio de catedral
vazia,
sem santo, sem
altar. só eu mesma.

E se não fosse
verão,
e se não fosse o
medo da sombra,
e o medo da campa
na escuridão,
o medo de quê por
sobre mim
surgissem plantas e
enterrassem
suas raízes
nos meus dedos.

me mataria em
março
se o medo fosse
amor.
se março, junho."




"(...)
Pobre loucura
atrofiando o amor
da amada.
Teu pobre olhar
atrofiou minha
vida inteira."









"(...)
Se estão perto
cegam meus olhos,
se estae longe as
desejo.
(...)"





"(...)
Alguns dias mais
e serei música.
Serás ao meu lado
a nota dissonante."



"(...)
Existe sempre uma
partida
começando em ti
tomando forma
e sumindo contigo.
(...)"

Não falemos.
E que as vontades
primeiras
permaneçam
gigantescas e
disformes
sem caminho
nenhum
para o mundo dos
homens."




"Amado, não tão
meu
mas tão amado e
em noite
se
transformando.
Tua voz

rumor de coisas
pressagas.

Amo-te tanto.
Poeta
já não sou. Nem
mesmo amante.
(...)"
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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 19/08/2015

Bailando com a graciosidade de Hilst
Baladas" é a reunião dos três primeiros livros de poesia de Hilda Hislt: "Presságio", "Balada de Alzira" e "Balada do festival".

Em "Presságio" (1950) nos deparamos com vinte e um poemas que versam sobre a solidão. Solidão de quem ama e a solidão do ser humano. Também fala sobre o amor. O amor correspondido, o amor que vê e não vê barreiras e o amor que nem chegou a ser.

"Me fizeram de pedra
quando eu queria
ser feita de amor"
(estrofe do poema VI, do livro Presságio).

"Balada de Alzira" (1951) é composto por dezessete poemas. Percebi que aqui Hilst já demonstra uma densidade e amadurecimento poético bem maior do que o encontrado no livro anterior, o que surpreende se nos atentarmos para o fato de que é só um ano de distância entre os dois livros.

"Há desconsolo
permanecendo
nos meus prelúdios
de alegria.
Só tenho a ti
mas tão distante
que não me houves.
Chamo e pergunto
se não me queres
mas o teu grito
de assentimento
chega cansado
ao meu ouvido
e assim cansado
desaparece
como um lamento".
(Estrofe do poema XIV, do livro Balada de Alzira).

Vinte poemas compõem "Baladas do festival". Aqui é mais comum a presença de rimas e de poemas mais descrentes da bondade das pessoas.

"Somos humanos e frágeis
mas antes e tudo, sós".
(Estrofe do poema XX, do livro Balada do festival).

Ao final dessa edição encontramos uma vasta organização das obras publicadas da autora, separados por gênero: poesia, ficção, dramaturgia, coletâneas. Livros seus que foram traduzidos, bibliografias que se encontram em livros, artigos, teses, dissertações, jornais e por fim, uma cronologia suscinta da vida de Hilda Hilst.

site: http://minhassimpressoes.blogspot.com.br/2015/08/baladas-hilda-hilst.html?m=0
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Anderson 28/07/2015

Baladas reúne os três primeiros livros de Hilda Hilst, com as ilustrações originais de Darcy Penteado e Clovis Graciano, que combinam perfeitamente com os poemas e dão ainda mais beleza ao volume.

São poemas de lamento pela recusa, a distância do objeto de desejo e a espera infindável pelo amante. Hilda reinventa o gênero lírico-narrativo colocando o auge da vida e dos amores como plano principal.

São também escritos de mulheres cheias de paixão, doidas de amor que refletem em tom confessional e ardente sobre o desejo, o sentimento amoroso e a inevitável morte. É certo que nesse caso o amor não acaba no fim da vida, muito pelo contrário, fica ainda mais belo e intenso, se estende pelas estrelas e além do tempo.

"Voltando (porque tua volta sinto-a num
presságio) acenderei luzes na minha porta e
falaremos só o necessário.
Terás pão e vinho sobre a mesa.
Virás acabrunhado (quem sabe) como o
filho que retorna.
Nesse dia, a lamparina de teu quarto dei-
xarás que fique acessa a noite inteira.
O amor sobrevive.
E seremos talvez amor e morte ao mesmo
tempo."
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Adriana Scarpin 21/04/2015

Restou um nome de bruma
no meu eterno cansaço.

Restou um tédio cinza
no meu todo de silêncio.

Tanta tristeza no meu sono imenso...
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